31 de março de 2009

A 'marola' da crise mundial chega ao esporte brasileiro

O Ministério dos Esportes junto com o Ministério do Turismo foram os que tiveram o maior corte no orçamento deste ano: reduções de 85,6% e 86,3% respectivamente.

Para se ter uma idéia, o orçamento do Ministério dos Esportes teve seu orçamento reduzido de R$1,37 bilhão para R$196 milhões.

O corte deste ano foi mais intenso devido aos efeitos da crise internacional sobre economia brasileira, ou seja, o que era pra ser uma marola se transformou em 'marolão' mesmo.

É claro que em tempos de crise as verbas tem que ser revistas, mas o fato é que a pasta dos esportes teve um corte muito agressivo; no entanto, entendo que hajam outros setores que precisem ser mais preservados neste momento, como é o caso do Ministério da Saúde. Para se ter uma idéia de como o corte foi pesado, no geral os outros ministérios tiveram redução em torno de 40%.

Já não é de hoje que o nosso esporte está sendo deixado de lado por nossas autoridades, mas, com este corte, a tendência é que as coisas piorem. Espero que a iniciativa privada ainda tenha algum fôlego para algumas iniciativas no esporte - pois eles também estão sofrendo os efeitos da crise.

Também é no mínimo curioso o fato do Brasil, que vem apostando algumas fichas no Rio de Janeiro como cidade sede das Olimpíadas de 2016 e se diz preparado para receber um evento deste porte, aplicar uma redução desta magnitude.

As surpresas da Stock Car e da F1

Começou a temporada 2009 de duas categorias do automobilismo. Na Austrália, a F1 deu largada para o que promete ser uma temporada inesquecível. Já em Interlagos, a Stock Car começou uma nova era em uma das categorias mais tradicionais do automobilismo nacional.


Não vamos comentar aqui no Radar Esporte o desempenho técnico de cada um dos pilotos, tampouco dar palpites em carros. Vamos analisar o ponto mercadológico destas duas categorias que vão ser noticia em muitos posts aqui durante o ano.


A Stock Car começou e trouxe neste ano inúmeras marcas “vestindo” os carros e dando nome às equipes (pelo menos para os telespectadores). Red Bull, Panasonic, Itaipava, Dolly, Eurofarma, Medley, São Luiz, Ipiranga, Hot Wheels entre outras. Estas empresas estampam carros e com certeza devem explorar esta participação na categoria com outras ações.


O curioso fica por conta das empresas ligadas à saúde (hospital e laboratórios) marcando presença mais uma vez, e das empresas de bebida (cerveja e refrigerante) nos carros. O investimento com certeza não foi pequeno, e patrocínio como este deve ser explorado em outras plataformas de negócio e divulgação para as empresas.


Só por curiosidade, a Hot Wheels foi a primeira equipe a abandonar a prova, mas os fanáticos por carrinhos não devem ter ligado muito.


Na F1, a Brawn GP passeou, fez dobradinha, porém quase passou em branco. Digo isso porque se vocês repararam, o macacão dos pilotos está “clean”, por falta de patrocínio. A Virgin bancou a equipe que estava falida, e hoje deve estar sorrindo à toa com a exposição no mundo todo. A Virgin ainda estaria disposta a comprar a equipe, caso o time passasse a levar o nome da marca e fizesse uso de combustível não poluente.



Após a primeira etapa, investidores devem correr para conseguir espaço no uniforme e nos carros que mais devem aparecer no ano. Porém, com certeza vão bancar muito mais do que poderiam ter investido antes do início da temporada...

30 de março de 2009

Experience | Os 4Es do Marketing Esportivo

De Product para Experience.

Talvez esta tenha sido a mudança de conceito que mais nos incentivou a utilizar a abordagem dos 4Es, ainda mais quando estamos falando de esportes, onde muitas vezes não há o produto propriamente dito, da forma tradicional que conhecemos, e, sim, a experiência.

Mas o que seria a tal experiência?

Quando se falava em produto, os marketeiros buscavam um benefício (de preferência exclusivo) e o comunicavam até que o seu target assimilasse a mensagem. No entanto, esta estratégia tem perdido relevância nos últimos anos por uma série de motivos.

Quer um exemplo de uma experiência? Pense no Nintendo Wii. O que faz do Wii algo realmente atrativo? É a experiência que ele promove: crianças jogando partidas de tênis como se estivessem com verdadeiras raquetes nas mãos (gerando interesse pelo esporte), a questão coletiva dos games, os gráficos e a jogabilidade simples. Tudo isso junto fez com que passássemos a ver pessoas de diferentes idades e perfis se divertindo como nunca em frente à TV.

Deu pra pegar a idéia, certo? Vai muito além de um ‘simples’ benefício.

No contexto do marketing esportivo a experiência toma proporções ainda maiores, uma vez que ela acontece em diversos pontos de contato. Se você vai ao estádio assistir uma partida de futebol, por exemplo, a experiência começa muito antes do juiz dar o apito inicial e termina bem depois que o mesmo encerra a partida. Da compra do ingresso até o retorno à sua casa (em alguns casos isso pode se estender ainda mais), tudo diz respeito à experiência. Isso também vale para outras ações de marketing esportivo - corridas, eventos, produtos especializados, PDV e até mesmo competições de vela. =)

O mais importante aqui é identificar e analisar muito profundamente todos estes pontos de contato para maximizar ainda mais a experiência, para a marca e para o consumidor. Afinal, quando falamos de esporte não dá pra pensar em algo tão estático - mesmo que estejamos falando de um produto como uma chuteira, isto vai acabar se traduzindo em uma experiência lá na frente.

E, claro, isso deve acontecer em momentos que sejam relevantes para o consumidor. É por isso que eu e o Bruno falamos tanto de ações de experience nos estádios; um ponto de contato altamente relevante e que ainda está sendo sub-explorado. Milhares de torcedores, alto nível de envolvimento, mas mesmo assim continuamos vendo poucas iniciativas que sejam capazes de tocar este torcedor, seja com conteúdo, com entretenimento, com uma promoção, enfim... Ainda temos que caminhar muito neste sentido.

Vai parecer estranho, mas já pensaram a repercussão de ações como essa por aqui?



Via Estalo

A NBA e as outras ligas americanas são craques em explorar o show do intervalo, e de forma bem mais simples se compararmos com o exemplo acima. E não adianta simplesmente copiar o que eles fazem por lá, temos que encontrar a nossa identidade.

Nosso amigo @Diegomarada, por exemplo, foi assistir a um jogo dos Knicks no Madison Square Garden e, se não bastasse a experiência que uma partida da NBA representa por si só, ele ainda foi sorteado para arremessar uma bola dos 3 no intervalo (pra quem ficou curioso, SIM, ele acertou essa bola!!).

Será que passa na cabeça de alguém que um dia ele irá esquecer isso? Espero que não, pois eu diria que isso é bem difícil acontecer. Essa é uma das quelas memórias que ficam para sempre...





Nós aqui no Radar Esporte vemos com muita facilidade marcas com possibilidades de se apropriar de momentos como estes, vocês não acham? E olha que acima só citamos exemplos do 'ponto de contato intervalo'.

As experiências geradas pelo esporte são tão relevantes que grandes empresas já começaram a utilizar a plataforma para estreitar o relacionamento e criar vínculos mais fortes com seus consumidores.


O SPFC por exemplo está explorando seu estádio como fonte de receita através de seus camarotes corporativos. Empresas como a GM investem milhões no aluguel desses camarotes, que funcionam como salas de reuniões, premiação para concessionárias que atingem metas e relacionamento com clientes VIPs.

Ou seja, quando falamos de marketing esportivo, não podemos olhar apenas para clubes, empresas de materiais esportivos e patrocinadores em uniformes. Empresas que aparentemente não tem nada a ver com este universo podem se apropriar dele em prol de suas marcas - o exemplo da competição de vela citado acima reforça muito bem este ponto.

Mas, tão importante quanto entender a importância das ações de marketing esportivo no plano, é compreender a experiência por completo e se apropriar de seus pontos de contato da forma mais relevante e envolvente possível.
Postado por Dida e Bruno

Vitória 1899

A maioria dos clubes tradicionais e grandes do país já completou ou está para completar cem anos de vida. Uma data um tanto quanto marcante para o esporte nacional, para a história destes clubes e também para a história do país.

Chegar aos cem anos significa muito mais do que possamos imaginar. Os clubes que já alcançaram este feito testemunharam inúmeros fatos no esporte e na história do país. Da época em que o futebol era totalmente amador até os salários milionários dos jogadores hoje em dia.

O Vitória é um destes clubes e pretende cada vez mais se firmar com um clube tradicional do país. Pensando nisso, a diretoria de marketing planejou uma estratégia um pouco diferente do que vimos por aí: alterar o nome do clube para “Vitória 1899”.

A idéia é começar a mudança no Brasileirão deste ano e avaliar a repercussão da mudança, que ainda inclui a mudança no nome do estádio, de Barradão para Arena 1899. No caso do estádio, a proposta é iniciar a mudança que deverá chegar ao contrato de naming rights.

Alguns pontos devem ser analisados sobre tudo isso:

1. Será que é necessário mudar a nomenclatura do clube para marcar que o Vitória é um clube tradicional? Não são duas coisas conflitantes? E será que os torcedores iriam mudar o jeito de gritar e chamar o clube?

2. Para alcançar o objetivo não seria mais assertivo um trabalho de branding, um projeto de valorizar os cem anos de história do clube?

3. No caso do estádio, o processo de mudar o nome três vezes (Barradão, Arena 1899 e depois um nome de patrocinador) não é complexo demais para atingir um objetivo que ainda não deu certo no país (dificilmente as pessoas acatam tal mudança)?

São inúmeras questões que irão surgir em torno da mudança de nome do Vitória, essas são apenas algumas que devemos ter em mente para analisar tudo isso. E vocês, o que acham?

27 de março de 2009

Hot Wheels na Stock Car. Da estante para a pista.

No dia 29 de março teremos o inicio da temporada 2009 da Copa Nextel Stock Car, que promete ser ainda mais disputada.

Esse ano, a categoria terá novidades, pelo menos para os apaixonados por carros e “carrinhos”. O experiente piloto Chico Serra, ao lado de Felipe Maluhy, irá pilotar o carro da equipe Hot Wheels Racing.

A gigante dos carrinhos de brinquedo irá patrocinar o carro da montadora Peugeot, um 307 que segue os padrões daqueles carros que grande parte dos meninos colecionou e ainda coleciona.




Um tiro certo. É assim que enxergo a entrada da marca em uma das categorias que mais cresceu nos últimos anos. Sem fazer grandes esforços, a equipe já sai com uma legião de fãs espalhados pelo país que com certeza irão correr atrás para ter o modelo em suas estantes.

A Hot Wheels fez e faz parte do imaginário coletivo de meninos (e meninas também) ao longo de muitos anos e representa muito mais do que simples brinquedos. Não tenho dúvidas que os apaixonados pela marca vão querer acompanhar o desempenho da nova equipe da Stock Car.

Porém, uma dúvida surge. Será que um possível baixo desempenho poderia acabar com o encanto daqueles que sempre acharam que seus carrinhos eram imbatíveis? O que vocês acham?

26 de março de 2009

Os 4Es do Marketing Esportivo

O Radar Esporte já está no ar há algum tempo e, como desde o início nos propusemos a focar no Marketing Esportivo, finalmente chegou a hora de falarmos sobre os tais 4Ps - já bem conhecidos pelos marketeiros - só que no contexto do esporte. Por isso, eu e o Bruno estamos começando a desenvolver uma série de 4 posts, claro (!), sobre o assunto.

Mas, já que sempre tentamos trazer uma visão diferente sobre os assuntos que postamos no blog, vamos falar dos 4Es e não dos 4Ps.

Pra entender melhor do que estamos falando, eu proponho a leitura deste link, que nos influenciou a abordar o assunto de outra forma. A 'nova' nomenclatura apenas busca um encaixe melhor com o atual contexto de interatividade e participação, que surgiu principalmente pela massificação dos computadores e da internet. No entanto, achamos que há um forte fit com o mundo dos esportes.

Não encontramos até o momento palavras em português que comecem com 'E' e que traduzam perfeitamente o conceito, por isso vamos mantê-las em inglês - pelo menos até 'segunda ordem'; por isso, sugestões são bem vindas. =)

A mudança propõe basicamente o seguinte:

1) Product para Experience

2) Place para Everyplace

3) Price para Exchange

4) Promotion para Evangelism

E aí, já dá pra ter idéia do que vem por aí?

Aguardem os próximos posts.

Palmeiras na boca do povo

Mídia espontânea. É assim que os profissionais de marketing e publicidade chamam a aparição de determinada marca/produto na televisão, meios impressos e internet, sem pagamento para tal. Isso geralmente ocorre em editoriais, e no caso do futebol isso acontece praticamente todos os dias.

O cálculo para poder avaliar quanto essas aparições significam são feitos com base em valores de tabela que os veículos de comunicação vendem os espaços publicitários. A Informídia, é a empresa que faz as pesquisas aqui no país para a maioria dos clubes de futebol, e que apresentou os resultados obtidos em 2008.

O Palmeiras foi o clube que mais obteve mídia espontânea no ano passado, seguido de Corinthians, São Paulo, Flamengo e Santos, alcançando a quantia de R$ 2.754.00,00. Claro que não podemos comparar esse valor com o que as empresas pagam pelo patrocínio, porém o Palmeiras soube aproveitar esse estudo e fez uma ação no mínimo inusitada.

O clube enviou o resultado da pesquisa para inúmeros jornalistas e parceiros financeiros, até que virou notícia no O Valor Econômico no último dia 18 de março. Após ter a nota veiculada, o Palmeiras reenviou os resultados juntamente com a notícia para os principais parceiros do clube, afim de mostrar que o investimento está dando resultado. Foi uma ação de fidelização planejada pelo clube, que com certeza agradou os investidores.

A Samsung tem contrato de três anos com o clube com o valor já fechado (R$ 15 milhões), mas certamente resultados positivos podem render um valor extra para o clube.

Acredito que essas ações são importantes para cada vez mais profissionalizar a relação entre clube e patrocinador. Em grandes empresas, estes cálculos são comuns e importantes para avaliar a marca, trabalho de assessoria de imprensa e outras frentes do business. Mas, não podemos esquecer de dar mais um passo, como o Dida disse, temos potencial para trabalharmos a marca de nossos campeonatos e assim todos os envolvidos seriam beneficiados...

Dica da @vanessaruiz

25 de março de 2009

Samsung | 54M5UN6 vem aí

Quem assistiu a partida do Palmeiras no último sábado contra o Guaratinguetá, e ontem contra o Bragantino, se deparou com uma nova escrita no peito dos jogadores: 54M5UN6.

A inscrição nos uniformes é referente ao próximo lançamento da empresa, que terá lançamento na próxima semana, de acordo com a própria Samsung.




Muitas vezes comentamos aqui sobre o simples fato das empresas patrocinarem os clubes e apenas estampar seus logos nos uniformes. A Samsung por sua vez está aproveitando muito bem o valor investido no Palmeiras e agregando isso para as campanhas.

Desta vez está usando o espaço na camisa do Palmeiras como teaser, chamando a atenção para um próximo lançamento, porém, possui planos maiores.

A empresa quer colocar a Fast Shop, um de seus maiores clientes nas mangas do uniforme alvi-verde. Com isso, a Samsung envolve o valor investido no Palmeiras em ações que conseguem chegar na ponta do seu business.

Fato que o acordo teria um número significativo de vendas amarrado...

NBA | Where Will Amazing Happen

Os playoffs da NBA começam no dia 18 de Abril e, como já era de se esperar, a liga norte americana de basquete lançou uma campanha - ainda debaixo do conceito 'Where Amazing Happens' - para comunicar a fase de decisão do campeonato.

Criada pela Goodby, Silverstein & Partners, a agência da NBA, os filmes mostram os grandes destaques da temporada 2008-09 em grandes jogadas e fecham com a pergunta: Where Will Amazing Happen?

Os atletas da campanha são: Lebron James, Kobe Bryant, Paul Pierce, Joe Johnson, Dwayne Wade, Paul Pierce, Kevin Garnett, Chris Paul, Tim Duncan, Andre Igoudala e Paul Gasol.

Aqui no Radar vou postar o de Lebron James, Kobe Bryant, Dwayne Wade e Paul Pierce, mas vocês podem conferir os outros filmes nos vídeos relacionados à campanha no YouTube.

Kobe Bryant


Lebron James


Dwayne Wade


Paul Pierce


Para quem não sabe, a Goodby, Berlin & Silverstein, hoje Goodby, Silverstein & Partners, também foi responsável pelo "I love this game", que foi o posicionamento da NBA de 1992-1999.

Dica do @fernandovff

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No primeiro post do Radar Esporte, em Abril de 2008, comentei sobre o trabalho que a NBA faz em termos de comunicação, posicionando a liga como uma marca e não só como uma entidade esportiva. Tudo bem que há todo um contexto para isso acontecer nos EUA, mas o fato é que poderíamos estar um pouco mais avançados neste sentido aqui no Brasil. Como eu mesmo disse aí em cima, este trabalho com a NBA não é recente, e com tantos clubes estruturando seus departamentos de marketing, será que não seria o momento de finalmente trabalharmos mais a marca dos nossos campeonatos de futebol, pelo menos os mais importantes como é o caso do Brasileirão?

Posts relacionados:
NBA Esporte como marca
NBA The Where Amazing Happens Tour

24 de março de 2009

Twitter no intervalo (de novo). A resposta de Shaq.

A questão do twitter na NBA continua firme e forte. No último sábado, na página de Shaquille O'Neal avisava: "Atenção a todos twitters: vou postar no intervalo e não serei multado como vill a new wave ou qualquer que seja o nome".

A mensagem do pivô fazia referência ao post do Charlie Villanueva (como comentamos aqui), e no intervalo entre o segundo e terceiro quartos, Shaq postou “shhhhhhh”, mesmo comentário que fez quando foi questionado pelos repórteres sobre seu Twitter antes do jogo.

O pivô não foi advertido pelo técnico, ao contrário. Alvin Gentry, disse que a ação de Shaq não o incomodaria “Enquanto ele anotar 25 pontos e 11 rebotes, pode fazer o que quiser. Twitter, Facebook, MySpace..." - disse o treinador, que também mantém uma página no Twitter.

Parece que a relação entre jogadores e twitter só está começando...

Reebok | Viral NFL

Para não fugir das regras atuais, a Reebok soltou um viral com jogadores da NFL fazendo jogadas totalmente impossíveis.

Os virais estão cada vez mais presentes nas campanhas publicitárias hoje em dia. Fico me questionando se em breve eles irão perder a característica e serem simplesmente mais um pilar das campanhas.

E vocês, o que acham?

23 de março de 2009

O esporte brasileiro pede ajuda

A notícia não é tão recente e, mesmo que fosse, talvez não pudesse ser considerada uma 'novidade' no atual cenário esportivo do Brasil.

Na semana passada, Jade Barbosa, uma das principais atletas da ginástica olímpica brasileira na atualidade, deu início a uma promoção em seu site oficial com o intuito de arrecadar fundos para o tratamento de uma lesão no punho direito. Jade sofre de uma doença rara chamada necrose no capitato, diagnosticada quando o punho apresenta problema de circulação no osso central. A atleta ainda foi aconselhada a fazer tratamento nos Estados Unidos, mas, como estamos vendo, não dispõe de recursos para tal.

Jade, que tem como única fonte de receita o salário que recebe do Flamengo, acabou dando sorte: um empresário ficou sensibilizado com o seu problema e resolveu ajudá-la com uma determinada quantia. Não tenho informações sobre o valor da ajuda do tal empresário - se alguém tiver, por favor, coloque nos comentários - e não sei se o mesmo é suficiente para bancar o tratamento completo de Jade; mesmo assim, acredito que haja alguns pontos importantes a serem levados em conta neste caso:

O Flamengo, como responsável pelo salário da atleta, poderia ter se envolvido mais com a situação de Jade com o intuito de acelerar o processo de arrecadação de fundos e, consequentemente, de recuperação. Mas não, pelo menos até aqui parece ter sido exatamente o oposto. O que vimos até agora foi uma mobilização solitária de Jade através de seu website. Se não bastasse ter que se preocupar com os treinamentos, campeonatos e, claro, a lesão, agora ela tem que se preocupar em desenvolver 'ações promocionais' para pagar seu tratamento.

Ou seja, se Jade, com a importância que tem para a ginástica, não tem o apoio necessário, quem dirá os atletas que ainda brigam por um 'lugar ao sol'? ´

Óbvio? Sim. Mas ainda se faz importante ressaltar casos como esse no Brasil, já que eles são regra e não exceção.

Na outra ponta, isso mostra a fragilidade do nosso esporte no sentido de que mesmo a iniciativa privada só tem interesse pelo mesmo em épocas de grandes competições como as Olimpíadas. O que também não poderia ser mais óbvio, certo?

Atletas lesionados? Eles querem é distância.

No entanto, penso que seria uma oportunidade para algumas marcas tirarem proveito da situação e criarem um forte vínculo com a atleta e que poderia ser potencializado no futuro - mas isto é assunto para outro post.

Com tudo isto acontecendo, a nossa política ainda defende o Rio de Janeiro como cidade sede para as Olimpíadas de 2016, mesmo sem a menor cultura esportiva. Só se for com o intuito de utilizar a candidatura como plataforma política, pois do contrário parece que o Brasil quer continuar sendo um celeiro de talentos abandonados.

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Quem quiser colaborar com Jade, pode acessar o seu site oficial (http://www.jadebarbosa.com.br/) para mais informações.

Cotas para Copa do Mundo vendidas

Nesta segunda-feira a SporTv fará um evento no Museu do Futebol para homenagear as empresas que compraram as cotas de patrocínio para Copa do Mundo de futebol.

Com um ano de antecedência, a emissora vendeu as cotas pelo valor de tabela de R$ 20,8 milhões. O investimento dá às empresas direito a 10.970 inserções, e começa em abril durante a transmissão dos jogos das Eliminatórias da Copa e nas exibições dos programas SporTV News, SporTV Tá na Área e Redação SporTV.

As empresas que compraram as cotas são: Ambev, Castrol, HSBC, KIA, Mc Donald’s e Visa. Sem grandes novidades, já que as mesmas estão acostumadas a investir grande parte da verba publicitária em eventos esportivos.

Estas grandes competições, como é a Copa do Mundo de futebol representam grandes oportunidades para os veículos venderem mídia e pacotes fechados. Porém, penso que a emissora em parceria com estas empresas, poderiam criar programas e mini-competiçoes que servissem de teaser para o grande evento. Mais do que vender espaço, poderiam alterar a grade da programação. Mais do que ficar no lado de transmissores, poderiam ser criadores de competições.

Do lado dos anunciantes, mais uma vez me questiono sobre o retorno que estas cotas dão para as empresas. Já sabemos que apenas isso não traz resultados, é necessário um conjunto de ações de suporte. Não é o caso da SporTV, mas as cotas oficiais das competições estão deixando de ser a “menina dos olhos” para empresas que desejam investir (forte) no esporte.

Está na hora de mudar essa forma de investir no esporte. Como diria Barack Obama em sua posse “O mundo mudou. Nós precisamos mudar.”

20 de março de 2009

Charlie Villanueva e o twitter no intervalo

No ano passado, comentamos aqui no Radar Esporte a ligação entre o esporte e a internet. Inclusive, a matéria fez parte do Top 10, onde falamos o avanço da NBA e sobre o twiiter do Shaquille O’Neal.

Pois é, a internet entra cada vez mais no esporte, e nas concentrações de jogadores de diversos esportes. No futebol, todos comentam as mudanças causadas pela internet e tecnologia.

Enquanto antigamente as concentrações eram lugares onde os jogadores conversavam, ganhavam convivência, hoje em dia, é um lugar para se trancarem nos quartos com seus laptops e ficarem todo o tempo conectados.

Porém, parece que a internet está cada vez mais presente na vida dos atletas. O jogador de basquete Charlie Villanueva do Milwaukee Bucks (nick CV31), durante o jogo contra o Boston Celtics, utilizou o twitter direto do vestiário. Seu recado foi: “Estou no vestiário, escondido para postar meu tweet. Estamos jogando contra o Celtics, empatados no intervalo. O técnico quer mais vontade. Preciso melhorar”

O técnico não gostou muito da história (claro), afinal era um tempo para se concentrarem e prestarem atenção em suas palavras, mas no final das contas, o Milwalkee não só venceu o jogo como Villanueva foi o maior pontuador da equipe, com 19 pontos.

O jogador continua twittando, mas agora só fora das partidas. E vocês, o que acham? Tudo tem seu tempo e lugar, ou vale utilizar a ferramenta durante os jogos?

Dica do Marquinhos!

19 de março de 2009

Fechado: Batavo é o novo patrocinador do Corinthians

Após muitas especulações, patrocinadores de “oportunidade”, o Corinthians fechou o patrocinador até dezembro de 2009: a Batavo, da Perdigão.

Será a segunda vez que a camisa do Corinthians terá a logomarca da Batavo no peito. A primeira, foi uma passagem bem sucedida para o clube, entre 1999 e 2000, com título Paulista, Brasileiro e Mundial de Clubes da Fifa.

O anúncio oficial será amanha, sexta-feira, e comenta-se que o valor está na casa dos R$18 milhões. O acordo prevê investimento no clube principal e também na base.

O clube paulista ainda pretende negociar as mangas e o calção, cotas que tem 80% do valor para o Ronaldo e 20% para o Corinthians.

O Corinthians aguardou todo esse tempo com a esperança de alcançar R$30 milhões, valor que dificilmente seria alcançado (mesmo com Ronaldo) por conta da crise.

Acredito que apesar do valor, o contrato não foi tão bom para o Corinthians. O valor alcançado é superior aos dos outros clubes da capital, porém, diferente dos mesmos, o Corinthians fechou um acordo que vai até o final da temporada apenas. Essa seria uma ótima oportunidade para o clube amarrar o contrato com mais tempo de duração, um projeto realmente a longo prazo.

O clube esperou e no final das contas conseguiu “apenas” um valor alto. Poderia ter conquistado um parceiro, construído um projeto e assim, conseguido muito mais.

Nike | The Lights

Confiram abaixo o novo comercial da Nike para a campanha “Believe in the Run”. O filme traz a essência das pessoas, que levantam da cama praticamente de madrugada, quando ainda está escuro para correrem.

Trouxe o filme para o Radar Esporte, pois mais uma vez temos uma marca esportiva lidando com esses atletas anônimos, que estão espalhados pelo mundo e lutando sem nenhuma aparente compensação. É o caso do filme da Olympikus (Inspiri-se), que também mostramos aqui.

Parece que as marcas estão fazendo destas pessoas, uma plataforma muito importante para a comunicação. Por um lado, continuam com estrelas, atletas profissionais que ganham a vida com o esporte. Mais que isso, ganham algumas vezes a chance de se colocarem para sempre na história.

Por outro lado, temos inúmeras pessoas anônimas que praticam e amam o esporte, que são os milhões de consumidores destas marcas, que usam os profissionais como um elemento aspiracional.

Penso que o equilíbrio entre famosos e anônimos tem muito a oferecer para enriquecer a comunicação destas marcas.

18 de março de 2009

Radar Esporte informa: Siga F1

Quase um ano depois do lançamento do serviço Siga Seu Time, o projeto, encabeçado por @plamiral, @rafaelpaes e @mgalves, ampliou o número de times disponíveis para os torcedores seguirem com a inclusão de clubes como Avaí, Barueri e Santo André - atualmente são 33.

Além disso, o Siga Seu Time também melhorou a qualidade das notícias enviadas - utilizando um número maior de fontes - e, em alguns jogos, o vídeo do gol é disponibilizado minutos depois de acontecer, o que traz ainda mais relevância para o serviço.

Novidades nas transmissões das partidas ao vivo também estão por vir em 2009.

Com a consolidação do projeto e a temporada 2009 da Fórmula 1 muito próxima de começar, o grupo resolveu lançar o Siga Fórmula 1, que irá funcionar nos mesmos moldes.

Eu, que já sigo o São Paulo no Twitter, recomendo o serviço pela qualidade e relevância do conteúdo, e por isso resolvi divulgar o Siga Fórmula 1.

A dica está dada. =)

Renault e Cantona

A Renault já havia feitos campanhas com jogadores de futebol, como foi com o francês Thierry Henry, para uma ação do Renault Clio.

Eric Cantona por sua vez é figurinha carimbada em campanhas da Nike. O ex-jogador francês é conhecido por algumas pessoas mais pela sua postura nos comerciais, do que por sua carreira nos gramados.

Para a nova campanha do Laguna, Cantona e Renault se encontram para promover a versão Coupe GT do carro. O ex-jogador participou do teaser, e também fará parte do filme de 90 segundos, que trará o lado mais cômico do mesmo.

Eric Cantona sempre foi um jogador com personalidade forte (as vezes até demais), como em 1995, quando após ser expulso contra o Crystal Palace, ouviu insultos da arquibancada e não hesitou em dar uma voadora em um dos torcedores (foi suspenso por dez meses).
Fico me questionando se jogadores de hoje, que são considerados rebeldes e impróprios para campanhas publicitárias, serão estrelas de comerciais no futuro.

Será que as empresas preferem jogadores com personalidades fortes a bons moços?

Confiram abaixo o teaser:

17 de março de 2009

F1 com novas regras para 2009

Ainda em 2008, o Radar Esporte havia comentado sobre a possibilidade de uma alteração no sistema de pontuação para a temporada 2009, e agora é pra valer.

A FIA confirmou que o novo método já valerá para a temporada deste ano.

A única diferença com relação ao que trouxemos aos leitores do Radar na ocasião é o fato de que o número de vitórias irá determinar somente o campeão da temporada - caso haja empate no número de vitórias, a pontuação ao longo da temporada irá definir o novo campeão -; ou seja, do segundo ao último lugar continua valendo o tradicional esquema de pontuação (dez pontos para o vencedor, oito para o segundo colocado, seis para o terceiro, e assim sucessivamente)

O sitema de medalhas de ouro prata e bronze (como nas Olimpíadas), defendido por Bernie Ecclestone na ocasião, foi rejeitado pela FIA.

Uma decisão de peso como essa, que seria capaz de alterar 12 campeonatos da F1, já está causando polêmica entre membros da direção da FIA, equipes e, claro, os pilotos. Só para constar, para aqueles que não quiserem acessar o link acima, com o novo sistema Massa teria sido campeão na temporada passada; e Senna, tetra.

A Fórmula 1, sob direção da FIA, é famosa por trazer novas idéias e formatos em praticamente todas as temporadas, seja na fórmula de pontuação, no teto orçamentário das equipes, nas especificações dos carros, não importa; a F1 procura ano a ano trazer inovações que tragam uma maior competitividade e/ou, por que não (?), uma melhor adaptação ao contexto - como é o caso com a atual crise financeira.

Resumindo, a FIA parece não ter medo de errar, mesmo com as cifras milionárias envolvidas no tal 'circo da Fórmula 1'. E, num mundo onde as mudanças acontecem muito rapidamente, nada melhor do que propor mudanças que mantenham a categoria no topo. Além disso, essa política de mudanças traz muito mais flexibilidade e agilidade para a categoria, tanto para o erros como para os acertos. O que deu certo permanece, e o que não funcionou é modificado.

Eu particularmente aprovo o novo formato por julgá-lo mais justo e, além disso, acredito que ele ajuda, junto com outras medidas, a renovar o interesse pela categoria, mas queria outras opiniões.
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Será que a FIA, como organização, não seria um ótimo exemplo para organizações como a UEFA, que muito discute mas pouco faz com relação a alguns assuntos de peso para o mercado do futebol?

São Paulo ajuda LG a vender mais celulares

Segundo estudo* da TNS Sport Brasil, a LG Electronics vende quase 40% de telefones celulares a mais aos torcedores do São Paulo em comparação com os de outros time de futebol brasileiros.

A pesquisa aponta que 19,3% dos são-paulinos dizem ter comprado aparelho celular da LG, contra 13,9% dos universo de fãs de outros clubes do Brasil.

Mas é claro que resultados como esse não viriam da noite para o dia; a parceria entre a empresa sul-coreana e o São Paulo está firmada desde 2001, e agora em 2009 houve uma extensão do patrocínio, que teve um investimeno de R$ 16 milhões

Segundo César Gualdani, sócio-diretor da TNS Sport Brasil, “A LG conseguiu entrar no coração dos são-paulinos e transformar essa associação em vendas. Temos aqui uma demonstração efetiva e não apenas empírica do resultado de um investimento em marketing esportivo".

Os dados são importantes e comprovam o retorno que antes não seria possível imaginar. No entanto, só o fato da LG manter o patrocínio do clube paulista há praticamente 9 anos, mostra que há, sim, retorno neste tipo de estratégia. Uma empresa não se pode dar ao luxo - ainda mais no atual contexto econômico - de investir milhões em um clube e não obter nenhum retorno - em termos de venda, pois no que diz respeito à visibilidade da marca não há o que discutir, ainda mais em se tratando de São Paulo.

Outro ponto que deve ser destacado é a iniciativa de se bancar uma pesquisa como essa realizada pela TNS Sport Brasil. É fundamental vermos mais estudos como esse sendo realizado por outros patrocinadores, para pouco a pouco acabarmos com o mito de que este tipo de estratégia não traz retornos financeiros para a empresa.

Depois de uma era áurea para o Palmeiras, numa parceria história com a Parmalat, o mercado vai se renovando e mostrando que outros formatos podem ser muito vantajosos para as empresas e para os clubes.

Dica de @plamiral

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* A pergunta “Qual a marca do seu telefone celular?” foi dirigida a 20.044 torcedores brasileiros ao longo de 2008.

Liga dos Campeões na Globo

Demorou, mas enfim, a Rede Globo comprou os direitos da competição mais importante do futebol mundial. O namoro entre a emissora e a liga já durava alguns anos, e sempre esbarrava na questão dos direitos relacionados aos patrocinadores da competição.

Uma mudança nas regras, e a Globo adquiriu o direito de transmitir a Liga dos Campeões a partir da temporada 2009-2010 para a TV aberta. A gigante carioca irá transmitir as partidas das quartas-feiras, os jogos de terça-feira serão exibidos pela TV Esporte Interativo, e na TV paga, todos continuarão com a ESPN.

A Heineken, principal patrocinadora da competição não terá o direito de exibir sua logomarca e também não irá veicular o tradicional comercial que antecede as partidas.

Essa mudança já era de se esperar, tendo em vista que a Rede Globo corre atrás dos grandes eventos esportivos mundiais. Porém, precisamos nos atentar para duas questões:

1. A Globo terá que abrir mão de parte da sua programação semanal. “Vale a pena ver de novo” e “Sessão da tarde” serão colocados de lado na quarta-feira. Aparentemente nenhum problema, mas são dois programas que a emissora insiste em deixar no ar (tem os seus motivos), que só deixa de transmitir quando temos jogos da seleção, isso de dois em dois meses (e olhe lá). Com isso, mais uma cota de patrocínio estará na cartela de produtos dos homens que cuidam do comercial da Rede Globo, e acredito que muitas empresas já devem estar brigando pelas cotas.

2. Podemos estar vivendo um momento histórico. Hoje em dia, se você perguntar para crianças, qual o time que elas torcem, a maioria irá dizer um nome nacional, e um clube estrangeiro, como por exemplo “São Paulo e Manchester”. Isso tudo porque hoje em dia a distancia entre fatos e lugares do mundo está cada vez menor. As informações estão acessíveis, e as crianças estão indo cada vez mais longe. Com a transmissão desses jogos em TV aberta, pela maior rede do país, podemos ter daqui alguns anos, crianças que irão torcer para o Manchester, para o Milan, para o Barcelona e para demais clubes europeus. Isso, não sendo a segunda opção, mas sendo o “time de coração”, já que irão acompanhar estes clubes sempre pela televisão.

Certa vez ouvi uma história que o Flamengo tem muita torcida pelo país, devido as excursões que fazia. Iriam jogar nos quatro cantos do Brasil, e assim conquistando torcedores nas mais diversas cidades, já que era o único clube que estava presente na região. Guardadas as devidas proporções, os clubes europeus estarão fazendo excursões pelos lugares mais distantes do Brasil, e poderão estar conquistando essa nova geração, que já fala de Cristiano Ronaldo, Kaká e outros jogadores, como se vissem atuando sempre.

E vocês, o que acham?

16 de março de 2009

Radar Esporte informa

Na noite desta segunda-feira, o jornalista Mauro Beting fará a noite de autógrafo de seu livro “Os dez mais do Palmeiras”, da coleção Ídolos Imortais, da Maquinária Editora.

O livro reúne os ídolos Oberdan, Fiume, Jair Rosa Pinto, Julinho, Djalma Santos, Ademir da Guia, Dudu, Luís Pereira, Evair e Marcos.

O lançamento será na Saraiva Megastore do Shopping Eldorado, a partir das 19h00, com possível presença do goleiro Marcos. Quem estiver em São Paulo, vale a pena conferir!

O país das corridas.

A Isto É desta semana veiculou uma matéria de nove páginas sobre o segundo esporte mais popular nas metrópoles brasileiras - pesquisa realizada em São Paulo e Rio de Janeiro pela Sports Track. É isso mesmo, nestas cidades a corrida está atrás apenas do futebol.

A matéria dá um amplo panorama sobre o mais antigo dos esportes e, além de tratar sobre os benefícios da corrida para o nosso organismo, traz alguns dados interessantes como, por exemplo, o fato do Brasil ter duplicado o número de corredores amadores em menos de quatro anos - hoje são mais de 2,5 milhões de corredores.

A matéria vem a confirmar a sensação que alguns de nós tínhamos. Crescente número de publicações tratando o assunto, parques cada vez mais cheios de corredores e, junto com eles, assessorias esportivas, que são empresas especializadas na organização e treinamento destes atletas.

A Olympikus, Adidas, Mizuno, Nike e Gatorade são algumas das empresas que estão de olho neste movimento. Mas ainda há espaço para mais.

Para se ter uma idéia do tamanho do crescimento, segundo a Federação Paulista de Atletismo, em 2008 foram 220 circuitos que contaram com a participação de 370 mil atletas - em 2004 foram 107 provas com cerca de 146 mil atletas.

Muitas destas provas são patrocinadas por empresas do segmento esportivo e outras muitas por empresas que aparentemente não tem nada a ver com o 'universo das corridas'. O fato é que estas empresas encontraram nas corridas de rua uma forma de estabelecer um outro tipo de contato com as pessoas, inclusive do ponto de vista emocional.

Quem corre nesses eventos sabe que muitos vão além do esquema corrida + premiação. Estas provas são verdadeiras festas onde o clima alegre e festivo prevalece do início ao fim. Grupos de amigos correndo juntos, motivando um ao outro e, ao final das provas, shows e festas para aproveitar a empolgação de todo mundo.

É claro que, com a massificação deste esporte, a tendência é que mais provas sejam acrescentadas ao calendário de corridas do ano; e aí, a grande diferença vai estar nos formatos e na experiência que cada uma delas proporciona às pessoas.

A Nike, por exemplo, desenvolveu em parceria com a Apple o Nike +, aliando performance e entretenimento - e que dão o tom inclusive nas provas realizadas pela marca -; a Adidas está presente nas provas importante através do Running Tour, que é um caminhão customizado que funciona como uma mini loja e oferece ao público mais uma oportunidade de conhecer e experimentar os produtos da marca; a própria Samsung também já está patrocinando uma prova como forma de promover os conceitos de sustentabilidade e bem estar etc.

Num momento em que falamos cada vez mais de micro segmentos, comunidades e questionamos as tradicionais divisões de target, que hoje ficaram genéricas demais, os corredores amadores podem representar uma ótima oportunidade para algumas marcas, basta entender qual o melhor approach e quais as inovações que podem ser implementadas para gerar diferenciação tanto nas provas como no dia a dia de treinamento destes atletas.

15 de março de 2009

Corinthians sem Ronaldo. Corinthians sem patrocínio.

Neste domingo, o Corinthians entrou em campo mais uma vez para uma partida do campeonato paulista, e novamente entrou com a camisa lisa, sem nenhuma marca. Nas duas últimas partidas do clube, o atacante Ronaldo atuou e decidiu as partidas, fato que não ocorreu desta vez.

No meio da semana passada, foi anunciado que a Dafra Motos iria patrocinar o Corinthians na partida contra o Santo André, seria mais uma empresa a aproveitar o “marketing de oportunidade” como denomina a própria diretoria do clube paulista. Porém, nesta mesma semana, pouco tempo depois do anúncio, o técnico Mano Menezes divulgou que o fenômeno Ronaldo não seria relacionado para a partida. Resultado: Dafra Motos desiste.

Embora alguns veículos tenham anunciado que a Dafra Motos desistiu do patrocínio por falta de tempo hábil na negociação, o que ocorreu realmente foi o anúncio da não presença do Ronaldo no partida.

Para algumas pessoas isso é óbvio. Mas, isso mostra dependência e fragilidade que o Corinthians tem. Onde está o poder do segundo maior clube do país? Um time com tanta história, do tamanho que é, não pode perder patrocínio se o Ronaldo não for jogar. Por mais que ele seja um dos maiores jogadores de todos os tempos, o Corinthians não pode jogar todas as suas fichas em cima dele, já que não terá o craque para sempre.

Além da negociação não ser pautada pela presença do jogador ou não, o clube não deveria ter anunciado que o Ronaldo não iria para o jogo. Além da falta de patrocínio, a partida contou com praticamente 8 mil presentes, público bem inferior aos jogos anteriores.

Comenta-se que nesta semana, o clube irá anunciar o Carrefour como novo patrocinador, com contrato de R$ 22 milhões. Independente do valor ou do nome da empresa, penso que o clube deveria ter outra estratégia de negociação, além de basear tudo no nome do Ronaldo. Daqui a pouco colocam o “R9” no lugar do símbolo de um dos clubes mais tradicionais do país.

Neste domingo ele não jogou, o clube não faturou, e não venceu. E vocês, o que acham? Vale jogar tudo nas costas do Ronaldo?

13 de março de 2009

Ronaldo. Ele voltou | Nike Rala que rola

Na última segunda-feira (9), a Nike veiculou um anúncio de oportunidade para a volta de Ronaldo, que aconteceu de forma emblemática: um gol de cabeça nos acréscimos do segundo tempo contra um dos maiores rivais (senão o maior) do Corinthians.


O que parecia ser só o início de uma história acaba de ser confirmar.
A Nike criou um viral que dá continuidade ao anúncio acima e mostra como o Fenômeno se sentiu durante todo o período em que ele ficou fora dos gramados.




É, parece que a fera está à solta novamente, e quem vai se aproveitar bastante deste novo momento do jogador é a Nike.

Vamos ficar de olhos nas próximas ações com Ronaldo Fenômeno.

Troca de família

Caros leitores do Radar Esporte, vocês devem estar se perguntando o motivo do título do post, ou se questionando qual a razão de falarmos em um blog de marketing esportivo sobre o programa da Record.

Antes de qualquer coisa, o título se refere ao programa. Ao passar pela Record ontem à noite, me deparei com uma verdadeira “troca de família”, já que uma pertencia a Gaviões da Fiel, e outra a Mancha Verde. O encontro foi pacífico, e na cena final, onde as duas mães se encontram para trocarem as cartas e histórias, mais um fato inusitado: se encontraram no Morumbi. Palmeiras, Corinthians e São Paulo juntos em um programa de televisão.

O motivo do post não é comentar o programa (claro), mas sim levantar uma bandeira para os dirigentes de clubes e responsáveis por torcidas organizadas. Palmeiras e Corinthians já deram exemplo no último Derby (como citamos aqui) e a experiência deveria se alastrar para os demais jogos, não apenas em clássicos históricos.

Não acho que deveriam criar marcas e confortos, até porque isso não se cria, mas poderiam organizar o jogo de futebol de tal forma que vire um espetáculo seguro e agradável para as famílias. Por mais que o “Troca de Família” seja um programa de televisão, acho que foi importante mostrar as duas famílias convivendo de forma pacífica, mostrando que há rivalidade, mas não há necessidade de violência.

As diretorias deveriam criar campanhas em parceria. Juntas, possuem mais força e têm mais apelo para mobilizar as pessoas. Por sua vez, os chefes das torcidas organizadas, deveriam se manifestar mais, uma vez que influenciam muitos os demais membros.

A profissionalização do futebol no país depende muito disso. Não adianta criarmos produtos, marcas, nos estruturarmos na administração, montarmos grandes times se as pessoas não tiverem segurança para irem ao estádio...

12 de março de 2009

Petrobras no Manchester United (?)

A Petrobras está estudando um apoio ao clube inglês Manchester United. Ainda não há nada oficial, mas poderemos ver a estatal brilhando ao lado de um dos maiores clubes do mundo na próxima temporada.

A empresa que é parceira do Flamengo e já esteve na camisa do River Plate (Argentina), foi procurada pelo clube inglês e espera um avanço maior na negociação para poder avaliar todos os pontos e valores da parceria.

Após a saída da Honda da F1, a Petrobras poderá realocar a verba que estava comprometida para outro projeto esportivo, e utilizar este valor para investir no Manchester United. Porém, no acordo com a Honda, havia uma cláusula destinada ao desenvolvimento de novos produtos, o que não aconteceria com no futebol.

A parceria ainda não foi fechada, mas já enxergo dois pontos para a discussão:

1. A Petrobras investe muito em projetos sociais, não apenas ligados ao esporte dentro do país. Sem entrar no mérito de ser obrigação e de descontar no imposto, é uma verba gigantesca mergulhada nas melhorias do país (parte social).

2. O Manchester United é um dos clubes mais ricos do mundo, com uma visibilidade enorme, que acarretaria na exposição da estatal no mundo todo.

Com certeza a verba para a parceria seria infinitamente maior ao valor investido no Flamengo, por exemplo. Será que vale a estatal investir pesado para ter seu nome na “boca do mundo” ao lado de um dos maiores clubes do mundo ou utilizar esse dinheiro aqui dentro do país?

O que vocês acham?

11 de março de 2009

São Paulo Soberano. De são-paulino para são-paulino.

Já comentamos por duas vezes (aqui e aqui) no Radar Esporte sobre o DVD lançado pelo São Paulo F. C. sobre o sexto título brasileiro conquistado o ano passado. O “tri-hexa” contou com a participação e distribuição da 20th Century Fox Home Entertainment e alcançou números bastante significativos no mercado nacional.

Desta vez, o São Paulo F. C. está preparando um filme para chegar aos cinemas em setembro deste ano. É o “Soberano - Seis Vezes São Paulo" produzido junto com G7, e que será contado pela perspectiva dos torcedores. Os depoimentos dos apaixonados pelo tricolor contarão passagens de sua vida com os títulos do clube como pano de fundo.

O documentário contará também com a participação de figuras importantes nessas conquistas, como Muricy, Rogério Ceni, Careca, Telê Santana entre outros.

Os torcedores podem participar pelo site http://www.filmesoberano.com.br/, onde além de poderem enviar os depoimentos, poderão participar da escolha do layout oficial do pôster do filme.

O filme é mais uma ação bem feita pela diretoria do São Paulo F. C. Além de aproveitar o momento vivido pelo clube, o tricolor está conseguindo cada vez mais criar vinculo com o seu torcedor. Os profissionais de marketing lutam para criarem ações de marketing de relacionamento, e o São Paulo F. C. está esbanjando categoria no trato com os seus “clientes”.

10 de março de 2009

Uniformes retrô. Um verdadeiro golaço.

Ontem foi veiculada uma notícia interessante sobre a onda retrô dos uniformes de clubes de futebol no Gazeta Mercantil. O assunto 'uniformes' não é novidade aqui no Radar Esporte - inclusive figurou no Top 10 de 2008 do blog -, mas o jornal trouxe alguns dados interessantes sobre este mercado, que está em plena ascensão aqui no Brasil.

Segundo reportagem, pelo menos três equipes brasileiras estão com projetos de uniformes antigos, enquanto outros quatro irão lançar coleções retrô.

Dados da J. Cocco Comunicação e Marketing apontam para um segmento já milionário no país. Foram 100 mil camisetas ao preço médio de R$ 150 - com algumas ultrapassando a cifra de R$ 200 - o que soma aproximadamente R$ 150 milhões no ano.

Para se ter uma idéia, as camisetas oficiais atingiram a marca de 2 milhões de unidades vendidas. Ou seja, se em 2008 uniformes alternativos/retrô já foram assunto, podem ter certeza de que este ano eles irão marcar presença novamente, e com mais força.

Na avaliação de Rogério Dezembro, diretor de marketing do Palmeiras, a linha retrô poderia render entre 10% a 15% do total dos licenciamentos do clube.

Os clubes se beneficiam financeiramente e estreitam o vínculo emocional com alguns torcedores privilegiados. Do lado das empresas de material esportivo, as camisetas retrô também representam uma bela fonte de lucros. A Adidas, por exemplo, teve no ano passado a primeira camiseta brasileira (do Palmeiras, no caso) na coleção global da categoria, que é comercializada em vários países. Isto me lembra comentários que o Bruno fez aqui no blog a respeito dos clubes se internacionalizarem e criarem uma ligação com torcedores estrangeiros, o que já é uma realidade entre os principais clubes europeus. Talvez este seja um dos caminhos...

Vamos aguardar os lançamentos e, claro, as estratégias que serão desenvolvidas para colocá-las no mercado. Espero que seja mais do que simplesmente 'ir para o ponto de venda'. Seria bacana ver ações promocionais, inclusive nos estádios, envolvendo este tipo de lançamento, até como forma de dar acesso a uma outra camada de torcedores, pois, convenhamos, as camisetas não são das mais baratas...

9 de março de 2009

Os bastidores do Roda Viva

Caros leitores, mais do que um post sobre marketing esportivo, ou assuntos do mundo do marketing esportivo que foram discutidos no Roda Viva desta segunda-feira, quero compartilhar um pouco sobre os bastidores do programa.

O programa contou com a presença de Raí, Soninha, José Silvério, Nuno Leal Maia e o técnico da seleção Dunga ao centro da roda. O apresentador Heródoto Barbeiro com a voz das manhãs da CBN, mostrou-se totalmente a favor da integração TV e internet. Em uma conversa após o programa, Heródoto disse que já conversa sobre a integração das duas mídias de forma mais intensiva também para o programa da rádio, e afirmou que a integração que a internet proporciona é realmente o futuro da comunicação.

Como não poderia ser diferente, o assuntou “Ronaldo” foi bastante comentado, e o técnico Dunga disse que gostou de ver a demonstração de força de vontade, empenho e humildade em mais uma recuperação. Dunga também disse que ainda é cedo para comentar sobre o K9, Keirrison, e que a seleção está no caminho certo.

Um assunto bastante abordado pelos presentes no programa foi a Copa do Mundo. O técnico da seleção fez boas afirmações, dizendo que mais importante do que construir estádios, é a estrutura que vai ficar depois do mundial, e como nós iremos explorar tudo. Lembrando que a estrutura do Pan está quase toda desativada.

Enfim, foi um prazer representar o Radar Esporte no programa da TV Cultura. Mais informações acessem o link do programa

Um derby para a história


“Senhoras e senhores, o Ronaldo voltou” foi assim que o narrador da SporTv Milton Leite anunciou o gol de empate do alvi-negro. Antes mesmo de gritar “gol”, o narrador anunciou a volta, em grande estilo, do fenômeno Ronaldo.

Mais do que ser lembrado pelo primeiro gol do atacante com a camisa do Corinthians, o derby deu exemplo em todos os sentidos. Parece que os clubes entenderam que um jogo de futebol é um espetáculo, com platéia, ingresso, começo, meio e fim. Um evento para faturar e fornecer aos presentes, que pagaram para estarem ali, algo valioso em troca.

O jogo, que foi transferido para o interior (Presidente Prudente), foi um exemplo. As torcidas se respeitaram, alguns torcedores assistiram à partida ao lado de torcedores adversários e deram exemplo de comportamento.

Pouco se falou sobre a iniciativa de levar o clássico para uma cidade do interior paulista, mas o fato é que os dirigentes devem pensar nisso como uma solução em determinados momentos. É claro que a capital deve ser palco dos nossos principais clássicos, mas times como Palmeiras, São Paulo e Corinthians - ainda mais agora com Ronaldo - tem torcedores em todo o Brasil e conseguem lotar estádios por todo o estado. Não é pra menos que ontem o clássico atingiu a marca recorde de público neste Paulistão - foram mais de 44 mil torcedores. É uma oportunidade de levar futebol de alta qualidade e com as principais estrelas para um grupo de pessoas que normalmente não teria acesso em sua cidade.

Também não podemos esquecer que os clubes estão criando suas próprias empresas de turismo, facilitando que os torcedores acompanhem seus clubes em outras cidades, como é o caso do Timão. Até aí eles estão faturando agora...

Dentro das quatro linhas, os dois times entraram lado a lado. O Palmeiras com seu uniforme tradicional, e o Corinthians trazendo Visa, Panasonic e Lupo, como adiantamos aqui no Radar Esporte.

A equipe do Palmeiras saiu na frente, mas aos 47 do segundo tempo, o mundo testemunhou um momento único. Ronaldo mostrou mais uma vez que ele pode voltar a jogar em alto nível. Ele fez o gol de empate e comemorou. Mas dessa vez foi diferente, ele não correu com os braços abertos enquanto apontava o indicador direito. Dessa vez Ronaldo pulou as placas de publicidade, correu para a torcida e se jogou literalmente no alambrado do Prudentão. Mesmo para quem disse ontem dominar com perfeição a arte de fazer gols, Ronaldo sabe que o gol de ontem foi, sem dúvidas, um dos mais importantes da sua iluminada carreira, e por isso o atacante explodiu num misto de raiva e alegria.

Que sem calem novamente aqueles que acharam que acharam que ele não iria voltar...

As duas diretorias estão de parabéns pela organização e iniciativa sobre o derby. Mostraram que adversários são fundamentais (uns para os outros) e trabalhando juntos só fortalecem o clássico e os clubes.

Postado por Bruno e Dida.

Dica: Ronaldo Fenômeno e a literatura fantástica - por Juca Kfouri



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E diga-se de passagem, ponto para a Visa, que utilizou a camiseta do Corinthians como parte da estratégia de lançamento do seu novo posicionamento mundial - com um plano de mídia que apresentou a campanha antes do jogo, no intervalo e após o clássico. Ao invés de utilizar o uniforme do clube sem qualquer critério, como outro patrocinadores fizeram anteriormente, a Visa entendeu a força do fenômeno Ronaldo, que voltou a prender novamente famílias em torno de um só televisor, e utilizou isso a seu favor.

Fonte Imagem: Globoesporte.com

8 de março de 2009

Corinthians e Visa, mas só por hoje.

Agora é certo. Na última sexta-feira, foi divulgado quem era o tal 'patrocinador secreto' do Corinthians para o clássico deste domingo contra o Palmeiras: Visa. A maior motivação para o patrocínio foi a possibilidade da presença de Ronaldo Fenômeno em campo mais uma vez, claro.

Com isso, só este ano já é o quinto patrocinador que o clube estampa em se uniforme. Os outros quatro foram Vivo, Locaweb, Ford e AACD - este último sem custo algum.

No entanto, não é esperado que a Visa acerta com o clube até o fim da temporada. Segundo notícia do Uol Esportes, a rede de Supermercados Carrefour, que já teve contrato com o Ronaldo, é um dos nomes cogitados para estampar a camiseta do alvinegro.

Aliás, essa história de possíveis patrocinadores do Timão está começando a me lembrar o caso da Emirates, só que ao contrário... Todo mundo tirando uma casquinha do Timão.

Na partida de estréia de Ronaldo - que entrou somente no segundo tempo -, a emissora carioca atingiu 30 pontos de média, marca que o futebol não conseguia há algum tempo.

E agora, com a possibilidade do Fenômeno jogar mais tempo do que no jogo contra o Itumbiara (ele talvez até seja escalado para começar a partida), a expectativa é que os números fiquem muito próximo disso novamente. E os patrocinadores adoram...

O clássico de hoje promete.

Olhos no Corinthians e todos torcendo pelo fenômeno.
Agora, se o K9 roubar a cena...será que mais virais virão por aí?

7 de março de 2009

Ronaldo – Brahma | Aperitivo para o clássico

Falamos muito aqui no Radar Esporte sobre a relação de Ronaldo com as marcas que o patrocinam. O atacante passou por contusões, conturbações e a reação das marcas foram variadas. Algumas o abandonaram, outras o apoiaram e algumas não se pronunciaram.

A Brahma foi uma das que preferiu o silêncio e certamente estava esperando sua volta como um fã apaixonado, um corintiano roxo e um amante do futebol, que não via a hora do fenômeno Ronaldo reencontrar a bola.

“Guerreiro”. É assim que a empresa de bebidas chamou um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, e confesso que é assim que eu também o vejo. Após três graves lesões, ele está de volta. Claro que ainda é cedo para falarmos sobre seu desempenho, mas o fenômeno voltou.

Muitas pessoas vão questionar a relação de um jogador com uma marca de bebidas, mas neste caso, penso que a homenagem caiu muito bem.

Confiram abaixo o comercial.

6 de março de 2009

Palmeiras e Corinthians. Um clássico de/que marca

Para jogadores, técnicos, torcedores, patrocinadores e fanáticos por futebol, os clássicos realmente são jogos diferenciados. Muitos comentam que os grandes craques se mostram nos clássicos, e que estes jogos são divisores d’água para a carreira dos profissionais, além de, claro, ficarem eternizados na história...

A paixão dos torcedores extrapola as quatro linhas e pode dividir famílias, países e cidades. Pode causar problema no coração desses amantes dos clubes (na vitória ou na derrota) e, ao mesmo tempo, o renascimento de times nos campeonatos.

Infelizmente, alguns clássicos não lotam porque os torcedores têm medo da violência nos estádios, mas geralmente são oportunidades para os clubes faturarem com a bilheteria. Mais do que isso, existem muitas possibilidades para os clubes e empresas ligadas ao futebol se capitalizarem.

Cabe aos times e às marcas entender como participar desse momento tão importante. Há marcas que abrem exceções que seriam impensáveis para muitos, como trocar a cor da sua logomarca e de suas embalagens para agradar ambos os lados. E pra mostrar que não estamos falando de qualquer marca, temos o exemplo da Coca-Cola, que mudou as cores de algumas de suas embalagens na Argentina por causa dos torcedores do Boca Juniors - sim, os produtos ganharam as cores azul e amarelo do clube argentino. E não é preciso ir muito longe, não. Aqui mesmo no Brasil, o Banrisul já patrocinou Internacional e Grêmio em momentos distintos por motivos óbvios.

Palmeiras e Corinthians fazem um dos clássicos mais importantes no mundo (confira matéria do Estado). O derby já foi até tema para a releitura de Romeu e Julieta. Pensando nisso, as diretorias dos dois clubes resolveram se unir para criarem uma marca para o derby e uma série de ações que irão rodear estes jogos.

A partir deste domingo, as partidas serão como finais de campeonato e valerão um troféu, que terá o nome de Brandão. A homenagem é para um recordista nos dois clubes, Oswaldo Brandão, que fez história nos anos 50, 60 e 70. O clube que ganhar 3 jogos seguidos, ou 5 primeiro, leva o troféu em definitivo.

A bola do jogo também terá o logo do Derby. Talvez ainda seja uma iniciativa discreta, mas a idéia é que o clássico ganhe cada vez mais força com o passar do jogos. Quem sabe daqui a algum tempo não vemos uma bola com um design diferenciado, desenvolvido somente e especialmente para o Derby, adquirindo assim um status de memorabilia esportiva de fato?

Um ponto bacana dos clássicos é que eles são verdadeiras manifestações culturais e envolvem um contexto que foge das mãos dos clubes. É praticamente impossível "criar" um clássico, mas, hoje, com os departamentos de marketing do clube se estruturando, é possível dar proporções ainda maiores para estas partidas.

A iniciativa, partindo de dois dos mais importantes representantes do futebol no país, pode acabar inspirando clássicos regionais Brasil afora a criarem ações que os amplifiquem ainda mais.

Do lado das marcas, elas precisam entender tudo o que estes clássicos representam na vida dos torcedores para saber como interagir de forma relevante com cada um deles, ajudando na criação de verdadeira memórias que se eternizarão também na mentes e corações dos torcedores.

Postado por: Bruno e Dida

Apresentações: momentos únicos

Hoje, um dos assuntos mais comentados é a apresentação do Fred no Fluminense. O presidente do clube, Humberto Horcades, proporcionou momentos únicos não só para os torcedores do tricolor carioca, mas para todos nós, com algumas pérolas:

- Trocou o nome do Fred duas vezes: chamou de Celso e Fábio
- Chorou (literalmente) ao falar da Unimed e do presidente Celso Barros
- Exaltou o jogador com títulos inexistentes em sua carreira, como por exemplo “campeão mundial”
- Fez com que a torcida aclamasse o presidente da Unimed, Celso Barros



Isso tudo fez a Globo.com divulgar uma lista com as 10 principais gafes em apresentações de jogadores (confira aqui), e isso me faz pensar como os clubes e empresas poderiam fazer as apresentações.

A Fórmula 1 investia milhões em grandes eventos e, com a crise, as equipes optaram por apresentações mais humildes, nas próprias garagens das escuderias. Os clubes não precisam gastar muito dinheiro para fazerem grandes eventos, mas poderiam capitalizar esse momento tão importante (dependendo do peso jogador, claro) para os torcedores, imprensa e próprio clube.

Ao saírem dos clubes, são poucos jogadores que convocam a imprensa e anunciam a saída. A maioria sai de fininho e não dá satisfação, mas quando são apresentados, todos, sem exceção, fazem questão de se mostrarem, é um momento único.

Os patrocinadores poderiam aproveitar as apresentações para exporem suas marcas de forma diferenciada. Os clubes poderiam fazer promoções com as camisas destes jogadores, além de criarem transmissões com bastidores pela internet para os “sócio-torcedores”. Poderiam também prestigiar alguns “torcedores Vips” e convidarem para irem assistir as apresentações.

Enfim, são inúmeras as maneiras de capitalizar este momento, e sem grandes investimentos. Por hora, fiquem com o link do vídeo do presidente do Fluminense.

5 de março de 2009

Radar Esporte no Roda Viva – TV Cultura

Caros leitores do Radar Esporte, na próxima segunda-feira, estarei representando o blog no programa Roda Viva, da TV Cultura.

O convidado da semana é o técnico da seleção brasileira, Dunga, e vocês podem acompanhar pela internet ao vivo, a partir das 18h30 no site do programa.

Farei parte dos “twitteiros” que acompanham o programa e comentam os bastidores da entrevista. Para quem ainda não possui nossos twitters, seguem @didalouvise e @brunobernardo.

Assim que tiver mais novidades, compartilho com vocês.

4 de março de 2009

Enfim, a estréia de Ronaldo

Demorou. Depois de pouco mais de um ano fora do futebol, o fenônemo Ronaldo voltou a pisar nos gramados em um jogo oficial.

No dia 4 de março de 2009 o mundo testemunhou a estréia do Ronaldo com a camisa do Corinthians e esse dia, provavelmente poderá se tornar muito importante na história do futebol.

É verdade que sua atuação foi de maneira discreta, mas isso é o de menos, uma vez que falamos de um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, que passou por três sérias cirurgias. Porém, como este blog é sobre marketing esportivo, vamos analisar alguns pontos do negócio.

1. O Corinthians pode ter apressado a estréia de Ronaldo para faturar com público nos jogos e alavancar o processo de patrocínio em seu uniforme. Claro que o técnico Mano Menezes não aceitaria palpites em seu trabalho, mas o futebol não é tão romântico como muitos pensam, e muita coisa faz parte do "negócio".

2. Muitos torcedores preferem a camisa de seus clubes "lisa", sem patrocínio no meio Podemos imaginar a vontade de ter uma camisa dessas com o número 9, e com o nome Ronaldo nas costas. Está aí uma grande chance de faturar, aproveitar o boom da estréia do atacante e fazer uma "promoção relâmpago" pelo Brasil: camisa do Corinthians, do Ronaldo, por um preço abaixo do valor apenas no dia após sua estréia.

3. Mais uma vez a imprensa se voltou para o Ronaldo. Desde os dias que antecederam a partida, passando pelo momento que o técnico o chamou para entrar, até o apito final do árbitro, todos os jornalistas presentes, e o público que assistia a partida se voltaram para o fenômeno. A quantidade de mídia espontânea, que hoje em dia é calculada por empresas, provavelmente será um dos argumentos do Corinthians na busca por patrocínio. Imaginem o sorriso do diretor de marketing da empresa que poderia estar na camisa do clube.

Contudo, podemos ter a certeza que a história do Corinthians, a carreira do Ronaldo e todos nós que acompanhamos sua estréia, a partir de hoje teremos mais um capítulo para contar para a próxima geração. Foi a data que o atacante voltou aos gramados brasileiros, retornou de (mais) uma lesão e por incrível que pareça nenhuma empresa aproveitou isso...

Aliás, a única marca que pode explorar tudo isso é a Nike, e eu espero mais um daqueles comerciais fantásticos que costumamos ver...


Crédito foto: Globo.com

3 de março de 2009

Inspire-se | Olympikus

Quem acompanha o Radar Esporte com frequência sabe que Nike e Adidas sempre marcam presença por aqui. A boa notícia hoje é que a brasileiríssima Olympikus estreou sua mais nova campanha para o ano de 2009. E, pelo tom do novo comercial, parece que o foco da marca será justamente nos atletas amadores.

Este parece ser um movimento natural para algumas marcas do segmento esportivo - a Gatorade, por exemplo, já está com um novo posicionamento mundial focando justamente nos esportistas e atletas amadores.

Mas isto não quer dizer abandonar a performance e a superação dos limites que os atletas profissionais buscam - e que sempre vimos nos comerciais -, pelo contrário. A idéia é justamente buscar inspiração no universo dos grandes atletas e trazê-los para o mundo daquelas pessoas que por nenhum motivo aparente - pelo menos para alguns - vão diariamente praticar seu exercício. Na verdade, se pararmos pra pensar, motivação é o que não falta.

E agora parece que as marcas estão percebendo a força deste público e estão começando a (re)direcionar seus esforços.

A campanha da Olympikus, criada pela DCS, é, na minha opininão, incrível.

Belo texto.

"Inspire-se."

Com ou sem patrocinador?

Ontem à noite, o programa Bem, Amigos, do SporTv, teve uma discussão interessante e que achei bacana postar aqui no Radar Esporte.

No último domingo (1/3), o Botafogo conquistou a Taça Guanabara no Rio de Janeiro e quando os atletas foram levantar a taça, eles não estavam vestindo o uniforme oficial, e sim uma camiseta promocional desenvolvida pela diretoria do clube.


A discussão, intermediada por Galvão Bueno, e que envolveu comentaristas e ex-atletas, questionava se este tipo de iniciativa deveria ser permitido; afinal, segundo alguns afirmaram no programa, os patrocinadores eram (co-)responsáveis pelos salários dos atletas e nada mais justo do que ter sua visibilidade garantida num momento tão especial para o clube, momento este que, claro, rende uma boa exposição na mídia.

Galvão Bueno, Arnaldo César Coelho, Caio e Júnior estavam claramente do lado dos uniformes tradicionais e seus patrocinadores e, mais do que defedê-los, também achavam que o mais coerente era estar com o uniforme da 'batalha' também na hora da premiação - talvez uma visão um pouco mais 'romântica' dessa questão...

Do outro lado, Renato Maurício Prado tinha uma opinião um pouco mais ponderada. Ele parecia entender ambos os lados, mas acreditava que o caminho natural eram as tais camisetas comemorativas dos clubes - inclusive citou a camiseta 5-3-3 e a 6-3-3 criadas pelo São Paulo recentemente. Mesmo nesses casos, Renato parecia acreditar que, no caso da camiseta promocional, o patrocinador também deveria estar presente - talvez isto seja, quem sabe, mais um ponto para ser acordado nos contratos.
O fato é que, desde que os departamentos de marketing dos clubes começaram a se desenvolver mais, iniciativas como essa começaram a ser mais comuns. É mais uma forma que os clubes encontraram para engajar seus torcedores e, claro, conseguir um pouco mais de verba.
Estas camisetas são bem comuns na NBA, mas lá, além dos uniformes não terem patrocinadores expostos, parece haver uma 'regra' para a utilização deste tipo de camiseta. Ou seja, ambos marcam presença, mas em momentos diferentes.
Eu mesmo ainda não tenho uma opinião formada sobre o assunto. Como alguns comentaram no programa, acho que o uniforme tem sua beleza, mas o caminho realmente deve ser as camisetas promocionais.
O que vocês acham?
Fonte Foto: Abril

Rosa Pink por uma boa causa

Na Inglaterra, os jogadores do Oldham (terceira divisão), utilizaram uniforme rosa na partida contra com o Leeds, na tentativa de angariar fundos para a ala especializada em câncer de mama do Royal Oldham Hospital.

Uma ação simples, mas que mostra o buzz gerado por algumas ações dentro do futebol. Aqui no Brasil, o Corinthians também fez uma ação do bem ao estampar o nome da AACD em seu uniforme (confira aqui) e obteve sucesso com a mesma.

Muita gente comenta apenas o lado fútil do esporte, como altos salários, noitadas e violência, mas pensem se todos se mobilizassem por causas nobres. O Pelé já fez uma guerra parar o assistirem jogar, e antigamente não tínhamos nem 1% do poder de comunicação que temos hoje.

Tantas coisas ruins acontecendo pelo mundo, penso que o esporte poderia se unir para tentar ao menos melhorar um pouco a vida de certas pessoas...

1 de março de 2009

O melhor time de todos os tempos

Para comemorar seus 50 anos como franquia membro NFL, o Buffalo Bills foi além da parafernália comemorativa tão característica de datas como esta e desenvolveu uma ação na internet para aumentar o envolvimento dos torcedores com o time.

Através do buffalobills.com os torcedores podem criar sua própria seleção do Buffalo Bills, através de uma lista previamente preparada com as maiores lendas de todos os tempos do time. Um vídeo dá aas boas vindas aos fãs e o site também fornece fotos, estatísticas e vídeos dos jogadores para tornar o processo de votação ainda mais interessante. Haverá um período específico de votacão para cada posição, o que deve dar mais longevidade à ação.


E, claro, como não poderia deixar de faltar, haverá um concurso entre os times selecionados, que irá premiar alguns torcedores com os 'brindes tradicionais' que o público americano já está acostumado.

Os torcedores também terão acesso a widgets, que darão destaque às suas escolhas, para colocarem em seus blogs.

Mais um ótimo exemplo que mostra como o esporte já está se rendendo definitivamente à internet.

Seria muito bacana ver uma iniciativa como esta com os nossos grandes times de futebol - ou até mesmo com a seleção brasileira. Temos uma história riquíssima no esporte, jogadores que se eternizaram e que fizeram sucesso em diversos cantos do planeta. Além de ser uma ação relativamente barata, ela gera um ótimo envolvimento com os torcedores, estimula o conhecimento das memórias do clube e seus jogadores, além de aumentar essa paixão incondicional pelo time; fora a repercussão que isso poderia ter em outras mídias e nas mesas de bar Brasil à fora.

Fica aí a referência do futebol americano para o futebol brasileiro.