31 de maio de 2008

Lakers vs Celtics | NBA Finals

Começa nesta quinta-feira (05), com transmissão da ESPN a partir das 22h, as finais da NBA.

Los Angeles Lakers e Boston Celtics irão disputar a série, com melhor de sete partidas, para definir quem se consagra campeão da temporada 2007-08.


Para quem não sabe, é o retorno do Boston Celtics, depois de 21 anos, às finais da NBA, onde irão lutar pelo seu 170 título. Já o Lakers, que derrotou o San Antonio Spurs nas finais da Conferência Oeste, vai em busca do seu 150 campeonato.

Os dois times já se enfrentaram em finais anteriores, inclusive com Magic Johnson (Lakers) e Larry Bird (Celtics) figurando como as grandes estrelas da disputa com atuações memoráveis.

A rivalidade entre os dois times não é de hoje e por isso há tanta expectativa em cima desta série. Até porque do lado do Lakers temos o MVP Kobe Bryant, liderado pelo vitorioso técnico Phil Jackson ; e do lado do Celtics temos o trio de ferro composto por Kevin Garnett, Ray Allen e Paul Pierce.

Saindo um pouco da história e da rivalidade, o fato é que as finais da NBA são um espetáculo à parte. Por isso, mesmo que você não seja fã de basquete, vale a pena conferir os jogos.

E para ficar mais fácil entender um pouco do que estou falando, confiram alguns desses momentos.





Só fico me perguntando porque não voltam ao sistema de 'mata-mata' no campeonato brasileiro de futebol. É o momento onde os grandes jogadores aparecem, onde partidas ficam para a história, onde a torcida comparece em peso, onde vitórias improváveis acontecem e por aí vai. Quem sabe um dia? =)

30 de maio de 2008

Avis Challenge


A Avis - empresa de aluguel de automóveis - está lançando uma promoção online em torno do GP de Silverstone, que irá acontecer em julho deste ano.


A campanha está promovendo uma competição online que oferece ao público a oportunidade de ganhar dois acessos VIP para Silverstone. Os participantes serão direcionados a um site onde responderão perguntas relacionadas ao mundo do automobilismo enquanto correm contra o tempo. Se optar por encaminhar o desafio para um amigo, o participante irá ganhar 10% de desconto na sua próxima locação com a Avis.


A campanha foi desenvolvida pela Web Liquid e será alavancada através de blogs, fóruns, comunidades e Newsletters da Avis.


*A Campanha está disponível apenas para alguns países da Europa.

De volta aos velhos tempos com um toque de modernidade.

Em evento exibido pela TV Galo, o Clube Atlético Mineiro que comemorou 100 anos no último dia 25 de março apresentou o novo uniforme que faz parte da “Coleção Centenário”.

Desenvolvida pelos designers Pina e Sthefan K, em parceria com a Lotto, que fornece o material esportivo do clube, a nova coleção traz tecnologia inédita e estilo retrô.

Além do tradicional uniforme listrado e do reserva, o Galo entrou na onda do uniforme 3 e apresentou um modelo na cor preta, que comemora o primeiro título mineiro do clube, em 1915.

Vemos mais um clube investindo no terceiro uniforme. Será que agora ele já é obrigação para os clubes?

Voando alto em Pequim.

Foi inaugurado recentemente em Pequim o maior aeroporto do mundo, o Terminal 3, com instalações cobertas de 1,3 milhão de metros quadrados e uma capacidade de lidar com 50 milhões de passageiros por ano.

Aeroporto Terminal 3 em Pequim

Com isto, a China assegura o recebimento do alto volume de pessoas que deve circular em Pequim na ocasião das Olimpíadas e antecipa a possibilidade de um 'apagão aéreo' no futuro. Além disso, o governo chinês também acaba de concluir o sexto rodoanel que irá facilitar a circulação de pessoas e automóveis na região.

Apagão aéreo que teve início em 2006 e até agora não foi completamente neutralizado, São Paulo com previsão de ter suas ruas e avenidas com circulação impossibilitada entre 2012 e 2014, Copa do Mundo do Brasil chegando (2014) e Rio de Janeiro como cidade candidata para as Olimpíadas de 2016.

Será que estamos preparados? Será que vamos conseguir fazer isto a tempo?

Budweiser e o GP de Fórmula 1

A Budweiser, patrocinadora oficial do GP do Canadá de 2008, está realizando uma ação nas linhas do metrô de Montreal, onde as estações foram ambientadas como se fosse um autódromo.

Vejam algumas fotos da ação:




Via Adivertido

Fica a inspiração para o banco Santander, patrocinador oficial do GP do Brasil de 2008.

Sabemos que iniciativas como a que foi realizada pela Budweiser envolvem a comunidade local com o evento e geram grande visibilidade para ambas as partes. No caso do Brasil, que é o último GP da temporada e com Felipe Massa como um dos possíveis candidatos ao título, o Santander pode desenvolver uma série de ações diferenciadas para potencializar sua marca. É esperar para ver.

29 de maio de 2008

Campeões. No videogame...

Voltando aquela discussão que o Dida trouxe com a questão do videogame ser ou não ser um estímulo para o esporte, resolvi trazer um fato curioso. Acaba de ser lançado o guia anual de videogames pela Ediouro.

O guia totalmente dedicado ao mundo dos games, com informações sobre os clássicos Mario Bros., Sonic, Lara Croft, Aki Ross, Jak & Daxter, Street Fighter, PAC-Man entre outros, traz uma série de dados curiosos, como o nome original do clássico PAC-Man era Puck-Man, devido ao formato em disco do personagem, mas foi alterado para evitar pichações com trocadilhos nas máquinas do jogo.

Divido em 12 categorias (jogos de ação e aventura, de luta, de tiro, de plataforma, de esportes, de corrida, de estratégia, de música, simuladores, RPGs, MMORPGs, labirinto e quebra-cabeças), o Guinness World traz os títulos mais vendidos e de vendagem mais rápida, o processador mais veloz, o maior ambiente explorável, os jogadores mais bem pagos, os mais jovens e os mais velhos.

Vocês já pararam para pensar se existisse um Guinness do esporte? Será que os mil gols do Romário estariam lá? Será que alguém já resolveu fazer um guia desses?

Vale a pena conferir:
GUINNESS WORLD
RECORD GAMES 2008
EdiouroR$ 69,90 (268 págs.)

28 de maio de 2008

Microsoft patrocina time de futebol.

A Major League Soccer (MLS) começa daqui a 10 meses e um de seus times, o Seattle Sounders, está sem técnico e tem apenas um jogador na equipe. No entanto, isto não impediu que o time conseguisse fechar um patrocínio com a Microsoft.

A empresa deve investir no clube $ 4 milhões por temporada por um período de 5 anos e irá estampar a parte frontal do uniforme do Sounders, o que não é muito comum na maioria dos esportes nos Estados Unidos. Além do futebol, lá isto só ocorre no tênis, no golfe e no automobilismo.

Apesar de não ser nenhuma novidade no Brasil e em outras potências do futebol como a Europa, os americanos consideram este tipo de intervenção no uniforme algo não muito elegante mesmo com toda a visibilidade que proporciona ao patrocinador. Mas quem acompanha o futebol sabe que a habilidade em negociar este espaço por um bom valor é sustentada por clubes bem estruturados e de alta confiabilidade. Alguém duvida que o Manchester United, que recebe um investimento na ordem de $ 26 milhões, é uma dessas equipes?

No Brasil é impensável, pelo menos atualmente, pensar no times de futebol sem o patrocinador marcando presença nos uniformes. Algumas marcas chegam a se misturar com a história do clube. Quem não se lembra de Palmeiras e Parmalat, Corinthians e Kalunga ou São Paulo e IBF?

Mas nos Estados Unidos as grandes modalidades nunca estamparam a marca do patrocinador nos uniformes e, da mesma forma que aqui tivemos parcerias memoráveis entre clubes e patrocinadores, lá as marcas atuam mais no backstage, dando suporte a infra-estrutura da equipe. Nos EUA isto é uma questão cultural também, e não só 'vamos faturar com isto'.

Eu, por exemplo, não consigo enxergar um patrocinador estampado no uniforme - da forma como é feito no brasil - no uniforme do Chicago Bulls, do Dallas Cowboys ou do New York Yankees; mas, como já disse, hoje também não vejo o contrário no futebol brasileiro.

O que vocês acham?

É possível que o patrocinador não estampe sua marca nos uniformes brasileiros ou hoje ele já faz parte do jogo?

27 de maio de 2008

Portuguesa lança uniforme 3.

Quando a gente pensa que o assunto se esgotou e que não é mais novidade nenhuma um time ter seu uniforme 3, aparece uma idéia bacana para vermos como a criatividade pode tornar o assunto relevante de novo.


Em um projeto desenvolvido pelo departamento de Comunicação e Marketing da Portuguesa em conjunto com a Penalty, fornecedora de materiais esportivos do time, o clube abriu uma votação em seu site para que os torcedores decidam qual será o modelo do próximo uniforme que será de cor preta. Como se não bastasse permitir que os torcedores participem na escolha do uniforme, os modelos foram desenvolvidos pela grife Cavalera, que desenvolveu modelos mais retrôs e com detalhes que fazem referências à colônia portuguesa; como a palavra "coragem" que será bordada na manga esquerda da camisa e "esperança", que será bordada na manga direita; nas costas, abaixo do número do jogador, estará a frase "Orgulho de ser Lusa".

Além de todos estes fatores que me chamaram a atenção no projeto, dois pontos em específico merecem ser destacados:

1) Abrir a votação para que seus torcedores determinem o próximo uniforme aproxima o clube da torcida e, mais do que isso, minimiza as chances de uma polêmica após a definição, como foi o caso do Corinthians com alguns torcedores que reprovaram a cor roxa.

2) Camisetas de clube em moda, tendência de uniformes retrôs e cada vez mais pessoas usando estas camisetas para sair (é só olhar nas ruas). Isto prova que a parceria com a Cavalera foi uma ótima forma de criar um aspiracional para a nova camiseta da Portuguesa através de um design diferenciado e colocá-la, quem sabe (?), no rol dos uniformes mais desejados.

Campeões e bem vestidos.

Os jogadores do Manchester United, campeões da Liga dos Campeões 2008, estão mais valorizados e bem vestidos. Isto, porque o clube fechou contrato com estilista inglês Paul Smith, que desenhará os trajes formais e acessórios dos jogadores para os próximos três anos.

O estilista, que é conhecido pelo toque elegante e simples já tem os primeiros trajes desenhados: um terno marinho de dois botões com forro de entretela vermelha e debrum listrado, uma gravata listrada e exclusiva do time e um cinto, com o escudo impresso na parte de dentro.

Este contrato do Manchester me fez pensar em algumas atitudes aqui no Brasil. Recentemente vi o jogador Kleber, do Palmeiras, no programa Terceiro Tempo com uma camisa de passeio do clube. Achei a atitude simples e muito boa, uma vez que os clubes pagam muito por direitos de imagem do jogador, recebem uma fortuna dos patrocinadores e muitas vezes na hora e aparecer (como a comemoração do gol) os atletas “escondem” tudo isso.

Já que os clubes pagam por direitos de imagem, necessitam resgatar este valor de algum jeito. Melhor ainda se for com “imagem”.

Kobe Bryant e os virais da Nike

Há algum tempos atrás começou a circular na rede um vídeo no qual Kobe Bryant saltava um Aston Martin a 80km/h; dessa vez, colocaram o astro dos Los Angeles Lakers junto aos caras do Jackass para saltar uma piscina cheia de cobras venenosas.

Como já foi dito em outros posts aqui no Radar Esporte, Kobe Bryant é uma das apostas da Nike para tentar repetir o sucesso da época áurea de Michael Jordan e, além disso, o jogador foi o MVP da temporada deste ano e seu time já está nas finais de conferência - Kobe é o jogador mais forte para a marca nesta fase do campeonato.

Independentemente de serem falsos ou não o fato é que estes virais com Kobe Bryant podem estar buscando uma revitalização da imagem do jogador. Ele sempre foi visto como bad boy, um atleta que joga sozinho, que não sabe liderar e a lista não pára por aí...Talvez o que a Nike queira com estes virais é tornar a imagem do jogador mais 'fun' e um pouco menos séria.

Confira abaixo os dois vídeos.



24 de maio de 2008

Manchester United | Take it to the next level

Na última quarta-feira (21), o Manchester United se consagrou campeão da Liga dos Campeões após uma partida disputadíssima.

Cristiano Ronaldo abriu o placar logo no primeiro tempo com um gol de cabeça, mas o Chelsea conseguiu o empate ainda no primeito tempo. A partida foi para os pênaltis e os Diabos Vermelhos acabaram conquistando seu terceiro título da Liga.

Confiram abaixo o anúncio da Nike em comemoração ao título:

Clique para ampliar

22 de maio de 2008

Ingressos seguros para os Jogos de Pequim.

Pela primeira vez na história das Olimpíadas, um chip será implementado em mais de 16 milhões de ingressos com o intuito de identificá-los a 5 metros de distância e limitar, assim, a venda de ingressos falsos.


É esperar para ver como esta nova tecnologia vai se sair durantes os jogos e, alcançando os resultados esperados, como se dará a implementação desse tipo de tecnologia em outras competições de grande porte como a Copa do Mundo.

O Brasil irá receber a Copa de 2014 e tem um histórico de alta quantidade de ingressos falsos e forte atuação de cambistas em grandes eventos - o Panamericano é um bom exemplo que sinaliza esta deficiência por parte da organização. Este tipo de tecnologia ajuda a garantir o retorno financeiro esperado do evento e dá tranquilidade ao seu espectador de que as chances dele comprar um ingresso falso são bem reduzidas.

Classic Nike Designs Video

20 de maio de 2008

Pronto para a largada?

Aproveitando a deixa do último post do Dida, resolvi resgatar uma ação.

No começo do ano o Corinthians apresentou seu carro para disputa da Fórmula Superliga, a mais nova categoria do automobilismo, a ser disputada agora em 2008. Flamengo já tinha confirmado sua presença.

A competição permitirá aos dois clubes brasileiros competir contra outros clubes do resto do mundo. Milan, Olympiacos, Porto, PSV Eindhoven, Borussia Dortmund, Anderlecht, Basel e Sevilla são alguns dos clubes que participarão do campeonato.

No total, 20 clubes de futebol brigarão pelo prêmio em dinheiro de 1 milhão de euros (cerca de R$ 2,55 milhões). A competição terá 12 corridas, divididas em seis rodadas, a partir de agosto deste ano.

Na primeira temporada, os pilotos disputarão o título em seis circuitos Confira o calendário: Donington Park, na Inglaterra (31/8); Nürburgring, na Alemanha (21/9); Zolder, na Bélgica (5/10); Itália, a confirmar (19/10); Estoril, em Portugal (02/11); e Jerez de la Frontera, na Espanha (23/11).

As provas serão realizadas em dois dias. No primeiro, os competidores brigam para ver quem fará a pole position na primeira corrida. Na prova seguinte, o grid será invertido em relação ao resultado do primeiro evento. Quem vence a etapa inicial, larga em último na seguinte. Todas as regras foram feitas para deixar a competição super acirrada.

Para os corintianos isso representa mais uma etapa na construção de uma marca global. Apesar de ser o segundo clube com maior torcida no país, o Corinthians não tem o mesmo conhecimento que, por exemplo, o São Paulo tem no exterior. Será que a Fórmula Super Liga tem todo este poder?

Cabe a nós esperar e ver os resultados.

Automobilismo é mais atrativo que o futebol.

De acordo com matéria veiculada hoje no Gazeta Mercantil, o Índice J. Cocco (IJC), da J. Cocco Sport Mkt, indica que o automobilismo passou o futebol e se tornou a modalidade mais atraente para patrocinadores e investidores.

Desde o lançamento da ferramenta em outubro de 2006 o futebol nunca havia deixado de ser a modalidade número 1. O índice do futebol caiu de 1.535 pontos em outubro de 2006 para 1.481 pontos em abril deste ano, enquanto que o automobilismo subiu de 1.402 pontos para 1.497.

A pesquisa é feita a cada seis meses e considera 55 modalidades, e inclui diversas modalidades como atletismo e o xadrez. O índice considera 20 critérios para a análise como adequação ao público masculino e feminino, faixas etárias, ídolos, geração de consumo, visibilidade na mídia e agregação de tecnologia e status.

Segundo José Estevão Cocco, presidente da empresa, "O futebol depende somente do jogo em si e não cria um evento de entretenimento, o que o automobilismo aprendeu a fazer muito bem" .

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Métricas a parte, este estudo possui alguns critéios importantes e que apenas sinalizam para aquilo que já abordamos aqui no Radar Esporte em outros posts: a experiência de assistir a uma partida. Experiência esta que envolve desde a compra dos ingressos até o momento em que o torcedor sai do estádio.

Enquanto o automobilismo é um evento que consegue trabalhar em vários níveis de promoção, o futebol ainda precisa desenvolver a mesma habilidade se quiser fazer das partidas uma experiência integrada que seja capaz de abordar aquele torcedor também como um consumidor.

Petrobras investe R$ 25 milhões no esporte.

A Petrobras lançou nesta segunda-feira (19/05) o programa Petrobras Esporte & Cidadania, onde a petrolífera pretende injetar, por meio da Lei de de incentivo ao esporte, mais R$25 milhões de reais em projetos que visem contribuir para o desenvolvimento da área no país, seja no nível profissional, de educação ou de participação voluntária.


De acordo com o gerente de patrocínios esportivos da Petrobrás, Claudio Thompson, a meta é levar o Esporte & Cidadania para todas as regiões brasileiras. Contando com os novos investimentos, além de patrocínios já firmados, a Petrobrás promete investir entre R$80 e R$85 milhões no esporte este ano.

O prazo de inscrições para seleção pública dos projetos esportivos vai até o dia 31 de julho, e a lista com os planos selecionados será divulgada em Outubro.
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A Lei de incentivo ao Esporte (11.438) foi sancionada em Dezembro de 2006 e permite que patrocínios e doações para projetos esportivos sejam descontados do Imposto de Renda de pessoas físicas (6%) e jurídicas (1%).

A Petrobras, que é a terceira maior empresa das Américas em valor de mercado, segundo estudo da Economática divulgado ontem, assume um papel importante, e correspondente a sua grandeza no país, de liderar o fomento de investimentos no esporte. Ainda mais porque a lei é recente e é preciso promovê-la para outras empresas, só assim os investimentos na área irão aumentar.

Um dos pontos de atratividade para as empresas é o desconto no Imposto de Renda. Valores a parte, além do desconto as empresas tem a chance de associar suas marcas e produtos aos valores do esporte. Mas, mais importante que isso, é o desenvolvimento da cultura esportiva no país.

19 de maio de 2008

The Cesc Fàbregas Show

O jogador espanhol Francesc "Cesc" Fàbregas, que atua no Arsenal, irá estrelar a partir de amanhã (19) seu próprio programa, que será um mix de futebol, comédia e entretenimento.

Com uma hora de duração, o programa patrocinado pela Nike ainda contará com entrevistas ao vivo, e jogadas 'extravagantes'.

Para divulgar o programa foram produzidos alguns vídeos bem bacanas.




Produção da Wieden+Kennedy UK

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Colocar um jogador para apresentar um programa com este perfil é no mínimo bem inusitado.
O que vocês acham? Já pensaram em algum jogador brasileiro que poderia estrelar um programa desse tipo?

Para mais informações e download do widget do programa, cliquem aqui.

Anúncio de Oportunidade?

A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos - CBDA - assinou hoje um contrato com a Gol Linhas Aéreas Inteligentes. O acordo, que não teve valores divulgados, terá duração de um ano e irá garantir passagens aéreas nacionais para os eventos dos cinco esportes olímpicos da CBDA – natação, pólo aquático, saltos ornamentais, nado sincronizado e maratonas aquáticas.

"O contrato com a Gol nos dará a oportunidade de realizar clínicas (cursos) para atletas de todo o país com os maiores especialistas das modalidades e nossos grandes ex-atletas. Já temos um projeto para trazer nadadores de talento olímpico, de todas as categorias, para um período de aprendizado e treinamento no Parque Aquático Maria Lenk, com acesso a alta tecnologia nos esportes aquáticos" – informou Coaracy Nunes Filho, presidente da CBDA.

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Eu já vejo de outra forma. A equipe de natação brasileira é uma das grandes expectativas de medalhas nos Jogos de Pequim, e, no caso do novo patrocinador, esta é uma grande chance de associar sua marca a imagem de atletas vitoriosos quando estes voltarem com suas medalhas.

Toda a importância que o Coaracy deu ao acordo cai por terra quando vemos a duração do contrato - um ano. Permitir que os atletas da CBDA viajem de graça para as competições é de grande ajuda - ainda mais em um país de dimensões continentais como o nosso - e irá viabilizar as clínicas citadas pelo presidente, mas por um ano apenas. Será que um ano só basta?

Ou seja, você começa a desenvolver um projeto de realização de clínicas (fundamental), fornecimento de melhores condições para os atletas e, coincidentemente, um ano após as Olimpíadas tudo isto acaba? De que adianta? Não sou contra o apoio da Gol de maneira alguma, só fico me questionando porque continuamos 'investindo' no esporte no curto prazo. Quando veremos mais casos como o do Banco do Brasil no vôlei e do próprio Correios na natação? Este tipo de investimento, sim, traz retorno para o esporte, para o patrocinador e para os atletas. Só para se ter uma idéia, o Correios já está com a CBDA há mais de 15 anos e investe R$ 8 milhões anuais no esporte.

Mas não tem problema, um ano antes das Olimpíadas de Londres os apoios voltam, os patrocínios brotam e os anúncios de página dupla também. E todo mundo vai achar que está tudo bem...

18 de maio de 2008

Guga e Banco do Brasil

O Banco do Brasil volta a fazer parte do rol de patrocinadores de Gustavo Kuerten até 2010 - valores de contrato não foram divulgados. Com isso, o BB deve explorar a imagem do jogador em suas campanhas mesmo após a aposentadoria do atleta.

Em Roland Garros, sua última competição, o jogador também contará com o apoio de Diadora, Vivo, Grendene e Head. Isso prova que a imagem do atleta ainda está em boa fase e pode gerar retorno para seus patrocinadores.

Apesar de ser um contrato com dois anos de duração, acredito que é uma decisão que merece nossa atenção. O Brasil ainda tem muito a aprender no que diz respeito a exploração de uso de imagem de jogadores aposentados. Na Europa e nos EUA isso acontece de forma muito mais natural, enquanto no Brasil o foco continua sendo o atleta com mais chances na próxima competição.

Guga é um dos maiores atletas que o Brasil já teve, é um ídolo nacional e foi o grande responsável pelas proporções que o tênis tomou no país. Além disso, o atleta comanda o Instituto Guga Kuerten, em Santa Catarina, que atende cerca de 550 crianças. Com toda esta história, nada mais coerente do que continuar apoiando o atleta e o tênis no país.

17 de maio de 2008

Nintendo Wii. Um estímulo ao esporte?

A Nintendo vendeu 714 mil consoles Wii em abril, superando o total vendido de todas as outras plataformas - Xbox 360, PS3, PS2 e PSP.

Segundo a consultoria NPD, o Wii já atingiu a marca de 9,5 milhões de unidades vendidas. Para se ter uma idéia do sucesso do console, o Wii vendeu apenas 500 mil unidades a menos que o Xbox 360, que foi lançado um ano antes.

Não preciso me ater aos detalhes sobre o console da Nintendo, mas o que muitos diziam ser uma aposta fadada ao fracasso da marca, se tornou uma das maiores inovações/revoluções do mercado de games dos últimos tempos, já que literalmente tirou os jogadores do sofá.

Já li e vi diversas reportagens falando sobre como os games ultra-violentos podem estimular negativamente a cabeça dos jovens, como isso pode gerar atitudes violentas ou como os games, no geral, levam os jogadores a um vício e a uma vida cada vez mais sedentária.

Será que o Wii será responsabilizado por estimular as pessoas a praticarem esportes? Será que atribuirão ao console o estímulo a conhecer e acompanhar outros esportes? Será que o Wii será capaz de canalizar investimendos publicitários de marcas ligadas ao esporte? Será que teremos um acréscimo na audiência de programas esportivos?

Será que, da mesma forma que atribuem tantas coisas negativas aos games, irão atribuir as conquistas ao Wii?

São muitas as dúvidas e, talvez, estes nem fossem os objetivos principais da Nintendo, mas o fato é que da mesma forma que os consoles "tradicionais" (jogados do sofá) influenciaram gerações, será que o Wii conseguirá mudança de comportamento parecida?

Ok, parece um pouco viagem. Mas vai saber, não é verdade? =)

Cotas. Quem pode mais?

Mal começou o Campeonato Brasileiro de 2008 e o ano seguinte já virou polemica nos bastidores. Isso tudo porque Flamengo, Corinthians e São Paulo querem negociar cotas maiores para a transmissão de seus jogos no Campeonato Brasileiro pela emissora que comprou os direitos. O Clube dos 13, entidade que reúne os principais clubes do país, negociou a cessão dos direitos por R$220 milhões anuais.

Os direitos de transmissão sempre foram motivo de discussão entre clubes e emissoras. De um lado temos a gigante que detém direito de praticamente todos os grandes campeonatos, que é responsável por grande parte do dinheiro que entra nos cofres dos clubes. Do outro lado, instituições com milhões de espectadores Brasil a fora de olho na televisão. Uns comemoram os gols e os outros os pontos na audiência.

Embora tenhamos a divisão de audiência qualitativa e quantitativa, os clubes com mais torcida questionam os valores pagos, uma vez que são os jogos mais transmitidos, que é o caso de São Paulo, Flamengo e Corinthians.

“Queremos que uma parte da remuneração seja dividida entre todos, claro! Mas quem tem mais exposição tem que receber mais. É justo. Mais exposição é igual a mais valorização”, disse o vice-presidente de marketing do Corinthians, Luiz Paulo Rosenberg, autorizado a negociar em nome dos três clubes. (fonte: LANCE!)

Assim como temos nas agências de publicidade departamentos de mídia, que analisam todos os valores cobrados, o que se oferece e o retorno para o cliente; acredito que deveríamos ter profissionais negociando estas cotas. Já que estão falando de dinheiro e negócios, que sejam profissionais.

16 de maio de 2008

O poder de um ídolo.

No ano que vem se completam 15 anos da morte de Ayrton Senna, um dos maiores (senão o maior) ídolos do Brasil. Em 2009, também será comemorado 15 anos do Instituto Ayrton Senna, planejado pelo piloto e concretizado por sua família.

Desde a criação do Instituto, sua meta principal tem sido trabalhar para criar oportunidades de desenvolvimento humano a crianças e jovens brasileiros, em cooperação com empresas, governos, prefeituras, escolas, universidades e ONGs.
Só em 2007 foram 1.350.532 de crianças e jovens beneficiados, 67.350 educadores formados, 10.670 escolas, ONGs e universidades parceiras, 1.360 municípios atingidos e 25 estados contemplados.

Além de um Instituto com seu nome, Senna, antes de sua morte, criou uma marca. Esta idéia, de criar uma marca com seu nome veio de um amigo. Como Ayrton mesmo definiu: “Dediquei-me, pessoalmente, a buscar a melhor estrutura, com os melhores profissionais, visando desenvolver um projeto sólido e voltado para o mundo. Tudo foi exaustivamente pensado para dar certo. E deu.”.
Esta preocupação com a qualidade de tudo que estava sendo preparado tinha uma razão clara, era seu nome que estaria assinando os produtos.

Os números mostram que o mito Ayrton Senna se mantém forte até hoje. Os negócios envolvendo a imagem do piloto sempre estão em alta. Hoje, existem produtos com as marcas Senninha, Senninha Baby e Senna. De alimentos a motos, passando pelos sofisticados relógios Ayrton Senna, da Tag Heuer, iates e canetas. O cuidado com a imagem do piloto e das marcas é tão importante que o próprio Instituto mantém um estúdio com mais de 30 pessoas responsáveis pelo design dos personagens e pelo controle da imagem e da qualidade dos produtos.

Mesmo após 15 anos de sua morte, o ídolo continua na cabeça das pessoas. Em uma pesquisa realizada em 2006 pela Young & Rubicam, que avalia a percepção de marca pelos consumidores brasileiros mostrou que, o tri-campeão ainda aparece como personalidade que mais inspira confiança, simpatia e admiração. Na ocasião as 5 primeiras personalidades mais valiosas do país foram:

1.) Ayrton Senna
2.) Jô Soares
3.) Xuxa
4.) Ronaldinho Gaúcho
5.) Gisele Budchen

Isso tudo mostra a capacidade de um ídolo transformar sua imagem em uma marca valiosa. Muito mais do que troféus, produtos licenciados e saudade, Ayrton Senna deixou uma lição para os esportistas: a imagem construída vai muito além das páginas dos jornais.

Já está sendo preparada uma campanha para a comemoração dos 15 anos do Instituto.

A Virada

Depois de muita polêmica sobre o caso Ronaldo, o novo vídeo da Nike com Adriano e o seu retorno à seleção brasileira, fiquei pensando sobre a relação dos torcedores com os jogadores e como os patrocinadores e os atletas conseguem tirar proveito disso.

Ronaldo, o fenômeno, depois de uma convulsão na véspera da final da Copa de 98 e de sérias lesões nos joelhos, voltou a jogar pela seleção e foi de fundamental importância na conquista do pentacampeonato na Copa de 2002 na Alemanha - só na final o craque fez dois gols.

Adriano voltou ao Brasil emprestado para o São Paulo para se recuperar de uma má fase. Não marcava mais gols na Inter de Milão, não apresentava mais a mesma força e também teve problemas com bebidas e festas. Passou por um período um pouco truculento no São Paulo, alguns diziam que nada ia mudar, mas hoje o jogador é um dos artilheiros do tricolor e conquistou uma nova chance na seleção de Dunga.

Kobe Bryant, jogador do Los Angeles Lakers, foi acusado por estupro e o seu estilo de jogar era muito criticado por técnicos, companheiros de time, jogadores e torcedores. Passou por uma fase muito complicada e hoje começa dar a volta por cima - já conquistou o MVP desta temporada.

Michael Jordan, a maior estrela da NBA de todos os tempos, teve problemas sérios com a jogatina. A competitividade do jogador era tão alta que ele se viu num ciclo vicioso do qual não conseguia sair. Apesar disso transparecer muito pouco em quadra, foi uma situação que podia ter tirado o jogador de seu caminho de vitórias para sempre. O jogador também trocou o basquete pelo baseball por um período e, quando voltou, muitos achavam que ele nunca mais seria o mesmo. Mas não foi o que aconteceu, ele ainda ganhou três títulos consecutivos pelo Chicago Bull no seu retorno.

E o que eu quero mostrar com estes 4 exemplos?

Apesar de serem todas situações que conferem certo risco ao patrocinador, se um jogador consegue dar a volta por cima, como eles conseguiram, isso pode ser potencializado na comunicação, criando uma imagem de superação, de heroísmo, de garra, de vontade etc.

A torcida se identifica com este tipo de 'virada'. Parece que por um momento aquele jogador é um pouco mais humano, afinal, comete erros como todos nós, e, além de ser inspirador, cria mais simpatia e afinidade com a torcida. É como se passassem a acreditar incondicionalmente naquele jogador. É só tomar como exemplo o envolvimento gerado pelo site criado pela Nike para apoiar o fenômeno na sua recuperação. Apesar de toda a polêmica, o número de pessoas que tem "certeza" da volta triunfal do jogador é enorme.

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Confira abaixo alguns comerciais que retratam essa 'virada'- inclusive o novo de Adriano, falando sobre a emoção de voltar à Seleção:





15 de maio de 2008

Widget para desktop do Grêmio

O Grêmio e a W3Haus lançaram hoje o primeiro aplicativo widget para desktop para um time de futebol no Brasil. O aplicativo, que pode ser baixado no site do time, é atualizado automaticamente com notícias do clube, tabelas do campeonato, compra de ingressos via internet, e promoções da loja do Grêmio. Vamos esperar pra ver se os patrocinadores também conseguem usufruir da ferramenta de forma relevante.


Já havia postado sobre projeto do Siga Seu Time, mas achei bacana comentar sobre a iniciativa, já que desta vez ela partiu de um clube, e não de terceiros. A internet vai mostrando sua força e o mercado vai ter que se movimentar.

Via: ADivertido

14 de maio de 2008

Nike | RALA QUE ROLA

Dica de Roberto Faria, o Betão.

No site Nikefutebol.com vocês podem conferir o novo vídeo estrelado pelo jogador Adriano. Com produção da Big Bonsai, o vídeo mostra o jogador em forte treinamento enquanto ele fala em tom de desafio tudo que foi dito a seu respeito nos últimos meses.

Eu sou fã do Adriano, o Imperador, e acho que ele tem tudo pra recuperar a boa forma.

Não acredita? Assista ao vídeo.

13 de maio de 2008

Nike+Human Race 10k

A Nike anunciou a Nike+Human Race, o maior evento de corrida do mundo a ser realizado em único dia, oferecendo a chance de corredores espalhados pelo mundo de competir 'juntos' no dia 31 de agosto de 2008. A corrida, que terá 10km de extensão, irá ocorrer em 25 cidades espalhadas pelo mundo, entre elas: Los Angeles, Nova York, Londres, Madrid, Paris, Istambul, Melbourne, Shanghai, São Paulo e Vancouver. Ao final do evento, como já é de costume, os participantes assistirão a um show de música.

Os cadastros poderão ser feitos através do site nikeplus.com a partir do dia 2 de junho. Mas, se você não estiver em alguma das 25 cidades, poderá participar da corrida com o Nike+iPod e o Nike+Sport Band.

Segundo Trevor Edwards, vice presidente de marca e gerenciamento de categoria, o evento é inspirador e capaz de conectar milhões de corredores do mundo todo.

Proporcionar de alguma forma essa conexão entre corredores dos mais diferentes lugares é o mais bacana deste evento. Com a tendência da saudabilidade estabelecida e um calendário de eventos de corrida cada vez mais recheado, a Nike consegue se (re)apropriar das corridas de rua de forma relevante, fazendo o link entre esportes - território que já é property da marca - e produtos como o Nike+iPod e o Nike+Sport Band. Não é mais um evento de corrida, há toda uma estratégia para que o evento agregue valor para a marca e seu portfólio.

Com tantos eventos de corrida acontecendo atualmente no país, Nike+Human Race é uma boa referência que provoca uma reflexão: Como podemos atrelar marca e produtos em eventos como este?

Ok, a Nike é uma empresa que nasceu do esporte, mas, se as empresas não quiserem que seus eventos sejam "apenas mais um", é importante que as empresas busquem essa diferenciação.

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Abaixo vocês podem conferir o 'Revolution', da Wieden + Kennedy de Tóquio, que fala justamente sobre a conexão entre aqueles que correm.

Siga Seu Time

Um projeto de Patrice Lamiral com Miguel Galves, Saulo Rodrigues e Rafael Paes que utiliza o Twitter de uma forma muito bacana para que os torcedores possam se atualizar sobre seus times – são 23 disponíveis.

Você recebe notícias por Twitter e acompanha no site a programação dos jogos, a classificação e até as partidas em tempo real.

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Só fico me perguntando quando a CBF vai se dar conta de como o potencial do futebol brasileiro está sendo mal explorado. Existe muito mais além de cotas, patrocínios, direitos de jogos etc. A CBF precisa envolver melhor este torcedor com o campeonato.

Além disso, a internet, com uma base de usuários que se encontra em franco crescimento e hoje engloba as classes ABCD, está sendo subutilizada pela confederação.

Acessem o site da NBA e vocês vão entender o que eu estou falando. A liga norte americana consegue direcionar tudo o que diz respeito a seu campeonato através do site: conteúdo relevante, informações sobre os jogos, vídeos, games etc.

Tenho certeza que para saber de futebol na internet vocês devem ter uma lista de sites que não o da CBF.

Equipe Siga Seu Time, parabéns pelo projeto.

Via: Update or Die

Jogos universitários chamam a atenção de grandes marcas. E o esporte?

Quem conhece ou já ouviu falar do esporte universitário nos Estados Unidos sabe que estamos longe daquele modelo de organização e profissionalismo. As universidades norte-americanas podem ser comparadas com grandes clubes brasileiros, mas mesmo assim corremos o risco de ficar atrás no que diz respeito aos dois critérios citados acima.

Porém, grandes marcas estão descobrindo o potencial dos jogos universitários. Em média, estes duram quatro dias com um público perfeitamente segmentado. Muito mais do que universitários, podem ser classificados por jovens que gostam de festas, esporte e têm potencial de consumo.

Pensando nisso, a agência Bullet criou campanha promocional para as linhas AXE e Close up, da Unilever com o intuito de colocar as marcas em contato com público jovem por meio do conceito ‘AXE + Close up, a dupla perfeita para você chegar junto’.

A campanha irá começar com entrega de kits nas faculdades que participam de jogos como JUCA (Jogos Universitários de Comunicação e Arte), Economíadas (Jogos Universitários das Faculdades de Economia e Administração) e Interodonto (Jogos Universitários das Faculdades de Odontologia), seguida de ações já nas cidades sedes.

O sucesso da campanha e a ligação entre a marca e o público jovem parece ser questão de tempo (pouco, alias). As marcas estarão inseridas em um contexto totalmente ligado ao conceito desenvolvido. Porém, estou me questionando com a falta de ações realmente ligadas ao esporte. Quem já participou sabe que o clima de festas destes jogos dura 24 horas por dia, mas o pretexto disso tudo (teoricamente) é o esporte.

No JUCA do ano passado a Red Bull realizou uma ação com algumas equipes, distribuindo energético nos vestiários para os jogadores. Claro que o que estava por traz dos atletas precisarem da bebida era a falta de sono causada pelas festas, mas foi uma ação voltada aos jogadores.

Será que as marcas não enxergam potencial no esporte universitário? Ou será que a chance de aparecer é muito pequena? Acredito que o incentivo ao esporte universitário não custe tão caro para grandes marcas e podem gerar um enorme resultado...para as marcas e principalmente ao esporte.

O Radar Esporte estará no JUCA 2008 e trará informações da ação desenvolvida pela Bullet.

12 de maio de 2008

Nike desenvolve uniformes para os chineses.

A Nike revelou hoje numa coletiva para 500 convidados - mais a mídia - os novos uniformes da China para os Jogos Olímpicos de Pequim. Esta é a coleção mais leve e inovadora da marca norte americana e foi desenvolvida junto aos atletas e ao Comitê Olímpico Chinês. Foram vinte e duas federações (de um total de 28), 4 anos de desenvolvimento e 54 designers envolvidos no processo.

Os uniformes combinam alta performance e traços da cultura chinesa e, no geral, são 20% mais leves do que os uniformes desenvolvidos para os Jogos de Atenas em 2004.

A Nike é a marca líder no mercado chinês, tendo atingindo a marca de $1 Bilhão um ano antes do previsto. Por isso, as Olimpíadas de Pequim representam um momento importante para a marca, que tem na China o seu maior negócio, depois dos EUA. A Nike patrocina um país em ritmo acelerado de crescimento nas últimas décadas, seu segundo maior mercado e durante as Olimpíadas de Pequim, que deve ser a maior de todos os tempos. Uma tacada e tanto da gigante norte-americana...
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A patrocinadora oficial do Comitê Olímpico Brasileiro é a Olympikus, que em período de Olimpíadas costuma ter alguns 'problemas' com alguns patrocinadores que são contra a unificação dos uniformes para os Jogos. O assunto costuma gerar uma certa polêmica pois a seleção de futebol é patrocinada pela Nike, o que abre portas para que outros patrocinadores se sintam no direito de patrocinar seus atletas nos Jogos.

É um assunto muito delicado e, na minha opinião, quando se abre uma exceção, é mais do que natural que outras marcas reivindiquem seu espaço. Ok, a Nike tem um poder de barganha muito maior que a maioria dos fornecedores de material esportivo, mas não é por isso que ela deva ser a única privilegiada, pelo contrário. Imaginem patrocinadores que estão investindo continuamente em determinada modalidade ou atleta e em um momento que pode trazer visibilidade a marca não pode se aproveitar disto. Um tanto quanto injusto, não?

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A notícia da Nike também me fez pensar na relação patrocínio e cultura esportiva de um país, mas este é assunto para outro post.

Casamento entre patrocinador e jogador. Dinheiro perdido ou bem investido?

Desde o início, o patrocínio é uma grande parte do jogo profissional, permitindo que os jogadores pudessem pagar as despesas sem tirar a atenção do esporte. Grandes empresas oferecem patrocínio a um atleta não por caridade e sim pelo retorno financeiro. Nenhuma empresa gosta de colocar a sua marca e dinheiro em um atleta que não dê resultados, porém mais que vitórias, os patrocinadores observam o seu comportamento como um todo.

As marcas procuram nos atletas características que elas querem transmitir para o consumidor, que associem a imagem dele ao da empresa, ganhando com isso valorização, potencialização e conseqüentemente aquilo que melhor avalia o retorno do investimento, o aumento nas vendas de seus produtos. É possível você identificar o posicionamento de uma empresa pelo seu atleta patrocinado. Falando especificamente do mundo do futebol, a fabricante de materiais esportivos adidas sempre procura por jogadores sérios, disciplinados que valorizam o trabalho em equipe (Kaka, Zidane, Gerrard, Lampard), já a rival norte-americana Nike se identifica com os chamados “bad-boys”, jogadores agressivos, mais individualistas e que partem para cima do adversário (Cristiano Ronaldo, Adriano, Tevez, Ronaldinho).

É claro que não se pode generalizar e que estou falando das principais estrelas de cada empresa mas as vezes mesmo com toda a preocupação ligada a esses fatores de comportamento ao escolher um jogador para estampar a sua marca e associar sua imagem, as coisas podem não sair como o esperado, afinal tratam-se de seres humanos e paga-se o preço por ter em sua cartela, jogadores que estão sempre nos holofotes da mídia, mesmo que nem sempre em matérias relacionadas ao esporte. É o caso do Ronaldo, por exemplo. O garoto propaganda dos sonhos das grandes marcas hoje amarga a desvalorização de sua imagem por conta da má fase como jogador e principalmente de uma “fatalidade” envolvendo três travestis.

Afinal, essa relação patrocinador/jogador é como um casamento. Os primeiros anos são uma maravilha, você faz tudo pelo seu companheiro, uma eterna lua de mel, entra em campo até mesmo depois de ter um ataque epilético e umas baladinhas ali e aqui você até perdoa, porém um escândalo envolvendo uma pulada de cerca e o casamento vai para o espaço.

Uma união de sucesso desde o surgimento do fenômeno, regada de glórias e que pode acabar com um pedido de divórcio por parte da Nike que com certeza está se sentindo literalmente como a esposa traída, mesmo depois de todo o retorno que a parceria lhe rendeu. Ronaldo tem contrato vitalício com a empresa de material esportivo estimado em US$ 100 milhões mais royalties.

Realmente este casamento entre patrocinador e jogador é bastante complicado, tem muita coisa em jogo, mas mais difícil que recuperar o dinheiro da separação é recuperar o prestígio perdido, a imagem manchada, porque este relacionamento por mais que abra novas portas para se pensar em uma carreira para o atleta, com mais planejamento e profissionalismo, envolve também mais obrigações. Com isso, os dois lados podem ser sentir mais seguros e planejar a médio e longo prazos.

Mas ao que parece se casar com um virgem tem se mostrado a melhor escolha.

Este post é participação especial de Rodrigo B.

11 de maio de 2008

Branding com Londres 2012

Talvez esteja um pouco cedo para falar das Olimpíadas de Londres em 2012, mas o trabalho que está sendo feito em termos de branding para o evento merece destaque.

Pela primeira vez as Olimpíadas e as Paraolimpíadas terão o mesmo emblema e irão integrar os aspectos culturais de ambos em um programa que tem como objetivo compartilhar a marca e, consequentemente, os jogos.

O objetivo do comitê era criar uma marca forte, relevante, inspiradora e que pudesse gerar envolvimento e fácil associação com uma audiência global de aproximadamente 4 bilhões de pessoas até o início dos jogos.

O número 2012 é literalmente a marca dos jogos, que não contém imagens relacionadas ao esporte ou à paisagem londrina. A marca mostra que os Jogos dizem respeito a muito mais que Londres e ao esporte; é para qualquer um, independentemente de idade, cultura ou língua.

As cores oficias do logo são o pink, o laranja o azul e o verde.

Mais que um logo, a marca, desenvolvida pela agência Wolf Ollins, é uma verdadeira plataforma 'multimídia' que tem como pilares acesso, informação, estímulo e inspiração. 2012 foi desenvolvido para que as pessoas possam "preenchê-la", interagindo com a marca e permitindo que todos se sintam parte dos jogos de Londres.

Confesso que quando o logo foi apresentado, fiquei sem saber se gostava ou não. Mas depois de ver esta estratégia que está por trás, acho que a marca 2012 tem grande potencial para ganhar as ruas e gerar o envolvimento que se espera.

Agora é esperar a passada de bastão da atual cidade sede, Pequim, para Londres para ver como vai se desenrolar o movimento em torno da marca dos Jogos de 2012.

Fica a inspiração para o Rio de Janeiro, que já se candidatou para os Jogos de 2016.

10 de maio de 2008

Pikashu e Astro Boy ajudam Japão para 2016

O Comitê Olímpico Japonês apostou em alguns animes bem famosos como Pikashu e Astro Boy para promover Tóquio, cidade candidata a sediar as próximas Olimpíadas em 2016.

O COI está analisando as inscrições e deve decidir em Junho quais as cidades terão suas candidaturas oficialmente aceitas. Entre as candidatas temos: Chicago (USA), Praga (República Tcheca), Tóquio (Japão), Rio de Janeiro (Brasil), Baku (Azerbaijão), Doha (Catar) e Madrid (Espanha).

A estratégia japonesa em utilizar animes mundialmente conhecidos pode contribuir e muito para a divulgação da candidatura, já que eles fazem parte da cultura japonesa e representam um território muito próprio do país.

É esperar para ver como as outras candidatas irão se promover, e aí surge a pergunta : qual será a estratégia que o Brasil irá adotar?

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Vocês podem ter mais informações sobre a canditatura japonesa no site.

8 de maio de 2008

Vexame Global

Acho que não fui o único a ficar irritado com a Globo quando ela interrompeu o jogo do São Paulo - valendo vaga para a fase seguinte - na noite de ontem para transmitir a prisão de Alexandre Nardoni. Como se não bastasse, a emissora ainda deu o azar do gol do Adriano sair justo quando interromperam a partida - vai ver que foi castigo =).

Como podem ver, o site Trivela e o blog da Paula Rizzo também comentaram sobre o assunto e só posso dizer, mais uma vez, que estou de acordo com eles.

Será que não tinha ninguém pensando nos estúdios da Globo naquele momento ? Será que não pensaram que, talvez, a grande maioria das pessoas que estava assistindo ao jogo estava mais interessada na partida do que no casal? Mudar de canal hoje em dia não é coisa tão difícil, concordam? Se essas pessoas estivessem mais interessadas no caso Nardoni que, na minha opinião, não tem mais nada o que ser resolvido, elas estariam assistindo a cobertura completa em outro canal, já que notícias sobre o caso surgem a cada minuto. Trocando por miúdos: quem estava assistindo ao São Paulo queria ver a partida - parece óbvio, mas depois de ontem é bom reafirmar.

Pra mim, foi um problema típico de falta de adequação do conteúdo da mídia ao target...zero de relevância.

E tudo para competir por alguns minutos de audiência...

Gigante dos refrigerantes usa o futebol em sua campanha. Mais uma vez.


A Coca-Cola usa novamente o esporte mais popular do mundo em sua campanha publicitária, desta vez com uma votação irônica para ver quem foi o melhor, o craque argentino Maradona ou ídolo da Fiel Biro Biro.

A campanha que conta com a participação de ícones no futebol, como o lendário Zagallo e Sócrates, além do lutador Magila, provoca o consumidor a votar por meio de tampinhas em qual dos dois foi melhor. Maradona é visto como craque, já Biro Biro como estabanado.

A empresa que tem ligação com o esporte desde a copa de 1950 (realizada no Brasil) já teve sua logomarca estampada em uniformes de clubes do Brasil e do Mundo, mostrando a força que o esporte agrega para sua imagem.

O curioso disso tudo é que geralmente pessoas que praticam esportes, geralmente atletas, não costumam colocar refrigerantes em suas dietas, porém, a marca que recentemente ganhou 'top teen' no Top of Mind Internet 2008, acaba criando este elo com o esporte.

Isso tudo me leva a um questionamento. Já virou crendice popular a combinação entre futebol e cerveja no país, mas ainda não vimos nenhuma marca estampada nos uniformes dos clubes (a cerveja SOL tem uma pequena participação nos painéis do São Paulo). Isso prejudicaria a imagem dos clubes perante os torcedores, levando em conta que muitas crianças usam os uniformes? Ou eles poderiam utilizar desta combinação para espalhar suas marcas?


7 de maio de 2008

A culpa é de quem?

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, voltou a afirmar a intenção de adotar a regra '6+5', que propõe o mínimo de 6 jogadores locais nas equipes de futebol. Segundo ele, 'as as equipes deveriam iniciar as partidas com uma maioria de jogadores nacionais' e 'o sistema desejado permitiria também uma maior identificação dos torcedores com a própria equipe e seria benéfico para as seleções'.

O assunto será tratado no próximo Congresso da FIFA, nos dias 19 e 30 de maio, em Sydney; mas queria colocar alguns pontos.

Além dos argumento colocados pelo Blatter na adoção da regra '6+5', também concordo que o sistema trabalha no sentido de horizontalizar a competitividade no futebol e tira um pouco o foco dos principais países no esporte como Inglaterra, Espanha e Itália. No entanto, não é só o fato de ter mais jogadores estrangeiros que faz um time ser mais ou menos competitivo.

Assim como é feito na NBA, a FIFA deveria buscar, junto às confederações, a implementação dos 'salary caps', que determinam o máximo que uma equipe pode gastar em contratos com jogadores. Abaixo estão algumas razões para a utilização dos 'salary caps':

- Com limites de valor nos contratos, os times com maior faturamento não são favorecidos na hora de montar o seu plantel;
- A liga tende a apresenta maior competitividade, uma vez que os melhores jogadores estão distribuídos por um número maior de times;
- Jogadores de grande identificação com o clube e com a torcida tendem a permanecer mais tempo defendendo o time, sem que tenham de sair devido a propostas muito maiores;
- Pode ajudar na estruturação dos times menores, já que gastando valores mais similares os times podem investir em outros setores etc.

Não é uma medida isolada que vai trazer um grande salto, mas, sim, um conjunto de mudanças.

Entretato, parece que nos bolsos dos jogadores ninguém quer mexer...

Fim da parceria entre Nike e Flamengo?

Saiu há pouco no Meio & Mensagem a notícia de que o Clube de Regatas Flamengo, campeão carioca de 2008, pode encerrar a parceria com a Nike dentro dos próximos dias. O relacionamento entre as duas partes já estava abalado desde o início do ano passado, mas a Nike colocou à venda uma camisa comemorativa pelo título em lojas Nike do Rio de Janeiro e São Paulo antes da partida final, o que estremeceu ainda mais a relação.

Nike e Flamengo tem contrato até Junho de 2009, mas os dirigentes do clube irão se reunir esta semana para tomar uma decisão.

Se o contrato for realmente rompido, a Nike perde o clube de maior torcida do Brasil, abre espaço para a sua maior rival no país atualmente, a Adidas, e fica sem patrocinar nenhum clube brasileiro na série A do Brasileirão.

6 de maio de 2008

Uniforme 3. Para o clube, para o torcedor ou para o fabricante?

Recentemente vimos muitas matérias sobre o uniforme 3 dos clubes. Palmeiras estreou em 2007 a camisa verde-limão, a mesma cor utilizada no uniforme do Chelsea, da Inglaterra e para surpresa de muitos, o uniforme agradou a torcida e até virou amuleto de sorte.
Por sua vez, o Corinthians lançou o terceiro uniforme na cor roxa, tom impactante e para causar impacto. Segundo a fornecedora de material esportivo do clube, o roxo é uma homenagem aos torcedores fanáticos do Corinthians. Luís Paulo Rosenberg, vice-presidente de marketing do Corinthians, explicou por quê. "Branco e preto é a nossa eterna tradição, mas o roxo é a cor da nossa paixão. Daqui pra frente, falou roxo, falou Timão", disse (fonte: UOL Esporte).
O uniforme causou polemica e virou alvo da torcida organizada, que até pichou os muros do Parque São Jorge com a frase “Roxo não”.

As opiniões sobre os uniformes são diversas. Mesmo agradando a maioria dos palmeirenses, o verde-limão é visto de uma forma negativa por alguns, que dizem que o Palmeiras não é “grifa-texto”. Por outro lado, encontramos corintianos dizendo que a Nike acertou na mosca na escolha da cor.

O que parece é que o uniforme do Palmeiras foi lançado sem muita expectativa pela Adidas, mas até esgotou em algumas lojas do ramo. Já o caso do Corinthians faz parte de uma série de ações que a diretoria de marketing do clube vem fazendo,como a camisa “Nunca vou te abandonar”, mas parece que não pegou.

É claro que o objetivo dos uniformes é vender, mas muito mais do que isso representa uma grande oportunidade para o fornecedor se aproximar dos torcedores e o clube trabalhar sua marca. Porém esta marca que tanto falamos tem um manual de identidade visual? Ou fica a cargo da torcida decidir se pode ou não?

5 de maio de 2008

Futebol, Patrocínios e Experience

Depois de ler o post do Bruno, onde ele disse que esperava pelo menos o sorteio de um carro da Fiat na final do Paulistão, resolvi escrever sobre os patrocínios dos principais clubes da capital paulista.

O Palmeiras tem um contrato com a FIAT no valor de R$ 21 milhões, sendo que 12 milhões são líquidos para o clube, R$ 7 milhões para as categorias de base e R$ 2 milhões como bônus pela conquista de títulos. O São Paulo tem um valor de contrato com a LG estimado em R$ 16 milhões e o Corinthians, igual valor com a Medial Saúde.

O investimento de parte destes valores em trabalhos de categorias de base mostra uma evolução na estrutura e na mentalidade dos dirigentes destes clubes, que irão servir de referência para os outros times espalhados pelo país - o que já é muito positivo -, mas a dúvida que fica é se estes patrocinadores não poderiam estar fazendo um pouco mais e obter, assim, maiores retorno da parceria.

Placas nos estádios e CTs, marcas estampadas nos uniformes, investimentos na infra-estrutura dos clubes etc, mas será que isso traz o retorno esperado para tamanho investimento? Se considerarmos exposição de marca, Ok, é como um investimento de mídia; é só ver a intensidade e a frequência com que a marca FIAT apareceu nos canais de televisão - e se considerarmos o título recém conquistado, este número sobe ainda mais. Também há uma questão institucional, já que ao patrocinar um time, a empresa acredita em uma sinergia mínima entre o que a marca representa, os valores do clube e o próprio torcedor, mas neste caso o retorno pode ser um pouco mais difícil de mensurar.

Os patrocinadores podem e devem desenvolver trabalhos de maior envolvimento com o consumidor. Nós que trabalhamos com marketing e comunicação somos frequentemente solicitados a desenvolver planos que envolvam o consumidor e gerem engajamento, por isso acredito que as marcas poderiam aproveitar a paixão dos torcedores para gerar o tal engagement.

Está faltando um pouco mais do Brand Experience nas partidas. Se não é possível fazer ações deste tipo em todas as partidas, que sejam feitas pelo menos nas fases finais, onde os clubes conseguem aumentar o número de espectadores e a torcida está num nível de envolvimento com o time ainda maior.

A torcida costuma receber bem um patrocinador, afinal, é investimento no clube. O primeiro canal foi aberto e já há uma afinidade, sendo assim, por que não aproveitar para gerar/ampliar este relacionamento em pontos de contato relevantes para o torcedor - ou futuro consumidor, quem sabe (?).

4 de maio de 2008

Nike | Trash Talk Shoe

Steve Nash, jogador do Phoenix Suns, foi um dos primeiros jogadores da liga norte-americana de basquete - NBA - a utilizar o 'Trash-Talk', um tênis "ecológico". O tênis foi modelado a partir do Nike Zoom BB II Low, e vai de encontro aos padrões da empresa de ter um approach mais sustentável na inovação de sua linha de tênis, já que é feito de material reciclável.

Abaixo vocês podem conferir o comercial produzido para promover o tênis e que conta com participações especiais dos jogadores Amare Stoudemire e Raja Bell, também do Phoenix Suns.



No link a seguir, a versão em alta: http://www.beam.tv/beamreel/DsdnjPsQTx

Final do Paulistão para lembrar de alguns posts.

Com a final do Campeonato Paulista pude me lembrar de alguns posts e resolvi dar alguns palpites.

Quase 30 mil pessoas pintaram o Palestra Itália de verde, branco e verde-limão. Há tempos que o estádio do Palmeiras não ficava tão cheio de palmeirenses e expectativas. Tirando a confusão do final do jogo entre policiais e torcedores, estava tudo certo, um cenário perfeito para qualquer ação com aquelas pessoas que não tiravam o olho do campo nem no intervalo. Porém, nenhum dos patrocinadores se aproveitou da ocasião. Confesso que fiquei esperando um sorteio de algum carro da Fiat.

Outro post que me veio na cabeça foi a parceria entre Traffic e Palmeiras. O título representa o primeiro objetivo alcançado. Após anos na fila, finalmente, os torcedores têm o gosto de ser campeão, graças à parceria.
Porém, o curioso foi a entrevista de Gilberto Cipullo, - vice-presidente de futebol - que afirmou que ao contrário do que foi na época da Parmalat, o Palmeiras sabe que a parceria não irá durar para sempre e precisa se estruturar para manter o mesmo padrão sozinho.
Parece que desta vez o clube irá aprender com as lições.

Por fim, assim como vemos abaixo no post do Dida e como o próprio Palmeiras fez após a conquista da Libertadores, o clube anunciou que irá lançar o DVD da conquista.

Agora que venha o Brasileirão.

3 de maio de 2008

Caso Ronaldo | Adeus Patrocinadores?

Após a polêmica com o jogador Ronaldo, ocorrida nesta semana no Rio de Janeiro, começaram a correr rumores a respeito da possível ruptura de contrato por parte de alguns de seus patrocinadores. A TIM já anunciou oficialmente o rompimento de contrato, mas os boatos continuam correndo sobre a posição de Nike, AmBev e até o Milan, clube com o qual jogador tem contrato.

Este episódio me lembrou uma situação muito parecida ocorrida nos EUA com o astro Kobe Bryant, dos Los Angeles Lakers. Logo após assinar um contrato com a Nike em 2003, o jogador foi acusado de estupro e isso gerou um grande desgaste de sua imagem. Na época, o jogador havia conquistado três títulos consecutivos da NBA e estava em franca ascensão. O que a Nike fez diante da situação? Manteve o contrato e segurou o jogador. O processo foi arquivado em 2004, e em 2006 – cerca de 2 anos e meio após a assinatura do contrato - o jogador estrelou seu primeiro comercial pela Nike, quando sua imagem e o seu jogo vinham ganhando força novamente.

A situação de Ronaldo apresenta algumas diferenças e a principal é o fato de Kobe Bryant ser uma grande promessa do basquete, enquanto que no caso de Ronaldo poucos acreditam na sua recuperação.

No entanto, podemos traçar dois cenários paralelos para toda a polêmica em torno do jogador.

1- Alguns patrocinadores podem romper o contrato com o jogador alegando que, após o incidente, o jogador associa uma imagem negativa à marca e, sendo isso uma cláusula comum em contratos de uso de imagem, a empresa tem o direito de rescisão.

2- As empresas podem estar se aproveitando do incidente para romper um contrato que não traz mais retornos para a marca, ou seja, pagam anualmente milhões ao jogador, mas não o utilizam em comunicação. A TIM, por exemplo, possui contrato com o jogador desde 2002, mas há algum tempo não comunica utilizando sua imagem, o mesmo vale para a AmBev, que não confirmou os rumores, mas também não vem explorando na imagem do jogador.

O jogador vem passando por repetitivos processos de recuperação e, por isso, não joga mais com a mesma regularidade. Resumindo, temos a diminuição de exposição na mídia, o jogador já não é tão associado às grandes atuações que sempre foram características do ‘fenômeno’ e, recentemente, o episódio no Rio de Janeiro.

Não seria uma ótima oportunidade para seus patrocinadores romperem um contrato que já não confere o mesmo retorno e finalmente deixar de investir milhões no jogador?

Parcerias vs Auto-suficiência. Qual o placar?


Ao ler a notícia da possível parceria da Traffic Sports com o Esporte Clube Vitória, resolvi levantar uma bola – a parceria é o melhor caminho para um clube?

Se pensarmos a curto prazo, não é necessário muito tempo para responder. Claro que sim. O grande exemplo disso é a parceria do Corinthians com a MSI, que logo no primeiro ano rendeu ao clube paulista mais um título brasileiro. Neste caso o resultado a médio e longo prazo foram muito piores do que os mais pessimistas imaginavam. Dívidas, revolta da torcida e, finalmente, a queda para a segunda divisão.

No rival Palmeiras a história é um pouco diferente. Após anos de fila depois da famosa “Academia”, o clube alvi-verde surge com uma parceria inédita no futebol brasileiro com a Parmalat, com executivos como Brunoro no comando e uma constelação de jogadores sob o comando de Luxemburgo. A fila acabou, títulos e mais títulos vieram para encher a sala de trofeús, mas anos após o final da parceria o Palmeiras também conheceu a segundona.

Por outro lado temos o São Paulo, um clube que não pára de ganhar títulos, com estrutura de primeiro mundo e que não cansa de falar que não precisa de parceria. Na Europa temos o exemplo do Barcelona, um dos maiores clubes do mundo, que também não tem patrocinador (hoje estampa o logo da UNICEF nos uniformes), tem grande parte da sua renda vinda de seus sócios e coleciona ídolos e títulos.

A discussão sobre a importância da parceria nos clubes de futebol deve ser vista por diferentes óticas. Um trabalho sério e estruturado feito por ambas as partes pode representar um sucesso a curto, médio e longo prazo. A primeira parceria do Palmeiras forneceu inúmeras ferramentas para o clube aprender a sobreviver sozinho, mas os dirigentes não aprenderam a andar com suas próprias pernas e se viram perdidos com a saída da Parmalat. Hoje, com mais uma parceria, desta vez com a Traffic, o trabalho parece ser diferente. O investimento de cerca de R$ 40 milhões no Palmeiras com a aquisição de direitos econômicos de jogadores de futebol parece não montar apenas um grande time, mas principalmente, uma excelente estrutura de categoria de base, centro de reabilitação, estádio moderno e, consequentemente, tudo para o clube poder sobreviver sozinho. Cabe ao Palmeiras aprender.

Para nós que torcemos pela profissionalização do esporte e para vermos os clubes serem trabalhados como marca, uma parceria séria e feita de uma forma organizada pode ser uma boa para todos. Clube, empresa e, claro, os torcedores.

1 de maio de 2008

Pan-Rio 2007, Copa do Mundo de 2014... mas e depois?

Depois de ler o último post do Bruno, resolvi procurar mais informações a respeito dos estádios onde serão relizadas as partidas da próxima Copa do Mundo da África do Sul, que irá acontecer em 2010.

Ao ver o que aconteceu após os Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro (2007), onde alguns complexos estão sendo subutilizados, como é o caso do Parque Aquático Maria Lenk, fui procurar saber se os gradiosos projetos da Copa de 2010 também possuiam alguma estratégia de funcionamento para o período que viria após o evento.

Sabemos que grandes eventos como a Copa do Mundo, as Olímpiadas e os Jogos Panamericanos atraem grandes investimentos, geram empregos e colaboram na modernização do complexo esportivo, mas o que é imprescindível, na minha opininão, é utilizar toda esta nova estrutura a favor da população dinfundindo a cidadania e a cultura do esporte no país; e isso acontece muito pouco. Algumas arenas passam a ser administradas por algum clube, como é o caso do Engenhão, que vai ser administrado pelo Botafogo pelos próximos 20 anos, mas é preciso ainda mais.

Todos os projetos deveriam apresentar um plano de funcionamento consistente que fosse muito além do evento e que pudesse ser gerenciado pelo Estado, como é feito em Cuba, que tem obtido excelentes resultados em competições de alto nível como as Olímpiadas – a iniciativa privada é importante, sim; mas o Estado deve prover o mínimo de estrutura.

Poderia se criar escolinhas para crianças carentes, times de categorias de base, centros de estudo da biomecânica do esporte, workshops para técnicos e preparadores físicos, centros de treinamento de alto nível, além de estrutura para shows e eventos etc. As possibilidades são diversas e temos na mão uma grande oportunidade para fomentar a ação em torno do esporte em diferentes regiões – os estádios da Copa do Mundo do Brasil de 2014 devem estar espalhados por pelo menos oito estados.

É um assunto que preocupa e que merece atenção, ainda mais se levarmos em conta alguns exemplos recentes que tivemos.

É muito investimento para que, após o término do evento, estes lugares fiquem às moscas, literalmente.

Arena da Baixada. Sai a Kyocera e fica a lição.

Após 3 anos de contrato com a Kyocera Mita, divisão de copiadoras da empresa japonesa, o Clube Atlético Paranaense busca um novo patrocinador para o nome de seu estádio, Joaquim Américo.


No começo de 2005, o Atlético Paranaense tornou-se o primeiro clube do futebol brasileiro a assinar um contrato de naming rights - direito de dar nome a um empreendimento ou espaço físico – parceria muito comum na NBA, NFL, NHL e nos estádios da Europa, caso do Emirates Stadium, estádio do Arsenal patrocinado pela Emirates Airlines na Inglaterra.

O contrato que venceu agora em 2008, ia além das 4 linhas. Embora o clube tivesse responsabilidade pela administração e operação do estádio, com total autonomia, a Kyocera podia fazer ações promocionais de seus produtos, tinha liberdade de relacionamento com o público nas partidas do Furacão e estampava o uniforme da equipe.

O contrato inédito no futebol brasileiro representou também a porta de entrada num dos mercados emergentes mais importantes do mundo para a empresa. A escolha do Brasil como sede da Copa de 2014 fez com que o clube pedisse um valor mais alto para Kyocera, o que não foi atendido. Porém, Mauro Holzmann, diretor de marketing do Clube Atlético Paranaense julga a parceria muito positiva: "A Kyocera sabia desta valorização, mas preferiu não renovar. O contrato foi bastante interessante para ambas as partes e todos nós atingimos os objetivos que queríamos. O Atlético mostrou que era possível fazer isto no futebol brasileiro com excelência e a Kyocera conseguiu mais visibilidade, já que estava aterrissando no mercado nacional".

Embora a Rede Globo tenha a politica de não citar nenhum patrocinador (o mesmo caso de não mencionar o nome da Red Bull na sua equipe de F1), a Kyocera teve seu nome muito divulgado pela imprensa brasileira em jornais como Folha de São Paulo, Lance! e O Estado de São Paulo.

Para continuar com a idéia de explorar seu estádio e sua marca, o Atlético Paranaense assinou uma parceria com o clube FC Dallas, dos Estados Unidos. Para receber a assessoria da Premier Partnerships, empresa que faz assessoria de marketing esportivo ao time do Texas, o clube paranaense irá ensinar os americanos a formar jogadores. "Queremos aprender o que eles melhor sabem fazer, que é a 'espetacularização do esporte', tratando o esporte como evento e entretenimento. Portanto, a assessoria deles está redesenhando toda nossa estratégia de aproximação com o mercado publicitário, colocando o Atlético como um grande veículo de comunicação e relacionamento", explica Mauro.

Com projetos semelhantes ao do estádio do Furacão, Palmeiras e Corinthians têm a possibilidade de pegar as lições do Atlético e fazer o mesmo que os clubes estrangeiros fazem, de tirar receita do estádio não apenas nos dias de jogos, mas nos 365 dias do ano. A diferença é que os clubes paulistas estão em um centro muito mais valorizado e possuem uma torcida muito maior.

Fica mais uma vez a expectativa de ver um clube trabalhando sua marca.

Adidas | Dream Big

Ao invés de concentrar a comunicação nos times que estarão disputando a Euro 2008, a Adidas foi buscar nos menores times do mundo a sua inspiração para a sua nova campanha global, Dream Big, desenvolvida pela 180 Amsterdam.

Na campanha, estrelas como Kaká, David Beckham, Steven Gerrard, José Mourinho e Lionel Messi visitam algum dos países de menor expressão no futebol para dar algumas dicas do jogo para jovens jogadores locais.

Os times escolhidos são de San Marino, Andorra e Ilhas Scilly, e em cada um desses times os jogadores – ou técnico, no caso de José Mourinho – trabalham em um determinado contexto onde devem motivar estes atletas mirins a superar desafios e a sonhar, e sonhar grande.

Abaixo vocês podem conferir o primeiro video da série “As Ilhas Scilly”, mas recomendo que acessem o site da Adidas para ver a série completa, com melhor resolução. As séries de Andorra e San Marino ainda estão no primeiro capítulo, mas vale ficar de olho, pois a campanha está sensacional.



Muitos talvez afirmem que os jogadores provavelmente não treinaram muito com os garotos e, se treinaram, que não seria possível ensinar muita coisa e por aí vai, mas será que era essa a proposta da Adidas? Acredito que não. Acho que a execução está totalmente alinhada ao conceito Dream Big. A gente sabe que leva tempo treinar um time e o que a Adidas queria, ao meu ver, era dar um grande motivo para esse jovens sonharem. Garotos entre aparentemente 8 e 13 anos recebendo as maiores estrelas do futebol para treinar, jogar e, como se não bastasse, ainda ganharam kits completos da Adidas…isso é, sim, motivo para sonhar.

E, como já é característico do Radar Esporte, vamos puxar esse exemplo para a nossa realidade…

Apesar de parecer algo distante, que só se vê em comerciais, este tipo de envolvimento dos jogadores com a comunidade local é bem comum nos Estados Unidos e Europa – e começa aparecer com mais frequência no Oriente e até mesmo no Brasil. E, com certeza, é o tipo de ação que seria bom ver acontecer com mais frequência por aqui.