12 de maio de 2008

Nike desenvolve uniformes para os chineses.

A Nike revelou hoje numa coletiva para 500 convidados - mais a mídia - os novos uniformes da China para os Jogos Olímpicos de Pequim. Esta é a coleção mais leve e inovadora da marca norte americana e foi desenvolvida junto aos atletas e ao Comitê Olímpico Chinês. Foram vinte e duas federações (de um total de 28), 4 anos de desenvolvimento e 54 designers envolvidos no processo.

Os uniformes combinam alta performance e traços da cultura chinesa e, no geral, são 20% mais leves do que os uniformes desenvolvidos para os Jogos de Atenas em 2004.

A Nike é a marca líder no mercado chinês, tendo atingindo a marca de $1 Bilhão um ano antes do previsto. Por isso, as Olimpíadas de Pequim representam um momento importante para a marca, que tem na China o seu maior negócio, depois dos EUA. A Nike patrocina um país em ritmo acelerado de crescimento nas últimas décadas, seu segundo maior mercado e durante as Olimpíadas de Pequim, que deve ser a maior de todos os tempos. Uma tacada e tanto da gigante norte-americana...
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A patrocinadora oficial do Comitê Olímpico Brasileiro é a Olympikus, que em período de Olimpíadas costuma ter alguns 'problemas' com alguns patrocinadores que são contra a unificação dos uniformes para os Jogos. O assunto costuma gerar uma certa polêmica pois a seleção de futebol é patrocinada pela Nike, o que abre portas para que outros patrocinadores se sintam no direito de patrocinar seus atletas nos Jogos.

É um assunto muito delicado e, na minha opinião, quando se abre uma exceção, é mais do que natural que outras marcas reivindiquem seu espaço. Ok, a Nike tem um poder de barganha muito maior que a maioria dos fornecedores de material esportivo, mas não é por isso que ela deva ser a única privilegiada, pelo contrário. Imaginem patrocinadores que estão investindo continuamente em determinada modalidade ou atleta e em um momento que pode trazer visibilidade a marca não pode se aproveitar disto. Um tanto quanto injusto, não?

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A notícia da Nike também me fez pensar na relação patrocínio e cultura esportiva de um país, mas este é assunto para outro post.

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