30 de maio de 2009

As cidades da Copa de 2014

A FIFA irá anunciar as 12 cidades sedes da Copa do Mundo de 2014 amanhã em Nassau, nas Bahamas. Mas o colunista do “O Globo”, Ancelmo Gois já antecipou os nomes das cidades que irão receber os jogos. São elas:

Rio de Janeiro

São Paulo

Belo Horizonte

Porto Alegre

Curitiba

Brasília

Cuiabá

Manaus

Fortaleza

Salvador

Recife

Natal

Nenhuma grande novidade, já que tudo iria depender de questões logísticas e muito políticas. Os locais da abertura e final serão provavelmente São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, mas Belo Horizonte corre por fora para dar início ao maior evento esportivo do mundo.

A disputa agora fica para outras cidades que querem ser as sedes das seleções e centros de treinamentos. A partir daí a disputa também deve ser acirrada e muita coisa está em jogo, já que o torneio não acontece apenas nas cidades dos jogos, muito pelo contrário.

Outra disputa que corre em paralelo, é a disputa dentro das cidades, onde todos os estabelecimentos vão correr para poder oferecer o melhor às pessoas que irão assistir aos jogos, principalmente turistas.

O anúncio é só o começo de uma jornada longa que temos até 2014. Vale acompanhar tudo de perto para saber se teremos condições de abrigar a Copa do Mundo FIFA de maneira decente.

29 de maio de 2009

Real Madrid | Vuelve la Ilusión

Florentino Pérez, canditato único a presidência do Real Madrid depois que Eduardo Garcia retirou sua candidatura, apresentou sua diretoria e os planos para o clube nesta última última quinta-feira.

Florentino, que já presidiu o Real entre 2000 e 2006 - a era galáctica do clube -, prometeu uma "equipe espetacular". Talvez as especulações a respeito de contratações como a de Kaká e Cristiano Ronaldo venham daí.

O candidato disse saber dos desafios do clube e disse que irá trabalhar por um Real Madrid forte, unido, inovador e exemplar.


No entanto, o que mais me chamou a atenção nisso tudo foi o movimento proposto por Florentino Pérez. Ao meu ver, o "Vuelve la Ilusión" é muito mais do que o simples slogan de sua campanha; pois resume um sonho maior do clube e o que ele precisa para retornar aos seus tempos áureos.

Vuelve la Ilusión é uma chamada, um movimento, para dirigentes, equipe técnica, jogadores e, claro, torcida. E nós sabemos como é importante dar um norte às pessoas, envolvê-las em algo que elas realmente acreditem. Desta forma, acredito que o Real Madrid tem algo com um enorme potencial em suas mãos, apesar de estar em estágio inicial - Vuelve la Ilusión poderia ser facilmente o mote de alguma campanha da Nike ou da Adidas, não?

Mas o mundo não vive de promessas. O Real Madrid tem grandes desafios pela frente, a começar pela montagem de uma grande equipe que traga títulos para o clube; o que, convenhamos, não vai ser nada fácil com ótima fase do futebol Espanhol e especificamente do Barcelona, seu grande rival.

Trazendo isto para o contexto do futebol brasileiro, a criação de posicionamentos como esse talvez trariam um brilho e um envolvimento maior para os já batidos "projetos" dos clubes. O que vocês acham?

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Quem quiser, pode conferir o discurso da apresentação de Florentino Pérez neste PDF.

Efeito Obina



Não é só de grandes contratações que a torcida se motiva. Corinthians apresentou Ronaldo, Flamengo o Adriano e o Palmeiras o Obina.

O atacante que estava no rubro-negro carioca chegou acompanhado da desconfiança da maioria dos torcedores e logo virou motivo de piada dos rivais.

Não vamos comentar questões técnicas do jogador, mas sim, alguns pontos interessantes do lado administrativo e de marketing que a contratação trouxe para o clube.

O presidente do Palmeiras Belluzzo foi questionado sobre a contratação inúmeras vezes por repórteres antes mesmo do atacante chegar, e fez o papel de todo grande líder de uma empresa de se colocar a frente dos negócios. Na apresentação oficial do Obina, Belluzzo bancou a contratação, pediu apoio dos torcedores e disse que o ex rubro-negro dará muitas alegrias ao clube.

Parece normal, mas vale lembrar que a maioria dos presidentes de clube só são responsáveis por grandes contratações e nunca assumem nenhum risco.

Outro ponto interessante da chegada de Obina foi a repercussão. Em um rápida pesquisa ontem na ferramenta Blablabra, sobre os assuntos mais populares no Twitter, uma surpresa: Dell / Obina / Coréia do Norte / Google.

Não vou levar em consideração o ditado “falem bem ou falem mal, mas falem de mim”, pois a surpresa não parou aí. Antes mesmo de entrar em campo ontem à noite, o jogador já teve seu nome gritado (e muito) pelos torcedores, ou seja, pelo menos a maioria dos torcedores do Palmeiras estão por aí falando bem.

No programa Redação SporTV ontem pela manhã, um consenso: estão pegando pesado com o jogador. Os jornalistas defenderam o jeito pacato e humilde de Obina, que para eles é um injustiçado de tamanha perseguição, porém, é uma pessoa brilhante que merece muito respeito de todos.

Para muitos, a brincadeira “Obina é melhor do que o Eto’o” é um grande motivo para campanha, principalmente se o clube for campeão da Libertadores e enfrentar o Barcelona na final do Mundial da Fifa. Mas o fato é que Obina chegou e junto com ele o buzz que muitos marketeiros procuram. Cabe ao clube, patrocinadores e ao próprio jogador aproveitar tudo isso de maneira inteligente.

28 de maio de 2009

Google na F1?


Depois de muita especulação, a Brawn GP e a Virgin não chegaram a um acordo e, por isso, a empresa de Richard Branson não deve estampar mais sua marca nos carros da equipe.

Nesta última quarta-feira, Nick Fry, diretor da equipe inglesa, afirmou que as partes não chegaram a um acordo e que o contrato não tinha sido renovado - Richard Branson estaria se negando a desembolsar mais que US$ 250 mil por corrida.

Eu já havia comentado aqui no Radar Esporte que, após a segunda vitória da equipe, a expectativa era de que os contatos aumentassem e que pouco a pouco começássemos a ver mais e mais marcas aparecendo no carro sensação deste ano. Não foi o que aconteceu. Já entramos na temporada europeia e os carros da Brawn GP continuam só com a marca Virgin.

Naquele post fiz um paralelo com o Corinthians que, com o ganho de visibilidade devido a chegada de Ronaldo e os bons resultados, foi deixando seu uniforme cada vez mais parecido com o de um macacão da F1; a Brawn estranhamente não conseguiu reverter os resultados e a maior exposição em mais patrocinadores, pelo menos até agora - se bem que a equipe diz não ter problemas com verba para este ano.

Mas, se por um lado a Virgin não chegou a um acordo com a Brawn, se especula que o Google teria intenções de se tornar um patrocinador da equipe o quanto antes. Larry Page, co-fundador do Google, visitou o paddock da F1 no último GP de Mônaco. Apesar de ser convidado oficial da Vodafone, patrocinadora da McLaren, parece que o grande interesse de Page estava mesmo era na Brawn GP. Alguns também dizem que para a temporada de 2010, o plano de Branson e Page é adquirir a equipe, mas isso não passa de especulação neste momento.

O fato é que, com a saída da Virgin, o carro branco da Brawn parece ser o lugar perfeito para o Google estampar sua marca - mais parecido com o seu site não poderia ficar. ;)

Inter Red | A grife do Internacional

Na noite de ontem antes da semifinal da Copa do Brasil contra o Coritiba, o Internacional lançou no Beira Rio sua nova grife: a Inter Red.

Totalmente voltada ao público jovem, a grife tem com objetivo fazer os torcedores vestirem as cores do clube em diferentes momentos e lugares e não apenas nos dias de jogos.

Comentamos aqui sobre a proposta da Nike com a seleção brasileira, e neste aspecto, o clube foi muito mais eficaz. Claro que a paixão dos torcedores com os times geralmente fala mais alto no Brasil, mas a estratégia do Internacional foi mais forte.

Além de colocar o ídolo do time D’Alessandro como garoto-propaganda, o clube lançou roupas que têm flexibilidade do uso das cores do Inter, e peças feitas para diferentes ocasiões.

O Internacional é o clube com maior número de associados, está com uma estrutura completa, um time competitivo e agora com a grife arrumou um jeito de estar com seus torcedores por mais tempo.

Enquanto alguns times lembram de seus torcedores apenas na quarta-feira e no domingo, dias de jogo, alguns estão criando alternativas para fidelizar ainda mais este “cliente”.

27 de maio de 2009

A nova camisa do Flamengo | Coca-Cola ou Olympikus²?

A camisa do time de maior torcida do país enfim voltará a estampar uma marca no peito. Após a saída da Petrobras, o manto sagrado do clube está liso e à espera de outra grande empresa.

Se por um lado os torcedores adoram os uniformes “limpos”, o clube sente a falta de uma renda fundamental para os times nacionais, o patrocínio de camisa.

A Olympikus já fechou contrato e a partir do dia primeiro de julho será a nova fornecedora de materiais, mas parece que a empresa do Grupo Vulcabras quer mais, e estaria disposta a investir mais R$20 milhões para ter a marca de um de seus produtos (Olympikus Tube) estampada no peito.

A outra proposta do clube também gira em torno deste valor e é da gigante Coca-Cola. A empresa de refrigerante estaria disposta a voltar ao futebol pegando carona com o Flamengo. A Coca-Cola perdeu o contrato com a CBF para a concorrente AMBEV, perdeu também a cota de patrocínio da Rede Globo (para Casas Bahia) e agora corre atrás do prejuízo.

Se o clube carioca apostar na empresa nacional de calçados, a Olympikus criará uma relação com o Flamengo muito forte logo em sua entrada no futebol e poderá explorar ainda mais a torcida e o time. O fato curioso é que se o contrato for entrar agora, a Nike irá estampar no peito da camisa do Flamengo um produto concorrente.

O Flamengo já tem as propostas e agora irá decidir entre as duas empresas. Mais importante do que os valores oferecidos, são as condições e propostas das empresas para com o clube. O projeto tem que ultrapassar o uniforme e as quatro linhas e ser produtivo para ambas as partes.

26 de maio de 2009

Nike | Most Valuable Puppets III e IV

A série Most Valuable Puppets da Nike com Lebron James e Kobe Bryant tem mais dois comerciais

No primeiro, Kobe Bryant grava uma fita K7 com suas jogadas e pergunta porque ninguém consegue pará-lo. Já no segundo, os dois se enfrentam dentro da própria casa...

O mais bacana da série, na minha opinião, é que conseguiram representar muito bem as características de ambos os jogadores, o que deixa os comerciais ainda mais divertidos.

Confira abaixo:





Para conferir os outros dois comerciais da série, clique aqui e aqui.

Nike Canarinho | Vestindo a camisa

A Nike estreou a primeira campanha 100% criada no Brasil. O mote não poderia ser outro, senão o próprio país e sua seleção de futebol.

A campanha surgiu de uma informação muito interessante: o Brasil é o país que a camisa verde e amarela menos vende no mundo. O diagnóstico feito pela empresa é que nós só vestimos o uniforme da seleção em época de Copa do Mundo e jogos isolados. Realmente é difícil de ver a camisa como parte do look das pessoas pelas ruas, e a campanha visa exatamente mostrar que é legal usar roupas e tênis que remetam ao nosso futebol.

A solução veio em forma de um manifesto e terá material espalhado por alguns PDV’s que foram criados pela Colletivo.

Fico me questionando o impacto da ação. Somos o país do futebol, mas estamos longe de ser um país apaixonado pela seleção e pela pátria. A causa da campanha da Nike é muito maior do que simplesmente aumentar o volume de venda do uniforme, que na verdade é conseqüência disso tudo.

O futebol é um esporte do povo e a camisa da Nike é de elite. Um torcedor humilde sofre para ter um uniforme oficial do seu clube, e isso se agrava quando falamos de seleção brasileira. Não é a maioria que pode pagar para ter a camisa oficial do Brasil em casa.

Se o objetivo é inserir a camisa no look das pessoas, imaginamos um target mais qualificado que tem condições de comprar. Por outro lado, se o objetivo é despertar a paixão pela seleção nacional, o preço do produto pode ser um empecilho.

Contudo, vale a pena conferir as peças criadas para ação!




Dica da Bárbara Bom Angelo!

Exagero Corintiano

Não teve como deixar passar. Após uma série de posts falando bem sobre o Corinthians - sua revitalização na temporada 2009, a contratação de Ronaldo, o patrocínio mais caro do futebol brasileiro etc -, o clube começa a dar sinais de que está perdendo a mão, pelo menos no que diz respeito ao seu uniforme.

Hoje li que o clube alvinegro fechou mais um patrocínio com a Hypermacas, dessa vez com a marca de desodorantes Avanço. Sendo assim, temos uma marca da recém criada Brasil Foods (Batavo, a primeira a fechar com o Corinthians), duas da Hypermacas (Bozzano e Avanço) e três do grupo Silvio Santos (Tele Sena, Lojas do Baú e Banco Panamericano); ou seja, um total de 6 marcas devem estampar o uniforme Corintiano este ano.

O exagero (e o problema) não está no número de patrocinadores que o Corinthians tem conseguido - isso só prova a força do clube este ano -, mas na forma como ambas as partes tem trabalhado esses novos negócios. A Avanço, por exemplo, irá estampar sua logomarca abaixo das axilas dos jogadores.

Que ideia foi essa? No mínimo ela partiu de alguém que quis fazer um link entre produto e situação de uso - fora que se a Avanço busca exposição de marca, o provável é que aconteça justamente o contrário.

Do outro lado temos o clube que permitiu isso em detrimento do seu uniforme, de seu escudo, de suas cores. Hoje o uniforme do Corinthians está mais para um tablóide de supermercado (nada contra), e até os próprios torcedores já estão reclamando.

O Corinthians, com toda a visibilidade que conseguiu após a chegada de Ronaldo, deveria ter um plano de patrocínios mais estruturado. Por exemplo, um número "x" de patrocinadores no uniforme; depois disso, o clube abriria espaço para patrocínio mas fora da camiseta, com ações com a torcida nos dias de jogos, ativação etc... oportunidades não faltam, o que falta é largar essa dependência dos uniformes.

Túlio Maravilha | Para animar a festa

Nesta terça-feira, o Botafogo (RJ) e o Brasil (RS) irão fazer um amistoso no estádio Bento de Freitas, em Pelotas.

Os dois clubes firmaram uma parceria de gestão e na partida de hoje irão contar com a presença ilustre do atacante Túlio Maravilha, que brilhou no clube carioca em 1995.

O atacante ainda corre atrás do milésimo gol e sonha em defender novamente o Botafogo, mas o certo é que irá se apresentar no Goiânia, clube que defenderá no segundo semestre.

Deixando a festa de lado, vale comentar a parceria entre dois clubes que aparentemente não possuem nenhuma identificação. Esse tipo de parceria com certeza será de muita utilidade ao Brasil, que apesar de pouca expressão no futebol nacional, tem uma torcida muito apaixonada.

Outros clubes podem se unir para este modelo de gestão. O glorioso Juventus (SP) da Mooca é um dos times que poderia fazer algumas parcerias e colher resultados representativos para sua história.

Dica do @Kavera!

25 de maio de 2009

Adidas & Palmeiras | Minha Segunda Pele

Em uma ação para envolver os torcedores do Palmeiras, a Adidas lançou o hotsite “Minha Segunda Pele”.

O hotsite tem inicio com um vídeo onde os jogadores são informados que os uniformes sumiram, e o volante Pierre diz que não precisam de camisa, já que o Palmeiras é a segunda pele de todos. Os jogadores então partem para uma sessão para tatuarem o símbolo do clube.

Após o vídeos, os torcedores são convidados a participarem de um “caça ao tesouro” para descobrirem onde os uniformes foram parar.

A idéia é sensacional, pois envolve os torcedores, o clube, o fornecedor e inclusive o patrocinador, já que você pode notar a parceria com a Samsung. A execução não é tão boa, já que algumas dicas estão trocadas e o hotsite um pouco confuso.

A ação provavelmente faz parte do lançamento de um novo uniforme. Vale a pena conferir o vídeo abaixo e participar da brincadeira.


Grupo chinês compra participação no Cleveland Cavaliers


O Cleveland Cavaliers fechou um acordo com um grupo de investimentos chinês que assumirá 15% das ações da Cavaliers Operating Company, entidade que administra o time e a Quicken Loans Arena, ginásio do Cavaliers.

O acordo, que ainda precisa ser aprovado pela NBA, deve proporcionar oportunidades para o Cavaliers e sua maior estrela, Lebron James. Com o acordo, o Cleveland deve conseguir manter James no elenco depois de 2010, quando ele se torna free-agent. Já para James, que declarou ter planos de se tornar o primeiro atleta bilionário, o acordo pode facilitar sua chegada em um mercado gigantesco como o da China sem ter que deixar o Cavaliers - apesar de também nunca ter afirmado isso.

É claro que não dá pra comparar a estrutura do nosso futebol como negócio e a do basquete norte americano, mas isso sinaliza para algumas oportunidades por aqui.

Enquanto lá eles negociam participação acionária na franquia, por aqui vemos a dependência dos patrocínios na camiseta do time para manter uma estrela como Ronaldo.

"Há vida além da camiseta". Por isso devemos continuar o trabalho de profissionalização do nosso futebol, para que o horizonte de oportunidades se amplie ainda mais. Num momento onde nunca se especulou tanto a volta de grandes jogadores para o Brasil, talvez esteja mais do que na hora de pensarmos em novas formas de viabilizar tudo isso.

Futebol nacional movimentou R$ 1,7 bi | Bom ou ruim?

Divulgado o relatório prévio do estudo anual sobre as receitas dos clubes brasileiros feito pela Casual Auditores Independentes.

Os números absolutos deverão ultrapassar R$1, 7 bilhão, sendo que os 21 principais clubes acumularam R$1,4 bilhão do montante.

Os cinco clubes que mais cresceram no ranking foram Palmeiras, Portuguesa, Fluminense, Flamengo e Coritiba. Porém, os que mais lucraram foram São Paulo F. C. e Internacional.

Ao ler a reportagem, me recordei de um questionamento feito no Fórum ESPM Copa 2014, quando todos falavam dos valores que rondavam a Copa no Brasil. Enquanto alguns discutiam se os 10 bilhões eram dólares ou reais, surgiu uma pergunta: “mesmo se for em dólar, será que é bom ou ruim?”.

Muitos estão vibrando com os valores apresentados, que representam crescimento de 6,1% em relação ao ano anterior e evolução de 69% de cinco anos para cá. Mas será que devemos realmente vibrar com o número?

O primeiro ponto a ser levantado é que a maioria deste número está baseado em venda de jogadores e cota de transmissão. Basta olhar os cinco que mais evoluíram, onde o Palmeiras vendeu 3 jogadores importantes (Valdívia, Cavalieri e Henrique), Portuguesa e Coritiba voltaram a série A (e voltaram a receber valor integral dos direitos de transmissão), Flamengo vendeu jogadores e Fluminense faturou com os direitos das finais da Libertadores.

A crise parece não afetar (muito) o nosso futebol, mas estes números apresentados deverão cair no ano que vem, pois nossos clubes não irão ganhar tanto com as vendas dos jogadores, já que o mercado internacional não está tão forte. Em 2009 também teremos a presença mais marcante do Corinthians com Ronaldo, que provavelmente irá desbancar o São Paulo F. C. que lidera o ranking desde 2006.

O fato é que com a revelação destes dados, podemos ver que ainda estamos aprendendo a ganhar dinheiro por aqui. Não podemos depender de dois pilares como estes e achar que está tudo bem. Ou vendemos os espaços no uniforme, ou jogadores ou continuamos dependendo da TV...e ainda vibramos com este tipo de informação.

Confira abaixo a lista dos 10 clubes com maiores receitas em 2008:

Clube - Receita (em R$ milhões)

São Paulo - 160
Internacional - 142
Palmeiras - 138
Flamengo - 117
Corinthians - 117
Grêmio - 99
Cruzeiro - 94
Fluminense - 66
Santos - 65
Atlético Mineiro - 57

22 de maio de 2009

São Store Oscar Freire

Um parceria de sucesso. É assim que podemos resumir a relação entre São Paulo F. C. e a fornecedora de materiais esportivos Reebok. Fruto disso é a inauguração da quarta loja "São Store", agora na Oscar Freire, ícone do mercado de luxo de São Paulo.

Mais do que uma loja do clube com produtos oficiais, é um ambiente onde os consumidores podem respirar a história do clube e levar algumas lembranças físicas para casa. Um verdadeiro espaço de brand experience.

Já comentamos aqui sobre a loja, e é necessário ressaltar a força que a marca São Paulo F. C. vem ganhando com este tipo de ação.

Se você tem que dar um presente para um são paulino, duvido não encontrar nada de interessante no local.

Guerrilha Nike e Jordan | Nostalgia

Quem olha pra Nike hoje não imagina que lá arás, em 1984, a empresa passou por um período muito complicado. Depois do época áurea dos tênis de corrida, as vendas desta categoria começaram a diminuir e a Nike teve que pensar em uma forma de se reinventar com o intuito de conseguir entrar em outro segmento de mercado.

Michael Jordan começava a despontar como uma das grandes promessas do basquete norte-americano e a Nike via ali um grande potencial. Só que naquele momento Michael Jordan queria mesmo era um contrato com Adidas ou Converse (Magic Johnson e Larry Bird), que eram as grandes marcas do segmento na época.

David Falk, agente de Jordan na época, viu uma grande oportunidade e sugeriu que o jogador assinasse com a Nike.

Quando Jordan foi a Portland conhecer o QG da Nike, a equipe de design da Nike apresentou o tênis que revolucionaria este mercado e o basquete da NBA, o Air Jordan.

Os tênis eram vermelho e preto, o que rompeu o padrão de tênis brancos da liga. Assim a NBA baniu o Air Jordan da liga. No entanto, a Nike resolveu seguir em frente. Jordan continuou usando os Air Jordan mesmo com uma multa de US$ 5000 por partida. Não deu outra, a polêmica chamou a atenção do público. E, aliado as grandes atuações de Michael Jordan, o tênis se tornou um verdadeiro hit – é só ver tudo o que marca Jordan representa atualmente.

Confira abaixo o comercial criado para o Air Jordan.


Uma ótima estratégia de guerrilha - mostrando sua força antes mesmo de ter tido esse nome.

Agora fico pensando nas oportunidades nos dias atuais. A primeira coisa que me veio à cabeça foi o fato da Olympikus estar se preparando para entrar no segmento de futebol com o patrocínio do Flamengo. Se a marca estruturar bem esta entrada com o Flamengo, pode conseguir estrear com o pé direito nesta categoria.

21 de maio de 2009

Howard e Rose | Adidas

Para celebrar as ótimas campanhas de Dwight Howard, que se tornou o mais jovem jogador da história da NBA a ganhar o título de jogador de defesa, e de Derrick Rose, que foi o Rookie desta temporada, a Adidas criou duas animações bem legais para os atletas.

Confira abaixo:




Via Y2

A marca dos brasileiros

“Os brasileiros decidem. Agora o mundo os conhecem”. Essa foi a frase de Mircea Lucescu, técnico do Shakhtar Donetsk após a final da Copa da Uefa.

Isso porque a partida terminou em 2 a 1 para o time ucraniano, com gols de Luiz Adriano e Jadson (na prorrogação). O outro gol também foi brasileiro, Naldo marcou para o Werder Bremen.

A final em Istambul, na Turquia, teve um time alemão, outro ucraniano e o brilho do Brasil. Além dos três jogadores que marcaram, o jogo contou com a participação de outros três brasileiros como titulares.

Após o apito final do árbitro, fiquei imaginando a notícia no mundo inteiro exaltando a capacidade dos nossos jogadores decidirem um campeonato tão importante como é a Copa da Uefa. Como não poderia ser diferente, puxei o assunto para a questão da comunicação, de campanhas que poderiam surgir com esse tema.

Mas qual seria a “empresa” desses “produtos”? A CBF? O país inteiro? Será que alguma instituição poderia se apropriar desse fato e usar a seu favor? Não sei. Provavelmente se alguma das “empresas” citadas acima usassem isso, seria para vender mais jogadores para o exterior e sinceramente não queremos mais exportações...

A marca dos brasileiros é valorizada no mundo todo. Não somos os inventores desse tal de futebol, mas hoje em dia somos os donos e os especialistas. Não há no mundo alguém que possa falar com tanta propriedade do assunto como nós.

Mas e aí, o que fazemos com tudo isso? Como sempre comentamos aqui, está na hora de criarmos e valorizarmos essas marcas...

20 de maio de 2009

Inovação no esporte

Não é novidade que vivemos em um mundo com muitas possibilidades. Muitos - inclusive eu - acreditam que estamos entrando numa era de mudanças radicais que podem levar o planeta, os negócios e as pessoas (para citar só alguns) para outros rumos.

Ontem, Mário Castelar, Diretor de Inovação da Nestlé, fez alguns comentários sobre isso em sua palestra. Falou sobre o novo contexto brasileiro em termos de economia, política, mídia, arte, cultura comportamento etc, e em determinado momento comentou sobre a mudança de mentalidade no mundo dos negócios: aquele que é um concorrente de uma empresa hoje, amanhã pode se tornar o seu principal parceiro numa empreitada em determinada categoria. E, não teve jeito, tive que trazer isto para o contexto dos esportes.

Talvez o que eu vá sugerir aqui pode soar estranho para muitos, mas definitivamente precisamos romper alguns paradigmas também no esporte.

Todos sabem que o futebol é a principal modalidade do país. A única seleção pentacampeã no mundo, muitos jogadores entre os melhores do mundo, um dos projetos mais caros da televisão nacional e por aí vai. Na outra ponta, temos esportes com uma estrutura muito tímida, lutando para sobreviver e dar o mínimo de suporte para atletas que com uma estrutura apropriada conseguiriam alcançar ótimos resultados em competições de peso.

E se alguns times brasileiros fizessem parcerias para atuação em outros esportes?

No futebol, por exemplo, Corinthians e Palmeiras trabalharam próximos para o projeto do Derby. Claro que tudo ainda está em fase inicial, mas as expectativas para o futuro são muito boas.

Recentemente vimos o Flamengo com problema de verba para a Ginástica Olímpica, mas o rubro negro acabou conseguindo um patrocínio, felizmente. Se não fosse isso, alguns de nossos principais atletas na modalidade não teriam onde treinar.

Assim como alguns clubes de peso do Rio de Janeiro se juntaram no projeto do America FC, por que não podemos ver mais movimentos como esse ocorrendo em outros esportes? Será que o Flamengo não poderia entrar com o local de treinamento para a ginástica olímpica, o Vasco com um time de médicos e o Fluminense com uma nutricionista? Por que não? No final, o esporte como um todo se desenvolve e os parceiros conseguem se beneficiar juntos.

De maneira alguma sou contra a extensão da marca para outros esportes, pelo contrário. Barcelona e Flamengo tem seu time de basquete, Los Angeles Lakers e Los Angeles Clippers dividem o mesmo ginásio - que também serve para a liga de Hockey - e por aí vai... Fica claro que em alguns esportes isso é fundamental, ajuda a trazer torcida, movimentar o mercado entre outros fatores, mas para outras o ideal talvez seria pensar em novos formatos, sinergias e parcerias.

Acho que ainda vemos isso acontecendo muito pouco no esporte de uma maneira geral, mas gostaria de saber o que vocês acham e se conhecem alguns exemplos neste sentido.

Roma no Brasil | De novo

“Tudo invertido”. Foi isso que passou pela minha cabeça ao ler a notícia que pelo terceiro ano consecutivo o Roma traz para o Brasil o AS Roma Campus. Trata-se de um programa para jovens de 8 a 14 anos, com treinamento físico e técnico oferecido por um dos clubes mais tradicionais da Itália.

A clinica de futebol será realizada em São Paulo, no MC Sport Center em Atibaia de 12 a 18 de julho e no Rio de Janeiro, no Hotel Arvoredo em Barra do Piraí de 19 a 25 de julho. O programa conta com a participação de Ricardo Perlingiero, técnico do SUB-15 do Roma, que é o único brasileiro a trabalhar nas categorias de base de um clube europeu.

Como a maioria das clinicas oferecidas para crianças, o Roma oferece refeições com presença de nutricionista, programas para desenvolvimento do lado cidadão dos jovens e uma infra-estrutura completa para o dia-a-dia.

A chegada dos clubes na América do Sul não é novidade, sempre comentamos que os clubes europeus estão cada vez mais globais. Porém, este cenário pode ser um sinal de alerta para os clubes do país.

O Roma e demais equipes que aqui chegam, usam o approach que as crianças sonham em jogar nestes clubes e querem vivenciar o dia-a-dia de um clube de futebol. Claro que isso não mentira, mas precisamos correr para o sonho mais “perto” destes jovens ser jogar nos clubes que torcem, nos clubes nacionais.

Os clubes de fora têm muito para ensinar, mas principalmente do lado de fora das quatro linhas. Quando o assunto é “bola”, temos muito mais matéria prima e propriedade para comentar, e nós que poderíamos passar um pouco da magia do futebol brasileiro para os jovens europeus. Nossas equipes poderiam fazer clinicas no exterior e nosso approach seria muito mais forte, poderíamos ensinar os europeus o que ensinamos ao Kaká, ao Ronaldinho Gaúcho, ao Fenômeno Ronaldo, ao Romário entre outros.

Deveríamos sim entrar nas clinicas do Roma e outros clubes, mas para aprender a administrar e vender o futebol. E podemos dar clinicas para o resto do mundo de como jogar futebol.

Para mim, tudo continua invertido. Penso que temos que correr para mudar tudo isso. E vocês, o que acham?

18 de maio de 2009

Everyplace | Os 4Es do Marketing Esportivo

De Place para Everyplace.

Dentro dos 4Ps, Praça (Place) tem um papel importantíssimo já que, basicamente, diz respeito à distribuição. É aquela velha e já batida história: não adianta ter um bom produto com uma distribuição falha.

No contexto dos 4Es, Everyplace adquire um peso ainda maior. Isso porque o consumidor de hoje não é mais “estático” como antigamente. Hoje ele está exposto a um número muito maior de informações e opções, o que faz com que ele crie seus próprios caminhos. Essa nova dinâmica faz a evolução do conceito de Place para Everyplace fundamental.

Mas como trazer isto para o contexto do esporte?

Em primeiro lugar, é importante entender de uma forma mais ampla – sem pensar só em esporte - estes “caminhos” que o consumidor cria, para que possamos desenvolver formas de engajá-los da melhor forma possível no seu dia-a-dia. Entender onde ele vai buscar informações, em que horários assiste televisão, lê um jornal ou uma revista; em que momentos acontecem as conversas com os amigos, em que locais assiste às partidas, como usa a internet e o celular no dia-a-dia; enfim, uma leitura de como essas pessoas se comportam.

Melhor do que ficar no conceito é ilustrar com alguns exemplos:

Não tem jeito, temos que falar de NBA – eles devem aparecer como exemplo em todos os posts dessa série. A NBA tem um site que é um dos principais pontos de contato da marca com o consumidor. Ok, pode não parecer grande coisa, mas o fato é que eles entenderam muito bem que tipo de informação o fã do basquete procura e como ele quer receber este conteúdo, artigos, fotos, vídeos etc.



E não para por aí. A liga recentemente adotou o Twitter como plataforma geradora de conteúdo para os torcedores.. Por aqui, temos o Siga Seu Time que também funciona nos mesmos moldes. Com um simples aplicativo do Twitter no seu celular – ou até mesmo via navegação tradicional – você fica por dentro das notícias.

A tecnologia Bluetooth – veja aqui – também está ganhando cada vez mais espaço nos estádios. É o celular fazendo as vezes do tradicional rádio de pilha. E aqui há potencial para algo muito maior; o que temos visto de celulares com transmissão de TV digital é cada vez maior... agora imaginem o que se pode fazer com isso dentro dos estádios.

O conceito Everyplace também está ligado às "telas individuais" que muito se fala hoje em dia. Os consumidores estão cada vez mais individualizados com os seus celulares. A internet móvel e os celulares com alta tecnologia permitem que os consumidores tenham acesso a conteúdo a qualquer hora do dia e em qualquer local, portanto para se ter relevância, além do conteúdo interessante, as marcas precisam estar atenta aos diversos momentos do consumidor.

Também temos os canais de TV online dos próprios clubes, como é o caso do Corinthians com o TimãoTV e o Real Madrid com o RealMadrid.TV.

Mas o conceito de Everyplace vai muito além do mundo digital.

O São Paulo Futebol Clube, por exemplo, tem sua rede de lojas com produtos exclusivos – veja aqui. A primeira loja foi no Shopping Ibirapuera (SP) e o projeto do clube é expandir a rede. Com isso o clube pulveriza sua marca e expande sua atuação para além das quaro linhas.

Outra forma de presença interessante são os Tours dos times pelo mundo. A NBA já consolidou muito bem esta estratégia em países da Europa e Ásia, e isso está ficando cada vez mais comum entre grandes times de futebol da Europa.

O futebol europeu já deixou de ser apenas do velho continente. Os clubes estão muito mais globais do que podemos imaginar e isso ainda vai crescer. Recentemente a Rede Globo adquiriu os direitos de transmissão da Copa da UEFA e este contrato pode ter muito mais consequências do que apenas mostrar os jogos para uma quantidade maior de pessoas.

Se hoje em dia muitas crianças têm o Manchester, o Milan ou o Real Madri como segundo time, poderemos assistir o fenômeno de transição onde estes clubes serão os primeiros dos jovens. Isso tudo porque eles estarão muito mais pertos e presentes no dia-a-dia das crianças, com apelos muito mais fortes do que times nacionais: terão atletas de ponta e grandes equipes.

Para alguns, isso não faz sentido, já que isso tudo será através da televisão e as crianças não poderão nem ir aos jogos. Porém, qual a porcentagem de crianças que vai ao estádio para ver os times? Ou seja, este fenômeno pode causar muitas consequências para o esporte nacional, principalmente o futebol.

No fim das contas, quando falamos em Everyplace, estamos falando de presença. Esta é a palavra que devemos ter em mente quando formos desenvolver pontos de contato com o torcedor.

Não se trata de utilizar novas tecnologias apenas pelo fato de serem novas, e sim entender a fundo o comportamento do grupo, como compram, como consomem mídia, como se comportam nos jogos etc, só assim será possível criar uma presença massiva e significativa para a marca e para as pessoas.

Postado por Bruno e Dida

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Experience Os 4Es do Marketing Esportivo

Palmeiras | Novo patrocinador

Não é só o arqui-rival Corinthians que tem novos patrocinadores na capital paulista. O Palmeiras fechou um novo contrato, dessa vez com a Cosan.

A empresa foi especulada como a nova patrocinadora do Flamengo, ocupando o lugar da Petrobras, mas os R$21 milhões anunciados foram demais para a empresa, que recusou.

As bases contratuais entre Palmeiras e Cosan não foram divulgadas, mas a empresa deve estampar o calção do clube com alguma das marcas do grupo de combustíveis.

Além da logomarca no uniforme, a empresa ainda deve dar nome a um setor do estádio Palestra Itália (como o setor Visa) e se unir o clube em uma campanha na TV com o projeto energia “limpa”. O verde do Palmeiras com a preservação do meio ambiente será o elo para a campanha, que usará a cota a que o Palmeiras tem na Globo pela cessão dos direitos de transmissão dos campeonatos.

Apesar de ser um patrocínio com um valor inferior aos contratos que o clube tem, é um projeto que visa ações que vão além das quatro linhas. Resta saber se tudo será devidamente alinhado para que as duas partes colham frutos disso tudo...

16 de maio de 2009

Nike | Most Valuable Puppets II

Na última terça-feira(12) - veja aqui -, postei um comercial da Nike que brincava com Lebron James e Kobe Bryant após o primeiro ter faturado o MVP desta temporada.

Sabendo que tanto Lebron como Kobe são patrocinados pela Nike, fiquei esperando por mais um comercial da campanha, só que dessa vez a favor de Kobe. Dito e feito.

Dessa vez quem tira uma onda é Kobe Bryant, que, ao contrário do promissor Lebron James, já possui três títulos da NBA. E a rivalidade entre os dois (saudável, diga-se de passagem), vai ganhando força neste fim de temporada; até porque os dois tem grandes chances de se enfrentarem nas finais.

Não podia deixar de postar.

Confira abaixo.

15 de maio de 2009

Oportunidade: Natação Brasileira

No último troféu Maria Lenk, os nadadores brasileiros conquistaram um feito: o Brasil terá uma de suas maiores equipes de natação no mundial de Roma que acontece em Julho deste ano; serão 27 atletas, sendo 17 homens e 10 mulheres. É a maior equipe desde Barcelona 2003.

Em Melbourne 2007 o Brasil levou 15 atletas, ou seja, a equipe de 2009 teve um crescimento de 80% em relação a de 2007.

Isto serve para mostrar que há vida após as Olimpíadas. Quase um ano após os Jogos de Pequim, nossa natação dá sinais de que continua vivendo um ótimo momento. A equipe conta com um campeão olímpico, um recordista mundial e 13 atletas que hoje estão entre os dez melhores do mundo no ranking mundial de 2009.

Vi nesta conquista uma grande oportunidade para dar mais visibilidade à natação e aos principais atletas deste esporte no país. A CBDA tem como patrocinadores os Correios (desde 1991), a Gol e a Water Planet, mas até agora nenhum sinal de que veremos uma nova campanha, uma ação na internet ou coisa parecida.

Andei pensando esses dias e acho que temos um problema de continuidade, ou seja, não conseguimos sustentar nosso momento. Não é só o fato de depender do surgimento de atletas fora de série - isso todos já sabem - o buraco é mais embaixo. Não temos um planejamento com foco no longo prazo; extraímos o máximo destes momentos e depois ficamos na dependência de que algo grandioso aconteça novamente.

De novo, vejo neste momento da natação brasileira uma grande oportunidade para patrocinadores, atletas e a própria modalidade. Sustentar o envolvimento até o mundial de Roma para, quem sabe, depois da competição amplificar isso ainda mais.

O Bruno já postou sobre o assunto algumas vezes aqui no Radar, só que no contexto do futebol. Quando um clube pequeno do interior tem uma partida com um time de projeção nacional, como acontece na Copa do Brasil, eles fazem de tudo para se capitalizar. Estampar várias logomarcas no uniforme talvez não seja a melhor estratégia, mas o fato é que eles se movimentam.

Na natação, que tem uma temporada de competições diferente do que estamos acostumados, é fundamental trabalhar algumas ações pontuais (com estratégia, claro) em momentos como esse, pois só assim será possível construir uma modalidade forte no futuro.

14 de maio de 2009

Corinthians & Perdigão

A Batavo, marca que pertence a Perdigão, irá ficar de fora da camisa do clube no próximo jogo, contra o Botafogo pelo Campeonato Brasileiro.

Isso porque a logomarca estampada no uniforme será da própria Perdigão. A mudança pontual faz parte da estratégia da nova campanha da marca que irá promover a nova assinatura da marca: "Se é de coração, é de verdade".

Com comerciais na TV, a inserção do logo na camisa irá alavancar a visibilidade da Perdigão nesta nova campanha.

A Samsung no Palmeiras também utiliza o uniforme para promover diferentes marcas (no caso novos produtos), e ações como esta são interessantes quando inseridas em uma estratégia maior, e não sendo uma única plataforma.

Ontem o Corinthians jogou pela Copa do Brasil e mais uma vez pude observar o novo uniforme. Penso que apesar das cifras altas alcançadas pelo clube, a camisa está muito poluída e nada atrativa aos torcedores. Será que os clubes conseguiriam se rentabilizar de outra forma, senão aglutinando logomarcas em seus uniformes?

Imaginem o desespero dos clubes se tivéssemos “Cidade Limpa” nos uniformes...

13 de maio de 2009

Manchester City | Mais rico e menos valioso

Depois do Manchester United apresentar novos patrocinadores, é a vez do Manchester City se movimentar.

O clube de Robinho e Elano estuda a possibilidade de anunciar dois novos patrocinadores. A Air Etihad seria a marca estampada na camisa do clube, pagando a singela quantia de 30 milhões de euros.

Já a outra novidade seria a troca do fornecedor do uniforme. Atualmente, os uniformes são feitos pela Le Coq Sportif, e a troca seria pela Umbro, que investiria mais 15 milhões euros.

O Manchester City deixou de ser o primo pobre, já que falam que é o clube mais rico do mundo, mas está longe de ser grande e ter uma marca valiosa...

Com tanto dinheiro, o clube poderia se estruturar para criar uma equipe competitiva e fortalecer a marca, para aí sim caminhar com tranqüilidade e ao invés de gastar dinheiro, atrair...

Um novo Derby

Palmeiras e Sport Recife. Sport Recife e Palmeiras. Por conta do acaso que colocou estes times, um no caminho do outro, nos últimos cruzamentos, o futebol nacional viu nascer um novo clássico.

Em estados distantes e com tradições diferentes. Ninguém nunca imaginou que estes dois clubes fariam duelos tão importantes, e ninguém também quis criar uma rivalidade forçada, ela simplesmente aconteceu. Partidas emocionantes, em campeonatos importantes e em momentos decisivos. Estes fatores fizeram com que os dois clubes, a mídia, dirigentes, técnicos e as torcidas tivessem um envolvimento crescente com este derby recente.

Digo torcidas, porque não foram só as torcidas de Palmeiras e Sport que se engajaram no clássico, pelo contrário - se alguém duvida, que tivesse prestado mais atenção na movimentação/gritaria nas ruas e bares aqui de São Paulo.

Na noite de ontem, os dois protagonizaram um duelo fantástico pela Libertadores, e que nos pênaltis, o Palmeiras saiu vitorioso. Os críticos disseram que os dois fizeram por merecer, que ali qualquer um seria merecedor da classificação, mas não é isso que importa.

Falamos muito aqui no Radar Esporte sobre marca. Marca de clubes, de atletas, de campeonatos e até de jogos (veja aqui). Palmeiras e Sport já saíram no mesmo grupo na primeira fase e logo na seqüência se cruzaram no “mata-mata”. Não precisava saber muito de futebol para saber que este confronto seria emocionante e disputado até o final, como de fato foi.

Sem ninguém programar, o derby nasceu. Um novo clássico no futebol brasileiro que provavelmente terá outros muitos capítulos, mas que na noite de ontem não foi explorado como deveria. A federação é internacional (CONMEBOL), mas tanto a diretoria dos dois clubes como a CBF poderiam ter explorado mais esta rivalidade.

Se por um lado Palmeiras e Sport pecaram por não valorizar mais este novo clássico do futebol brasileiro, fica aqui a proposta de que se preste mais atenção a estes movimentos que acabam explodindo na nossa frente quando menos esperamos. Deixar a surpresa de lado e fazer com que as coisas fiquem um pouco mais "previsíveis. Por que não impulsionar mais essas rivalidades?

Os clubes são concorrentes no campo, mas não de mercado. Os consumidores são fiéis e não vão se encantar por campanhas de outros clubes. São torcedores. Portanto as diretorias podem se unir para promover estes duelos. É bom para os times, para o público, para o futebol e para o business.
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O Marcão ontem foi brilhante mais uma vez, mas este merece um post a parte.

Postado por Bruno e Dida

12 de maio de 2009

Nike | Most Valuable Puppets

Conforme comentei no post Jogadores e suas marcas, Lebron James, do Cleveland Cavaliers, faturou o MVP da NBA este ano. Para homenagear o atleta, a Nike fez uma brincadeira com a sigla MVP, transformando-a no Most Valuable Puppets.

O filme brinca com a empolgação do jogador, o gesto feito pelo jogador antes de todas as suas partidas, a jogada de talco para o alto, e faz uma brincadeira divertida com Kobe Bryant, dono do MVP de 2007.

Vale a pena conferir.



Via Direto do Forno

Ronaldo fecha com SBT

Ronaldo, um dos maiores responsáveis pelo crescimento nos índices de audiência do futebol da Globo - mais especificamente do Paulistão - acaba de assinar um contrato com o SBT de Silvio Santos.

Ronaldo será o garoto propaganda da emissora até o final do Campeonato Brasileiro, que termina em Dezembro. Além de anúncios em jornais e revistas, Ronaldo irá participar de dois comerciais institucionais com os principais apresentadores da casa.

A campanha que está sendo desenvolvida pela Talent terá abrangência nacional e tem como objetivo mostrar que o SBT está se reinventando e subindo no Ibope.

É claro que a contratação de Ronaldo causou um certo desconforto na Globo, mas parece que não foi só lá que isso aconteceu. No SBT, o acordo com o Fenômeno também gerou uma certa resistência por parte de alguns diretores do Grupo Silvio Santos que não queriam qualquer tipo de conflito com a emissora carioca. Como já é sabido, a idéia inicial de Daniela Beyrutti, filha de Silvio Santos e responsável por costurar o acordo, era estampar a logomarca do SBT na camiseta do Corinthians, mas, de novo, para não criar problemas com a Globo, o grupo optou por outras marcas.

Vai ser interessante observar como essa história vai se desenrolar. Primeiro porque apesar do desconforto gerado na Globo, parece que desta vez a emissora não pode fazer muita coisa, haja vista a força do jogador e sua importância para o crescimento da audiência do futebol na emissora. Segundo porque Ronaldo começa a aparecer com um número crescente marcas, e por isso vai ser fundamental que se desenvolva caminhos criativos diferenciados e relevantes para que a comunicação não passe batida - tanto pelo lado de Ronaldo como do patrocinador

11 de maio de 2009

Manchester United | Airtel

Como vimos aqui, o Manchester United é a marca mais valiosa do esporte mundial. A internacionalização do clube é um dos pilares mais importantes para alcançar o topo da lista e as ações para isso são muitas.

Além de excursões com a equipe por outros continentes, o clube acaba de fechar um novo contrato de patrocínio. O acordo é com a empresa de telefonia celular indiana Airtel e tem duração de cinco anos.

Ao longo deste contrato, os clientes da Airtel da Índia e Sri Lanka terão acesso a conteúdos exclusivos no celular, como gols, entrevistas, partidas, além de poderem participar de sorteios e promoções.

De um lado o clube que continua mostrando força no mercado internacional, e do outro uma empresa que agrega conteúdo relevante para seus clientes, já que o futebol desperta cada vez mais interesse nos jovens indianos.

Este é um exemplo das diversas frentes que os clubes podem ter para explorar uma marca. Um patrocínio não necessariamente passa por exposição de logomarca em uniforme ou em placas de publicidade. Devemos sempre olhar as duas partes envolvidas no contrato, sem nunca esquecer dos consumidores nas ações.

Mais cerveja no Esporte | Nova Schin no Super Surf 2009

Aconteceu no último final de semana no Guarujá, litoral de São Paulo, a primeira etapa do Super Surf 2009. O paraibano Jano Belo venceu na etapa masculina e a ubatubense Suelen Naraísa na feminina.

O torneio mais importante para os surfistas brasileiros contam com o patrocínio da Nova Schin e da Volkswagen. A marca de cerveja criou um espaço exclusivo para os convidados, com todos os produtos da marca, além de cadeiras e guarda-sóis. A ex-BBB Josi passou no local para visitar e apresentar o Concurso Beach Girls, que elegeu a mais gata de Pitangueiras.

Mais um esporte que vemos a invasão de bebidas alcoólicas no patrocínio. Como o Dida disse, a questão é que outras empresas mais “aptas” poderiam estar patrocinando, mas não estão. Enquanto isso, as cervejas conseguem um apelo muito interessante pelo menos para os telespectadores do evento, que vai muito além do logotipo em banners espalhados pela praia.

E ainda vai ter gente que vai comentar que os surfistas não podem aparecer ao lado desse tipo de bebidas...

8 de maio de 2009

Que venha o Brasileirão 2009

Neste final de semana começa o maior campeonato do país. O Brasileirão , que foi conquistado nas últimas três edições pelo São Paulo F. C., promete ser o mais disputado dos últimos anos e será com certeza o mais estrelado.

Iremos ver em nossos gramados jogadores de primeiro escalão do futebol mundial. Ronaldo, Adriano, Fred, Kléber, Nilmar, Marcos, Rogério Ceni entre outros irão marcar presença pelo menos até a metade do ano. Digo isso porque a janela que abre do futebol europeu pode tirar alguns deles, como Nilmar.

Porém, a crise mundial ainda não passou e o mercado não está tão para peixe como estava nos anos anteriores e é possível que tenhamos todos estes jogadores até o final da última rodada.

O campeonato volta a se valorizar por seu nível técnico e jogadores. Os clubes estão aprendendo a jogar competições com pontos corridos e será uma ótima vitrine para jogadores que querem disputar a Copa das Confederações pela seleção brasileira.

A parte técnica está bem, muito bem. Mas e a organização e divulgação do campeonato? Ainda não enxergo um campeonato valorizado como de fato poderia ser...

Vimos acima alguns motivos que já serviriam para uma bela campanha para valorizarmos o campeonato que é no país do futebol e um dos mais disputados do mundo. Iremos ficar atentos para movimentações de clubes, patrocinadores e organizadores.

Vale relembrar o que disse Mauro Holzman (confira aqui) no FÓRUM ESPM COPA 2014, que nas transmissões das entrevistas é obrigado (por contrato) mostrar o back drop com os logos dos patrocinadores.

É isso. Que venha o Brasileirão!

Adriano Imperador | Voltei para vencer

A notícia dos principais jornais esportivos de ontem não poderia ter sido outra. Como todos já esperavam, Adriano foi apresentado oficialmente como reforço do Flamengo.





O atacante que há pouco tempo rompeu com o Inter de Milão alegando que precisava de um tempo, voltou a sorrir. Voltou para o clube que o projetou para o mundo, o time do coração além de ser do “lado de casa”.

Os comentários nos bastidores sobre salário e tipo de contrato são muitos. Alguns falam em R$350 mil/mês, outros R$400 mil/mês, valor muito inferior ao que faturava na Itália. Mas muito mais do que suficiente para poder viver mais do que numa boa.

Independente de valor, penso que o Flamengo perdeu a chance de fazer como o Corinthians fez com Ronaldo, seguindo o modelo de negócio para patrocínio. Digo isso porque mais uma vez surgiram comentários com relação ao contrato. Comentam que a Traffic bancou a contratação, que a Olympikus (nova fornecedora de materiais) estava disposta a bancar o salário caso o Imperador rompesse com a Nike e por fim que três empresas estariam fazendo isso pelo clube.

O fato é que o Flamengo poderia ter contratado sem ajuda de nenhum parceiro, pelo menos de forma direta. O Corinthians apresentou o modelo para esse tipo de contratação e o clube carioca poderia ter seguido ou evoluído o modelo.

A vinda do atacante será mais ou menos a mesma coisa que foi a vinda do Ronaldo para o Corinthians. Alguns não apostam mais no Imperador, mas como Mauro Beting disse: “Bola ele tem. Força, mais ainda. Futebol para fazer a diferença no Rio e no Brasil, tem de sobra. E vai jogar no clube do coração, mais que carente de um centroavante realizador (...) E, claro, Adriano, em forma, no Brasil, ainda só perde para Ronaldo."


Será um boom para o futebol carioca, que para muitos deixou de ter um futebol de ponta. Espero que o clube carioca tenha a mesma estrutura e profissionalismo que o São Paulo entregou para o Imperador no ano passado e que o Corinthians está oferecendo para o Ronaldo. Só assim ele poderá brilhar.

O Imperador virou marca. Criou a marca “Adriano Imperador” graças a suas conquistas em campo e apesar dos tropeços fora dele, sua marca continua forte. Em sua apresentação, um painel com os dizeres “Imperador do Rio” e “Voltei para vencer”. Imperador ele é , mais do que “do Rio” e todos esperam que tenham voltado realmente para vencer.

O contrato é de um ano e ele poderá ser transferido após 6 meses, mas todos esperam que isso não aconteça, principalmente depois da forma que ocorreu a saída do Inter de Milão.

Ano que vem teremos Copa do Mundo. Em 2006, Adriano e Ronaldo eram mais novos, estavam super valorizados, mas ouso dizer que depois do que passaram, poderão ser muito mais úteis na África do Sul. Estão mais maduros, valorizados e principalmente, muito mais felizes.

Vale comentar, que dos quatro atacantes convocados em 2006, três deles estão no Brasil (Fred, Ronaldo e Adriano). Começo a achar que apesar de muito criticado, Romário era o mais certo de voltar ao Brasil “logo”...

E vocês, o que acham disso tudo?!

7 de maio de 2009

Ronaldo Fenômeno | Nostalgia

Não dá pra não comentar. Depois de Ronaldo marcar seu décimo gol na temporada em 13 partidas - o primeiro numa competição nacional desde o seu retorno - resolvemos reunir aqui alguns comerciais que o Fenômeno já estrelou.

Confira:







Como é bom ter o Fenômeno de volta.

Postado por Bruno e Dida

Final do Campeonato Paulista | Mobile no estádio

Após comentar aqui um pouco sobre a visão geral que foi a final do Campeonato Paulista, vamos comentar sobre um dos pontos mais interessantes do último domingo.

Quem foi ao estádio assistir o último jogo do campeonato se deparou com faixas e anúncios no placar para ativarem o Bluetooth do celular. O recado foi enviado pela loja virtual do Corinthians, o Shoptimão que foi a primeira loja a comunicar o lançamento da camisa comemorativa com 26 estrelas (alusão aos títulos estaduais).

Os mais de 35 mil presentes no Pacaembu puderam receber informações do lançamento, conteúdo e o número do televendas do Shoptimão. Os torcedores já podiam comprar a camisa do próprio estádio.

Os números ainda não foram divulgados, mas comenta-se que a ação foi um sucesso. O mais importante disso tudo é ver a movimentação do clube com relação às novas mídias. Já havíamos comentado aqui sobre Bluetooth nos estádios e temos muito potencial para explorar...

E vocês, o que acham?

Obs. Agência responsável pela ação foi a F.biz

6 de maio de 2009

Radar Esporte recomenda

O Portal Exame publicou duas reportagens que achei importante compartilhar com vocês aqui no Radar Esporte.

A primeira, Ronaldo gera lucros fenomenais aos patrocinadores e ao Corinthians, fala sobre os resultados obtidos por ambas as partes até aqui, a aura de batalhador que faz parte do jogador - e que foi utilizada recentemente em uma campanha da Brahma -, as marcas que estão por trás do fenômeno (no Brasil e no mundo), e, claro, sobre o formato inovador da parceria Corinthians e Ronaldo.

É importante observar que, graças a este formato, hoje o atacante Ronaldo ganha próximo do que ganhava na sua época áurea no Real Madrid, em 2002. Se considerarmos que muitos davam o atleta como acabado, o feito ganha ainda mais importância.

A segunda reportagem, Parceria de Ronaldo e Corinthians abre caminho inédito para o futebol brasileiro, fala sobre o novo modelo de divisão de receitas entre clube e atletas e como isso pode estimular a repatriação de outros jogadores como, por exemplo, Ronaldinho Gaúcho. A matéria ainda cita os principais modelos de remuneração dos clubes atualmente, alguns clubes brasileiros que estariam em condições de implementar o novo formato e nomeia alguns atletas que poderiam retornar aos gramados brasileiros.

Vale ressaltar, porém, que agora que a parceria Ronaldo e Corinthians é conhecida mundialmente, mais do que continuar replicando (e esgotando) o formato por aqui, os clubes devem continuar buscando inovar sempre, apesar das limitações. Não tenho dúvidas de que outros mercados - principalmente o Europeu - estão atentos a estes novos movimentos e não vão querer perder alguns dos seus principais jogadores, e com isso irão buscar desenvolver formatos que sejam atrativos (para o clube, jogadores, torcida e mídia) e que consigam reter a migração dos seus principais atletas.

Vale a leitura.

Ayrton Senna | 15 anos de saudade com mais um documentário

No último dia primeiro de maio, foram completados 15 anos de saudade de um dos maiores heróis nacionais. Ayrton Senna da Silva se foi, mas continua na cabeça e nos corações de milhares de pessoas mundo a fora.

O piloto que marcou época e é considerado um dos maiores de todos os tempos é idolatrado por fãs e por especialistas no assunto. Sua marca continua valorizada (como comentamos aqui) e ele continua sendo assunto de programas na televisão.

Herói brasileiro, mas foram os ingleses que saíram na frente novamente para uma homenagem a Ayrton. A Working Title Films, responsável por filmes como “Frost/Nixon”, “Queime Depois de Ler” e “Elizabeth: A Era de Ouro”, já anunciou que está produzindo um documentário sobre o piloto.

O filme ainda não tem nome, e irá retratar a história do ponto de vista de familiares e de pessoas que se envolveram profissionalmente com o piloto dentro da Fórmula 1.

Não será o primeiro documentário feito para Senna, já que em 1998 foi lançado A Star Called Ayrton Senna (Uma Estrela Chamada Ayrton Senna), mas o filme já está fora de catálogo.

O filme ainda não tem previsão de lançamento, e nem deve ser a única notícia sobre o piloto neste ano, já que o Instituto Ayrton Senna também completa 15 anos.

É impressionante a força da marca Ayrton Senna. Ouso dizer que é uma das marcas de esportistas mais valiosas em todo o mundo, e isso se deve a forma com que sempre foi tratada.

Ayrton Senna . Exemplo nas pistas, na vida e na forma de tratar o branding no esporte...

5 de maio de 2009

A final do Campeonato Paulista

Corinthians campeão, invicto, e Ronaldo craque do campeonato. Tudo uma grande festa, não? Pelo menos é o que parece, mas como vimos domingo, nem uma festa organizada conseguimos fazer.

Antes de falar do ponto forte, o fogo na comemoração, vamos começar do início...

Os torcedores brasileiros (a maioria deles) sofrem para comprar ingressos em jogos comuns, enfrentam filas gigantescas e no final precisam correr atrás dos cambistas. Estes, por sinal, de um jeito fantástico conseguem ingressos sem entrarem nas filas e em uma quantidade extraordinária.

Agora imagine tudo isso somado ao jogo mais importante do campeonato. Praticamente impossível encontrar ingresso e quando o torcedor encontra ou é por um preço muito mais alto, ou é falso.

A final do campeonato paulista teve um número impressionante de torcedores com ingressos falsos e as autoridades todas adoram o mesmo discurso: “’não saiu da bilheteria, não é culpa nossa...”

O segundo ponto que devemos analisar é o cenário deste jogo. O Pacaembu é a casa do Corinthians (sou a favor de ser lá!), um estádio charmoso, mas o gramado não estava digno de uma final. Pode parecer besteira para alguns, porém já que queremos transformar tudo em um espetáculo, esses fatores são muito importantes.

Por fim, a comemoração. O jogo mal terminou e o campo já estava tomado por jornalistas (trabalhando), ministros (querendo aparecer), e convidados (fazendo o que?!). Ronaldo foi embora para o vestiário pois alegou que não conseguia comemorar com tamanha desorganização e na hora do capitão levantar a taça, um pequeno incêndio. Por sorte nada aconteceu com as pessoas, mas erros assim são lamentáveis...

Penso que Ronaldo, mesmo com tamanha desorganização, deveria ter ficado com os companheiros, e que a festa que a federação armou foi uma lástima.

O Dida acabou de falar mais uma vez da NBA, e acho que está mais do que na hora de aprendermos um pouco com os norte-americanos. Eles conseguem ter um campeonato com altíssimo nível técnico aliado com um espetáculo e organização de primeiro mundo.

E vocês, o que pensam disso tudo?

Jogadores e suas marcas

Quem acompanha o Radar Esporte já deve ter percebido que sou um grande fã do basquete norte americano, não apenas pelo alto nível de jogo dos atletas mas também pelo fato da NBA conseguir explorar muito bem sua marca.

Poi bem, já comentei a respeito disso algumas vezes por aqui, mas hoje vou falar brevemente sobre o papel da liga na criação/fortalecimento da marca mais importante dos jogadores: eles mesmos.

Hoje foi anunciado que o MVP da temporada 2008-09 é Lebron James, do Cleveland Cavaliers. Até aí, nada de mais, certo? Afinal, hoje o Ronaldo também recebeu o prêmio "Craque do Campeonato Paulista", ou seja, prêmios não são exclusividade de nenhum campeonato no mundo.



Mas o que quero mostrar aqui é que a NBA tem um papel importantíssimo na promoção destes jogadores. Se partirmos do princípio de que a torcida de um time é um dos seus ativos mais importantes - se não o mais - os jogadores são um dos principais ativos de um campeonato. São eles que também movimentam a torcida, que geram exposição na mídia, que atraem patrocinadores e até mesmo pessoas que querem assistir a uma partida pelo simples fato deste jogador estar presente. Não tem jeito, é um círculo virtuoso...

Estaríamos falando de Ronaldo, por exemplo?

Veja o vídeo feito para celebrar o prêmio do MVP Lebron James.


Um vídeo simples capaz de agradar qualquer fã do basquete e que passa a mensagem de porque Lebron foi o escolhido. Além disso, todo o conteúdo referente ao prêmio (releases, vídeos, entrevistas etc) foi colocado no site da NBA.

O que geralmente vemos no Brasil são as marcas criando comerciais, virais e outras ações com os jogadores, mas e se começássemos a inverter um pouco esta lógica?

Não é preciso muito. A NBA, por exemplo, fez o básico: através do site, que é um dos principais pontos de contato da liga com o torcedor, deu visibilidade para todo este conteúdo que é extremamente eficaz e teve uma produção relativamente simples perto do que a liga está acostumada a fazer.

Talvez amanhã ou depois apareça um viral da Nike com Ronaldo, mas precisamos parar de deixar os patrocinadores serem os únicos agentes deste movimento e valorizar mais estes jogadores.

4 de maio de 2009

Campeões dentro das quatro linhas, apenas

Os campeonatos estaduais chegaram ao fim. Neste domingo, o Brasil conheceu os campeões de todos os estados em finais emocionantes.

No grande centro do futebol não tivemos novidade. O Corinthians confirmou a vantagem adquirida no primeiro jogo, o Flamengo conquistou o tri nos pênaltis e o Cruzeiro apenas confirmou o favoritismo.

O alvinegro paulista conquistou o primeiro título após a chegada do fenômeno Ronaldo com uma camisa "super patrocinada". Além de Batavo, Bozzano, Telesena, Baú e Banco Panamericano estamparam a camisa. Wizard também estaria entre as marcas, mas por falta de prazo não conseguiu estar.

O banco do grupo Silvio Santos por sinal mudou o que havia errado na última final. Como o Dida comentou, a marca no calção do time estava escondida, mas desta vez estava nos dois lados inferiores da camisa. Do mesmo patrão, as outras duas marcas (Telesena e Baú) apareceram bastante, mas comenta-se que apenas o banco irá permanecer até o final da temporada.

Não vamos comentar aqui as questões técnicas de cada final, mas, sim, do que poderia ter sido feito com relação ao marketing e comunicação.

Os campeonatos estaduais precisam ser mais valorizados. O Paulista deste ano contou com os quatro grandes na fase final, algo que não acontecia há bastante tempo e mesmo assim foi chamado por alguns de "Paulistinha". Penso que foi o melhor dos últimos anos, inclusive pela presença do Ronaldo no Corinthians, mas mesmo assim está longe de ser uma marca valiosa.

Os clubes fizeram sua parte e foram campeões dentro das quatro linhas. Porém, marcas e federações mais uma vez perderam a chance de brilharem e fortalecerem as competições.

Talvez, as premiações destes campeonatos pudessem ser diferentes. Um outro campeonato só com os campeões não seria possível, uma vez que já temos problemas com datas de jogos. Não sei se premiação em dinheiro (mais) seria uma saída, mas o fato é que temos, sim, muito potencial para trabalharmos.

Está na hora de fazermos estas marcas brilharem fora das quatro linhas. Sermos campeões (também) no quesito comunicação e marketing...

Corinthians Campeão Paulista | Rala que Rola

O Corinthians mal foi campeão paulista, e a Nike já soltou vídeo e anúncios para parabenizar o clube.

Com anúncios “provocativos” e um vídeo que emociona até os não corintianos, a Nike parece cada vez mais se unir com o clube paulista. O fim do contrato com o Flamengo foi um dos motivos, mas a presença do Ronaldo com certeza também contribuiu.

Na semana passada, no Fórum que participei na ESPM sobre a Copa (confira aqui e aqui), o Tullio Formicola, diretor geral comercial e de marketing da Reebok, comentou a importância da velocidade de determinadas ações, tais como a camisa em homenagem ao Rogério Ceni usada por todos os jogadores que foi concebida em muito pouco tempo (vou procurar o vídeo para mostrar para vocês), e me parece que a Nike está levando isso a sério.

Claro que os anúncios já estavam prontos, mas o fato é que é um momento único e tem que ser aproveitado. Parece besteira, mas a Federação já sabia que a final era em “preto e branco” e poderia também ter aproveitado isso, mas não...

Confira abaixo os anúncios e o vídeo. A seguir, mais informações sobre as finais dos campeonatos estaduais.





ps. vale comentar que o vídeo foi veiculado no Messenger (half-banner expansivo), ou seja, não estão poupando investimento...

America FC | Patrimônio do Rio

Apesar de não ser uma notícia tão recente, não poderíamos deixar passar batido o projeto do America Futebol Clube, do Rio de Janeiro. O clube, um dos mais tradicionais do Rio de Janeiro, acertou uma série de parcerias para tentar se reerguer no futebol carioca. O principal objetivo deste projeto é que o America, que tem sete títulos estaduais, conquiste a divisão de acesso e volte à elite do futebol carioca.

Romário está engajado no projeto - para quem não sabe, seu pai foi um apaixonado torcedor do clube carioca -, e prometeu conseguir alianças importantes. Dito e feito: Fluminense e Botafogo se comprometeram recentemente a ajudar o America. O Fluminense irá promover troca de experiências entre as comissões técnicas de ambos os clubes, emprestará alguns jogadores para o time disputar a Série B do Rio de Janeiro e colocou o CT de Xerém à disposição do America; já o Botafogo também irá ceder alguns jogadores além de disponibilizar os departamentos de fisiologia e preparação física e as dependências do Caio Martins e do Engenhão para treinamento e disputa de jogos.

Recentemente o clube acertou com a Penalty, que será a fornecedora de material esportivo durante todo o campeonato da Série B.

Outro ponto importante do projeto America FC - Patrimônio do Rio é que diversos veículos de comunicação se comprometeram a fazer o acompanhamento jornalístico do clube de perto - serão enviados jornalistas para cobrir os treinos e os jogos do America. Romário e parceiros como Fluminense, Botafogo e Penalty foram importantes para chamar a atenção num primeiro momento, mas esse apoio de diferentes jornais vai ser fundamental para gerar visibilidade e engajamento no projeto do clube carioca.

Sem dúvida alguma é uma iniciativa e tanto por parte do America, e, além disso, ver clubes grandes como Botafogo e Fluminense unindo forças para manter vivo um dos times mais tradicionais do futebol carioca é, além de muito bonito, bom para o America e para a história do futebol do Rio de Janeiro.

O projeto já começou com algumas decisões bem acertadas (parcerias estratégicas, o apoio de Romário), agora resta saber como o clube irá se comportar ao longo do ano. Há uma oportunidade latente para ações que aumentem o envolvimento dos torcedores com o time, mas será preciso consistência nas ações de marketing e bons resultados para que o projeto vingue.