Não é novidade que vivemos em um mundo com muitas possibilidades. Muitos - inclusive eu - acreditam que estamos entrando numa era de mudanças radicais que podem levar o planeta, os negócios e as pessoas (para citar só alguns) para outros rumos.
Ontem, Mário Castelar, Diretor de Inovação da Nestlé, fez alguns comentários sobre isso em sua palestra. Falou sobre o novo contexto brasileiro em termos de economia, política, mídia, arte, cultura comportamento etc, e em determinado momento comentou sobre a mudança de mentalidade no mundo dos negócios: aquele que é um concorrente de uma empresa hoje, amanhã pode se tornar o seu principal parceiro numa empreitada em determinada categoria. E, não teve jeito, tive que trazer isto para o contexto dos esportes.
Talvez o que eu vá sugerir aqui pode soar estranho para muitos, mas definitivamente precisamos romper alguns paradigmas também no esporte.
Todos sabem que o futebol é a principal modalidade do país. A única seleção pentacampeã no mundo, muitos jogadores entre os melhores do mundo, um dos projetos mais caros da televisão nacional e por aí vai. Na outra ponta, temos esportes com uma estrutura muito tímida, lutando para sobreviver e dar o mínimo de suporte para atletas que com uma estrutura apropriada conseguiriam alcançar ótimos resultados em competições de peso.
E se alguns times brasileiros fizessem parcerias para atuação em outros esportes?
No futebol, por exemplo, Corinthians e Palmeiras trabalharam próximos para o projeto do Derby. Claro que tudo ainda está em fase inicial, mas as expectativas para o futuro são muito boas.
Recentemente vimos o Flamengo com problema de verba para a Ginástica Olímpica, mas o rubro negro acabou conseguindo um patrocínio, felizmente. Se não fosse isso, alguns de nossos principais atletas na modalidade não teriam onde treinar.
Assim como alguns clubes de peso do Rio de Janeiro se juntaram no projeto do America FC, por que não podemos ver mais movimentos como esse ocorrendo em outros esportes? Será que o Flamengo não poderia entrar com o local de treinamento para a ginástica olímpica, o Vasco com um time de médicos e o Fluminense com uma nutricionista? Por que não? No final, o esporte como um todo se desenvolve e os parceiros conseguem se beneficiar juntos.
De maneira alguma sou contra a extensão da marca para outros esportes, pelo contrário. Barcelona e Flamengo tem seu time de basquete, Los Angeles Lakers e Los Angeles Clippers dividem o mesmo ginásio - que também serve para a liga de Hockey - e por aí vai... Fica claro que em alguns esportes isso é fundamental, ajuda a trazer torcida, movimentar o mercado entre outros fatores, mas para outras o ideal talvez seria pensar em novos formatos, sinergias e parcerias.
Acho que ainda vemos isso acontecendo muito pouco no esporte de uma maneira geral, mas gostaria de saber o que vocês acham e se conhecem alguns exemplos neste sentido.
20 de maio de 2009
Inovação no esporte
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