29 de maio de 2009

Efeito Obina



Não é só de grandes contratações que a torcida se motiva. Corinthians apresentou Ronaldo, Flamengo o Adriano e o Palmeiras o Obina.

O atacante que estava no rubro-negro carioca chegou acompanhado da desconfiança da maioria dos torcedores e logo virou motivo de piada dos rivais.

Não vamos comentar questões técnicas do jogador, mas sim, alguns pontos interessantes do lado administrativo e de marketing que a contratação trouxe para o clube.

O presidente do Palmeiras Belluzzo foi questionado sobre a contratação inúmeras vezes por repórteres antes mesmo do atacante chegar, e fez o papel de todo grande líder de uma empresa de se colocar a frente dos negócios. Na apresentação oficial do Obina, Belluzzo bancou a contratação, pediu apoio dos torcedores e disse que o ex rubro-negro dará muitas alegrias ao clube.

Parece normal, mas vale lembrar que a maioria dos presidentes de clube só são responsáveis por grandes contratações e nunca assumem nenhum risco.

Outro ponto interessante da chegada de Obina foi a repercussão. Em um rápida pesquisa ontem na ferramenta Blablabra, sobre os assuntos mais populares no Twitter, uma surpresa: Dell / Obina / Coréia do Norte / Google.

Não vou levar em consideração o ditado “falem bem ou falem mal, mas falem de mim”, pois a surpresa não parou aí. Antes mesmo de entrar em campo ontem à noite, o jogador já teve seu nome gritado (e muito) pelos torcedores, ou seja, pelo menos a maioria dos torcedores do Palmeiras estão por aí falando bem.

No programa Redação SporTV ontem pela manhã, um consenso: estão pegando pesado com o jogador. Os jornalistas defenderam o jeito pacato e humilde de Obina, que para eles é um injustiçado de tamanha perseguição, porém, é uma pessoa brilhante que merece muito respeito de todos.

Para muitos, a brincadeira “Obina é melhor do que o Eto’o” é um grande motivo para campanha, principalmente se o clube for campeão da Libertadores e enfrentar o Barcelona na final do Mundial da Fifa. Mas o fato é que Obina chegou e junto com ele o buzz que muitos marketeiros procuram. Cabe ao clube, patrocinadores e ao próprio jogador aproveitar tudo isso de maneira inteligente.

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