16 de março de 2009

O país das corridas.

A Isto É desta semana veiculou uma matéria de nove páginas sobre o segundo esporte mais popular nas metrópoles brasileiras - pesquisa realizada em São Paulo e Rio de Janeiro pela Sports Track. É isso mesmo, nestas cidades a corrida está atrás apenas do futebol.

A matéria dá um amplo panorama sobre o mais antigo dos esportes e, além de tratar sobre os benefícios da corrida para o nosso organismo, traz alguns dados interessantes como, por exemplo, o fato do Brasil ter duplicado o número de corredores amadores em menos de quatro anos - hoje são mais de 2,5 milhões de corredores.

A matéria vem a confirmar a sensação que alguns de nós tínhamos. Crescente número de publicações tratando o assunto, parques cada vez mais cheios de corredores e, junto com eles, assessorias esportivas, que são empresas especializadas na organização e treinamento destes atletas.

A Olympikus, Adidas, Mizuno, Nike e Gatorade são algumas das empresas que estão de olho neste movimento. Mas ainda há espaço para mais.

Para se ter uma idéia do tamanho do crescimento, segundo a Federação Paulista de Atletismo, em 2008 foram 220 circuitos que contaram com a participação de 370 mil atletas - em 2004 foram 107 provas com cerca de 146 mil atletas.

Muitas destas provas são patrocinadas por empresas do segmento esportivo e outras muitas por empresas que aparentemente não tem nada a ver com o 'universo das corridas'. O fato é que estas empresas encontraram nas corridas de rua uma forma de estabelecer um outro tipo de contato com as pessoas, inclusive do ponto de vista emocional.

Quem corre nesses eventos sabe que muitos vão além do esquema corrida + premiação. Estas provas são verdadeiras festas onde o clima alegre e festivo prevalece do início ao fim. Grupos de amigos correndo juntos, motivando um ao outro e, ao final das provas, shows e festas para aproveitar a empolgação de todo mundo.

É claro que, com a massificação deste esporte, a tendência é que mais provas sejam acrescentadas ao calendário de corridas do ano; e aí, a grande diferença vai estar nos formatos e na experiência que cada uma delas proporciona às pessoas.

A Nike, por exemplo, desenvolveu em parceria com a Apple o Nike +, aliando performance e entretenimento - e que dão o tom inclusive nas provas realizadas pela marca -; a Adidas está presente nas provas importante através do Running Tour, que é um caminhão customizado que funciona como uma mini loja e oferece ao público mais uma oportunidade de conhecer e experimentar os produtos da marca; a própria Samsung também já está patrocinando uma prova como forma de promover os conceitos de sustentabilidade e bem estar etc.

Num momento em que falamos cada vez mais de micro segmentos, comunidades e questionamos as tradicionais divisões de target, que hoje ficaram genéricas demais, os corredores amadores podem representar uma ótima oportunidade para algumas marcas, basta entender qual o melhor approach e quais as inovações que podem ser implementadas para gerar diferenciação tanto nas provas como no dia a dia de treinamento destes atletas.

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