Conforme o Bruno postou aqui no Radar Esporte, o Esporte Clube Pinheiros está formando um supertime para a disputa da Superliga através de uma parceria milionária com a Sky.
O time irá contar com os campeões Olímpicos Giba, Gustavo, Rodrigão e Marcelinho, além do técnico Carlos Alberto Castanheira, o Cebola.
Tenho visto muitas coisas a respeito desta parceria nos principais noticiários esportivos e, por isso, achei importante falar um pouco mais da estratégia da SKY.
Sem dúvida alguma, é o maior projeto de vôlei do país, com investimento de R$15 milhões para as próximas 3 temporadas. Investimento este que completa o projeto de patrocínio esportivo da SKY iniciado há 5 anos e que já tem presença na Stock Car e na equipe Red Bull.
A SKY irá estampar sua logomarca no uniforme do time e terá direito de imagens dos jogadores durante as temporadas. Mas o projeto vai muito além...
A ideia é que o projeto apoie outros esportes de base dentro do Pinheiros, como ginástica, basquete masculino, atletismo e natação. Ou seja, mais do que investir em uma única modalidade já estabelecida em nível nacional, me parece que a SKY quer realmente fazer parte do projeto esportivo do Pinheiros, que, diga-se de passagem, é muito bem estruturado em todas essas modalidades.
Um ponto muito interessante é que a estratégia da SKY consegue, de certa forma, furar o “bloqueio” que o Banco do Brasil estava colocando a outros patrocinadores. Fortemente atrelado ao vôlei há muito tempo, o BB acabava dificultando que outras marcas tirassem proveito da visibilidade da seleção de vôlei nacional e, na outra ponta, a Superliga tinha dificuldades de conseguir mais visibilidade.
O pulo do gato da parceria Pinheiros/SKY foi formar uma espécie de seleção brasileira de vôlei em nível local, desviando alguns dos holofotes para o Pinheiros – pelo menos enquanto a seleção não está em quadra -, o que pode contribuir para inverter o atual padrão e trazer mais exposição para a Superliga na Globo.
Outro ponto importante é que a SKY tem optado em ir pelas bordas. Ao invés de ir para o saturado mercado do futebol, como algumas preferem, a SKY entendeu que explorar outras modalidades poderia trazer mais retorno para sua marca ao permitir que se aproprie mais da modalidade, mesmo com um investimento menor. Não podemos nos esquecer que a ginástica do Pinheiros conta com Daiane dos Santos, os times de basquete de base do clube estão sempre entre os mais competitivos – seja na base ou no profissional – e a natação também é muito forte e tem alguns dos principais nadadores do país em seu elenco, como César Cielo. Sendo assim, com um investimento consistente nessas modalidades, é muito provável que a SKY venha a colher os frutos no futuro.
Também acredito que esta parceria pode estimular movimentos parecidos em outros clubes de São Paulo e do Brasil que tem um trabalho de base forte mas muitas vezes não possuem equipes profissionais, principalmente por questões financeiras.
O que vocês acham? É possível encontrar alternativas de patrocínio que proporcionam cada vez mais retorno em esportes que não o futebol?
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