A maior parte da renda dos clubes de futebol é baseada no valor que a TV paga pelos direitos de transmissão. O calendário do esporte nacional é baseado na programação da TV. E como uma bola de neve, os patrocinadores só investem se no meio do esporte tiver TV.
Mais do que um patrocínio ao esporte, as empresas buscam visibilidade. Marcas em placas de publicidade ou estampadas nos peitos dos times (qualquer time), o que importa é a audiência. Parece generalização, mas infelizmente é o retrato que temos do esporte brasileiro.
A última baixa que comprava isso é a saída do Cimed do vôlei de praia. A empresa que patrocinava as duplas formadas por Carol e Maria Clara e Pedro Solberg e Pedro Cunha desistiu do contrato depois que a SporTV deixou de transmitir o Circuito Banco do Brasil.
Isso comprova o quão fraca é a relação entre algumas empresas com o esporte. Mais do que o logo na camisa, estas empresas devem buscar elos com os clubes e torcedores. Mais do que visibilidade, os motivos do valor investido (e não gasto) devem ser encontrados no DNA da marca, ligados aos benefícios e valores que estão à volta do esporte.
Precisamos parar para rever tudo isso. Comentamos aqui o encontro entre os presidentes dos quatro grandes clubes de Sâo Paulo, em que uma das pautas estava a força que irão ganhar frente à TV para poderem negociar valores maiores. Será que ao invés de reivindicar mais dinheiro, eles não deveriam estudar novas formas de ganhar dinheiro e chamar a atenção das empresas?
A diversificação na fonte de renda pode ser muito importante para os clubes (e o esporte como um todo) não ficarem tão dependentes de um determinado pilar, como hoje é com a TV. Alternativas nós temos, cabe aos homens de frente do esporte colocarem em prática...
8 de junho de 2009
Escravos da TV | O esporte no Brasil
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