29 de abril de 2009

Fórum Copa do Mundo 2014 - Parte II (final)

Hoje aconteceu o segundo e último dia do “FÓRUM ESPM COPA 2014 – OS IMPACTOS ECONÔMICOS-SOCIAIS E AS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS”, com muitas discussões sobre todo o cenário do maior evento do esporte do mundo.

Diferentemente de ontem, hoje aconteceram debates com os profissionais presentes e platéias. Foram quatro no total e vou postar apenas um pouco do que aconteceu na ESPM.

O primeiro debate foi sobre “Experiências das Copas Anteriores (França, Alemanha e Coréia/Japão) – Avaliação Econômica das Copas”, com participação José Henrique Damiani (Professor e Coordenador de Produção Acadêmica do Núcleo de Estudos em Negócios do Esporte da ESPM), Fábio Laudísio (Gerente de Esportes e Eventos/Atletas da RedBull) e Clarisse Setyon (Professora do Núcleo de Estudos em Negócios do Esporte da ESPM).

Clarisse começou com uma preocupação: o começo milionário que todos falam da Copa 2014. Depois seguiu com diferentes números de diferentes fontes que falam sobre o cenário que cerca o evento e apresentou dados positivos e negativos de recebermos a Copa do Mundo FIFA.

Um alerta interessante que a professora fez, foi que a Copa é uma grande festa, mas o saldo positivo na economia é apenas para FIFA, dando como exemplo estudos da Copa do Mundo da Alemanha.

José Henrique Damiani fez uma análise crítica puxando para o lado econômico e da infra-estrutura, apresentando muitos números do esporte e do futebol no país. Foi enfático ao falar da oportunidade das empresas se mostrarem para o mundo e para uma renovação urbana, e propôs um PAC –Programa de Aceleração da Copa.

O último a falar no painel foi Fábio Laudísio, que trouxe uma experiência muito bacana, já que participou da organização da Copa 2002, inclusive com contato com a delegação do Brasil antes e durante o torneio.

Trouxe para os participantes muitos aprendizados da Copa na Coréia/ Japão, com erros e acertos e exemplos muito interessantes. Lembrou que é o maior evento do mundo, a maior audiência da TV e que uma Copa dura 4 anos e não só apenas aqueles meses que ocorrem os jogos.

Disse que mais do que pagar o preço do patrocínio, as empresas devem investir mais dinheiro para ativar tudo isso e fazer valer a pena o uso do título “patrocinador”. Para Fábio, há inúmeras oportunidades para as empresas aproveitarem e que a Copa do Mundo é um evento caro porque se as empresas souberem usar, pode trazer resultados extraordinários.

O segundo painel foi sobre Marketing e Comunicação na Copa 2014, com participação de Celso Forster (Sócio-Diretor da ZK Arquitetura de Negócios), Marcelo Campos Pinto (Diretor da Globo Esportes), José Cocco (Diretor da J. Cocco Marketing Esportivo) e Claudinei P. Santos (Diretor de Projetos da Pós-graduação da ESPM).

Celso teve como foco a campanha da ESPN Brasil (onde foi Diretor de Marketing) na Copa da Alemanha. Na ocasião, por contrato, a emissora não podia usar imagens de Copas, jogadores do Brasil e nem falar muito sobre o evento.

Tudo isso no final foi positivo para conseguirem uma comunicação diferenciada, já que na época, havia mais de 70 campanhas com jogadores e temas da Copa. A solução foi focar nos torcedores, nos mitos e nas promessas que os mesmos fazem para o país conquistar o título;

Já Marcelo Campos, estranhamente começou criticando o horário dos jogos durante a semana (não é ele quem manda em tudo isso?!). Depois, apresentou dados do contrato entre a Rede Globo e a FIFA com detalhes.

O contrato é sombrio e mais parece uma carta de prisão, com cláusulas rigorosas dos mais variados tipos. Fechou com oportunidades e dados das Fan Fests (eventos ao ar livre com telões gigantes para as pessoas assistirem aos jogos).

José Cocco começou com uma apresentação mais conceitual sobre marketing, alertando a necessidade de focar. Falou menos de número e propôs uma reflexão sobre como extrair as oportunidades do maior evento esportivo do mundo.

Foi claro ao falar da necessidade de ter um planejamento que dure pelo menos quatro anos e de estabelecer objetivos antes de começar qualquer coisa.

Cocco fez questão de mostrar que a Copa é muito mais do que as 12 sedes, os 32 países e os patrocinadores oficiais. Há muito espaço para trabalhar com tudo que não estará diretamente ligado a Copa do Mundo.

Claudinei resumiu muito bem o painel, dizendo que foi baseado no “NÃO”. O primeiro com “NÃO posso usar as imagens, e agora?”, o segundo com “o que NÃO pode fazer, que a FIFA não permite” e o último com “os que NÃO estarão diretamente ligados, os excluídos”.

Após o almoço, o terceiro painel foi sobre o Marketing das Cidades para a Copa 2014. Participaram Gilson G. Novo (Diretor do Grupo Águia), Milton Longobardi (Diretor de Marketing e Vendas da SPTuris), Emmanuel Públio Dias (Diretor de Marketing da ESPM) e Lícinio Motta (Diretor de Operações da Pós-graduação da ESPM).

Emnanuel começou falando que o marketing das cidades é como o marketing que vemos por aí, que tem como objetivo conquistar e manter clientes, com um “plus”, aplicando a política publica.

Teve uma apresentação muito mais acadêmica no ponto de vista do marketing, passando por algumas questões: a cidade vira uma marca, economia da Copa, inteligência da Copa e geração de valor e recurso competitivo

Alertou que após a competição entre as cidades, irá começar a batalha dentro delas, com empresas e serviços dos mais variados tipos.

Apresentou o que para ele serão as “7 batalhas” entre as cidades:

1. ser cidade sede
2. ser cabeça de chave (acolher times importantes)
3. sediar seleções
4. sediar turistas (ser cidade base)
5. disputar igualmente a atenção da mídia, sendo base das TV’s
6. disputar investimento publicitário
7. disputar avaliação positiva pós copa (“qual foi a cidade mais legal..?”)

Milton Longobardi deu uma visão sobre o turismo, o que já está sendo feito e o que será feito por São Paulo. Contou com detalhes sobre projetos da SPTuris e deu uma bela visão sobre os hábitos dos turistas em uma Copa do Mundo.

Já Gilson, trouxe uma experiência mais empresarial para a discussão. Uma visão sobre o “negócio” turismo e valores que rondam o esporte. Um dado muito interessante apresentado, foi o fato do Brasil ser o país que gera mais tráfego em Copas do Mundo, seguido do México.

O quarto e último painel do FÓRUM ESPM 2014 – OS IMPACTOS ECONÔMICOS-SOCIAIS E AS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS, teve como tema “Arenas Poliesportivas – antes, durante e depois da Copa 2014” com Ruy Ohtake (Arquiteto e Coordenador do Projeto de Modernização do Estádio do Morumbi), Mauro Holzman (Diretor da Traffic Sports), Vicente Criscio (Diretor de Planejamento do Palmeiras) e Robert Alvarez Fernández (Professor e Membro do Núcleo de Estudos em Negócios do Esporte da ESPM)

Vicente trouxe uma visão do projeto da Arena Palestra Itália. Apresentou os drivers para a reforma, o planejamento para extrair valor e fotos do projeto. Mostrou o profissionalismo que o Palmeiras está tendo com a Arena.

Brincou que o projeto não é para a Copa do Mundo, mas que se precisarem, estará à disposição. Adiantou que terá uma missão duríssima que é a mudança na cabeça dos torcedores com relação ao que enxergam sobre estádio e partida de futebol. Disse que terá um aumento do ticket médio e que há uma barreira para naming right no país em virtude da mídia.

Mauro Holzman trouxe sua experiência à frente do Atlético Paranaense, onde foi diretor de Marketing e participou de todo o projeto da Arena.

Holzman apresentou dados interessantes: hoje o clube não vende mais ingressos, todos os 23 mil lugares já estão vendidos para os sócio-torcedores que compram antecipadamente. Disse que os clubes precisam se unir para negociar os direitos de transmissões, porque é necessário o pronunciamento do nome dos patrocinadores.

Fato curioso e importante: no contrato com as televisões, está previsto mostrar nas transmissões o back drop nas entrevistas com os logotipos. Ou seja, não poderão mais fechar a câmera no rosto do entrevistado e ocultar as marcas.

No restante, apresentou dados e fatos interessantes sobre a gestão do Atlético Paranaense. É um clube que nos do Radar Esporte iremos olhar com mais atenção.

Por fim, Ruy Ohtake mostrou o projeto completo do Morumbi e apresentou toda estratégia do estádio para a Copa do Mundo.

No geral, foi um evento muito importante, uma vez que reuniu profissionais para discutir (pela primeira vez) todo o cenário da Copa do Mundo FIFA 2014. No dia 30 de maio, as 14h00 serão apresentadas as cidades sedes e aí sim, todos poderão correr atrás do que terão que entregar.

Desculpem o tamanho do texto, mas queria compartilhar com vocês “um pouco” do que ocorreu no evento.

28 de abril de 2009

Fórum Copa do Mundo 2014

Caros leitores, participei hoje do primeiro dia do “FÓRUM ESPM COPA 2014 – OS IMPACTOS ECONÔMICOS-SOCIAIS E AS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS” que ocorre até amanhã na faculdade ESPM, em São Paulo.

O Fórum tem como objetivo estabelecer as primeiras bases numéricas para analisar todo o ambiente que cerca a Copa do Mundo que acontecerá aqui no Brasil. Participam da discussão, profissionais de marketing, autoridades e acadêmicos. Irei relatar aqui um pouco do que está acontecendo para posteriormente discutirmos cada um dos itens.

De maneira geral, todos os convidados trouxeram números do universo que cercam a Copa do Mundo, como número de turistas, o gasto diário de cada um deles, o aumento no número de vôos, empregos gerados, telespectadores entre outros. Os dados da cidade de São Paulo também foram muito citados, tais como: transportes públicos, hotelaria, número de táxis, restaurantes, estádios e profissionais capacitados.

O primeiro a palestrar foi João Paulo de Jesus Lopes, diretor de Futebol do São Paulo Futebol Clube e coordenador do Núcleo de Estudos em Negócios do Esporte da ESPM, seguido por Caio Luiz de Carvalho, presidente da SPTuris.

João Paulo deu uma visão do caderno de encargos da FIFA para as cidades que concorrem para serem sedes. Foi muito otimista (até demais) e trouxe muitos números da cidade (apenas números positivos).

Já Caio Luiz, muito mais “pé no chão”, trouxe uma visão concreta da estrutura que temos e teremos até 2014. Sua maior preocupação é a questão aeroportuária em um país continente, do tamanho que é o Brasil, e disse que sinceramente torce, mas não acredita no trem bala entre Rio de Janeiro e São Paulo.

O presidente da SPTuris, muito consciente levantou a questão do “day after”, e disse que este sim será o verdadeiro resultado da Copa do Mundo para o país. Caio disse que há muita coisa para ser feita para não termos resultados como ocorreram no Pan, que após seu término teve o Engenhão alugado por R$30 mil e sem nenhum grande resultado para a cidade.

Caio mostrou o vídeo apresentado na candidatura da cidade, disse que como em toda campanha ressaltaram os pontos positivos e não apresentaram o caos da cidade. Foi honesto ao transmitir sua preocupação e esforço que todos terão para concluir o planejamento.

Na parte da tarde, Walter Feldman, Secretário dos Esportes do Município de São Paulo e membro da comissão da Copa 2014 da Cidade São Paulo trouxe uma visão mais macro da situação do esporte na capital paulista.

Apresentou números da secretária, e projetos que a cidade tem para ser uma cidade saudável. Comentou sobre problemas da população (sedentarismo, obesidade e ociosidade) e o que está sendo feito para corrigi-los. Feldman fez questão de ressaltar a marca “SÃO PAULO, CAPITAL BRASILEIRA DO ESPORTE” e dados de outras Copas. Um ponto muito interessante que foi levantado, foi o fato do site da FIFA ter 4 bilhões de acessos na última Copa.

Em seguida, foi a vez de Eduardo Aidar, diretor de negócios e marketing da Figer, agência de marketing esportivo.

Eduardo também apresentou muitos números e disse que a organização está baseada em cinco pilares: mobilidade, acessibilidade, hospedagem, qualificação e marketing.

Fez questão de diferenciar oportunidade de oportunismo, e disse a necessidade das empresas se organizarem, se planejarem para saberem aproveitar esta imensa oportunidade que terão com a Copa do Mundo.

Como todas as Copas trazem uma “bandeira”, Eduardo está na dúvida se no Brasil teremos a “Copa Verde” ou a “Copa Tecnológica”. A primeira opção trata de estádios ecológicos, com menos impacto no meio ambiente, reaproveitando água da chuva e energia solar. Já a segunda, com forte presença de internet e mobile.

Eduardo fechou com o que para ele são as 9 principais oportunidades para as empresas atuarem: arenas, propriedades (museus, acervos, exposições etc.), mobiliário urbano, promoção (foco no digital), relações públicas, marketing direto, mídia, web e móbile e educação e cultura.

O último convidado do dia foi o Tullio Formicola, diretor geral comercial e de marketing da Reebok, e trouxe fatos reais e interessantes do dia-a-dia da empresa no país.

Para Tullio, uma palavra que resume tudo o que envolve as questões da Copa do Mundo é “venda”. Em sua apresentação, falou sobre os big numbers do esporte e da cidade de São Paulo, e estatísticas de outras Copas.

Foi contundente na questão de entrega, na dificuldade que teremos para estar com tudo pronto e correndo bem até 2014. Sobre a questão do país querer sediar também os Jogos Olímpicos de 2016 está preocupado, uma vez que encara isso como outro tipo de negócio, completamente diferente. Mas se diz confiante.

Para o diretor da Reebok, a questão de ter uma Copa do Mundo de Futebol no Brasil é totalmente diferenciada, uma vez que somos o país do futebol, e o planeta irá se voltar para nós, para saber o que iremos apresentar.

Sobre o país, disse que o Brasil é um mercado totalmente peculiar, inclusive para a Reebok. Hoje, é o quinto país mais importante para a marca, sendo responsável por 12% do faturamento mundial da empresa. E isso tudo, se deve ao futebol, às parcerias entre Reebok e clubes.

Mesmo não sendo patrocinador oficial e parceiro da CBF, a marca irá aproveitar a Copa do Mundo para inúmeras ações, desde ambientalização do PDV, até produto específicio dos clubes.

Uma questão muito relevante que foi citada, é questão da Reebok não focar suas campanhas (no Brasil) em atletas. Tullio disse que o grande motivo é que hoje, as estrelas não ficam nos clubes por muito tempo e nem no país, e os que aqui estão já são da Nike e da Adidas. Para ele, o forte é focar nos clubes, nos torcedores, e isso está dando tão certo, que a Reebok no mundo está refazendo sua estratégia com patrocínio de clubes pela Europa.

Amanhã estarei presente novamente para trazer para vocês o que está sendo discutido por estes profissionais.





Ronaldo Fenômeno & Bozzano

Depois do banco PanAmericano, do grupo Silvio Santos, que acertou um patrocínio com o Corinthians para a fase final do campeonato paulista, Ronaldo atraiu a Bozzano, da brasileira Hypermarcas.

Ao contrário do Panamericano, que fechou o pacote para os dois jogos, o acordo inicial entre Bozzano e Corinthians previa apenas o primeiro jogo, mas depois do ótimo resultado alcançado pelo clube, a Hypermarcas decidiu estender o patrocínio até o final do ano. Fato que também deve ter sido motivado pelo fato do jogador ser o novo garoto propaganda da marca - ele irá lançar a nova linha de produtos da Bozzano, que deve entrar no segmento de lâminas de barbear.

Independentemente do resultado no próximo jogo, que, convenhamos, está mais para o Corinthians, o fato é que o clube vem provando que deve ser um dos grandes na temporada 2009. Se no início do ano discutíamos a demora do clube em conseguir um grande patrocinador, agora parece que está ficando tarde para quem ainda pretende estampar sua logomarca no uniforme do time, se é que já não ficou...

O que mais me chamou a atenção com relação à parceria de Bozzano e Ronaldo foi o fato da marca querer fazer um investimento que maximize sua nova campanha. Não tenho dúvidas de que o endorsement do Fenômeno aliado a uma grande visibilidade da Bozzano nas mangas do uniforme devem trazer um grande awareness para a marca - quem sabe eles também não pensam em algumas ações nos estádios?

Isto era algo que eu e o @brunobernardo discutíamos nos últimos dias. Com tantas críticas do mercado ao comercial do Ronaldo para a Brahma, nós achávamos que estava mais do que na hora do mercado se aproveitar do contexto "Ronaldo-Futebol" como plataforma para alguma marca. Ele é o cara, e o cara vende; por que não se aproveitar disso? A princípio pensamos em alguma empresa de alimentos - ligada a saúde e bem-estar, por exemplo -, mas a Bozzano (higiene pessoal) chegou na frente. Ponto para a Hypermarcas.
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Apenas uma observação: ao contrário da Bozzano, que estampou sua logomarca nas mangas, vocês não acham que o PanAmericano foi um pouco infeliz ao ficar posicionada nos calções? A maioria das pessoas com quem conversamos tiveram dificuldades em ler o nome do banco nos calções. Além disso, só deu Bozzano e Batavo nas fotos publicadas mundo afora.

27 de abril de 2009

Uma luz no fim do túnel para o time de vôlei do Osasco

Após o anúncio do final do time adulto de vôlei feminino do Osasco em virtude das decisões do Bradesco/ Finasa (leia aqui), surge uma luz no fim do túnel.

O prefeito do município de Osasco, Emídio de Souza, foi atrás de novos parceiros para manter na ativa o time vice-campeão da Super Liga de Vôlei. A iniciativa logo deu resultado, e o prefeito anunciou que já captou quatro novos patrocinadores e que o time irá continuar na próxima temporada.

As empresas ainda não foram divulgadas, mas especula-se que um grande laboratório farmacêutico está entre estes quatro novos investidores. Dentro de pouco tempo iremos conhecer os nomes das empresas, mas a boa notícia é que esta grande equipe não irá sair de cena, e que os integrantes continuarão empregados.

Esperamos que estes novos parceiros tenham a mesma idéia que o Bradesco tinha com o time. Não é um patrocínio de um ano, mas sim um grande projeto...

24 de abril de 2009

Banco Panamericano no Corinthians

Não é novidade. Final de Campeonato Paulista, jogo transmitido pela Globo e o Corinthians é um dos times. Isso tudo é um prato cheio para os anúncios de oportunidade.

Já comentamos muitas vezes deste tipo de anúncio, ora em jogos da Copa do Brasil, ora em jogos isolados em campeonatos estaduais e nacional. Desta vez, é a vez do Banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos estampar o shorts do Corinthians nas duas finais do Paulistão.

O banco, que não estava muito ativo em suas atividades de marketing, não divulgou o valor da ação, mas especula-se que estes dois jogos serão um teste para um acordo anual, que irá girar em torno de R$4,5 milhões.

Como a idéia do Radar Esporte é questionar este tipo de ação e não apenas informar vocês leitores, surgem duas questões:

1. O anúncio de oportunidade é válido para o clube, afinal é sempre uma boa hora para conseguir valores extras, mas será que isso deve ser explorado da mesma forma nas finais? Digo isso porque os últimos jogos são os que ficam marcados, pelo menos no pôster com a foto daqueles jogadores que serão lembrados pela conquista do campeonato. Sendo assim, o patrocinador que participou apenas do último passo será lembrado no futuro do mesmo jeito que as empresas que apostaram no projeto.

2. Será que ação do banco Panamericano foi influenciada (também) pela rixa Globo x SBT? Claro que a visibilidade será gigante, mas seria este um motivo a mais para a empresa do Grupo Silvio Santos fechar o contrato?

Relembro um fato interessante. Final da Copa João Havelange no ano 2000, onde o Vasco foi um dos finalistas, e entrou no último jogo com o logo do SBT estampado no uniforme. Aquele fato foi enquadrado nos dois pontos citados acima. O canal concorrente da Rede Globo ficou marcado no pôster e com certeza foi uma cutucada na gigante carioca, que teve que ficar mais de 90 minutos de sua programação com o logo do SBT no ar.

E vocês, o que acham?

23 de abril de 2009

Mais um no Twitter: Bruno, o goleiro do Palmeiras

A febre do Twitter realmente invadiu o esporte. Depois de jogadores da NBA que já citamos aqui @Shaquille O'Neal, @Charlie Villanueva, a ferramenta de microbloging está chegando cada vez mais no futebol nacional.

Após @Fred, do Fluminense, @ManoMenezes, técnico do Corinthians, agora é a vez do @Bruno, goleiro do Palmeiras.

O boom do Twitter não é novidade, muito pelo contrário. A ferramenta foi inclusive pauta de matéria no Fantástico, da Tv Globo, e hoje está cada vez mais presente no dia-a-dia dos internautas. Com 9 milhões de usuários no mundo, destes quase 350 mil no Brasil, é interessante a penetração entre os atletas.

Alguns perfis falsos, como do @RenatoGaúcho são febre, mas é interessante o uso pelo próprio atleta, como o goleiro Bruno.

Aliás, os perfis que são atualizados por assessores dos jogadores acabam perdendo a credibilidade. A idéia da ferramenta é se aproximar dos torcedores, estreitar o relacionamento através da internet, com notícias pessoais, bastidores e curiosidades que podem ser vistos apenas naquele local. O Twitter já é "simples" pelo número reduzido de caracteres, apenas 140. Se os jogadores precisam de assessores para isso, é realmente preocupante.

Podemos dizer que o jogador do Palmeiras é um atleta moderno. No início do ano recebeu proposta do São Paulo F. C., mas preferiu não ir. No tricolor, provavelmente estaria sendo titular na ausência do Rogério Ceni, mas optou por permanecer no clube que foi criado.

O Palmeiras tem tradições com goleiros e é reconhecido com uma escola da posição, mas entendo a permanência do jogador como opção por “carreira”, por querer ser lembrado por torcedores e gravado na história do clube.

O Radar Esporte irá continuar de olho nos jogadores que entrarem no Twitter, caso vocês tenham dicas, fiquem à vontade para enviar.

Dica da @VanessaRuiz. Para quem ainda não segue a jornalista da CBN/Rádio Globo, recomendamos!

22 de abril de 2009

As 20 marcas mais valiosas do futebol Europeu

A Brand Finance, empresa dedicada à avaliçaão de marcas, divulgou um novo estudo que indica as marcas mais valiosas entre os clubes europeus de futebol. O valor conjunto dos 20 clubes que fazem parte da lista chega a cifra de 2.94 bilhões de Euros.

O Manchester United continua em primeiro e registou um aumento da sua marca em cerca de 25% em relação ao ano anterior, estando o seu nome avaliado em 372 milhões de Euros.

Confira a lista abaixo:

1 Manchester United Inglaterra 372.000.000 €
2 Real Madrid Espanha 339.000.000 €
3 Barcelona Espanha 300.000.000 €
4 Bayern Munich Alemanha 279.000.000 €
5 Arsenal Inglaterra 227.000.000 €
6 Chelsea Inglaterra 203.000.000 €
7 AC Milan Itália 174.000.000 €
8 Liverpool Inglaterra 153.000.000 €
9 Inter Milan Itália 113.000.000 €
10 Juventus Itália 105.000.000 €
11 AS Roma Itália 95.000.000 €
12 Olympique Lyonnais França 90.000.000 €
13 Schalke 04 Alemanha 88.000.000 €
14 Hamburg SV Alemanha 76.000.000 €
15 Tottenham Inglaterra 74.000.000 €
16 Olympique Marseille França 70.000.000 €
17 Newcastle United Inglaterra 57.000.000 €
18 VfB Stuttgart Alemanha 56.000.000 €
19 Manchester City Inglaterra 49.000.000 €
20 Fenerbache Turquia 49.000.000 €

Melhor do que saber qual clube tem a marca valiosa, devemos pegar como referência o que estes clubes fazem e verificar o que poderíamos fazer em termos de Brasil. Por isso, vou procurar listar algumas das iniciativas destes times aqui, e, quem quiser, pode pegar mais informações neste PDF.

Manchester United
O clube tem como estratégia estar presente nos mais diferentes pontos de contato, de produtos de segmentos diversos até uma presença consistente no mobile - iremos abordar mais sobre isso no próximo post sobre Os 4Es do Marketing Esportivo. Além disso, com o intuito de ampliar seu apelo em nível mundial, o Manchester irá partir mais uma vez em um Tour pela Ásia, onde tem uma base de fãs muito grande.

Real Madrid
Desenvolvimento de forte preseça na mídia, especialmente novas mídias. Criou o RealMadrid.TV e tem uma série de licenças para ação em mobile, criando vínculo com os fãs mais distantes fornecendo jogos relacionados ao Real Madrid. Seu estádio, Santiago Bernabeu, também foi reconhecido como "Estádio de Elite" pela UEFA.

Barcelona
Posicionamento claro "Més que un Club". Parceria estratégica com a Unicef, onde não obtém qualquer valor em troca por estampar a marca na camiseta do clube. O Barça também tem planos claros de expandir suas fronteiras para além do território europeu. O clube está tentando viabilizar uma parceria com a Major League Soccer (MLS).

AC MILAN
A presença do astro David Beckham trouxe ainda mais visibilidade ao clube, que tem que buscar alternativas diferentes para impulsionar sua marca, já que a Série A do Campeonato Italiano ainda fica aquém de exposição quando comparada a outros campeonatos. Tendo isso em vista, o clube realiza eventos exclusivos com seus patrocinadores, visando fortalecer as parcerias. O Milan também teve seu contrato estendido com a Adidas até 2017, e a marca alemã deve levar o clube italiano além dos produtos ligados à pratica esportiva.

O estudo traz algumas iniciativas interessantes e que já começam a se tornar realidades por aqui. Os clubes no Brasil estão se estruturando e parecem começar a entender que eles são marcas valiosíssimas que necessitam de estratégias bem definidas que gerem cada vez mais valor para torcedores, patrocinadores e, claro, para si.

21 de abril de 2009

O amargo fim do Osasco Finasa

Após mais um vice-campeonato na Super Liga Feminina de Vôlei, o time do Osasco Finasa recebeu uma notícia bombástica: o fim do time profissional.

O projeto do Finasa (Bradesco) com o esporte já tem 20 anos, e 16 destes com o vôlei. Os resultados são impressionantes, com 10 finais na Super Liga e três títulos conquistados.

O anúncio foi feito após o final do torneio e pegou todos de surpresa. O time profissional é recheado de estrelas, com quatro campeãs olímpicas e uma comissão técnica de dar inveja. O técnico Luizomar, que também é técnico do time de base da seleção brasileira, em entrevista nesta terça-feira no programa Arena SporTv lamentou muito o final e disse que situação para todos da equipe é preocupante, uma vez que não será fácil realocar todos estes profissionais.

Luizomar também disse que a decisão do patrocinador (Bradesco) é com base em "mudança de estratégia": "A diretoria comunicou que estava mudando o foco de atuação no vôlei, uma mudança de estratégia. O Osasco continua com os projetos sociais e com as categorias de base, mas eles acham que já contribuíram muito para o vôlei adulto profissional."

O Bradesco continuará investindo nas categorias de base e em projetos sociais, mas este ano realmente não irá investir no time profissional. O ex-técnico fez questão de agradecer e ressaltar o brilhante trabalho do Bradesco pelo vôlei e por cada um dos membros da equipe, mas torce para outros times ou outro patrocinador chegar rápido para acabar com este desespero.

A partir de agora muitas coisas podem acontecer. O vôlei é o principal esporte olímpico do Brasil, o cartão de visita do COB. Sendo assim, tanto a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), quanto o Comitê Olímpico Brasileiro poderão usar a força que têm para trazerem novos patrocinadores para a Super Liga.

Não sei ao certo o valor para manter uma equipe durante uma temporada, mas com certeza as cifras são bem menores do que vemos no futebol. Acredito que é uma excelente oportunidade para empresas investirem no esporte, aproveitando que o time está "pronto" e assim dar início a um projeto esportivo de altíssimo nível.

Comentamos ontem sobre o brilhante trabalho da Unilever com o Rexona AdeS no time do Rio de Janeiro. É de se enaltecer também o brilhante trabalho do Finasa, com uma excelente estrutura e que trouxe excelentes resultados. Estas empresas podem ser um excelente benchmark para outras que querem investir.

O vôlei é um esporte sério, vitorioso e que está crescendo muito. As finais do torneio foram transmitidas em TV aberta, pela Rede Globo, o campeonato todo é transmitido pela SporTv, e a modalidade está cada vez mais popular. Para o bem do vôlei, dos profissionais que estavam nesta equipe e do esporte brasileiro como um todo, pedimos a atenção de empresas para esta situação.

Como muitas pessoas falam, crise é tempo de oportunidade. Esta é uma ótima oportunidade para empresas investirem, e os resultados da Uniliver, Bradesco, entre outras, estão aí para comprovar tudo isso...

* Confira aqui o post sobre o mesmo assunto no Entrelace, por @Vanessa Ruiz

20 de abril de 2009

CHECKMATE | TNT/NBA

Mais um comercial para divulgar os Playoffs da NBA, que, aliás, já começaram.



Via: Direto do Forno

Final de semana de marcas

O final de semana foi marcante para o esporte nacional. No futebol, alguns campeonatos estaduais já conheceram seus campeões, e outros os finalistas.

Já no vôlei, saíram os dois campeões da Super Liga. Feminino no sábado e masculino no domingo.
E na F1, mais uma corrida com muita chuva e com novidades.

No sábado, na semifinal entre Santos e Palmeiras quem ganhou uma ótima oportunidade foi a Duracell. Sim, a marca de pilhas conhecidas pelos coelhinhos que não param nunca, pode ter ganhado um excelente garoto-propaganda, nem que seja para um viral de oportunidade. Isso tudo porque o atacante do Santos, Mádson, na volta do intervalo foi questionado pelo réporter da SporTv: "Mádson, e esse fôlego, que pilha é essa?!" e respondeu "Aqui é Duracell..."

Os coelhinhos cor-de-rosa podem dar lugar ao atacante que era do Vasco, mas é preciso velocidade para aproveitar a oportunidade.

Na outra seminifinal do Campeonato Paulista, quem deu o ar do graça foi o Fenômeno Ronaldo. Os que ainda acham que o atacante está gordo, com certeza não acreditavam que ele chegaria antes do zagueiro para fazer o segundo gol.

NA F1, quem ganhou foi a equipe da Red Bull. A dobradinha nas duas primeiras colocações colocaram um tempero a mais no início da temporada, mas novamente ouvimos que a vitória foi da "RBR". A discussão sobre omissão do nome das marcas não terá fim, mas colocando um contraponto nisso tudo, tivemos mais uma vez o Rexona AdeS como campeão do torneio feminino da Super Liga de Vôlei pela sexta vez, quarta consecutiva.

Logo no início do Radar Esporte, em um dos primeiros posts, comentamos aqui sobre a parceria e projeto fantástico das duas marcas da Unilever com o vôlei.


Ao final da partida, muitas jogadoras e membros da comissão técnica agradarecem a Unilever pelo apoio e investimento no trabalho.

Projetos consistentes e oportunidades. Aqui vimos apenas algumas poucas oportunidades que as marcas podem ter investindo no esporte...

17 de abril de 2009

Choque de gestão no Flamengo

Acabei de ver no site da ESPN uma entrevista com Leonardo onde ele mostra a necessidade de se fomentar uma discussão sobre novas possibilidades de gestão para Flamengo com o intuito de tirá-lo da crise. Leonardo foi revelado pelo Flamengo, teve uma passagem memorável pelo São Paulo e hoje é um dos dirigentes do Milan. O atleta é grande torcedor do clube rubro negro e há algum tempo especula-se sobre a possibilidade dele assumir o comando - valeu pelo complemento, @diegomarada.

Leonardo defende a evolução para um modelo de gestão que gere retorno financeiro e esportivo para o Flamengo. Algumas das possibilidades colocadas por ele são a criação de uma gestão independente, possibilitanto o aporte de recursos por parte de algum investidor, e a sessão de gerenciamento de marca/imagem do Flamengo.

Outro ponto muito importante é que Leonardo entende muito bem a tríade finanças, administração e resultado esportivo; sem os dois primeiros, dificilmente o clube irá conquistar bons resultados esportivos, que é exatamente o que tem acontecido nos últimos tempos. Com exceção do ano passado, quando o clube fez um bom Brasileirão, há aproximadamente 15 anos o clube não obtém resultados expressivos; uma pena, já que o Flamengo é o clube de maior torcida do país e uma das principais marcas do nosso futebol no exterior.

O ex-jogador do São Paulo também sabe da importância de envolver a torcida neste processo. A troca com os torcedores é fundamental e é preciso educá-los no sentido de mostrar que uma gestão nova e atualizada abre novos horizontes, fortalece a marca Flamengo, torna o clube uma empresa sustentável provendo estrutura para que ele tenha chances reais de brigar pelos títulos dos campeonatos mais importantes e assim por diante. Ou seja, evoluir de uma entidade sem fins lucrativos para uma 'empresa de futebol' é, como podemos ver, essencial em inúmeros aspectos nesta nova realidade do futebol.

A entrevista é curta, mas vale a pena assistir. Leonardo coloca pontos interessantes e que deveriam ser levados em consideração por diversos clubes do Brasil.

Dica do @fernandovff

Índice de Confiança em Marcas – Esporte

O Ibope Inteligência e a Troiano Consultoria de Marca anunciam uma nova ferramenta de pesquisa, o "Índice de Confiança em Marcas" (ICM).

A ferramenta poderá ser aplicada para qualquer segmento, mas em seu lançamento, foram divulgadas as marcas que detém a confiança dos adolescentes brasileiros de 15 a 19 anos.

As questões eram baseadas em produto, distribuição, atendimento, preço e comunicação, e no final era calculado a marca mais confiante no modo geral e em cada um dos quesitos.

Veja abaixo alguns dos resultados:

- 89% praticam algum tipo de esporte e 59% dedicam-se entre 1h e 2h por dia a atividades esportivas
- Os esportes mais praticados são: caminhada (39%), futebol (19%) e corrida (18%). O futsal figura como quarto esporte mais praticado, com 17% de citações. A dança e o balé tiveram 10% de menções
- O site dos fabricantes, com 66%, é a fonte mais importante para decisão de compra
- Ayrton Senna é o maior ídolo esportivo

Dois fatores acima chamam a atenção: o futebol não é o esporte mais popular e o Ayrton Senna continua sendo o nosso maior ídolo.

Claro que não podemos tomar a opinião desses jovens como totalidade no país. O futebol continua sendo o carro-chefe do Brasil, mas é importante vem o crescimento do atletismo. Esses indicadores podem ser importantes para mostrar a relevância do esporte para os jovens e assim atrair mais apoio.
Já Ayrton Senna mostra o potencia da marca que ele mesmo criou. Algum dos entrevistados (talvez a maioria) nem sequer viu realmente o piloto em ação, mas com certeza foram impactados por suas histórias. Já havíamos falado da força da marca Ayrton Senna aqui no Radar Esporte, e parece que isso vai longe.

No final, foi apresentado o ranking do Índice de Confiança de Marcas de artigos esportivos para os jovens:

Marca Índice:
Nike 58
Adidas 58
Olympikus 37
Puma 30
Reebok 28
Mizuno 13
Fila 12
Topper 10
Speedo 9
Wilson 6
Umbro 5
Diadora 5
Asics 2

As duas primeiras posições já esperam esperadas. As marcas mundiais e líderes continuam fazendo a lição de casa com esses jovens e utilizando seus grandes artifícios: grandes estrelas como garotos-propaganda, publicidade e produto com qualidade. Nike e Adidas também estão utilizando muita presença na internet e em redes sociais, realmente indo aonde estes jovens consumidores estão.

A terceira posição ao mesmo tempo em que é uma surpresa, é justificada. Olympikus ainda não tem presença em todos os esportes, o poder de fogo das duas primeiras, mas tem pontos a seu favor. É uma marca brasileira, trabalha com ídolos nacionais (Bernardinho e Giba), investe no esporte local (Comitê Olímpico Brasileiro), e vem fazendo um trabalho muito bom na comunicação – vide conceito Inspire-se.

Este resultado, que foi divulgado para o mercado publicitário e que com certeza está na mesa dos diretores de marketing dessas empresas tem muito potencial. Já falamos inúmeras vezes aqui (1.2.3.4.5.) sobre a importância das crianças e adolescentes. O potencial é enorme, só resta ser aproveitado da melhor maneira...

16 de abril de 2009

Mano Menezes no Twitter

Nem Luxemburgo, nem Muricy Ramalho. "Contrariando" nossas sugestões iniciais, quem estreia o Twitter entre os técnicos brasileiros é Mano Menezes.

Mano inaugurou seu perfil nesta quinta-feira e quando a Folha publicou a notícia em seu site (13h20), o técnico contava com 53 seguidores. Enquanto escrevo este post, Mano já subiu para 332 seguidores, e podem ter certeza que o número vai continuar aumentando.

Com a entrada de Mano Menezes no Twitter, podemos dizer que o que parecia distante, sucesso nos EUA, já é realidade também aqui no Brasil - se nossos números ainda não são tão expressivos quanto o dos americanos, isso é outra história.

A partir de agora, devemos ver pipocar perfis de atletas e técnicos no Twitter, mas o mais importante, na minha opinião, é que eles não vejam a rede apenas como 'algo novo onde devem estar presentes'. Já que resolveram aderir, que façam bom uso da ferramenta, que marquem presença e twittem com certa regularidade, que tragam conteúdo novo e relevantes para o torcedor e para a imprensa - conteúdo este que talvez não seria possível ter acesso antes.

E podem esperar, com certeza daqui a um tempo estaremos vendo nos jornais esportivos da televisão notícias, polêmicas e provocações que surgiram lá no Twitter.

Neymar | NeymarDaSilva.com

Hoje ao ler o post da @PaulaRizzo sobre o viral da Nike com o garoto Neymar, vi o link de seu site – “LA WEB DE NEYMAR DA SILVA”. Confesso que logo de cara tomei um susto ao não ver o português como “língua mãe” do site.

Mais um susto ao ver “El Sucessor de Pelé” logo na home. Mas enfim, resolvi fuçar.


O site é todo em espanhol, com fotos, vídeos, biografia (já?!) e gols do jovem atacante santista e um link para AirFutebol – um site com “Jóvenes Promessas”.

Ontem falamos sobre o caso do Adriano, sobre a atenção que devemos ter com jovens brasileiros que saem do Brasil e logo são obrigados a virar gente grande em outras terras. Mas este caso do Neymar também é preocupante.

Se o site não for realmente do jovem garoto, realmente estes argumentos não fazem questão, mas ao que tudo indica, é realmente do atacante santista.( Assessoria de imprensa do Santos e do Neymar, podem entrar em contato com o Radar Esporte através do e-mail ao lado)

O garoto é bom. É acima da média. Porém, ainda é muito cedo para este tipo de comparação e posicionamento. Antes de ser o futuro Pelé, Neymar tem que ser o próximo Robinho, Diego, Giovanni, Edu, e outros demais jogadores que vestiram a camisa do Santos para um dia, quem sabe (duvido) chegar perto do Rei.

Os garotos de 12 anos hoje em dia já possuem empresários, mas antes de terem os responsáveis por suas vendas, deveriam ter responsáveis por suas carreiras, pessoas que cuidem de tudo para eles se preocuparem “só” em jogar. Mais uma vez relembrando o caso do Adriano, precisamos de pessoas para cuidarem das cabeças destas pessoas que do dia para noite são conhecidos, milionários e ainda meninos.

O site do Neymar é o exemplo clássico de um menino que ainda não se deu conta das coisas que estão acontecendo. A culpa não é dele, se bobear ele nem sabe. As vezes foi um dos mil assessores do jogador.

Não vou nem comentar a “identidade visual” que os marketeiros de plantão estão acostumados a ver. Muito menos dos links patrocinados espalhados por todas as sessões.

Mas enfim, vai que o site não é dele, não é mesmo? Esperamos pronunciamento das assessorias.

Por hora, vale a discussão. O que vocês acharam do site do “El Sucessor de Pelé”?

15 de abril de 2009

Adriano Imperador: triste fim?


Muitas pessoas procuraram a mim e o Dida, pedindo para escrevermos sobre os acontecimentos com o atacante Adriano.

Após quase uma semana de ter anunciado que deu um tempo com o futebol, podemos fazer uma análise prévia do assunto.

Não nos recordamos de ter ouvido algum fato parecido com este, que nos parece ir na contramão de tudo o que falamos aqui no Radar Esporte.

É comum encontrar por aí jogadores que não sabem a hora de parar, que jogam até mais do que deveriam, encontrar milhares de meninos querendo ser jogadores e mais um bocado querendo ser estrelas. Pois bem, Adriano, o menino franzino, surgiu no clube de maior torcida no país, cedo despontou no Flamengo, chegou a ser convocado por Leão para a seleção e logo foi para a Europa.

Na mesma velocidade de tempo, deixou de ser menino e franzino. Deixou de ser aposta. Em pouco tempo virou um jogador forte, uma estrela...o Imperador.

Atacante da Inter de Milão, garoto-propaganda da Nike e substituto natural do Ronaldo Fenômeno na seleção. Quem não conhece a história e lê o post até aqui com certeza fica imaginando a história de uma lenda do futebol nacional (e internacional). Mas não, o fim dessa trajetória parece estar bem mais perto do final do que todos nós imaginamos.

Adriano há um tempo vem se envolvendo em manchetes polêmicas na Itália, causando transtorno no time, mas vimos aqui perto, no São Paulo F. C., o Imperador se reerguer e gritar alto. Foi uma passagem boa para o jogador, para o clube e para o futebol nacional. Um meteoro.

Depois de mais algumas polêmicas, eis que o atacante some e anuncia que vai dar um tempo para o futebol. Disse que cansou, que precisa de um tempo para ele, ficar perto da família, dos amigos, da comunidade onde cresceu. Não anuncia prazo, apenas que não sabe quando voltar ou se irá voltar.

Um susto para muitas pessoas.

Alguns tentam aceitar, dizem que é normal ele precisar desse tempo, pois vive em um mundo que é difícil de imaginar, com paparazzo correndo atrás dele o dia todo, pressão e sem paz.

Mas onde está o lado profissional? Claro que ele já faturou milhões, conquistou títulos, mostrou o enorme potencial que tem. Teoricamente não tem nada para provar para ninguém. Mas como fica sua obrigação com o time, com os patrocinadores e com as pessoas que o ajudaram a chegar até aqui?

Não sabemos ao certo o tempo de duração de seu contrato com a Nike, tampouco as cláusulas, mas a estrela que já foi a bola da vez no "Rala que rola" não poderia sair de cena assim.

Esta talvez seja a posição que diz respeito aos negócios do futebol, às cifras milionárias que ele recebe do clube e de seus patrocinadores. Mas e do outro lado, o que temos?

Adriano é mesmo um meteoro. Esta talvez seja a metáfora que melhor descreva sua situação, como imperador e como pessoa: uma passagem rápida, luminosa e veloz. Isso porque a ‘estrela cadente Adriano’ também parece estar perdendo sua luz pessoal.

Deixemos de lado o ‘jogador Adriano’ e falemos, a partir de agora, apenas de Adriano. As polêmicas em que o atleta tem se envolvido são apenas conseqüência de alguns fatos ligados à sua vida familiar. Em Milão, o atleta se sentia só, distante dos amigos e da família. Além disso, recentemente ele perdeu o pai, o que foi, para muitos, o que fez Adriano degringolar, já que ele literalmente perdeu sua principal referência. Daí para as bebidas, das bebidas para a depressão. Muitos condenam suas idas à favela onde cresceu, mas talvez este seja o único lugar onde ele sinta em casa, onde ele ainda encontre uma conexão com o verdadeiro Adriano que tivemos a oportunidade de ver várias vezes. Adriano não está deixando apenas o futebol, ele está deixando a vida, assim como muitas pessoas que acabam caindo na depressão. O buraco é, definitivamente, muito mais embaixo.

Assim como o meteoro que vemos despontar no céu e nos faz refletir, nem que seja por alguns segundos, Adriano parece fazer o mesmo conosco. No país do futebol, onde o sucesso dos jogadores parece estar ligado a baladas cheias de modelos maravilhosas e muito álcool, carros caríssimos e muito consumismo; o meteoro Adriano nos faz pensar: será que não há nada de errado?

Jogadores sendo “exportados” cada vez mais cedo sem a presença da família, sem um apoio psicológico; fora a barreira da língua, da cultura e até da alimentação – quem nunca ouviu um jogador de futebol reclamando do feijão brasileiro? Adriano hoje talvez pareça exceção, mas este meteoro pode estar nos alertando para uma situação que pode se tornar cada vez mais comum no futuro. Esperamos que não

Sinceramente, não sabemos o que imaginar sobre seu futuro. Se bobear, nem ele.

Mas e vocês, o que acham disso tudo?

Postado por Bruno e Dida



Nike | Viral Neymar

Após marcar o gol da virada no jogo contra o Palmeiras no último sábado e antes do jogo que decidirá o finalista do Campeonato Paulista, Neymar protagoniza o novo viral da Nike.

Pois bem, o menino do Santos de tão rápido encarna aquele ditado “cruzou e correu para cabecear”

O viral apresenta a chuteira que está sendo usada pelo menino, Mercurial.

Bom para quem ganha e para quem perde também

Sediar os Jogos Olímpicos tem um impacto positivo na economia do país sede, pois, entre alguns motivos, impulsiona as importações. Até aí, nenhuma novidade aparente. O que não era esperado era que as cidades candidatas perdedoras também podem gozar destes benefícios tanto quanto as ganhadoras.

De acordo com o estudo de Andrew Rose, da Haas School of Business na Universidade da California, e Mark Spiegel, do Federal Reserve de São Francisco, o aumento de 30% registrado nas exportações das candidatas vencedoras também é compartilhado pelas cidades perdedoras. E mais, com o benefício de não precisar investir bilhões na viabilização de estruturas para a realização dos eventos.

Londres (2012), por exemplo, está tendo alguns problemas para financiar seu projeto e, sendo assim, os benefícios de sediar os Jogos não ficam tão claros. E é justamente este o ponto que os autores defendem: "os candidatos vencedores na verdade regridem sediando as Olimpíadas." Mas não podemos esquecer que a crise, mesmo com todas as medidas que estão sendo tomadas, acaba afetando diversos pontos da economia dos países; além disso, Londres tem a grande responsabilidade de suceder Pequim, que teve os Jogos mais grandiosos da história.
Os autores sugerem que ao se candidatar para sediar as Olimpíadas os países estariam acenando para o mundo que eles estão prontos e abertos para realizar negócios. Querem alguns exemplos? Pequim venceu a candidatura em 2001, logo após a China entrar na Organização Mundial do Comércio; Barcelona foi escolhida em 1986, ano em que a Espanha entrou para a União Européia (Comunidade Européia naquele momento); e Tóquio, em 1964, veio num momento em que o país entrava para o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O ponto colocado pelos autores neste estudo é válido e muito interessante. E trazendo isto para o contexto da candidatura brasileira para os Jogos de 2016 temos dois pontos importantes:

1) Perdendo ou ganhando a candidatura vamos ter alguns benefícios - pelo menos do ponto de vista econômico, como eles colocam no estudo;
2) se levarmos em conta o histórico dos últimos países sede, o Brasil tem suas chances aumentadas para 2016; ainda após a última reunião do G20, onde o Brasil mostrou disposição em se tornar credor do FMI.

Via: Guardian

14 de abril de 2009

Pepsi | Novo time de estrelas

Mais um post sobre bebidas e jogadores de futebol. Desta vez, sai cervejas e entra refrigerante, mais uma bebida que não possui apelos saudáveis para o público.

A Pepsi anunciou o novo time de craques que irá estrelar as próximas campanhas que irão ao ar ainda neste ano. Kaká será o principal astro e terá ao seu lado o inglês Frank Lampard, o argentino Lionel Messi, o francês Thierry Henry e os espanhois Cesc Fábregas e Fernando Torres.

Não é novidade a ligação de jogadores de alto nível com a marca. Grandes estrelas como David Beckham, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos, Francesco Totti, Raúl entre outros já protagonizaram comerciais que ficaram para história e na memória de muitas pessoas.

Estas campanhas sempre ultrapassavam a fronteira dos comerciais com ações offline e no PDV. Ainda me lembro de um uniforme da Pepsi - igual o usado pelos jogadores nos comerciais - que era trocado nos supermercados, e dos copos comemorativos de cada um dos craques.

A nova campanha busca interação com os consumidores, convidando as pessoas a enviarem vídeos demonstrando o talento com a bola, e terá o hotsite e as embalagens como plataformas de divulgação.

Muita polemica sobre a ligação de jogadores de futebol e bebidas “não saudáveis” está surgindo desde o último comercial do Ronaldo. Por um lado temos as empresas que buscam o os jogadores para agregar visibilidade, conquistar consumidores e talvez ter um atributo saudável. Do outro, temos jogadores alugando suas marcas e fazendo valer o tal “direito de imagem”.

Não vejo problema na maioria dos casos, nem para empresas e nem para os atletas. E vocês, o que acham desta ligação?

Enquanto não temos o novo filme, relembrem este clássico da Pepsi


Fiel | O Filme

Foi lançado na última sexta-feira o longa-metragem “Fiel”, que como não poderia ser diferente narra a paixão da segunda maior torcida do país pelo Corinthians.

O filme traz a história que começou triste e que teve final feliz. Três mil corintianos deixaram depoimentos na internet e 30 foram escolhidos para contar a história desde o rebaixamento até a volta do clube à elite do futebol nacional.

Com roteiro de Serginho Groisman e Marcelo Rubens Paiva, o filme tem a direção de Andréa Pasquini, produção de Gustavo Ioschpe e conta também com a participação de alguns jogadores.

Não é o primeiro filme que temos no futebol nacional. Já comentamos aqui e aqui sobre os filmes do São Paulo F. C., e temos também o “Inacreditável – A Batalha dos Aflitos”, que narra o último jogo da trajetória na Série B do Grêmio.

É uma ótima maneira de gravar momentos que os clubes passaram e que com certeza irão ficar para história, além de aproximar os torcedores de suas paixões.

Confiram abaixo o trailer do filme:

13 de abril de 2009

Manto Sagrado | Flamengo


O Flamengo está realizando o concurso cultural "Manto Sagrado" que funciona da seguinte forma: o torcedor flamenguista envia sua declaração de amor pelo clube e as melhores irão premiar o autor com as camisas que serão usadas pelos jogadores no confronto contra o Fluminense, válido pela semi-final da Taça Rio.

O torcedor pode enviar sua declaração de três formas: via SMS, mensagem de voz ou vídeo.
O que mais me agradou na ação é o fato dela explorar aquilo que o Flamengo, e qualquer clube do mundo, tem de mais importante: a paixão dos seus torcedores pelo time. Além disso, o clube carioca lança a ação num momento importante do campeonato e se aproveita do clássico com seu maior rival, o Fluminense, para fazer a iniciativa ganhar ainda mais peso. Resumindo: não é qualquer jogo - é uma semifinal - e não é contra qualquer time que o Flamengo está disputando a vaga na final.
Outro ponto interessante é que a ação tem como ponto central de contato o site, o que apenas confirma a tendência dos clubes se apropriarem da internet para estabelecerem um vínculo ainda mais forte com o torcedor . No entanto, para que a ação ganhe força, além de contar com o boca a boca dos seus fiéis torcedores, o Flamengo deve suportar a promoção em outros canais, inclusive com ações de divulgação no estádio - pelo menos o potencial de torcedores que poderia enviar sua declaração por SMS durante a partida é enorme.
Simples e relevante. Ponto pro flamengo.

Ronaldo, o Brahmeiro da vez

Mais um filme da marca de cerveja estrelado pelo Fenômeno Ronaldo. O craque que é garoto-propaganda da marca desde 1984, tem sua história contada como o “Brahmeiro da vez”.

É uma série de comerciais que conta a história de brasileiros guerreiros. Zeca Pagodinho, Carlinhos Brown e o gari carioca Renato Sorriso já tiveram suas histórias contadas.

A criação é da Africa e a produção é da Conspiração Filmes, com direção de cena de Breno Silveira.

Cada vez mais temos empresas de cervejas se apropriando do futebol para campanhas. Seria uma tentativa de buscar um lado saudável pra marca, ou tomar conta do universo “futebol, cerveja e mulheres”? O que vocês acham?

9 de abril de 2009

Flamengo: sai Nike, entra Olympikus

O maior clube do Brasil está cortando os laços com seus parceiros nesta temporada. Após o anúncio do rompimento com a Petrobras, está chegando a hora de se desligar da Nike.

No ano passado, antecipamos aqui a ligação da Olympikus com o Flamengo com os possíveis objetivos e estratégias da marca com o clube. Pouco menos de um ano se passou, e podemos dizer que o cenário é praticamente o mesmo.

O valor anual do patrocínio continua na faixa dos R$ 20 milhões (R$ 20,6 milhões), e vai marcar a entrada da marca do grupo Vulcabras no futebol. Já a Nike, tem o fim da parceria com o maior clube do país, que provavelmente será o inicio de uma busca para ocupar este espaço na empresa.

A estratégia da Olympikus com certeza é ousada. A parceria ainda terá a inauguração de 10 lojas do clube nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste (que renderia 10% de royalties sobre o faturamento aos cofres do time), um museu (com investimento de até R$ 8 milhões) e uma loja na sede da Gávea.

Porém, me questiono se a marca no uniforme do Flamengo é o suficiente. Claro que é uma bela porta de entrada, mas acredito que a empresa deverá investir em produtos (calçados, shorts, meias etc) para o esporte, para assim poder realmente estar presente na modalidade.

As oportunidades com esta parceria são inúmeras, afinal falamos da maior torcida do país, vamos esperar para ver o que irá render.

E vocês, o que acham?

8 de abril de 2009

A '12' do Marcão

Hoje à noite, contra o Sport, o goleiro Marcos completa 50 jogos disputados com a camisa 12 do Palmeiras na Libertadores. Com isso, Marcão se torna o atleta do Palestra Itália que mais vezes defendeu o clube na competição.




Marcão conseguiu fazer algo que talvez nunca tivesse passado por nossas cabeças: elevou o status da camisa 12, normalmente utilizada pelos goleiros reservas, a algo muito maior. Hoje a camiseta tem um significado muito mais amplo para ele, para a torcida e para o clube. Marcos definitivamente tem no '12' uma de suas marcas pessoais.

A história da 12 do Marcão teve início em 1999 quando o então técnico do Palestra, o Felipão, o convocou para substituir o goleiro Velloso, que havia se machucado. Marcos não fez feio; ajudou o clube a conquistar o título e de quebra foi considerado o melhor jogador das Américas.

Será que os fãs palmeirenses podem esperar alguma homenagem ao pentacampeão mundial Marcão no jogo de hoje?

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Crédito foto: globo.com

A favor do Twitter nas partidas

O Twitter realmente continua dando o que falar, inclusive nos esportes - aqui mesmo já tivemos alguns posts sobre o assunto. Mas, apesar do Twitter ter surgido em 2006, ainda estamos aprendendo e criando novas formas de uso da ferramenta.

Estava lendo um artigo interessante no site da NBA que falava sobre algumas coisas simples/rápidas que a liga teria de fazer para enfrentar os tempos difíceis que estão por vir, e não é que o Twitter apareceu numa das resoluções propostas pelo autor do artigo?

"It would be good for the league if more players Twitter during games." (Seria bom para a Liga se mais jogadores usassem o Twitter durante as partidas.), disse David Aldridge.

No post Charlie Villanueva e o twitter no intervalo, tanto eu quanto o Bruno nos mostramos contra o uso do Twitter durante as partidas. Mas, pensemos novamente, será que isso é realmente ruim?

No artigo, o autor fala sobre um depoimento interessante de Charlie Villanueva após o episódio com o Twitter: 'a TV vai atrás dos jogadores para entrevistas durante o intervalo; então, qual a diferença?'.

E isso ficou na minha cabeça...

É claro que nenhum técnico vai querer que seus jogadores percam o foco durante uma preleção ou até mesmo durante os intervalos, mas se houvesse momentos em que eles pudessem twittar, qual o mal nisso? (Agora) Começo a não ver mais problemas, pelo contrário; mais uma possibilidade de se aproximar dos torcedores. Pensem nos tweets do seu jogador predileto ou do técnico do seu time... Até já consigo imaginar como seriam os posts de Muricy Ramalho e Luxemburgo, por exemplo. =)

O Twitter tem uma dinâmica simples e que não permite mensagens com mais de 140 caracteres, ou seja, as mensagens são simples - quem segue o Shaquille O'neal sabe bem disso. E mais, elas tem potencial de ir muito além do 'discurso padrão' dos jogadores que estamos acostumados a ver na TV durante os jogos. Talvez algo que nos faça sentir um pouco mais próximo deles, mensagens com as quais os torcedores se identificassem mais e pudessem perceber um pouco mais da real personalidade daquele atleta e da situação que eles estão vivendo.

E, claro, isso poderia ser potencializado pelos próprios clubes, marcas e por aí vai...

É, não seria uma boa idéia?

Os sites dos clubes

Muitas vezes comentamos aqui no Radar Esporte informações sobre ações na internet, mas nunca paramos para escrever sobre a presença digital dos clubes nacionais.

O assunto é amplo e complexo, assim como o ambiente digital e motivo para mais de um post, mas hoje vamos fazer uma análise macro do comportamento destes players na internet.

Antes de começar, devemos ter em mente algumas questões: o torcedor acessa o site do clube? Este acesso é diário? Por que ele acessa?

Estas perguntas são importantes para entendermos o propósito do clube com o seu site e o motivo do conteúdo que nele existe.

A maioria dos clubes nacionais possui em seu site a história, o hino, jogadores, títulos e um conteúdo muito fraco e pouco dinâmico. De maneira geral é isso que encontramos no site dos grandes clubes, que também apresentam layout pouco profissional.

O potencial que os clubes possuem é enorme, tendo em vista o conteúdo que podem explorar e o target apaixonado que são os usuários. Só por isso já poderíamos imaginar grandes portais, que poderiam ser uma fonte enorme de renda. Quanto valeria o espaço publicitário no site do Flamengo, do Corinthians, do São Paulo?

Essa questão de espaço publicitário é outra questão critica nos sites dos clubes. A primeira coisa que deveríamos ter é a presença dos patrocinadores “offline”, e outros anunciantes “premium”. Não podemos imaginar um espaço tão barato que qualquer empresa pode anunciar, teríamos que ter a valorização disso tudo.

Os sites dos clubes deveriam reunir todas as informações, deveria ser o ponto de encontro entre torcedor e clube, principalmente para as pessoas que não tem condições de visitar o centro de treinamento, ir aos jogos e assim chegar perto de suas paixões. Porém, como disse Rafael Payão, deveria ser o “templo”, e neste local não se pode falar mal do clube. Se você quer falar mal da igreja, pode falar, mas não dentro dela.

Grêmio e Internacional possuem sites mais bem elaborados, atuais e com aparência mais profissional. Muitos clubes já possuem a sua própria TV, mas como falei acima, é um assunto para outros posts.

Por enquanto, vamos apenas ter tudo isso em mente para explorarmos os sites em análises mais criticas. E vocês, o que gostariam de ter no site de seus times?

7 de abril de 2009

Reebok | Viral Thierry Henry

Mais um viral para a coleção das empresas de materiais esportivos. Este com a clássica combinação: uma estrela e uma ação inusitada.

6 de abril de 2009

Bem vindos ao Paulistão

Para alguns é Paulistinha, para outros, apenas Campeonato Paulista. O fato é que o Campeonato Estadual de São Paulo agora está com cara de “Paulistão”.

Digo isso porque depois de dezenove rodadas, os quatro grandes do Estado irão se enfrentar na fase final do torneio. Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Santos começam no próximo sábado a duelar pelas semifinais do campeonato.

Para muitos deu o óbvio mesmo depois da última rodada eletrizante. Porém, temos que encarar esse fato “normal” como uma oportunidade de valorizarmos o campeonato estadual, como quem sabe uma marca dentro do futebol nacional.

Com certeza o Campeonato Paulista é o estadual mais disputado do país, com quatro grandes do Brasil, e com clubes do interior que teriam chance de serem campeões em outros Estados.

Palmeiras e Corinthians criaram o Derby, que só tem chance de repetir na final. Mas já que ficaram os quatro, o campeonato terá duelos que são dignos de grandes batalhas dentro das quatro linhas, e que podem ser aproveitados do lado de fora.

Samsung, LG, Panasonic e Batavo poderão aproveitar estes jogos para criarem elos ainda mais fortes com os torcedores. Os clubes e a Federação poderão (e deverão) valorizar ainda mais as camisas e o peso do campeonato.

As oportunidades são inúmeras, cabe aos envolvidos aproveitarem. Para os que tanto esperaram: bem vindos ao Paulistão!

5 de abril de 2009

A novela do patrocínio se repete na F1 com a Brawn GP

Depois da vitória de estréia na Austrália na semana passada, Nick Fry, chefe executivo da Brawn GP, confirmou que apareceram mais patrocinadores interessados na equipe. Agora, com a segunda vitória da equipe, a tendência é que os contatos aumentem.

Segundo Nick, a maior parte dos contatos vem de empresas britânicas que estariam interessadas em sustentar esse link nacional com a equipe inglesa.

Apesar de Jenson Button e Rubens Barrichello não terem sido cogitados, até então, como os principais pilotos da F1 e com chances reais de conquistar o campeonato deste ano - apesar de eu achar cedo para tal -, a situação da Brawn GP lembra um pouco um momento que o Corinthians viveu há pouco, até acertar um patrocínio anual com a Batavo.

Grande frenesi em torno da Brawn, um ótimo momento para a equipe - duas corridas e duas vitórias, a primeira com direito a dobradinha -, a ausência de um grande patrocinador, dúvidas quanto a capacidade da equipe se sustentar ao longo do ano e marcas que se aproveitam desta indefinição para aparecer com grande destaque.

A Virgin, que está entre os possíveis patrocinadores definitivos, também faz o papel de marca que se aproveita enquanto as coisas não se acertam em definitivo. A marca acertou um contrato que estava previsto para se encerrar no GP da Malásia; tudo ao custo de $250.000 por prova.


Segundo estimativas, a primeira vitória de Button teria gerado o equivalente a £8 milhões em exposição na televisão. Isso é que é retorno!

Será que a Brawn fecha um acordo rapidamente ou vamos ver uma adaptação da 'novela corintiana' nas pistas da F1?

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Crédito foto: f1-live.com

3 de abril de 2009

NBA Green | O projeto verde da NBA

Desde 2005 a NBA vem tocando o projeto de responsabilidade social da liga, o NBA Cares, que busca, numa integração entre os times e jogadores da liga, a resolução de algumas questões sociais, como educação, saúde e desenvolvimento do jovem e da família.

O NBA Cares já levantou mais de U$97 milhões em doações e contabiliza cerca de 800 mil horas de mão de obra pelo mundo todo. Tudo isso junto ajudou a construir mais de 350 lugares onde as crianças e suas famílias podem morar, aprender e praticar atividades físicas.



Visando tornar a NBA uma organização mais resposnável do ponto de vista ecológico, o NBA Cares está encabeçando o projeto de sustentabilidade da liga, o NBA Green. Com isso, a liga mostra seu comprometimento em reduzir o seu impacto no meio ambiente e educar os fãs do basquete ao redor do mundo sobre os problemas ecológicos.



Para dar mais força e visibilidade a todo este movimento, a NBA fechou uma parceria com o Conselho de Defesas dos Recursos Naturais (NRDC, sigla em inglês) para a primeira NBA Green Week, que irá acontecer entre 2 e 10 de Abril e tem como objetivo arrecadar fundos para a iniciativa.

Vou colocar resumidamente algumas das atividades do Green Week:

- Cada um dos 30 times da liga devem encorajar os fãs a participarem de esforços considerados 'green';

- Denver Nuggets, Charlotte Bobcats e Chicago Bulls irão jogar com uniformes verdes e meias com algodão orgânico (45%) em jogos em casa, com a intenção de gerar awareness para a causa ambiental;

- A Adidas, patrocinadora oficial da liga, irá fornecer camisetas de aquecimento de algodão orgânico (100%) para TODOS os jogadores durante todos os jogos da semana;

- Lojas com produtos 'green' - camisetas de algodão orgânico, bolas recicladas etc;

- O NBA.com irá realizar um leilão com bolas Spalding assinadas por alguns jogadores feitas com 40% de material reciclado;

- A NBA Store de Nova York terá o "Recycling Dream" durante a Green week. As pessoas doam seus tênis e ganham 20% de desconto na compra de um novo par de tênis.

Para mais detalhes de cada uma das atividades, clique aqui.

Alguns pontos importantes que podemos tirar de tudo isso:

1) O fato de termos uma liga forte, estruturada e com um plano bem desenvolvido que pensa a NBA como um todo, e não apenas como um simples campeonato de basquete.

2) Participação dos jogadores em projetos sociais. Isso 'humaniza' mais os astros da liga, gera aproximação com as comunidades locais e estabelece forte vínculo com cada uma das pessoas envolvidas no projeto. Preciso dizer mais? Quem não quer ter a chance de ver o seu ídolo das quadras ajudando a sua comunidade? De novo, cria memória e é para sempre. Imagine o que significa para essas crianças o que é passar uma tarde com Lebron James, Kobe Bryant e outros...

3) A NBA percebeu a sua força como marca, como líder e referência (não só na sua modalidade) para desempenhar um papel importante que leva o esporte para outras esferas, como, por exemplo, o desenvolvimento sustentável.

4) Mais do que um projeto que tem um nome bonito e que vai de encontro às tendências, a história é bem pensada, é consistente. As ações conversam e atacam em pontos de contato diversos para fazer as pessoas entenderem a mensagem que a NBA quer passar.
Sei que vivemos outra realidade aqui no Brasil, mas essa é uma bola que eu e o Bruno estamos levantando há algum tempo aqui no Radar Esporte. Muitos clubes já estão dando passos importantes no que diz respeito à estruturação (principalmente dos departamentos de marketing nos últimos anos), mas ainda falta as grandes entidades, como a CBF e Clube dos 13 liderarem um pouco melhor esse processo, fazendo com que isso não seja privilégio dos grandes; criando guidelines, novas ações com os clubes etc.
Mas, por enquanto, parece que vamos continuar trazendo estes exemplos de fora mesmo.
Dica do @fernandovff

Flamengo e Petrobras: fim da parceria

Como uma história de amor de novela, parecia que iria durar para sempre. Era assim que a maioria das pessoas enxergava a relação entre o Flamengo e a Petrobras.

A parceria mais longa do esporte mundial (desde 1985) chegou ao fim de forma discreta, sem anúncio de despedida ou tentativa de renovação. Durante todo este ano em que caminharam lado a lado, foi colocada a necessidade de regularização fiscal do clube, exigência esta da legislação brasileira para todos os patrocinados pela Petrobras ou demais instituições federais.

A estatal estava aguardando a regularização fiscal do clube para efetivar o novo contrato, que teria a validade de um ano a partir da data de sua assinatura.

A notícia com certeza pegou muitos de surpresa, mas se analisarmos o motivo, não é algo tão estranho. Já havíamos comentado aqui a dependência do Flamengo de “ajuda” do governo, e parece que o clube ainda não se movimentou para não depender mais disso

Se por um lado comentamos a profissionalização de alguns clubes na administração, por outro ainda temos exemplos como este, que ainda é maioria no esporte nacional. Cada vez mais penso que devemos realmente transformar os clubes em empresas, com cargos assalariados e pessoas sérias no comando.

Não podemos deixar de lado a paixão, uma das maiores forças dos clubes. Porém, temos que deixar isso para os torcedores e para dentro das quatro linhas, já que nos bastidores o resultado que importa é outro.

Será que um dia vamos chegar a um nível aceitável de profissionalização? O que vocês acham?

2 de abril de 2009

Cadê o público?

Ontem o Brasil ganhou do Peru por 3 a 0 no Beira Rio em mais uma partida das Eliminatórias.O jogo teve clima de festa, o Brasil apresentou um bom futebol...tudo como mandava o figurino. Mas onde estava o público?

As arquibancadas superiores estavam vazias. Muitos ingressos ficaram na mão de cambistas, que antes da partida queriam desesperadamente vender as entradas por R$25,00 (preço original R$70,00).

Fatos como este estão se tornando comuns, principalmente em partidas da seleção, onde deveríamos ter lotação máxima. São alguns pontos que devem ser analisados:

1.O preço dos ingressos. Alguns defendem que o preço tem que ser alto, uma vez que é um espetáculo, que os preços lá fora são muito mais elevados e para tentar diminuir a violência nos estádios. Outros acham que tem que diminuir para termos lotação máxima em todos os jogos, o que seria muito bom para o espetáculo.

2.Venda dos ingressos. As bilheterias físicas são excelentes para os cambistas e geram desorganização. Será que conseguimos fazer a venda online? Apesar de termos praticamente 1/3 da população brasileira com acesso à internet, ainda não conseguimos fazer vingar essa prática. Uns defendem a prática acessível para todos (bilheteria) e outros defendem a organização (internet) para dificultar a ação dos cambistas.

Um jogo do Brasil é motivo de lotação em todos os lugares do mundo, independente do adversário. Justo no nosso país não conseguimos fazer disto um grande evento.
Algumas empresas aproveitaram a partida para fazerem ações com clientes. Camarote, transporte, comida, bebida e festa depois. Um prato cheio para estreitar o relacionamento entre marca e cliente, mas mesmo assim é muito pouco perto do potencial que poderia ser explorado.

E vocês, o que acham sobre as questões acima?

1 de abril de 2009

Samsung Scrapy

Como havíamos comentado aqui no Radar Esporte, a Samsung está fazendo um trabalho diferenciado com o uniforme do Palmeiras.

No último sábado foi relevado o que era o “54M5UN6” na camisa do clube paulista, durante o clássico contra o São Paulo F.C. Trata-se do novo celular da marca, o Samsung Scrapy, que agrega as funcionalidades comuns dos aparelhos hoje em dia (câmera, MP3, Bluetooth etc.) com a facilidade de navegação.

A marca fez um trabalho forte com blogs ligados aos torcedores do Palmeiras, com parceria durante os posts ao longo da semana que antecedeu o clássico. Os blogueiros postavam o conteúdo utilizando os “símbolos” e iriam postar em seus blogs durante o jogo utilizando o aparelho, direto do Morumbi. Uma ação focada e aderente, uma vez que o aparelho é "focado" para este tipo de pessoa que gosta de internet.

O que foi interessante foi o trabalho feito na Bandeirantes durante a transmissão. Um speach sobre o mistério no inicio da partida, durante o intervalo informaram que se tratava do novo aparelho e no segundo tempo o clube voltou com a camisa com o nome do lançamento.

Um trabalho focado nos torcedores do time e que aproveitou o uniforme de uma forma muito inteligente. Apesar de algumas pessoas não conseguirem acessar o endereço divulgado durante o jogo, a ação da Samsung foi muito bem planejada.

Já falamos aqui que o São Paulo F. C. está ajudando a LG a vender mais celulares, agora vamos esperar os resultados do trabalho da Samsung com o Palmeiras.

Ronaldo no Domingão do Faustão

Após ler algumas coisas e ouvir muitos comentários sobre a participação do fenômeno Ronaldo no programa Domingão do Faustão, resolvi escrever.

O grande ponto da discussão foi o traje que o jogador do Corinthians se apresentou no programa da Rede Globo. Calça jeans e camisa listrada azul e branca. Foi desta forma que Ronaldo entrou no palco e falou que só quer jogar futebol, que tem muito a fazer ainda.


Algumas pessoas não se conformam da Batavo de investir milhões e na hora do craque ir a um dos programas de maior audiência da televisão brasileira, a marca não aparecer. Outros acreditam que como naquele domingo ele estava de folga, ele poderia ir da forma que bem entendesse.

Independente destes dois pontos de vista, temos que entender que por mais que ele seja o maior nome do elenco do clube paulista e o atrativo para os patrocinadores, ele, antes de mais nada é o Ronaldo, pessoa física.

Na hora de comemorar o gol já existe uma polemica do jogador levantar a camisa, exibir uma camiseta por baixo do uniforme do clube e assim esconder o patrocinador. Se formos “proibir” os jogadores de se vestirem da forma que desejarem fora dos gramados, teremos realmente mercadorias comandadas por seus donos, no caso, os clubes e patrocinadores.

É uma discussão sem fim. E vocês, o que acham?