21 de julho de 2009

Enfim, Muricy é do Palmeiras

A novela foi longa. Teve um pico logo na saída do treinador do rival São Paulo F. C. e esfriou com o anúncio via twitter do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo. Parecia o fim, mas continuou nos bastidores e enfim, Muricy chega ao Palestra Itália.

A torcida pediu e se frustrou. Depois disse que não precisava mais, mas deve receber o treinador de braços abertos. Muricy irá pegar um time na parte de cima da tabela e deverá assumir logo após o jogo contra o maior rival, o Corinthians em Presidente Prudente.

Vocês que estão acostumados a ler sobre questões do marketing esportivo aqui no Radar Esporte, devem estar se perguntando o motivo do post, mas é simples.

Já havíamos comentado aqui sobre a “não contratação” de Muricy e sobre a gestão racional de Luiz Gonzaga Belluzzo. Pois bem, o acordo final foi marcado por um jantar entre os dois, sem presença de empresários e diretores. Apenas o dois.

O presidente do Palmeiras deve ter aberto o bolso (valores não revelados), mas com certeza Muricy deve ter recuado e aceitado um projeto e não apenas um contrato.

Isso marca uma nova gestão no clube paulista. Ainda não sabemos os resultados, mas com certeza será bacana assistir o que irá acontecer dessa parceria.

A negociação entre Palmeiras e Muricy Ramalho foi marcada por diferentes situações que acabaram convergindo para o acerto final. Apenas para retomar: Muricy pede um valor muito alto, o Palestra recusa. Os altos salários dos técnicos entram em questão - inclusive aqui -, Muricy recebe propostas do Santos e a recusa. Enquanto isso, Jorginho vai levando o Palmeiras à vice liderança do Brasileiro. Muricy e Belluzzo se reunem e fecham um acordo - alguns já estão dizendo que por valor menor que a proposta anterior.

Claro que não podemos confirmar o que se passou na cabeça de Muricy e Belluzzo, mas parece que além dos altos valores em jogo, ambos tiveram um ótimo entendimento do contexto que rodeava o assunto. De um lado um técnico que é considerado por muitos o melhor do Brasil e que não queria manchar seu currículo com qualquer aventura no futebol - talvez também por isso tenha pedido um salário altíssimo (?); do outro, um dirigente consciente, que não iria comprometer as finanças do clube e que esperou o momento certo - leia-se Palmeiras na vice liderança do Brasileirão - para refazer a proposta a Muricy. É a fome com a vontade de comer.

Muricy tem a chance de ser tetracampeão brasileiro (consecutivo) e alcançar feito inédito no futebol e o Palmeiras tem a chance de voltar a ser campeão. Sorte aos dois...

Postado por Bruno e Dida

2 comentários:

Marcello De Vico disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcello De Vico disse...

Sobre a questão do teto salarial, outro dia vi no Bem, Amigos! o Luxemburgo e o Roth falando disso, e acabei concordando com eles... Eles acham (eu também) um absurdo estipular um teto salarial para os treinadores, se não teriam que fazer o mesmo com as outras "classes". Acho que o mercado que deve determinar o valor do treinador, ou qualquer outro profissional. Cabe ao clube aceitar ou não a proposta, como aconteceu inicialmente com Muricy e Palmeiras.