7 de julho de 2009

A importância do Esporte Fantástico, da Record.


No último domingo, estreou na Record o programa Esporte Fantástico, que é apresentado pela ex-Global Mylena Ciribelli e Rodolfo Gottino. O programa tem um formato muito parecido com o Esporte Espetacular, da Rede Globo, e atingiu a marca de 4 pontos no Ibope, ficando atrás da Globo (12 pontos) e SBT (5 pontos).

O programa de estreia contou com a presença de Oscar Schmidt, os governadores José Serra e Sérgio Cabral, uma entrevista especial com Lebron James, além da transmissão da partida de handebol entre Brasil e Portugal, válida pelo Desafio Petrobras.


Apesar de ter ficado em terceiro na audiência, não podemos nos esquecer que é um programa novo e que tende a se estabelecer no horário, à medida que for ganhando uma cara específica.

Eu acredito que um dos principais diferenciais do Esporte Fantástico deva ser justamente a transmissão de outras modalidades. Recentemente a emissora fechou um contrato com o judô, que prevê a transmissão de todos os eventos da entidade até os Jogos Olímpicos de 2012, e caminha para algo muito parecido com a Confederação Brasileira de Handebol (CBhb).


Ou seja, as opções de esportes disponíveis para assistirmos na televisão devem aumentar. E isso é muito bom para o esporte. Todos sabem que a Rede Globo tem controle total sobre a transmissão do futebol nacional e que privilegia a modalidade na sua grade de programação. A emissora tem os direitos de transmissão de várias outras modalidades, mas acaba não transmitindo em TV aberta, a não ser quando se trata de uma ocasião que eles julguem especial.


Por diversas vezes comentamos aqui no Radar Esporte como isto não era saudável para o esporte nacional. É claro que a internet tem desempenhado um papel importantíssimo na divulgação de muitos esportes – e isso deve aumentar ainda mais -, mas sabemos que a televisão ainda é muito importante neste aspecto. As transmissões em TV geram conteúdo para a internet e outros programas esportivos da grade, geram exposição para os atletas, movimentam patrocinadores etc. Quem tem SporTv sabe muito bem do que eu estou falando; o conteúdo existe, o interesse existe, falta um número muito maior de pessoas ter acesso a tudo isso.


Nós espectadores e muitas modalidades se tornaram reféns do modelo da Rede Globo e a cada 4 anos, em época de Olimpíadas, é que vemos a situação bizarra em que chegamos: um ou outro atleta conquistando uma medalha de ouro, os “15 minutos de fama” e a volta para o ostracismo, para a batalha solitária.


É claro que não dá para culpar a Rede Globo pela situação que atingiu o esporte nacional, e nem achar que a Rede Record vai reverter tudo isso com um programa semanal, pelo contrário. Mesmo assim, fico feliz em saber que mais esportes vão ter mais oportunidades na TV e que mais brasileiros terão acesso a cada um deles.

Um comentário:

Bruno disse...

Muito bom! É interessante ver isso na TV aberta e principalmente na Record.
A emissora está brigando por audiência e o "normal"seria investir em esportes mais populares, e mesmo assim apostou no esporte (como um todo).
Sensacional!