Atualmente ouvimos com freqüência valores extraordinários de transferências e de salários dos jogadores de futebol. Clubes gastam caminhões de dólares para contarem com craques dentro das quatro linhas e patrocinadores investem milhões pelo “simples” uso do direito de imagem.
Alguns jogadores, como alguns clubes trabalham melhor o marketing e acabam recolhendo uma quantia maior das notas verdes. E isso parece estar cada vez mais profissional.
Hoje em dia jogadores são contratados através de DVD’s, garotos de 16 anos já têm assessores e empresários e o futebol fica cada vez mais diferente do passado.
Já ouvi muitas vezes algumas frases como: “esse jogador não ia nem ser profissional no passado”, “imagina qual seria o salário do Pelé...” entre outras.
E como seria o comportamento dos jogadores do passado no mercado atual?
O que sei da qualidade destes jogadores foi através de programas, fitas, vt’s...infelizmente não pude acompanhar de perto como faço hoje, mas pelo que vi tinham muitos mais craques do que hoje. Não precisamos ir ao extremo e falar de Pelé, podemos falar do Junior, o Leovegildo, extraordinário lateral do Flamengo na década de 80. Na transmissão do jogo Brasil e Paraguai ouvi um belo comentário na Sportv – “se o Daniel Alves foi vendido por US$ 32 mi, o Junior seria, no mínimo, por US$ 64 mi.” – e fiquei me questionando sobre algumas coisas.
Se os craques do passado não têm mais “utilidade” dentro das quatro linhas, será que eles não possuem nenhum apelo para os torcedores, aqueles antigos, que viram esses craques em ação?
Só vejo o Pelé fazendo propaganda (Santander, Caixa, Viagra...) e acredito que ele não é o ex-jogador com o maior carisma. Qualidade não tem discussão, mas apelo com as pessoas eu acredito que existem alguns outros na frente dele na lista.
As empresas investem milhões por jogadores que são promessas e acabam esquecendo de ex-jogadores que são lendas.
Já que o salário antigamente era infinitamente menor e que a contribuição deles para o futebol brasileiro foi enorme, será que eles não merecem alguma coisa em troca?
Eu acho que sim. Que merecem e que ainda tem muito a oferecer, nem que seja pelo “simples” uso do direito de imagem.
19 de junho de 2008
Aaaah se fosse agora...
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