Depois do último post, onde comentei sobre a triste realidade que o basquete brasileiro vive atualmente, recebi de um amigo uma matéria que pode nos inspirar um pouco por aqui.
Está acontecendo hoje um movimento que há alguns anos seria impensável. O mercado europeu de basquete começa a mostrar sua força, e seus jogadores estão pensando duas vezes antes de aceitar propostas da liga dos sonhos até então, a NBA.
Tiago Splitter, que decidiu permanecer no Tau ao invés de ir para o San Antonio Spurs, talvez seja o exemplo mais conhecido entre os brasileiros, mas o fato é que outros atletas como Carlos Delfino, Garbajosa, Navarro e Primoz Brezec também estão preferindo permanecer nas ligas européias. E, acreditem, até alguns jogadores da NBA estão considerando cruzar o Atlântico.
O Euro, a moeda européia, tem grande peso neste novo cenário, já que os grandes clubes europeus acabam pagando valores 30% menores devido ao câmbio. Além disso, a globalização e as partidas da Euroliga que estão sendo transmitidas semanalmente em território americano têm eliminado um pouco do receio por parte de alguns jogadores de sair dos EUA.
Eles sabem que a Europa hoje representa uma oportunidade para se buscar melhores condições na liga norte-americana. Charlie Bell, James Singleton e Anthony Parker são prova disso - Anthony Parker é uma das grandes estrelas ao lado de Tim Duncan no San Antonio Spurs.
Uma nova realidade está se abrindo para os clubes europeus. Agora, além de reter alguns de seus jogadores, os clubes conseguem trazer jogadores americanos.
Sabemos que nossa moeda não é uma grande força e nossa realidade é muito diferente da européia. Mas pensemos nisso numa escala local. De uma certa maneira, o futebol brasileiro está fazendo isso atualmente. Nossos grandes craques estão sendo exportados para grandes clubes na Europa, mas estamos indo buscar jogadores (com preços mais acessíveis) nos nossos vizinhos sulamericanos. Vejam o caso de Herrera, Acosta, Tevez, Conca, Valdívia...
Outro ponto fundamental, na minha opinião, é a transmissão de jogos europeus nos EUA. Isto é fundamental para reposicionar as ligas européias para os jogadores americanos. Mais uma vez, pensemos no que pode ser feito por aqui. Será que não conseguimos pensar num calendário de jogos que coloque o esporte de volta na televisão?
O mercado europeu de basquete encarou o esporte como um produto e está gerenciando todos os seus movimentos para que a liga ganhe força no cenário mundial.
Como já foi dito, o basquete brasileiro vive um momento muito crítico e é preciso pensar nas mais variadas alternativas para fazer o esporte crescer novamente. Referências não vão faltar!!
Igão, valeu pela dica.
23 de julho de 2008
A nova realidade do basquete europeu
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