Saiu hoje na Folha de São Paulo uma matéria a respeito de Carmelo Anthony - atleta da NBA que joga pelo Denver Nuggets, o mesmo time de Nenê - defendendo a participação de atletas em suas respectivas seleções (clique aqui para ler)
Não é pra menos. Depois da seleção que deu origem à expressão Dream Team em 1992, que contava com ninguém menos que Michael Jordan, Larry Bird e Magic Johnson, e de três medalhas de ouro consecutivas em olimpíadas, os EUA amargaram o bronze em Atenas-2004 e no Mundial-2006.
A hegemonia do basquete americano estava definitivamente ameaçada, e estes campeonatos apenas refletiam esta nova realidade. Aparecer e simplesmente jogar não estava mais dando certo para os EUA, definitivamente.
O que foi feito?
Ficou estabelecido que os jogadores que quisessem ir à Pequim teriam que comparecer aos principais compromissos da seleção norte-americana, a fim de entrosar mais a equipe e prepará-la para os difíceis confrontos que estariam por vir. Hoje, a seleção americana está levando suas maiores estrelas para as Olimpíadas.
Mas, mais do que tudo isso, um fator foi fundamental. Mudou-se a mentalidade dos jogadores, a forma como eles enxergam competições como o Mundial e as Olimpíadas. Eles voltaram a acreditar que era importante defender seu país e, principalmente, manter a hegemonia no basquete.
Quem quer fazer parte de uma geração derrotada? Pelo visto, nenhum deles. E é por isso que eles estão lá...
No caso do Brasil, temos grandes jogadores que chegaram à NBA, mas parece que com a ida para os EUA, o Brasil acabou ficando literalmente para trás. Pior que isso, somente os jogadores que ficaram por aqui e mesmo assim optaram por não defender a sua seleção.
Será que não precisamos de uma mudança de mentalidade, como a que tiveram os jogadores norte-americanos? Será que não vale mais a pena defender a seleção? Será que não vale a pena pagar o seguro para ir defender seu país como fez Dirk Nowitzki, da Alemanha?
Eu acho que vale, e pelo visto não sou só eu...
29 de julho de 2008
Cadê o amor à camisa?
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