5 de abril de 2009

A novela do patrocínio se repete na F1 com a Brawn GP

Depois da vitória de estréia na Austrália na semana passada, Nick Fry, chefe executivo da Brawn GP, confirmou que apareceram mais patrocinadores interessados na equipe. Agora, com a segunda vitória da equipe, a tendência é que os contatos aumentem.

Segundo Nick, a maior parte dos contatos vem de empresas britânicas que estariam interessadas em sustentar esse link nacional com a equipe inglesa.

Apesar de Jenson Button e Rubens Barrichello não terem sido cogitados, até então, como os principais pilotos da F1 e com chances reais de conquistar o campeonato deste ano - apesar de eu achar cedo para tal -, a situação da Brawn GP lembra um pouco um momento que o Corinthians viveu há pouco, até acertar um patrocínio anual com a Batavo.

Grande frenesi em torno da Brawn, um ótimo momento para a equipe - duas corridas e duas vitórias, a primeira com direito a dobradinha -, a ausência de um grande patrocinador, dúvidas quanto a capacidade da equipe se sustentar ao longo do ano e marcas que se aproveitam desta indefinição para aparecer com grande destaque.

A Virgin, que está entre os possíveis patrocinadores definitivos, também faz o papel de marca que se aproveita enquanto as coisas não se acertam em definitivo. A marca acertou um contrato que estava previsto para se encerrar no GP da Malásia; tudo ao custo de $250.000 por prova.


Segundo estimativas, a primeira vitória de Button teria gerado o equivalente a £8 milhões em exposição na televisão. Isso é que é retorno!

Será que a Brawn fecha um acordo rapidamente ou vamos ver uma adaptação da 'novela corintiana' nas pistas da F1?

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Crédito foto: f1-live.com

4 comentários:

Bruno disse...

Boa, Dida!
O que enxergo com grande diferença, é que a equipe já está dando resultado, diferente do Corinthians.
Apesar da estréia do Ronaldo, o Corinthians ainda não é um clube que mostrou sua força na temporada. Terá uma prova de fogo agora na semi do Paulista.
A Brawn por sua vez já avançou (mesmo com duas corridas apenas) e está valorizando com base nos resultados apresentados.
Quem quiser pegar carona é bom chegar logo, senão não vão alncançar a equipe...

Unknown disse...

Bela comparação Dida, mas acredito que ainda há um diferença absurda entre patrocínios do universo do futebol e o da F1. No papel o custo para o automobilismo é muito mais alto, e a exposição acredito que não é tanta quanto a do futebol, porém nessa temporada a Brawn GP renovou o cenário das pistas desde os testes antes do primeiro GP, e ainda está envolvida na maior discussão da F1, os famosos difusores, como o Bruno disse quem quiser investir que o faça rápido porque a equipe a cada corrida tende a ser mais visada saindo em matérias de TV, jornal e o mais importante para divulgação hoje a internet. Acho que a maior diferença entre Brawn e Corinthians seja a marca "R9", enquanto os patrocínios tirarão proveito durante a temporada inteira estampando as suas marcas no carro branco da Brawn GP a Batavo hoje terá sua marca divulgada no mundo apenas quando o Fenômeno mostrar sua arte em campo, porque, quando ele não joga a mídia da uma esfriada em relação ao Timão.

Dida disse...

Fernando, concordo com vc. As diferenças são absurdas entre estes dois universos - principalmente no que diz respeito à exposição e valores - mas também há algumas situações bem parecidas. A comparação foi utilizada para mostrar que há marcas tirando proveito disso em outro contexto.

Quanto à visibilidade do Corinthians, o clube basicamente tem exposição nacional e a única coisa que altera isso é o Ronaldo, ou seja, o Timão é um clube como qualquer outro e a sua exposição na mídia, em situações normais, ficaria limitada ao cenário nacional, com raras exceções. O que me leva para outra pergunta: o quão importante é a exposição internacional para a Batavo? Acredito que hoje não muito - ao contrário da Visa, que viu na camiseta do clube uma parte importantíssima para o lançamendo da sua nova campanha mundial. E essa é uma das semelhanças que eu coloco no post: a Virgin está tendo altíssimo retorno de exposição com um baixo investimento na Brawn GP.

Agora, quanto ao Corinthians não estar dando resultado, isto é relativo. Depende do ponto de vista. Se o tal resultado for o título, ainda teremos que esperar mais um pouco; mas, se considerarmos que o Corinthians é o único time invicto no Paulista, após um ano turbulento em 2008, podemos dizer que o clube deu uma bela virada.

E estou com o Bruno, quem quiser pegar carona com a Brawn, é bom chegar logo...

Unknown disse...

Dida concordo com você totalmente em relação a exposição internacional da Batavo, me expressei mal, o que quis dizer em relação a isso é sobre o que patrocinadores perderam deixando de estampar sua marca na camisa corinthiana, os dirigentes pretendiam pegar um patrocínio com maior valore a longo prazo, logo se uma multinacional viesse seria de ótimo grado.
A insegurança de uma equipe nova e de pilotos que não "eram" os badalados da vez e junto a crise, acho fatos fundamentais para o retardamento de acertos para patrocínios.