Sediar os Jogos Olímpicos tem um impacto positivo na economia do país sede, pois, entre alguns motivos, impulsiona as importações. Até aí, nenhuma novidade aparente. O que não era esperado era que as cidades candidatas perdedoras também podem gozar destes benefícios tanto quanto as ganhadoras.
De acordo com o estudo de Andrew Rose, da Haas School of Business na Universidade da California, e Mark Spiegel, do Federal Reserve de São Francisco, o aumento de 30% registrado nas exportações das candidatas vencedoras também é compartilhado pelas cidades perdedoras. E mais, com o benefício de não precisar investir bilhões na viabilização de estruturas para a realização dos eventos.
Londres (2012), por exemplo, está tendo alguns problemas para financiar seu projeto e, sendo assim, os benefícios de sediar os Jogos não ficam tão claros. E é justamente este o ponto que os autores defendem: "os candidatos vencedores na verdade regridem sediando as Olimpíadas." Mas não podemos esquecer que a crise, mesmo com todas as medidas que estão sendo tomadas, acaba afetando diversos pontos da economia dos países; além disso, Londres tem a grande responsabilidade de suceder Pequim, que teve os Jogos mais grandiosos da história.
O ponto colocado pelos autores neste estudo é válido e muito interessante. E trazendo isto para o contexto da candidatura brasileira para os Jogos de 2016 temos dois pontos importantes:
1) Perdendo ou ganhando a candidatura vamos ter alguns benefícios - pelo menos do ponto de vista econômico, como eles colocam no estudo;
2) se levarmos em conta o histórico dos últimos países sede, o Brasil tem suas chances aumentadas para 2016; ainda após a última reunião do G20, onde o Brasil mostrou disposição em se tornar credor do FMI.
Via: Guardian
Um comentário:
Belo post, Dida.
Os exemplos e números estão aí para serem aproveitados.
Vale conferir os resultados pós Copa do Mundo também para sabermos se o Brasil está aproveitando o boom de uma competição realmente grande!
Postar um comentário