30 de setembro de 2008

Mais uma do Boca Juniors


Em 2010 será inaugurado o primeiro hotel temático de futebol do mundo. O clube argentino Boca Juniors assinou um contrato com o grupo Solanas para a realização do projeto. O ‘Hotel Boca Juniors by Design Suítes’ terá um investimento de aproximadamente R$ 21,5 milhões e ficará na região central da capital argentina.

Como não poderia deixar de ser, as cores azul e dourado irão marcar presença, além de quadros ilustrando os momentos mais memoráveis do clube e seu jogadores. O mais legal, porém, é o fato de que os atletas irão se concentrar no próprio hotel e os sócio-torcedores terão grandes descontos nas hospedagens.

Segundo o presidente do clube, Pedro Pompilio, o Boca Juniors não irá colocar um centavo no empreendimento, e ainda vai receber royalties do faturamento.

Este novo empreendimento do Boca mostra como uma imagem sólida e bem trabalhada (nacional e internacionalmente) pode ser uma fonte geradora de novos negócios para o clube.

O Boca Juniors, que já estampa seu nome em mais de 900 produtos de táxis a vinhos, consegue mais uma fonte de renda para o clube, além de continuar criando elementos que valorizem toda esta aura que já envolve o time, sem esquecer dos seus fanáticos torcedores (como já vimos aqui)

Agora, além de visitar La Bombonera e o Museu da Paixão Boquense, vai ter turista tentando pelo menos uma diária no hotel do Boca.

29 de setembro de 2008

Novidades + Michael Jordan | Nostalgia

Semana passada o Radar Esporte esteve num ritmo um pouco mais lento, mas eu e o Bruno estávamos pensando em como rechear e organizar melhor o conteúdo do site. Como o número de visitas estava ficando cada vez regular, vamos fazer alguns ajustes pouco a pouco...

Como vocês devem ter percebido, desde o início nós procuramos postar coisas relativamente novas, mas a partir de hoje vamos trazer campanhas e ações um pouco mais antigas também. Tem muita coisa bacana disponível e que vale a pena colocar aqui no Radar.

Também criamos um e-mail para vocês mandarem sugestões, críticas etc:
contatoradar@radaresporte.com.br


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Para dar início à seção Nostalgia, vou postar este comercial de Gatorade com Michael Jordan, criado em 2002.

O que não vai faltar é material sobre o jogador. E o mais bacana é que muitos dos comerciais com 'Air Jordan' tentam refletir algumas de suas principais características como atleta: sua força física e mental, dedicação, liderança etc.



Apesar de parecer básico, algumas marcas têm falhado, na minha opinião, ao usar o atleta como uma forma simples de associação (quase que visual apenas), deixando para trás valores e características que poderiam agregar muito mais para a marca.

Vejam aqui um exemplo mais recente da marca Gatorade, que não aproveitou como poderia a imagem do jogador Kaká.

Flip Book | Adidas

Retornando de uma "leve" ausência na semana passada, trago esta ação da Adidas na revista Milk, uma publicação voltada para o público jovem chinês.

Resolvi postar sobre esta ação, pois acho que foi uma forma muito criativa que a Adidas encontrou de transferir o conceito de sua campanha de TV para a mídia impressa.

A campanha deveria apoiar dois mesa tenistas de Hong Kong, Ko Lai Chak e Li Ching. Para isso, a Adidas utilizou seu site para convidar o público a ser fotografado em poses como se estivessem em uma partida de tênis de mesa.

As melhores fotos foram selecionadas e utilizadas para compor o flip book.

Outro ponto interessante da ação é que, apesar da ponta final ser o anúncio, o público pôde participar através do site, gerando ainda mais envolvimento na ação.

De volta. Com futsal e Adidas.

Caros leitores, após um período de sete dias com alguns problemas técnicos para postar, retomamos o ritmo.

E falando em retomadas, amanhã começa a Copa do Mundo de Futsal da FIFA, que será realizada no Brasil, nas cidades do Rio de Janeiro e em Brasília até o dia 19 de outubro.

A Adidas, que é patrocinadora oficial do torneio de futsal desde 2002, estará presente novamente com a bola oficial do torneio e nos uniformes das seleções da Argentina, Paraguai, Japão, Cuba, Irã e Espanha; - atual bicampeã do torneio - além de todo o staff, juízes e comissão técnica.

Para promover o torneio, a marca prepara réplicas gigantes da bola oficial da competição, com quatro metros de diâmetro, em pontos de grande visibilidade das cidades sedes. Uma ação interessante, mas o que me chamou atenção no patrocínio foram outras duas coisas:

1. O futsal, apesar de não ser um esporte olímpico, vêm crescendo no mundo todo, porém, aqui no Brasil, a Adidas não tem tanta penetração, nem em campeonatos, através de material esportivo e nem na variedade de tênis para a pratica do esporte. A marca poderia aproveitar o evento no país para se firmar na modalidade.

2. A Adidas já prepara uma ação para o ponto de venda, que de vê começar no dia 10 de outubro. Como comentei outro dia aqui no Radar Esporte, algumas marcas fazem a lição de casa na matéria publicidade, mas as vezes esquecem de cuidar do ponto de venda.

É isso aí.

22 de setembro de 2008

São Marcos

Ontem o goleiro Marcos completou 400 jogos com a camisa do Palmeiras, e resolvi escrever sobre esta figura fantástica.

Mais do que um ídolo do Palmeiras, ele conseguiu atravessar fronteiras de torcidas, caiu na graça de corintianos, são paulinos, santistas e torcedores do Brasil a fora. Autêntico, simples, exemplo de profissional e de homem, Marcos só não caiu nas graças de uma marca. Talvez por todos os adjetivos citados acima, ele não quis vincular a imagem construída com alguma empresa, ou nenhuma quis arriscar pagar o ídolo que não costuma poupar palavras quando algo não lhe agrada.

O número de jogos só não é maior devido ao tempo desperdiçado no departamento médico, fato que não ofuscou as inúmeras conquistas do ídolo.

Hoje em dia usa luvas da Kappa, mas quem deve ter sorrido nesta segunda-feira foi a Fiat, Suvinil e Adidas. O goleiro participou do programa “Bem amigos” da Sportv, e com toda simplicidade foi com o uniforme do clube. Duvido que tenham pedido, isso é coisa dele.

Fica aqui um exemplo de profissional e imagem construída. Enquanto muitos marketeiros buscam artifícios para criarem boas imagens perante os consumidores, temos um exemplo que serve para todos os mercados. Um ‘produto” excepcional, um vendedor honesto e uma garantia sem fim. Tudo isso na imagem de um santo. “São Marcos”.

Os jornalistas agradecem as entrevistas fantásticas. Os torcedores agradecem os momentos inesquecíveis. E o futebol brasileiro agradece os serviços prestados.

19 de setembro de 2008

Linha retro-relâmpago do Palmeiras

Nesta semana a Adidas lançou a linha retrô do Palmeiras em São Paulo e foram poucos que tiveram o prazer de conferir. Isso, porque em menos de uma hora todas as peças foram vendidas.

O evento ocorreu no Morumbi Shopping, teve o som de Mixhell com o DJ Iggor Cavalera e Laima Leyton e teve a presença do ilustre Evair, ex-atacante e ídolo do clube.

A linha segue o que a Adidas fez com o Olympique de Marselha, da França, e o Hamburgo, da Alemanha e traz uma releitura do uniforme do Palmeiras no início da década de 90, que também era feito pela marca.

A mini-coleção, é limitada e composta por camisa (R$ 99,90), agasalho com a descrição S.E Palmeiras nas costas (R$ 269,90) e moletom com capuz, com o logo do time em marca d’agua, na cor verde escura com detalhes em branco (R$ 269,90).

Os torcedores que não conseguiram comprar, irão ter que esperar a nova remessa na próxima semana nas lojas adidas Originals em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte; na adidas Performance Store em São Paulo e em algumas outras lojas esportivas, como Bayard e Centauro. Porém, lojistas informam que a maior parte das camisas já está reservada.

Apesar de comentários de que a Adidas esteja de saída do Palmeiras na temporada 2009, dando lugar para a Olympikus, é válido ressaltar o sucesso da parceria perante os torcedores. A camisa verde-limão continua sendo um sucesso de vendas e esta linha retrô já esgotou.

A mini-coleção, que faz parte da estratégia da marca alcançar uma fatia de torcedores mais elitizados do clube teve seu resultado atingido em pouquíssimo tempo. Ponto para a Adidas, que soube entregar um produto que o consumidor esperava.

A única parte que não deve ter gostado da ação foi a Fiat. Não acham?

São Store

Nesta última quinta-feira o São Paulo Futebol Clube apresentou sua rede de lojas com produtos exclusivos, a São Store.

Com venda de uniformes, moda casual, acessórios, presentes e jóias, o projeto é ambicioso e cogita a venda de bicicletas e motos para o futuro.

Realizado em total parceria com a Reebok (que investiu R$ 3 milhões), a São Store terá sua primeira unidade no Shopping Ibirapuera no começo de outubro e lançamento até novembro de mais duas unidades, nos shoppings Center Norte e Paulista.

Ainda não se sabe se as demais lojas fora da capital paulista serão próprias ou em sistema de franquias, mas o projeto é expandir a rede. E se por um lado a idéia é crescer, o mesmo não acontece com as peças que serão vendidas na São Store, que terão séries limitas para dar noção de seletividade ao público.

O ex-técnico Telê Santana será homenageado com uma linha de produtos, que terá a renda revertida para o memorial Telê Santana, na cidade de Itabirito (MG).

A ação mostra a importância de um planejamento e também de uma parceria sólida. Percebemos que muito mais do que fornecer material esportivo, a Reebok aposta e confia nos projetos do Sâo Paulo Futebol Clube, e que pretende continuar ao lado do clube por um bom tempo. Como sempre comentamos aqui, uma boa parceria é válida quando todas as partes envolvidas ganham, e desta vez foi isso o que aconteceu.

17 de setembro de 2008

F1 Noturna | Red Bull

A primeira corrida noturna da história da F1 irá acontecer no dia 28 de Setembro em Cingapura. Os treinos irão acontecer próximo ao horário do por do sol e prova terá início às 20h.

O circuito de rua irá contar com 1600 luzes para iluminar toda a pista - fora a iluminação da própria cidade.

Resumindo, a corrida vai ser imperdível. Além de estarmos na etapa final da temporada com Felipe Massa e Lewis Hamilton disputando ponto a ponto o campeonato de pilotos, o visual da prova realmente promete.

A Red Bull, que possui sua própria escuderia na F1, criou essa disputa virtual incrível entre seus dois pilotos: Mark Webber e Sebastian Vettel.



Vi aqui

16 de setembro de 2008

Na rota do turismo

Mais uma ação do São Paulo Futebol Clube chamou a atenção. Na última sexta-feira, o tricolor paulista fechou um acordo com o São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB).

Com o acordo, o SPCVB terá espaço dentro do estádio, através do placar eletrônico, jingle da campanha "São Paulo é Tudo de Bom" nos auto falantes e ações mensais nos camarotes vips com de material promocional do turismo da cidade. Em contra-partida, o Morumbi irá entrar no roteiro de visitas e será divulgado nas principais feiras de turismo.

O clube paulista já possui um programa de visita como nos estádios de primeiro mundo, com passagem pela sala de imprensa, vestiário profissional, túnel de acesso ao campo, arquibancada, memorial e o Morumbi Concept Hall, que dispõe loja da Reebok, Sala Raí e o recém-inaugurado Santo Paulo Bar.

Enquanto o clube ainda não possui outras maneiras de explorar o estádio, como restaurantes, bares etc, o tricolor vai arrumano maneiras de explorar a imagem do clube como uma marca, realmente. O São Paulo Futebol Clube possui um programa de batismo, como o Dida citou aqui no Radar Esporte, e agora explora o estádio como ponto de turismo.

Mais uma ação de um clube que há alguns anos está se estruturando como empresa e consolidando sua marca. Sem patrocinio.

11 de setembro de 2008

Here I Am | Nike

Maria Sharapova (tênis), Nicola Sanders (atletismo), Nicola Spirig (triatlo), Delphine Delsalle (judô) e Simona La Mantia (salto) estrelam a nova campanha da Nike Women.

Criado pela Wieden + Kennedy de Amsterdam, os filmes mostram o caminho percorrido por essas atletas para chegarem onde estão.

As execuções são bem diferentes, por isso, vale a pena assistir a todos.


Maria Sharapova


Nicola Sanders


Nicola Spirig


Delphine Delsalle


Simona La Mantia

Quem perde é o futebol.

Vi aqui que Corinthians, São Paulo, Flamengo e Botafogo prometem unir forças para modernizar o futebol brasileiro. Nesta quinta, os clubes se reuniram para discutir questões políticas e sócio-econômicas, além do desenvolvimento da indústria esportiva.

A idéia é que estes quatro clubes permaneçam em constante diálogo para repensar questões como direitos de marketing, publicidade e transmissão dos jogos de cada uma delas. Além disso, estes times deverão fiscalizar a atuação da CBF no desenvolvimento do futebol.

Será que não estamos presenciando uma inversão de papéis? Não deveria ser a CBF a responsável por fiscalizar o tal desenvolvimento do futebol?

Eu penso que sim, mas parece que a ausência e incompetência da CBF tomou tamanha proporção que os times estão tendo que se virar mais uma vez.

Quem tem a perder é o futebol brasileiro e nós, os torcedores.

Uma Confederação tão inapta a administrar o nosso futebol acaba deixando a organização da modalidade cada vez mais vulnerável.

A CBF não faz o seu trabalho, lá vai o Clube dos 13 cobrir este buraco; mas se este não vai bem, cria-se um G4 da vida e isso dá continuidade ao ciclo vicioso de carência de gestão (profissional) que vive o futebol brasileiro.

O pior é que parece que a CBF não está nem aí. Alguém se lembra do Leaders in Football, o qual comentamos aqui no Radar Esporte? Pois bem, parece que eles não vão comparecer mesmo...

Eles não vão te rejeitar

Foi revelado o resultado da pesquisa realizada pela TNS Sport do Brasil sobre o impacto do patrocínio no futebol brasileiro. A pesquisa ouviu 7.001 pessoas em 14 Estados brasileiros e teve uma pergunta chave: Você deixaria de comprar algum produto/serviço por ser ele patrocinador de um clube rival?

Para a surpresa de muitos, 95,53% dos entrevistados responderam “não”, enquanto apenas um a cada 22 torcedores disseram que deixariam de adquirir algum produto se o mesmo estivesse ligado ao clube rival.

Na pesquisa ainda foram reveladas as marcas que mais foram associadas ao futebol:

1 - Nike - 11,48%
2 - Adidas - 3,57%
2 - Coca-Cola - 3,57%
4 - Brahma - 2,43%
5 - Fiat - 2,23%
6 - LG - 2,04%
7 - Skol - 2,03%
8 - Penalty - 1,84%
9 - Itaú - 1,80%
10 - Puma - 1,61%

Acredito que muitos acreditavam que torcedores rejeitavam produtos que estivessem diretamente associados com clubes rivais, principalmente no caso de times de massa. Claro que alguns corintianos fanáticos deixaram de tomar leite Parmalat durante algum tempo e que palmeirenses também não compraram Pepsi. Mas a pesquisa revelou que realmente são muito poucos.

Com isso podemos refletir sobre algumas parcerias no futebol. No Sul, temos o Banrisul, banco estatal gaúcho, no uniforme dos grandes Grêmio e Internacional. Uma ação curiosa, já que pode ser com objetivo de aumentar a divulgação da marca, ou então para não ser rejeitada por uma parte.

Já em São Paulo, tivemos a Medial Saúde mudando a cor de sua logomarca para não ser relacionada com o Palmeiras, maior rival do clube que patrocina, o Corinthians.

Acredito que este resultado ressalta ainda mais que o patrocínio no futebol pode ser positivo para a empresa, independente do clube que ela irá investir. Claro que a escolha deve levar em consideração alguns critérios, clubes envolvidos em corrupção não serão bons parceiros, ao contrário de clubes que possuem administração séria. Porém, o que fica é o planejamento de um trabalho em parceria com o clube tem que ser muito maior do que o medo da marca ser rejeitada por torcedores rivais. Um bom trabalho será admirado por todos, inclusive os fanáticos.

Com relação as marcas citadas na pesquisa, temos a Nike, que está presente na camisa da seleção e dos dois clubes mais populares do país. Em seguida, sua maior concorrente, a Adidas, que hoje faz os uniformes de Palmeiras e Fluminense.

Nenhuma surpresa até o nono colado, o Itaú. O banco que não investe em nenhum clube, mas está presente nas chamadas da Rede Globo e nas placas de publicidade (assim como a Brahma), e mesmo assim foi citado antes dos patrocinadores dos maiores clubes, Medial Saúde e Petrobras.

Isso tudo mostra que para estar associado ao esporte, no caso futebol, não é necessário um trabalho diretamente ligado à algum clube ou aos organizadores oficiais da competição. É o mesmo caso das Olimpíadas que tanto comentamos aqui no Radar Esporte.

Acredito que o que fica mais claro com tudo isso é que não basta apenas investir o dinheiro, é necessário usufruir da parceria e fazer ações complementares ao redor do futebol.
Investir é fácil, agora resta saber se os consumidores estão enxergando...

9 de setembro de 2008

A nova camiseta especial(?) do Corinthians


Hoje foi divulgada a nova camiseta especial do Corinthians que terá estampada fotos 3x4 de seus torcedores. Para marcar presença na camiseta que será utilizada na última rodada da Série B do Brasileiro, o torcedor deve pagar o valor de R$ 1 mil reais.

O Bruno já havia postado sobre o assunto aqui, mas depois da imagem da camiseta divulgada, resolvi dar a minha opinião.

Gosto é gosto, Ok, mas a camiseta deixou muito a desejar. Ainda mais em se tratando de Nike e Corinthians. Não me surpreendi ao ouvir algumas pessoas no trabalho comentando que a camiseta tinha decepcionado. Mas tudo bem, ela tem um valor simbólico gigantesco. Afinal, o clube paulista está com o passaporte praticamente carimbado para retornar à elite do futebol.

Colocar fotos 3x4 de torcedores na camiseta oficial do time é de fato uma ação muito criativa. Não me lembro de nenhum outro clube de futebol ter feito algo parecido. Acho que é um apelo forte e que gera grande envolvimento com a torcida.

No entanto, a criatividade da ação termina aí.

Cobrar de seus torcedores o valor de R$ 1 mil para participar da campanha é algo impensável. Não tenho dúvidas de que torcedores de todas as classes vão tentar de alguma forma conseguir o seu espaço. Para os mais ricos isso não vai ser problema, mas não podemos dizer o mesmo da outra ponta.

Na minha opinião, este fator tira a credibilidade da ação. É como jogar parte da responsabilidade pela situação financeira do clube na mão da torcida - ainda mais depois de tanta roubalheira das gestões anteriores.

Serão R$ 4 milhões a mais no caixa do clube com a venda destes espaços. Os torcedores vão literalmente contribuir para o acerto de contas do time. Como se não bastasse comparecer aos jogos e apoiar o time...

Não me arrisco em afirmar que a torcida do Corinthians é uma das mais fanáticas do país; será que não haveria outras formas de fazer o povo participar? Não há outras formas de aumentar ainda mais a paixão pelo clube ao invés de atrelar a ação a um valor fixo? Será que não poderiam premiar aquele torcedor que vai em todos os jogos e acompanha todos os treinos com uma foto nessa camiseta?

Não seria uma ótima oportunidade para o Corinthians mostrar como sua torcida é fanática e o que um torcedor pode fazer por seu time?

Eu acho que sim, e vocês?

A Virgin do futebol

O Abu Dhabi United Group, novo dono do Manchester City, chegou com planos ambiciosos para o time da Inglaterra. No mesmo dia em que fechou a compra do clube, o Abu Dhabi United quebrou o recorde britânico com o valor mais alto acertado na transferência de um jogador quando trouxeram Robinho do Real Madrid por 40 milhões de euros.

Só que eles querem mais.

Para elevar a popularidade do Manchester City em nível mundial, a família real de Abu Dhabi está se inspirando no império construído pela Virgin, de Richard Branson.

O plano detalhado está em um documento de 83 páginas chamado 'A New Model for Partnership in Football' ('Um Novo Modelo de Parceria no Futebol'), e que revela a estratégia de reposicionamento do clube e a entrada em novos mercados como o financeiro, varejo, transporte e alimentos.

Algumas das idéias dizem respeito a acordos com a montadora indiana de automóveis, a Tata, para a criação de 'Citycars'; parceria com a China Mobile para cartões telefônicos branded, uma nova linha de produtos em acordo com a Red Bull e outras ações.

Apesar de nenhuma das parcerias terem sido confirmadas pelas respectivas empresas, não podemos negar: realmente são planos gigantes que o grupo árabe tem para o Manchester City.

No entanto, não é possível afirmar que todas essas ações irão vingar.

Contudo, achei importante postar sobre o assunto, uma vez que é projeto de visão para um clube de futebol, e que já sai atrás de times como o Milan, Real Madrid e Barcelona. Agora é esperar pra ver se o clube vai ter sucesso na transformação em uma marca poderosa.

Fica também a inspiração aos times brasileiros que têm potencial de imagem para ser explorado fora do Brasil e que, como já comentamos algumas vezes aqui no Radar Esporte, deveriam trabalhar mais a força da sua marca.

Linha de frente

Hoje resolvi postar sobre uma experiência que tive ontem ao sair para comprar um novo tênis de futsal.

Acostumado a comprar tênis para jogar desde criança, fui acompanhado do meu irmão e um amigo - que também jogam futsal há muito tempo – mas, estava sem nenhum modelo específico na cabeça. Sendo assim, fomos a todas as lojas de esporte do shopping.

Entre modelos de diversas marcas, diferentes preços, cores e tamanhos, estava uma grande oportunidade. Não para mim, mas para as marcas que estavam ali presentes. Para a grande maioria dos consumidores que vão adquirir um produto, mas não sabem ao certo qual irão levar, os atendentes das lojas têm um enorme poder de influenciar a compra. Do simples ato de oferecer um produto que não está exposto na vitrine, a falar exatamente os atributos que aquela marca pode lhe oferecer, estas pessoas que ficam na linha de frente com os consumidores podem ser responsáveis por aumentar e diminuir a venda de produtos.

Fiquei esperando algum dos atendentes defender alguma marca com aqueles velhos discursos “esse modelo aí é o que aquele craque usa....”, “este solado diminui o impacto e isso é muito bom para o seu joelho” ou “já conhece este modelo? É muito bacana, tem saído bastante....acho que vale a pena”. Mas nada de defesa. A única coisa que me chamou a atenção em uma das lojas foi um enorme banner da Puma com a foto de Bolt e suas sapatilhas. Como o Dida disse, que garoto-propaganda.

Não contei para nenhum atendente que jogava, que estava acostumado a comprar tênis para jogar. Poderia muito bem ser uma daquelas pessoas que tem um jogo da empresa e sai desesperado para comprar uma chuteira, que na primeira informação do atendente já escolhe a marca e corre para o caixa. Não era, mas também não recebi nenhuma informação relevante.

Sempre comentamos aqui no Radar Esporte de ações, propaganda e novidades no mundo esportivo, mas parece que as empresas estão esquecendo de um trabalho forte e inovador na linha de frente com os consumidores. Tudo bem que fui em apenas um shopping, mas deu para ter uma idéia.

Sorte que estava com bons conselheiros...

8 de setembro de 2008

Centauro investe no futebol profissional. Será?

Neste sábado, na vitória do Corinthians perante o Fortaleza, a Centauro estreou o acordo que foi firmado na última sexta-feira de patrocínio à FBA – Futebol Brasil Associados – gestora da Série B do Campeonato Brasileiro.

O acordo garante a Centauro, duas placas de publicidade em jogos do Corinthians e da Ponte Preta (duas maiores audiências do torneio) até o final do campeonato. Os jogos, que serão transmitidos pela Globo ou pela Rede TV, terão uma placa atrás do gol e outra na linha lateral do campo.

A visibilidade da marca é certa e os valores não foram divulgados, porém, como sempre fico me questionando sobre estas ações de patrocínio. Será que apenas estas ações, de compra de mídia, podem ser consideradas patrocínio?

Já citamos aqui no Radar Esporte a Centauro, quando comentamos sobre o lançamento do novo uniforme do Corinthians, que foi feito na loja do shopping Eldorado, e acredito que o patrocínio da loja esportiva poderia ir além de simples placas de publicidade.

A Centauro poderia montar lojas pop-up nos estádios durante os jogos das equipes, e fazer algumas promoções para os torcedores que forem nos jogos, através do ingresso, para assim tornar a placa de publicidade um complemento para a divulgação de sua marca.

Penso que está na hora de pararmos de achar que uma empresa que compra mídia em eventos esportivos está investindo no esporte. São ações isoladas que beneficiam muito mais a empresa que é responsável pela comercialização do que as outras partes envolvidas. Alias, estas empresas poderiam criar novos “pacotes de patrocínio” para vender.

3 de setembro de 2008

Quem é rei nunca perde a majestade

Pela segunda vez iremos comentar aqui no Radar Esporte sobre o garoto-propaganda Pelé. Desta vez, a empresa que fechou contrato com o rei foi a Nestlé, para aparecer em comerciais e anúncios institucionais da marca.

Pelé, que sempre foi visto com a camisa da seleção ou do Santos, irá aparecer com uniformes de outros clubes, como Palmeiras, Flamengo, Fluminense etc. A ação faz parte da campanha “Torcer faz bem”.

Muito se comenta sobre a época em que o rei atuava, que não tinha a mesma cobertura, transferências e cifras, mas só pelos contratos publicitários que ele faz, já dá para imaginar o valor que a marca dele tem para as empresas.

O que eu me questiono, é que se daqui alguns anos, iremos ter jogadores, craques de hoje, com a mesma imagem que temos o Pelé...

1 de setembro de 2008

O patrocínio que dá certo.

O Roda Viva, da TV Cultura, teve como entrevistada na noite desta segunda-feira a atleta Maurren Maggi, campeã olímpica no salto em distância nas Olimpíadas de Pequim. Infelizmente não pude acompanhar o programa, mas vi um post de Milton Jung no Twitter, onde ele disse que Maurren criticou as TVs que escondem as marcas patrocinadoras dos atletas e deu dicas para que eles pudessem expor mais a marca.

Isso me lembrou de uma discussão que não é de hoje: os patrocinadores devem ou não ter suas marcas exibidas pelas emissoras?

De uma maneira geral, cada vez mais as emissoras tentam bloquear a exposição dessas marcas, e isso não acontece somente com Maurren Maggi. A marca da Red Bull em equipe de mesmo nome na F1 pode aparecer nas imagens transmitidas, mas você não vai ouvir o Galvão dizer Red Bull Racing, e sim RBR - em compensação, aparentemente, não há o menor problema em citar as marcas BMW, Ferrari, Honda etc. Repare também no Globo Esporte; os jogadores de futebol vão dar entrevista após os treinos e lá vai o zoom no nível máximo no rosto do atleta. Não, não é para um melhor enfoque da expressão facial... Isto é feito simplesmente para esconder aquele painel gigante cheio de logomarcas atrás do jogador. Mas não tem problema, eles dão o jeito de colocar um "micro-logo" no microfone e está tudo certo.

Não estou defendendo as emissoras. Mas o que elas argumentam é que elas não recebem para mostrar essas marcas. E do outro lado há as marcas que investem em inserções comerciais. Segundo elas, aí está o conflito.

Não vou entrar no mérito de quem está certo e de quem está errado, mas o fato é que é dessa forma que o sistema funciona e ele não dá sinais de que vai mudar tão cedo.

Mas é até bom que não mude mesmo, pelo menos por enquanto.

Precisamos aprender que o patrocínio de um atleta, de um clube ou até de uma modalidade vai muito além de uma logomarca aparecendo na TV. Acho que aparecer na televisão faz parte de uma série de outras ações, mas não deve ser o foco da estratégia.

Será que as empresas patrocinadoras não conseguem capitalizar melhor seus atletas patrocinados?

Estes atletas podem realizar palestras em locais diversos, podem aparecer em anúncios (fora de época de Olimpíada, diga-se de passagem), em eventos, em ações de guerrilha, em linhas de produto e diversas outras formas. Aqui citei apenas algumas opções.

Abaixo temos alguns exemplos interessantes:

O Banco do Brasil, como vimos no post do Bruno aqui no Radar Esporte, é um forte patrocinador do vôlei brasileiro. A marca aparece na televisão? Sim. Mas não é só por causa da logomarca no uniforme; eles praticamente uniformizam toda a torcida dentro do ginásio distribuindo camisetas de cor amarela e o logo do Banco do Brasil. Eles unem, também na parte visual, todos que estão assistindo a seleção.


A Petrobras patrocina a equipe Williams F1, da Fórmula 1. Sua atuação poderia se limitar à exposição da marca apenas durante os GPs. No entanto, a empresa tira proveito do patrocínio de grande equipe da F1 para construir atributos como tecnologia, inovação, velocidade e confiabilidade em seus comerciais.




Um exemplo bem recente é o da Kellog Co, que fechou com o maior medalhista olímpico de todos os tempos, o nadador americano Michael Phelps. Sua imagem irá estampar alguns dos produtos da companhia - estratégia parecida foi utilizada por muito tempo pela General Mills, mas agora a Kellog saiu na frente.



Estes são alguns exemplos que mostram como é possível utilizar a imagem dos atletas para construir ou apoiar alguns valores de sua marca.

É possível, sim, conseguir bons resultados com o patrocínio de atletas e clubes, contanto que ele seja bem feito.

A fonte

Hoje é o dia do profissional de Educação Física e não poderíamos deixar passar em branco, afinal eles podem representar muito mais do que a educação aliada ao esporte. Podem, e devem ser a fonte de vidas saudavéis e esportivas para as pessoas.

Acredito que muitas empresas poderiam ver o poder que eles possuem perante as crianças e jovens e aproveitar. Como? São inúmeras maneiras, mas é assunto para outro post, hoje é apenas o dia do parabéns!