Os olhos do mundo do futebol estão em Kaká. O jogador recebeu uma proposta de R$ 338 milhões para se transferir ao Manchester City, atual clube de Robinho (negociado por R$ 96 milhões). Pelo sim e pelo não, Kaká pode fazer história. Se aceitar a proposta, Kaká, além de ter o maior contrato do mundo, dará mais fôlego ao sistema vigente no futebol atual, onde transações milionárias são cada vez mais comuns; mas, se recusar a maior oferta da história deste esporte, o ídolo brasileiro pode representar um efeito que talvez sentiremos bem lá na frente.
Kaká não nega, ele está tentado com a proposta do clube inglês. Mas ao mesmo tempo o jogador hesita em dizer 'sim' pois, segundo ele próprio, o Manchester City representa uma fortuna imediata e também uma incógnita em termos profissionais - apenas para lembrar, o time de Robinho é o 15o colocado na Liga Inglesa e não disputa o principal interclubes da Europa. A ida para o Manchester City pode diminuir sua visibilidade no cenário internacional, o que o levaria a perder a chance de lucrar com contratos publicitários, como acontece hoje.
Kaká já revelou em outras entrevistas que tem vontade de seguir no Milan até o final da sua carreira, e é por isso que a possível negativa do jogador pode representar uma volta aos tempos de "amor à camisa". O Kaká tem um grande potencial para ser um dos maiores jogadores da história deste clube, senão o maior. Maldini, por exemplo, está há tanto tempo no clube que confundem a carreira do atleta com a história recente do clube. O Milan é uma das exceções no futebol mundial, eles sabem cultivar e preservar seus ídolos. Kaká não está só preocupado com o valor do contrato e seus patrocinadores, ele sabe que há muito mais em jogo no Milan. Há 'vida' após a saída do atleta dos gramados, e Leonardo, ex-atleta do clube, é um bom exemplo disto - imaginem como poderia ser para Kaká.
Esta possível transação acaba levantando de novo uma discussão já quase antiga: será que a FIFA não deveria estipular tetos salariais para os jogadores de futebol, como já acontece com os jogadores da NBA? Este tipo de medida é fundamental para (tentar) manter as principais estrelas do time e criar vínculo com a torcida. É impossível não citar exemplos como o de Michael Jordan e Pelé, que fizeram história nos muitos anos que jogaram por seus times.
Com certeza Kaká tem uma difícil decisão pela frente. Mas pensemos no que a recusa do jogador, um forte formador de opinião, poderia representar para outros jogadores do mundo, inclusive do Brasil.
5 comentários:
E quem está por trás de toda essa dinheirama ? Só os petro-dólares do dono do time ?
Que estranho isso. Tenho ouvido que a era das transações multi-milionárias no futebol estava chegando ao fim. O negócio não está mais tão rentável e os clubes estão buscando alternativas mais realistas. Resumindo, a bolha do futebol estaria estourando. O que você acha?
Caro Max,
O Manchester City, assim como o Chelsea possuem donos. Nestes casos, quando o clube possui um proprietário, os times são mais um bem dessas pessoas, então a fonte de renda se mistura dentro de um bolo de propriedades e fonte.
A fonte vem do petróleo e de mais negócios do proprietário.
É uma grande dúvida para todos.
Patrice, também tenho ouvido falar isso. Este parece ser um daqueles momentos onde várias coisas acontecem em paralelo, mas, no fim das contas,tudo para o mesmo rumo. Acho que a bolha do futebol ainda não deve estourar, mas há sinais claros de que este sistema é falível. Como o Max disse, também há a questão dos petro-dólares, que é algo ainda muito forte, mas a minha opinião é um pouco forte sobre esse assunto: acho que eles não se seguram por muito tempo, e aí a bolha vai estourar FEIO.
Segue notícia fresca:
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/0,,MUL956753-9842,00-JORNAL+REVELA+EXIGENCIAS+DE+KAKA+PARA+ASSINAR+COM+O+MANCHESTER+CITY.html
Por enquanto não é nada oficial. Acredito que mais muitos boatos vão surgir!
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