24 de outubro de 2008

"Noves fora"

Na Folha de São Paulo da última quarta-feira (22), foi publicada uma matéria que sinalizava para uma diminuição no ritmo do crescimendo de jogadores que deixaram o futebol brasileiro e um aumento na repatriação de jogadores brasileiros que até então estavam jogando em outros continentes.

A informação é da CBF e foi divulgada em seu site.

Os negócios contabilizados vão até o mês de agosto deste ano, quando o dólar ainda seguia fraco em relação ao real, o que acaba beneficiando o repatriamento de jogadores e até mesmo a contratação de atletas estrangeiros.

Ok, de fato tivemos uma diminuição no crescimento da exportação de jogadores, mas o volume de exportação ainda é muito significativo. Foram 1.152 jogadores que deixaram o país, um crescimento de apenas 6% em relação ao ano passado.

Do outro lado, temos 659 atletas que desembaracaram por aqui; um aumento de 35%. A diferença entre jogadores 'exportados' e 'importados' é de 439 atletas, o menor número dos últimos 3 anos.

À uma primiera vista, pode parecer que a realidade do nosso futebol está mudando, mas o fato é que ainda estamos longe disso.

Muitas dessas repatriações e importação de jogadores estrangeiros tinham na valorização do real frente ao dólar a sua maior força. É como a nossa balança comercial: real valorizado e dólar em baixa aumentam naturalmente o nosso volume de importações. Os números dizem respeito mais a uma situação econômica favorável que influenciaram na evolução dessas importações e repatriações do que um fortalecimento do nosso futebol em termos de estrutura e negócio. Até porque, dos medalhões do futebol brasileiro, a maioria absoluta ainda joga nos principais campeonatos da Europa.

A diminuição de exportações de fato ocorreu, mas não que isso seja uma tendência que deva perdurar. Continuamos perdendo jogadores de grande talento para outros mercados, inclusive alguns menos tradicionais como é o caso do futebol russo, que tem investido pesado na contratação de jogadores.

De novo questionamos quando nossos dirigentes vão passar a conduzir o negócio futebol de outra maneira.

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