1 de setembro de 2009

Wagner Love no Palmeiras | Quem paga a conta?

Clube contrata jogador e diz que o valor pago será por conta de ações de marketing e receita de bilheteria. Pois bem, parece que a moda realmente pegou, pelo menos foi este o discurso da diretoria do Palmeiras na coletiva de imprensa para apresentação do atacante Wagner Love.

De acordo com os dirigentes, o salário do jogador nem chega perto dos R$400 mil mensais que foram anunciados, e será “apenas” o que pagavam à Fabinho Capixaba e Mozart (ambos transferidos) mais o que vier de lucro das ações planejadas.

O primeiro efeito, segundo os próprios dirigentes, será o aumento na receita dos jogos mandados no Palestra Itália, cuja os valores dos ingressos devem sofrer alterações (até 33% mais caros) e provavelmente todos serão vendidos.
Sendo assim, entramos naquele ciclo: time forte, casa cheia, títulos (potencial), mais receitas, mais jogadores, time mais forte e por aí vai...

Wagner Love teve um belo inicio de carreira no Palmeiras, virando ídolo da torcida na Série B do Brasileirão, mas depois (em 2005) praticamente vestiu a camisa do Corinthians e se transferiu para o maior rival. Segundo o próprio jogador, um “ato falho” devido a falta de maturidade na época.

O boato que rondam nos bastidores é que o jogador será usado para ser o garoto-propaganda do programa Sócio-torcedor e terá uma série de produtos licenciados, começando por um boneco.

Não discuto o potencial do jogador dentro de campo tampouco para ações fora dele. Mas parece que tudo ficou muito fácil depois que os clubes descobriam o marketing, e na pratica sabemos que não é bem assim.

Produtos licenciados são resultados de ações e planejamentos de marketing e sozinhos tem potencial a curto prazo, apenas.

O marketing deve ser explorado e pode agregar muito na receita e na construção de marca de um clube. Mas não podemos generalizar e achar que venda de produto e casa cheia são resultado para todos os tipos de problema...

4 comentários:

Diego Iwata Lima disse...

Praticamente vestiu é dose, hein? Ou vestiu ou não vestiu. E, no caso, não vestiu. Isso faz muita diferença no mundo do futebol. Praticamente não cabe aqui.

Bruno disse...

Diego, concordo.

Mas no caso ficou muito mal explicado. Ele jura que não vestiu, mas a maioria dos torcedores o chamaram de traíra porque por muito pouco ele não se transferiu para o Corinthians em 2005.

Esse "praticamente vstiu" é pelo mal entendido. Apesar de não ter fotos, na ocasião ele aceitou ir para o rival!

Diego Iwata Lima disse...

Entendo Bruno. Mas para um fanático, vestir ou não faz sim muita diferença.

abs,

Diego.

Marquinhos disse...

O marketing do clube disse que usará o Love como ícone para ações para o público infantil.

Só espero que tenham uma idéia que só ele de ícone não adianta, precisam de esforços em diferentes frentes. Um exemplo é que um amigo meu tentando comprar um uniforme infantil do Palmeiras rodou 3 shoppings e não achou nada para o sobrinho. Nada do Palmeiras, mas achou de Chelsea, Milan, Liverpool.....

Sobre vestiu ou não. Como palmeirense achei um erro muito grave o que fez, mesmo sem vestir, deu declarações falando como um jogador do Corinthians, mas pela carência no ataque acho que a torcida vai passar por cima disso se ver o empenho dele em campo e pelo que já fez, principalmente na série B