24 de setembro de 2009

Os times e seus "donos"

O bilionário russo Mikhail Prokhorov fez uma oferta aos acionistas do New Jersey Nets após ter concordado em colaborar com a mudança da arena do time para o Brooklyn, em Nova York.

Agora, a proposta que gira em torno de US$ 700 milhões está sendo avaliada e, caso 75% dos comandantes da liga aprovem a proposta, o negócio deve seguir normalmente.

Na Inglaterra, um dos executivos do Chelsea, Peter Kenyon, afirmou que o futebol precisa de mais nomes como o de Roman Abromovich, dono do clube inglês. Apesar da polêmica em torno do excêntrico bilionário, o executivo disse que Roman é muito comprometido com o clube e que o futebol não deveria recusar nomes com este perfil.

Resolvi trazer estes dois exemplos apenas para levantar a seguinte questão: por que não vemos movimentações como essa acontecendo em terras brasileiras?

É claro que a primeira resposta tem a ver com questões financeiras, afinal, o nosso futebol ainda não é um mercado rico e bem estabelecido como é o da Europa - apesar de que finalmente começamos a caminhar nessa direção.

No entanto, acredito que pode haver uma questão cultural muito forte com relação a forma como os clubes são geridos por aqui - o próprio Leonardo, atual técnico do Milan já fez alguns comentários sobre este assunto. Com raras exceções, os clubes brasileiros são gerenciados por dirigentes que estão muito ligados ao clube emocionalmente. É quase como uma "empresa familiar" em alguns casos...

Mesmo assim, acredito que alguns dos grandes clubes brasileiros poderiam liderar uma mudança de cultura neste sentido. Não apenas para financiar projetos mais ambiciosos dos times, mas também para ajudar na gestão dos times como negócio e consequentemente na profissionalização do futebol.

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