10 de maio de 2010

O esporte na Europa | Chelsea Campeão


Neste domingo, após goleada por 8 a 0, o Chelsea se sagrou campeão inglês pela quarta vez. Mais do que interromper a sequência de três anos consecutivos de triunfos do Manchester United, o clube azul pode conseguir a dupla coroa, já que disputa a final da Copa da Inglaterra com o Portsmouth, lanterna do Campeonato Inglês, no próximo domingo.

Mas o motivo do post não é para falar sobre o futebol do clube, tampouco do título deste domingo. Acabo de voltar de férias e tive a oportunidade de conhecer o estádio Stamford Bridge e assistir a partida do Chelsea contra o Stoke (vitória de 7 a 0), e este post é apenas o inicio de uma série sobre a experiência que foi ver o esporte na Europa.

Sempre acabamos discutindo a questão do preço dos ingressos quando vamos comparar nossos campeonatos com os lá de fora, então para acabar com isso vale dizer que o valor de um ticket em um dos melhores lugares do estádio saiu por 50 Libras. Não vamos converter porque R$1,00 para nós é a mesma coisa que 1 Libra para eles, portanto foi até mais barato que muitos aqui.

Todos os lugares do estádio já estão vendidos pela temporada inteira, por isso para conseguir o ingresso foi necessário comprar de um sócio do clube que já tinha adquirido o carnê.

Outro ponto que sempre entra nas discussões é o quão acessível os estádios são, e o Stamford Bridge é localizado ao lado de uma estação de metrô, que é utilizada praticamente por todo o público.

Na entrada, - muito bem sinalizada e tranqüila - apenas uma breve revista feita pelos seguranças do clube e em poucos minutos já estava no saguão que antecede o campo. Nesta pré-sala, a patrocinadora do clube, Samsung, exibe dezenas de televisores LCD com lances do campeonato, e outras marcas como Nescafé e Pepsi desfrutam das inúmeras lanchonetes (limpas, sem filas e não tão caras) para apresentarem seus produtos e exporem seus anúncios para o público. Vale ressaltar que tudo isso é serviço e conforto para o publico e dinheiro para os cofres do clube. Uma combinação perfeita.

Os lugares marcados e o comportamento da torcida me fizeram algumas vezes me questionar se eu estava realmente em um jogo de futebol ou em um teatro, mas isso já é uma questão cultural. A educação é invejável, mas a paixão que temos é mais contagiante.

Durante o intervalo, o mestre de cerimônia (sim, de verdade) prestou uma homenagem aos jogadores que brilharam no time na década 70 e os telões do clube exibiram comerciais de patrocinadores oficiais e de outros anunciantes. Mais uma fonte de renda...

Na saída, mais uma vez tranqüila e organizada, ainda há tempo para algumas compras na loja oficial do clube.

O que ficou da partida é que realmente o clube sabe explorar a experiência das pessoas vivenciarem a marca e o time. Que enxergam os torcedores como clientes e sabem tirar proveito de cada espaço do estádio para exporem uma marca e assim criarem fontes de renda.

Chelsea, realmente campeão...

Um comentário:

Marquinhos disse...

A questão central que considero aqui é que os dirigentes brasileiros se concentram em afirmar que o preço do ingresso é muito menor que na Europa ou EUA, mas não levam em conta que o preço tem que ser proporcional ao serviço oferecido: conforto, segurança, limpeza, organização....
Ano passado conheci os novos estádios do New York Yankees e do New York Mets, além do Madison Square Garden. É até estranho chamar o que temos aqui de estádio depois de conhecer um desses. E não é apenas pela tecnologia, mas pelo nível de serviço oferecido aos clientes / torcedores e não como somos tratados aqui no Brasil