Na manhã desta segunda-feira (01/02) ,o Santos F. C. apresenta oficialmente o craque Robinho. O atacante que estava no Manchester City está de volta ao futebol brasileiro depois de praticamente cinco anos, e pelo menos até a Copa do Mundo irá desfilar sua habilidade em nossos campos.
O clube que inovou na apresentação do novo uniforme (com show de mágica dos garotos Neymar, Ganso e Madson) e busca cada vez mais atuação em marketing, prepara uma super festa para receber o craque.
A partir das 10h00, na vila mais famosa do Mundo, a apresentação contará com show da banda Charlie Brown Jr. e a entrada será 1kg de alimentos que serão doados para o Haiti.
Vale lembrar que o atacante foi “vetado” de assistir o jogo do sábado contra o Oeste para não estragar o suspense com a torcida.
31 de janeiro de 2010
Chorão convoca a torcida do Santos para receber Robinho
29 de janeiro de 2010
Robinho em partes. Vale a pena?
Robinho está de volta. A noticia não é nova e todo mundo já comentou sobre isso, mas vamos tentar olhar de um outro jeito.
Estava esperando a apresentação oficial, a definição do salário e dos nomes das empresas que vão bancar o salário, mas quero trazer a discussão antes destes pontos.
O Santos F. C. saiu na frente e repatriou o menino da Vila. É o clube que revelou, que vendeu e que parece ter conquistado um pedaço no coração do atleta. Mas, definitivamente não será o time da baixada que irá assinar a conta, e para isso, algumas empresas já foram acionadas para o rateio.
O contrato deve ser até o final da Copa do Mundo sem possibilidade de renovação, já que o Manchester City pretende recuperar o valor investido com o atleta.
Sendo assim, as empresas (entre duas e cinco) vão investir e buscar um retorno através do uso de imagem do jogador, uma vez que não terão participação em uma futura transferência. Dessa forma, estaria fazendo um “favor”para o Santos, mas ontem, ouvi Renato Mauricio Prado no programa Redação SporTv que “nada é de graça”, e concordo.
Para o clube e para o jogar não tenho duvida que será produtivo, mas fico me questionando se vale a pena para as empresas investirem nessa curta passagem do craque.
O que vocês acham?
25 de janeiro de 2010
"Reset" Umbro | Um case em construção
Na semana passada li alguns posts interessantes a respeito de um novo kit que a Umbro está desenvolvendo para a Seleção Inglesa de Futebol e comecei a me questionar um pouco sobre a estratégia da marca - para quem não sabe (ou não se lembra), a Umbro foi adquirida pela Nike no início de 2008 por cerca de U$ 580 milhões.
Naquele momento eu já me perguntava o que seria da marca inglesa após a aquisição. Na época, especialistas afirmavam que juntas as duas marcas poderiam conquistar cerca de 40% do mercado de artigos de futebol e fazer frente à grande rival alemã Adidas.
Apesar disso, as duas grandes questões para mim eram: será que a Umbro vai ser engolida pela Nike e irá desaparecer? E se não, como a marca inglesa irá se posicionar no mercado.
Após ler o post que comentei acima, fui buscar algumas informações a respeito da estratégia Umbro e achei interessante compartilhar com vocês.
O grande desafio, tanto para Nike como para Umbro, é que ambas atuavam em espaços parecidos e a partir da aquisição teriam de atuar de forma complementar, e não competindo entre si - apesar de que eventualmente é muito natural que isso aconteça.
A solução: a Nike iria continuar focando no esporte profissional de alta performance e a Umbro passaria a construir uma marca que engajasse os consumidores em pontos onde futebol e culturam "colidissem".
Só esta visão já justifica algumas das investidas recentes da marcas.
Trevor Cairns, Global CMO da Umbro, disse que descontruíram a marca até encontrar as peças do DNA que sempre estiveram presente na marca - "brand reset" como chama Cairns.
Algumas das "peças" deste DNA:
>>Marca tipicamente inglesa, presença em Manchester há 85 anos;
>>Foco exclusivo no futebol por todos estes anos;
>>Tailoring (alta costura, cuidado do "feito à mão", customizado).
Só estes três itens já seriam suficientes para começar a diferenciar Nike e Umbro.
Voltando ao foco "onde futebol e cultura colidem", a ideia é identificar movimentos culturais, como arte, música e política e criar um diálogo com o público.
Vamos mostrar como a Umbro vem tangibilizando tudo isso:
Após a aquisição, a Umbro desenvolveu, em 2009, um uniforme para a Seleção Inglesa. Mas para ir ao encontro da visão da marca, não bastava ser só um novo uniforme. E o brief foi seguido à risca. Designers criaram um modelo capaz de vestir até os que não se sentiam bem usando um uniforme de futebol, elementos que remetiam a uniformes mais antigos foram adicionados à peça e este foi o primeiro uniforme a ser vendido pelo tamanho do peitoral - como uma peça de alta costura - e não o tradicional P/M/G. Tudo isso com envolvimento dos jogadores e até do técnico Fabio Capello.
Mas não foi só a confecção do uniforme que tangibilizou o posicionamento Umbro. A campanha de lançamento grandiosa também procurou integrar história, o patriotismo inglês e o amor pelo futebol - clique aqui para ver mais informações sobre a campanha.
Para o uniforme 2 deste ano, a marca vai continuar trabalhando na mesma linha.
Até as chuteiras da marca mostram as infinitas possibilidades que existem nessa junção de cultura e futebol. Foi realizada uma competição para escolher o design de algumas das chuteiras da linha Speciali.
Mais de 10.000 designs foram enviados e recentemente a Umbro revelou os vencedores.
Outra iniciativa da marca muito comentada foi postada pelo Bruno aqui no Radar Esporte. O Kasabian Football Hero é outro ótimo exemplo do encontro entre duas esferas tão poderosas.
A Umbro soube que o Kasabian, banda inglesa de muito sucesso, iria divulgar seu novo single através de um "viral" que era uma paródia do Guitar Hero, ou o Football Hero. A marca apoiou a banda na produção, fez o tradicional product placement e conseguiu contar a sua história de forma muito criativa e interessante.
Como vocês podem ver, Umbro e Nike vão mostrando que é possível diferenciar as duas marcas dentro do mesmo universo.
Cairns diz que a complementaridade entre o posicionamento das duas marcas permite que a mesma pessoa compre Nike e Umbro por motivos completamente diferentes. Até aqui pelo menos, a história está comprada. Mas acho que agora todos devem estar com expectativas ainda maiores para saber como as duas vão continuar convivendo no futuro.
Depois de ler mais sobre a estratégia da Umbro, confesso que passei a admirar ainda mais a marca. É óbvio que não adianta ter contato com todo este pensamento se mais ideias como as que mostramos acima não continuarem aparecendo. No entanto, o que deu para perceber até agora é que a Umbro conseguiu um território bem proprietário e que pode diferenciá-la em escala global.
Trazendo isto para o cenário do Brasil e analisando os times que a marca patrocina por aqui penso que a Umbro teria um contexto riquíssimo para desenvolver suas ações de marketing, inclusive em nível internacional. Imaginem tudo o que pode ser feito com o Santos pensando nessa história de futebol e cultura...
20 de janeiro de 2010
Corinthians apresenta: “Ronaldo, Roberto Carlos e...Cielo”
Sim, caros leitores, por incrível que pareça o título é de verdade. Depois de trazer Ronaldo Fenômeno e concretizar a vinda do amigo e lateral esquerdo Roberto Carlos este ano, o Corinthians pretende trazer mais uma estrela para o seu time: o nadador César Cielo.
O nadador campeão olímpico e mundial é atleta do Pinheiros mas está com o contrato prestes a vencer, daí a oportunidade do clube paulista contratá-lo para o ano do centenário.
Quero trazer a discussão de dois pontos:
1. Para o clube. Sabemos a tradição do Corinthians em outros esportes, o clube sempre teve incentivo ao esporte amador, mas há um tempo vem focando cada vez mais no futebol. Será que vale a pena trazer um atleta do nível do Cielo sem a atenção e o foco que ele merece? Se o clube realmente não tem planos de continuar com a natação (não sabemos), será que um projeto pontual como este não pode ser pior?
2. Para o atleta. CIelo já é um ídolo e uma referência no esporte. Hoje, pode se dar ao luxo de aceitar propostas e não precisa pegar carona com nenhum clube ou marca para ter visibilidade. No caso do Corinthians, penso que César iria muito mais gerar mídia para o clube do que usufruir de qualquer beneficio. Sabemos que a natação é um esporte de um nível técnico muito elevado e que qualquer “tropeço” pode custar alguns milésimos de segundos em uma final. Será que vale a pena correr o risco?
Penso que no caso seria buzz para o Corinhians e algum certo atraso para o atleta.
18 de janeiro de 2010
Tiger Woods, o atleta.
"Veja essa celeuma em torno das infidelidades conjugais de Tiger Woods. Ele é um jogador de golfe; não é um pastor de igreja, nunca andou por aí pregando como os outros deveriam ou não agir. Ser um negro de sucesso então o torna automaticamente um modelo de comportamento e autoriza qualquer um a julgar suas atitudes? Creio que está errado."
O assunto não é nem um pouco novo, mas gostaria de abrir um espaço para pensar com esta última declaração de Morgan Freeman.
Depois que os casos de infidelidade Tiger Woods foram escancarados pela mídia mundial, o primeiro atleta a atingir a marca de 1 bilhão de dólares, e um dos melhores jogadores de golfe de todos os tempos, viu alguns de seus patrocinadores simplesmente desaparecerem após os "escândalos".
O fato é que atletas que representam a modalidade (pelo menos para uma geração),ou se tornam "maiores" que ela acabam, sim, se tornando um modelo de comportamento para a maioria das pessoas. No entanto, concordo com Morgan Freeman quando este diz que isso não nos autoriza a julgá-los.
São pessoas públicas, é claro, mas eu pelo menos estou interessado no que o Tiger Woods e outros atletas me inspiram dentro de seus esportes. Mas, de novo, isso é só minha opinião...
Problemas "extra-quadra" não são novidade pra ninguém. Michael Phelps, o Imperador Adriano, Ronaldo Fenômeno e o próprio Michael Jordan não me deixam mentir, mas acho que cada caso deve ser muito bem ponderado antes de se tomar algumas decisões um tanto quanto drásticas.
O que não faltaram foram números mostrando a desvalorização, na bolsa de valores, das empresas que patrocinavam Tiger Woods nos dias que seguiram a exposição dos casos pela mídia. Entendo a questão financeira por parte das empresas, mas acho que em qualquer setor nós temos que procurar humanizar um pouco mais as decisões.
Eu e o Bruno já escrevemos aqui algumas vezes sobre isso: O que será que vale mais no fim do dia? Romper o contrato com uma das lendas do esporte ou permanecer fiel ao atleta, apoiando a tal "volta por cima" e, quem sabe (?), tirar proveito disso no futuro.
12 de janeiro de 2010
Destiny Force Fate | Nike
Para começar o ano com o pé direito.
Mais um comercial da Nike que é inspiração pura.
Dispensa comentários.
Via Paula Rizzo