Como vocês puderam ver no primeiro post, além de sugestões, idéias e questionamentos sobre o esporte, o Radar Esporte também irá postar algumas campanhas relativas a esportes.
Antes do segundo jogo da semifinal entre Manchester United e Barcelona pela Champions League, estreou um comercial da Nike de dois minutos de duração.
O comercial, dirigido por Guy Ritchie, tem a participação de diversas estrelas do futebol europeu, como Fabregas, Gallas, Wayne Rooney, Cristiano Ronaldo, Materazzi, Ronaldinho Gaúcho, Ibrahimovic etc; e foi filmado de forma que simulasse o ponto de vista do jogador
29 de abril de 2008
Guy Ritchie em nova produção da Nike
O Marketing dos Clubes Brasileiros
Desde o último dia 25 está à venda nas lojas de todo o Brasil o DVD ‘Gigantes do Deserto’, um documentário que retrata a conquista da Copa Dubai pelo Sport Club Internacional. O filme surgiu de uma nova parceria entre o clube e a G7 Cinema, e é dos mesmos criadores de ‘Gigante – Como o Inter Conquistou o Mundo’, que aborda a conquista do mundial da FIFA 2006. ‘Gigante’ é um sucesso.
O título já atingiu as 49 mil cópias vendidas em todo o Brasil, o que é um número muito expressivo para o cenário nacional, inclusive quando comparado a grandes distribuidoras que muitas vezes trabalham com um volume de vendas bem menor para determinados títulos. E o Inter não é o único clube que já lançou DVDs. O Palmeiras, por exemplo, lançou em 99 o DVD sobre a conquista da Libertadores.
Tomando a NBA como referencia, podemos ver que este tipo de ação poderia ser melhor explorado no Brasil. Na NBA, após a final do campeonato, a liga lança um DVD sobre o time campeão, abordando os principais momentos de toda a temporada: os melhores jogos, os bastidores, problemas enfrentados, treinamentos, entrevistas, a fase final e por aí vai. Ou seja, tudo que o torcedor fanático quer saber sobre seu time, mas não tem acesso normalmente* está disponível em um DVD que conta um episódio importante na história do clube: a conquista de um grande campeonato. E o portfolio não fica restrito a DVDs de campeonato apenas; a liga também possui DVDs com estrelas da liga, melhores jogadas etc.
Ao final de todo Campeonato Brasileiro de Futebol, por exemplo, a CBF poderia lançar um DVD com um documentário sobre toda a trajetória até a conquista do título. Estamos falando especificamente do DVD, mas há uma série de produtos que poderiam ser licenciados pela CBF. Se não vemos um movimento tão intenso por parte da CBF, temos exemplos como o do São Paulo Futebol Clube, que possui uma série de produtos licenciados através da Warner Bros Consumer Products, que também licencia produtos do Manchester United e Barcelona.
O crescimento deste tipo de ação mostra que cada vez mais os clubes brasileiros estão se estruturando como empresa e investindo cada vez mais nos seus departamentos de marketing com o objetivo de diversificar e ampliar o faturamento de seus respectivos clubes.
* Recentemente tivemos a movimentação de alguns clubes, como o Corinthians e o Flamengo, no sentido de disponibilizar este conteúdo num canal virtual: o FLATV e o TIMÃO TV.
28 de abril de 2008
Parcerias no Esporte | Rexona-AdeS
Foi veiculado hoje, no caderno Esportes da Folha de São Paulo, um anúncio da EMS – empresa da indústria farmacêutica - que fala da parceria firmada com a Ponte Preta (Associação Atlética da Ponte Preta). Basicamente o anúncio diz que a EMS está orgulhosa da parceria que se firmou com o clube e que, independentemente do resultado da final do Campeonato Paulista, a empresa está segura de que tomou uma decisão acertada ao patrocinar o clube.
Além de patrocinar a Ponte Preta a EMS está investindo igual valor no Guarani, ou seja, os dois maiores nomes do futebol de Campinas. Nos dois clubes a empresa irá investir aproximadamente R$ 2 milhões – meio a meio -, com direito a marca estampada no uniforme, ações promocionais durante as partidas, utilização dos camarotes privativos e instalação de placas nos estádios. Com este investimento a EMS espera fazer parte do processo de recuperação do futebol do interior paulista.
Este anúncio me fez lembrar de algumas parcerias que se destacam no cenário esportivo nacional e nos fornecem ótimos aprendizados, por isso vamos procurar mostrar algumas delas aqui no Radar Esporte.
Em uma iniciativa que já tem 10 anos, a equipe Rexona-AdeS, que já foi de Curitiba e hoje está no Rio de Janeiro, tem uma história de sucesso. É a única equipe pentacampeã da Superliga Feminina e possui, hoje, 22 títulos conquistados em diversos torneios e campeonatos.
Todas essas conquistas já seriam suficientes para comprovar o sucesso da empreitada, mas o time de vôlei é apenas a ponta do iceberg de um enorme projeto. O programa Rexona-Ades mostra que as oportunidades no esporte vão além da exposição da marca em camisetas e estádios. Em conjunto com os institutos Esporte & Educação e Compartilhar, o programa tem como missão transformar a vida e a perspectiva de crianças e jovens de baixa renda por meio do esporte, contribuindo para o desenvolvimento da cidadania. O projeto já atendeu 22 mil jovens nos seus 45 núcleos espalhados pelo Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Através de um trabalho social e de base, a Unilever consegue difundir seus valores e contribuir de forma relevante para a sociedade, tanto no âmbito social como esportivo.
Projetos como o de Rexona-AdeS mostram que o patrocinador pode desenvolver um plano de ações com muito mais alternativas que vão além das formas tradicionais de patrocínio e que podem trazer, sim, ótimos resultados, principalmente se trabalhados no longo prazo.
Para quem acha que no caso deste projeto se trata de uma exceção frente a nossa realidade – já que se trata de uma grande empresa com iguais possibilidades de investimento -, vimos que o trabalho não é feito sozinho; ela conta com importantes parcerias que ajudam na viabilização do programa.
Fica a frase de Jaime Lerner, antigo prefeito de Curitiba, que uma vez afirmou: “A criatividade começa quando você corta um zero do seu orçamento”.
25 de abril de 2008
Nova campanha da DalPonte é cercada por craques, mídia e interrogações.
Além de patrocinar estes jogadores, a DalPonte fornece material para clubes pequenos do sul do pais e espera adquirir know-how o suficiente para posteriormente patrocinar equipes maiores.
Estratégia montada, campanha feita mas surgem algumas dúvidas. Será que toda essa estrutura é suficiente para a DalPonte entrar em um mercado que é disputado por gigantes? Adidas, Nike, Umbro, Reebook, Puma e Penalty brigam todos os dias por share, atletas e principalmente por espaço na cabeça dos consumidores. Com tecnologia, desing e campanhas milionárias as fabricantes buscam diferenciais para atrair este consumidor que está cada vez mais engajado no esporte, e percorrer este mesmo caminho pode não trazer para a DalPonte os resultados esperados.
Talvez um melhor caminho seria o mais longo, trabalhando com quem realmente vai movimentar este mercado daqui alguns anos: as crianças. Estas, que cada vez mais cedo estão matriculadas em escolinhas de esporte, que sonham em ser Ronaldo's, Robinho's e Kaka's podem ser o alvo ideal para a entrada da marca no esporte mais popular do país. A disseminação da “Cultura DalPonte” no futebol de campo ainda tem de ser criada e nada melhor do que começar pensando no futuro.
NBA | Esporte Como Marca
Os filmes serão lançados gradativamente e vão trazer os adversários conforme os times forem se confrontando, sempre adaptando as peças aos jogadores remanescentes na competição. No site oficial da NBA você pode conferir as peças de internet, que já mostram alguns dos confrontos dessa primeira fase.
Nos EUA, as ligas das principais modalidades como o futebol americano, o baseball e o basquete lançam regularmente campanhas que abordam a emoção dos jogos, a competição, a vitória e a derrota, a torcida e por aí vai. Além de buscar uma valorização da liga, audiência etc, estas campanhas criam expectativa e geram identificação com os torcedores, o que deixa uma dúvida: por que isso não acontece no Brasil? Ok, entendo que a realidade do esporte no Brasil é completamente diferente, mas vamos considerar aquele que ainda é o esporte mais forte no país, ou seja, o futebol. Ainda temos diferenças gritantes? É óbvio que sim. Viramos um celeiro exportador e nossas principais estrelas não atuam no futebol nacional – ao contrário da NBA – a estrutura da CBF também não aparenta ter a mesma organização das ligas americanas, mas isso tudo é um assunto para outro post.
Será que não podemos ter mais iniciativas deste tipo por aqui? As finais do Paulistão 2008 estão para começar; imaginem estes comerciais com Adriano e Valdívia, Marcão e Rogério ou Aranha e Alessandro. Não estou falando para copiarmos estas campanhas, mas, mesmo com todas as diferenças já citadas, temos condições de gerar um maior envolvimento com a torcida. As federações e confederações poderiam gerar mais mobilização e mais venda. Não se deve pensar nos campeonatos como um evento isolado, e sim como uma ação que pode/deve agregar valor para a marca das confederações.
Abaixo vocês podem conferir o comercial da NBA com Kobe Bryant e Shaquille O’neal: