27 de fevereiro de 2009

Patrocínio do Corinthians. Estratégia ou golpe de sorte?

Segundo nota no Esporte Bizz, o Corinthians teria rejeitado duas ofertas da Samsung para voltar a patrocinar o clube. Antes de fechar com o Palmeiras, a empresa procurou o Corinthians e ofereceu R$ 18 milhões por temporada, num compromisso de três anos. Após negativa do clube, a empresa teria aumentado a proposta para R$ 20 milhões, pelo mesmo período, e, de novo, o Corinthians teria recusado, fazendo uma contra proposta que pedia o dobro do valor.

Bom, o resultado está aí. Acordo nenhum foi fechado e o Corinthians continua sem patrocinador.

Claro que a situação com a Samsung envolve outros fatores. Na época em que o Corinthians foi rebaixado para a segunda divisão, a multinacional quis reduzir o valor do patrocínio - previsto em contrato - e teve mais um 'não' como resposta do clube.

Como o Bruno já colocou em posts anteriores, o tempo está passando para o clube e, neste cenário de incertezas, jogar todas (ou pelo menos boa parte) de suas fichas no Ronaldo fenômeno pode acabar saindo caro para a diretoria do clube lá na frente. Torço muito pelo atleta e espero que quando o fenômeno finalmente estrear contra o Palmeiras o clube consiga mostrar para as empresas o que vem por aí neste ano em termos de visibilidade nos principais veículos do país e, por que não (?), do mundo.

A iniciativa de Ronaldo - muito bem vinda, diga-se de passagem - de estampar a marca AACD no uniforme do clube também pode ter sido uma estratégia para mostrar para possíveis patrocinadores, imprensa e blogueiros que aquele espaço no uniforme tem, sim, muito valor e pode trazer um grande retorno. Afinal, muito se falou sobre a ação, inclusive aqui no Radar Esporte.

Tem que se pensar em tudo, sempre. Pois, se tudo não sair como o planejado, o Corinthians pode ter sérios problemas com o departamento de 'contas a pagar' no futuro.

Vamos aguardar os próximos capítulos...

Posts Relacionados:
Mais (ou menos) Corinthians
Corinthians e AACD: Uma ação do bem.
Corinthians e a novela do patrocínio.

Vamos olhar mais para as crianças

Estava procurando alguma coisa bacana para postar e comentar aqui no Radar Esporte. Alguma novidade, notícia bombástica, campanha legal ou alguma oportunidade. Acho que essa é uma das grandes missões de nós publicitários, encontrar buracos para construir grandes negócios.

Hoje em dia, está muito difícil colocar a marca no dia-a-dia das pessoas de forma relevante, criar um elo entre empresa e consumidores que seja forte o suficiente para durar algum tempo. No marketing esportivo isso pode se tornar ainda mais difícil, uma vez que os telespectadores cada vez mais têm menos interesse por “publicidade”, querem saber apenas do evento, do jogo, do jogador...do “conteúdo”. Se não for bem feito, as pessoas não vão nem notar as marcas.

Ontem, ouvi o @Marcelo Tas dizendo em seu discurso na formatura da Cásper Líbero que “na dúvida, perguntem as crianças”. Talvez elas, as crianças, tenham muito mais poder do que imaginamos, e podem ser a solução de alguns problemas, ou até possam ser a oportunidade que muitas pessoas buscam.

As leis estão sendo cada vez mais firmes com relação à publicidade para criança, e essa é uma discussão que não tem fim. Se é certo ou errado, não cabe aqui discutir, mas o fato é que não precisamos usar apenas da publicidade para atingir estes futuros consumidores. Hoje, as crianças influenciam nas compras dentro de uma casa (estima-se em 80% de influência na escolha dos produtos), decidem o conteúdo que consomem (sim, elas já usam o controle remoto há tempos...) e amanhã terão realmente o poder de compra. Interessante, não?

Já que o esporte é uma atividade saudável, que é importante para a vida de todo mundo, que não é nada prejudicial às crianças, as empresas poderiam juntar a fome com a vontade de comer. Oferecer produtos, serviços, conteúdos benéficos a estes futuros consumidores, e criarem elos representativos para seus negócios.

Parece básico, pode ser óbvio, mas foram poucas as iniciativas legais com as crianças que eu já vi de marketing esportivo. E não precisam ser apenas de empresas esportivas, as crianças e o esporte podem representar muito para todas as empresas.

Portanto, olhem para as crianças...



26 de fevereiro de 2009

A festa acabou. Tiger Woods está de volta

Mais um bom comercial criado pela Wieden+Kennedy de Portland, desta vez para celebrar a volta do atleta mais bem pago do mundo, e um dos maiores (senão o maior) golfistas de todos os tempos.

Tiger Woods ficou fora das competições por 8 meses por causa de um problema em seu joelho esquerdo, mas volta neste começo de ano ao roteiro das principais competições.

Confiram o comercial da Nike:

Segue link do vídeo, caso tirem do ar no YouTube:

Boa sorte ao Tiger Woods!

25 de fevereiro de 2009

Show Your 5 | Nike

Com a volta da Champions League na Inglaterra, a Nike criou o torneio Show Your 5, onde jovens jogadores tem a chance de mostrar suas habilidades aos grandes astros do futebol inglês.

Serão 200 edições que acontecerão num período de 8 semanas na Inglaterra, com a grande final acontecendo no dia 10 de Maio em Londres.

Confira abaixo o comercial criado pela Wieden + Kennedy de Londres, com Rio Ferdinand e Wayne Rooney:



Pena que é só na Inglaterra.

Talvez uma oportunidade

Neste feriado de Carnaval, ouvi muito sobre propostas para serem implementadas no futebol europeu e possivelmente no mundo. Desde cartão laranja (expulsão temporária para os clubes durante os jogos) até o tempo do intervalo. E foi justamente esse último ponto que me chamou atenção, essa mudança de 15 para 20 minutos entre os dois tempos.

Ouvi muitas opiniões, de árbitros, jogadores, ex-jogadores, comentaristas e conversei com amigos que vivem o mundo do futebol há bastante tempo, e separei dois pontos da discussão:

  1. A mudança é boa. Destes 15 minutos, os jogadores perdem em média 10 minutos para chegarem e saírem dos vestiários (entrevistas e locomoção) e com tempo para trocarem roupas e irem ao banheiro, sobrando apenas 5 minutos para os treinadores poderem arrumar suas equipes. Sendo assim, essa mudança seria valiosa para os técnicos.
  2. A mudança é ruim. Os torcedores que estão nos estádios, já sofrem com 15 minutos entre os tempos, pois na maioria dos locais não há nada para entreter o público, apenas som ambiente e ”brincadeiras” com uma minoria dos torcedores. Com 20 minutos de intervalo, os torcedores presentes teriam que esperar ainda mais para o jogo recomeçar. Imaginem em um dia de chuva...

Penso que a mudança pode ser muito positiva. Claro, que antes de qualquer coisa, a televisão teria que bater o martelo, mas muitas coisas poderiam mudar. Para os torcedores não ficarem ociosos durante o intervalo, as empresas que patrocinam (os clubes e a competição) e os clubes, poderiam criar uma série de “mini-eventos” para entreter a platéia. Ações de experience com a marca, mini-shows etc. São inúmeras as maneiras de utilizar 20 minutos de forma valiosa para a platéia e para as marcas.

Por outro lado, a televisão teria que mudar a programação, mas teria mais espaço publicitário à venda durante os jogos, o que acarreta mais verba.

Enfim, é um assunto para a discussão, mas penso que mesmo se não mudar o tempo, poderíamos ter uma série de ações para distrair os torcedores. E vocês, o que acham?

19 de fevereiro de 2009

A bolha do futebol europeu

Ontem, quarta-feira (18), o presidente da UEFA, Michel Platini, disse que o futebol europeu pode 'implodir financeiramente' se não adotar um plano para limitar os valores de transferências e salários.

Comentamos sobre o assunto recentemente aqui no blog, no post que falava sobre a possível transferência de Kaká para o Manchester City depois de uma oferta de valor astronômico. O próprio @plamiral colocou nos comentários que a 'bolha do futebol' estava para explodir. Mas, felizmente, começamos a ver pessoas chaves nestas organizações debatendo sobre o assunto com mais força, ainda mais em tempos de crise.

No entanto, parece que alterar o modus operandi do futebol não vai ser fácil - a Associação Européia de Clubes, que conta com 137 equipes, rejeitou a proposta dos tetos salariais neste mês.

Michel Platini ainda comparou a desregulação do mercado do futebol com a do mercado financeiro e sugeriu que nos inspirássemos mais no sistema esportivo americano:

"Agora sabemos que nada disso é verdade. No futebol como na economia em geral, o mercado é incapaz de corrigir alguns dos seus excessos, e não foi o presidente da Uefa quem disse isso, foi (o presidente dos EUA) Barack Obama".

"Nossos amigos americano sabiam há décadas que as competições esportivas só são atraentes se forem bem equilibradas e se nenhuma equipe possuir a arma definitiva."

Numa dessas os EUA podem, finalmente, acabar se dando bem no futebol - no nosso, não o deles. =)

Brincadeiras à parte, o fato é que o futebol europeu se aproxima cada vez mais de uma possível quebra. E isso pode mudar completamente o cenário do futebol mundial.

AACD & Ronaldo

Após ter o nome estampado na camisa do Corinthians diante do clássico contra o São Paulo, a AACD veiculou nos jornais de esporte um anúncio agradecendo o clube, e o atacante Ronaldo.


Com o título "Ele sabe como a gente se sente. Faça como o Ronaldo, ajude a AACD", a peça traz o lado humano de um dos maiores jogadores de todos os tempos. Alguns falavam que ele não serviria mais como garoto-propaganda, outros falavam que ele tinha morrido para o futebol.

Como garoto-propaganda ele já tinha mostrado que ainda está vivo, mas agora foi além. Voltou a ter imagem de um “menino bom”, humano, sentimental. Um fenômeno dentro de fora dos gramados.

Agora esperamos sua estréia...


18 de fevereiro de 2009

Coca-Cola, Futebol e Maradona | Nostalgia

Sei que algumas pessoas acreditam que comerciais com astros do esporte e sobre esporte não tem muito a ver com o marketing esportivo que nós estamos acostumados: ações durante os eventos, parcerias, patrocínio etc.

Mesmo assim acho bacana trazer estes exemplos aqui no blog, pois eles mostram a força mobilizadora do esporte em diferentes contextos. Diversas marcas já entenderam isso e não é de hoje que elas estão tentando permear este universo.

Recentemente tive contato com alguns comerciais interessantes que foram veiculados na Argentina durante a Copa de 2002 e resolvi postar aqui no blog.

O primeiro comercial é da DirecTV e conta com a presença do astro Diego Maradona. Já o segundo, é da Coca-Cola e ele se aproveita da saída antecipada da seleção argentina da Copa de 2002 para criar um diálogo com os fanáticos torcedores argentinos.

Vale a pena conferir.

1 - DirecTV


2 - Coca-Cola

F1 em busca da nova categoria de patrocinadores

Quem não se lembra da era dos cigarros como grandes patrocinadores da maior prova do automobilismo mundial? Por muitas temporadas, as marcas de tabacos representavam a maior cota de patrocínio da categoria, até as restrições de publicidade do produto em muitos países.

Os anos se passaram e hoje em dia os grandes investidores da prova são os bancos. Porém, com a crise que afeta o mundo inteiro, a imagem das instituições financeiras não se encaixam da mesma forma com a categoria, que é marcada por investimentos enormes e eventos luxuosos.

Apesar de toda exposição gerada pela competição, não é tão simples explicar demissões no mundo inteiro e verbas gigantescas indo direto para um patrocínio. Resultado: o possível fim da era dos bancos.

O banco ING já anunciou a saída da Fórmula 1 após o término da temporada 2009, e o Credit Suisse já havia anunciado que não renovaria o contrato com a BMW, encerrado no fim de 2008.

Se por um lado é ruim para a categoria mais tradicional do automobilismo, é realmente uma decisão coerente em meio à crise que ronda o planeta. Ou teremos um esforço enorme para diminuir os custos e manter pelo menos alguns patrocinadores, ou teremos, aos poucos, o fim deste luxuoso mundo do esporte.

Depois dos cigarros vieram os bancos e agora temos uma interrogação. Quem será a nova categoria que investirá no esporte? Será que de repente surge um “Google”? Qual seu palpite?

17 de fevereiro de 2009

Mais (ou menos) Corinthians

O Corinthians continua no foco de alguns assuntos do marketing esportivo. No último domingo, o clube estampou o logo da AACD no clássico com o São Paulo, e pelo que falam nos corredores do Parque São Jorge, isso vai continuar pelo menor por algumas partidas.

O clube que anunciou no começo do ano que iria ter o maior contrato publicitário, continua esperando para fechar o patrocínio. Enquanto isso, o clube continua fazendo outras ações para tentar arrecadar.

O contrato com a Nike foi renovado até 2014. Atualmente, o valor anual que o clube recebia era R$ 5,5 milhões, e parece que houve um aumento significativo neste valor, já que a relação entre as duas partes não estava muito boa e o clube estudava outros fornecedores.

Outra novidade é a ampliação da loja Poderoso Timão do Parque São Jorge, em parceria com a rede de lojas especializadas em futebol Roxos & Doentes. O espaço que hoje em dia tem 90 m², ficará com 500m² até o mês de junho. A obra faz parte da modernização da Fazendinha, que é conduzida pela empresa LusoArenas.

Enquanto alguns contratos são fechados, o maior pedaço do bolo continua sem nome, sem dono. Iremos entrar no terceiro mês do ano e o clube continua esperando o maior contrato entre os clubes brasileiros. Mais uma vez, acho que passou da hora de abaixar a bola e aceitar um valor que esteja dentro dos parâmetros das empresas (na crise)...

15 de fevereiro de 2009

Barcelona e Real Madrid no topo

Segundo pesquisa realizada na Europa pela agência Sport+Markt, o Barcelona e o Real Madrid são os clubes mais populares do continente, mesmo após queda com relação a última pesquisa, realizada em 2008. O Manchester United ficou logo atrás, na terceira posição.

A pesquisa foi realizada com aproximadamente 9.600 fãs entre 15-69 anos espalhados por 16 países da Europa.

O Barcelona está no topo da lista dos clubes mais populares com 44.2 milhões de torcedores, o Real Madrid tem 41 milhões; Manchester United, 37.6 milhões; Chelsea, 25.6 milhões e Zenit St Petersburg aparece com 23.9 milhões de torcedores.

No entanto, isso não quer dizer que há uma supremacia por parte dos times da Espanha. Os times ingleses tiveram um aumento de 14 milhões na sua base de torcedores, atingindo o total de 114 milhões de torcedores, superando a base total dos times espanhóis; o que apenas comprova esse deslocamento do centro do futebol da Espanha para a Inglaterra nos últimos meses, e que ficou evidenciada com a ida de grandes craques - muitos saindo de Barcelona e Real Madrid - para o futebol inglês.

Mais do que olhar para estes dados de uma forma estática, precisamos parar e analisar o porquê do sucesso destes clubes. Além da história repleta de títulos, que outros fatores podem ter contribuído para isso?

Grandes jogadores no elenco, uma estrutura diferenciada, um departamento de marketing criativo e patrocinadores que sabem capitalizar a imagem do clube e de seus atletas?

O que mais? O que você acha?

13 de fevereiro de 2009

Copa (Kia) do Brasil

Pela primeira vez na sua história a Copa do Brasil terá um patrocinador com os naming rights do torneio. E é a Kia Motors que vai inserir, a partir deste ano, seu nome num dos principais campeonatos do país.

Até aí nenhuma grande novidade, mas sabemos que a estratégia de naming rights no Brasil é um tanto quanto polêmica, pois a maior parte dos veículos se recusa em citar o nome dos patrocinadores. Mas isso não é exclusividade da gigante Rede Globo. Ontem à noite, ouvindo o programa do Juca Kfouri na rádio CBN, o jornalista disse que para eles o campeonato ia continuar se chamando Copa do Brasil.

Mais do que uma discussão sobre a citação dos nomes dos patrocinadores durantes as transmissões dos jogos, eu acredito que para o torcedor isto não faz a menor diferença. Copa Toyota Libertadores é só Libertadores e Copa Kia do Brasil - ou o que quer que seja - vai continuar sendo Copa do Brasil. Por isso, mais do que partir para uma estratégia de naming rights pura e simplesmente, os patrocinadores tem que procurar amarrar ações paralelas que busquem muito mais do que visibilidade através de citações nos principais veículos do país.

E neste ponto, a Kia Motors parece ter entendido o recado. Além das ações de ativações programadas para acontecer no gramado, a montadora deve trabalhar forte no marketing de relacionamento, distribuindo ingressos para concessionárias e, claro, seus clientes.

'Barreiras' por parte da mídia devem continuar existindo, mas talvez isso estimule o nosso mercado a ser mais criativo e buscar mais do que visibilidade nos estádios através de placas e tapetes gigantescos. Cada um à sua maneira deve estudar a melhor forma de potencializar ainda mais este tipo de patrocínio.

Corinthians e AACD: uma ação do bem

No próximo domingo, no clássico contra o São Paulo, o Corinthians irá entrar com um novo “patrocinador”. Porém, desta vez, a empresa que estará estampada não foi a que pagou mais, tampouco uma empresa que quer aproveitar a oportunidade para aparecer.

Trata-se de uma ação do bem ou como alguns costumam dizer, o “marketing solidário”. Isso, porque o nome que estará no peito dos jogadores será o da AACD - Associação de Assistência à Criança Deficiente - e será válido apenas para o clássico (por enquanto).

A ação partiu do atacante Ronaldo, que já havia indicado anunciar o logotipo do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) ou da Unicef enquanto o Timão não firmasse contrato de patrocínio.

Uma ação que chama atenção, justamente por partir da estrela do time, cujo salário é baseado no valor arrecadado por patrocínio no uniforme do clube. Ele já havia dito que está voltando por paixão ao esporte, que não precisa de dinheiro, mas algumas pessoas não acreditaram muito. Acho que agora vão ter que dar o braço a torcer...

O Corinthians ainda não fechou nenhum acordo com empresa, mas um ponto disso tudo me chamou atenção: comenta-se nos bastidores, que o clube recusou uma proposta de uma empresa que cuida de “jogatina na web” de R$ 27 milhões. Não é oficial, mas se for, ponto para o clube que não aceita dinheiro de qualquer lugar.

O tempo passa, e o acordo milionário que o clube espera não chega. Em breve estaremos na reta final do Paulistão e o clube irá continuar sem um parceiro para ajudá-lo com as despesas, que, diga-se de passagem, já estão o enforcando, já que nem a premiação pelo título da Série B foi paga.

A novela não termina, mas, no capítulo do final de semana o Corinthians ficou no papel do “mocinho”. Ponto para o Fenômeno e sorte à AACD.

10 de fevereiro de 2009

Mais verba para o São Paulo Futebol Clube

Na última segunda-feira, o tricolor paulista anunciou mais parceiros para o ano. A Volkswagen e a Aché Laboratórios entram no montante de patrocinadores, e a Applebee's restaurantes, Associação Brasileira de Indústria de Hotéis e Espaço Unyco, com verbas menores, serão parceiros do clube no Morumbi.

A montadora contará com um espaço para show-room na parte nobre do estádio e terá sua logomarca em áreas de relacionamento do Morumbi, e o laboratório farmacêutico ampliará o camarote corporativo que já possui no estádio e aumentará os pontos que expõe sua marca.

Espaço Unyco é um local para reuniões e para assistir aos jogos, contando com o cardápio da rede de restaurantes e ainda irá inaugurar uma unidade dentro do estádio, e a Associação Brasileira de Indústria de Hotéis irá fazer a divulgação do Morumbi em folders em seus hotéis conveniados.

O importante disso tudo é a movimentação que o São Paulo Futebol Clube está fazendo para ter renda no Morumbi além dos dias com jogos. O estádio já conta com camarotes corporativos que são alugados por empresas pelo período de 3 a 5 anos, que garante uma receita para o clube além da bilheteria de jogos. Ao todo são 35 camarotes.

Além disso, há uma clara modernização visando a Copa do Mundo de 2014. Vamos ver o que teremos até lá...

9 de fevereiro de 2009

Phelps. Mais que um atleta.



Não quero parecer repetitivo, mas gostaria de escrever algumas palavras sobre o caso Phelps. O Bruno já colocou pontos importantes no post anterior, mas há mais coisas envolvidas, e que não foram ditas antes pois era preciso esperar para ver como as coisas iriam se desenrolar.

Rompimento de contrato com a Kellog* e suspensão de três meses. Essas foram as principais baixas para o atleta até o momento, sem contar a pressão psicológica na cabeça deste jovem campeão de apenas 23 anos, que já cogita a possibilidade de não participar dos Jogos de 2012.

Não estamos aqui para julgar a atitude de Michael Phelps, a intenção não é essa. Até porque, como a @bartira colocou nos comentários, podemos cair na tal hipocrisia. É mais fácil acusar do que abrir os olhos para 'realidade' de fato.

Antes de aprofundar sobre no caso Phelps, vale a pena relembrar o post sobre a polêmica do Ronaldo Fenômeno, que quase lhe custou a perda de alguns grandes patrocinadores. Quem se calou e esperou a poeira baixar, se deu bem: Ronaldo continua sendo um dos atletas no mundo com maior capacidade de capitalizar seus patrocínios, hoje ele está no Corinthians, treinando para mais uma possível volta e todos os holofotes estão em cima dele.

Quem diria, hein? Um bom exemplo para os patrocinadores de Phelps, não? E eu poderia enumerar mais razões em prol do nadador.

No caso de Phelps, algumas marcas optaram por esperar, quietos, o desenrolar da história. São elas: Speedo, Omega, Visa e Pure Sports, que, inclusive, entraram em defesa do atleta. Na contramão, Kellog já decidiu deixar o atleta e a Subway ainda não sabe o que fazer. A levar em conta o episódio Ronaldo, acho que as marcas que optaram por esperar a maré baixar estão dando a tacada certa. Isto porque Phelps não é um simples atleta, um simples nadador. Não!

Phelps é ícone. Phelps é, aos 23 anos, história das Olimpíadas e da natação. Michael Phelps está na lista de atletas que superaram os limites das suas modalidade, se tornando maior que elas praticamente. Michael Jordan, Tiger Woods e Pelé são alguns dos nomes que conquistaram tal feito.

E por terem atingido a condição de heróis, alguns tendem a acreditar que eles não estão sujeitos a 'erros'. O fato é que, como todos nós, eles erram, sim. Mas, segundo matéria da AdAge, os torcedores costumam ter memória curta para polêmicas 'extra-esporte' quando os atletas estão tendo boas performances. Além de Jordan (problemas de jogatina) e Pelé (problemas com paternidade), Kobe Bryant, por exemplo, foi acusado de estupro há alguns anos atrás e muitos na época colocaram um ponto final em sua carreira. Hoje Kobe é um dos jogadores que mais vende camisetas na liga norte americana e é considerado o melhor jogador do basquete atual.

Mas confesso que acho no mínimo curioso ver a mídia de uma forma geral 'bater' tão forte num cara que ela apoiou e fez tanta questão de vender durante as Olimpíadas. Juízo de valor ou 'audiência' a qualquer custo? Esperar pra ver se ele resolver abocanhar algumas medalhas de ouro nas piscinas de Londres...

Espero, de verdade, ver Michael Phelps triunfando em 2012 (de novo) e mostrando porque ele se tornou este ídolo mundial da natação. E, claro, ver que aqueles que permanecerem ao seu lado colherem os louros também.

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* Há rumores de que a Kellogs teria se aproveitado da situação para romper um contrato que venceria em Fevereiro deste ano.

Phelps e Kellogg, a primeira baixa

O astro da natação Michael Phelps, flagrado fumando maconha começou a sentir os resultados de seu ato no bolso. O nadador que já havia sido suspenso por três meses, recebeu o comunicado oficial da marca, com a informação que seu contrato, que expira no final de fevereiro, não será renovado.

A empresa acredita que o comportamento do nadador não é mais compatível com a imagem que deveria ser passada para as milhares de pessoas ao redor do mundo. O astro norte-americano brilhou nos últimos jogos olímpicos e conquistou muitos patrocínios depois da competição. Confira os posts sobre o nadador: MAIS UMA PRO PHELPS, PHELPS & SUBWAY, NEM NIKE, NEM ADIDAS... , MICHAEL PHELPS O MAIOR MEDALHISTA OLÍMPICO, O PATROCINIO QUE DÁ CERTO.

De quebra, o time olímpico dos EUA também não terá o contrato renovado com a Kellogg, que encerrou em dezembro.

Esta foi a primeira baixa de patrocínio do maior medalhista olímpico de todos os tempos, e provavelmente não será a última. Concordo que a cena é pesada e poderia acarretar em coisas ruins para a empresa, contudo, fico pensando se isso tudo não poderia ser um gancho para uma grande campanha publicitária. Foi uma cena terrível, ainda mais falando de um esportista, mas eles, assim como todo mundo, são pessoas normais, que podem errar. As vezes é hora de trabalhar o outro lado do campeão...

6 de fevereiro de 2009

Bootcamp Nike

A Nike lançou o Bootcamp, uma ferramenta para as pessoas (“comuns”) obterem uma melhor preparação física. O lançamento ficou à cargo do técnico do Corinthians Mano Menezes, que ressaltou que os exercícios são semelhantes aos feitos pelos jogadores profissionais no Timão.

A ferramenta está disponível no site da Nike, e foi desenvolvida em parceria com preparadores físicos profissionais.

Por mais simples que pareça, a ação mostra o esforço da marca em chegar perto dos milhões de atletas amadores que estão espalhados pelo país.

Acesse aqui!

Como a Nike mesmo diz....RALA QUE ROLA!

4 de fevereiro de 2009

Uma divisão mais justa.

A Confederação Brasileira de Clubes lançou oficialmente na última segunda-feira(2) o Conselho de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos (CONFAO). O objetivo do grupo é fazer com que parte dos recurso vindos da Lei Agnelo/Piva seja destinada aos clubes, e não somente ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A Lei Agnelo/Piva determina que 2% do valor arrecadado com as loterias federais, sejam transferidos ao COB e ao Comité Paraolímpico Brasileiro, na proporção de 85%-15%. Para se ter uma noção deste valor, o COB recebeu R$ 288 milhões durante a prepação para os Jogos de Pequim. No entanto, a principal reclamação dos clubes é que este dinheiro não chega a eles; por isso, o CONFAO tem o objetivo de conseguir pelo menos 30% do que vai para o COB.

Logo após a notícia da fundação do CONFAO, o COB informou alguns dos investimentos feitos com a verba obtida pela Lei Agnelo/Piva, como contratação de técnicos estrangeiros, comissão técnica multidisciplinar, aquisição de equipamentos importados, treinamentos no exterior etc.

Na minha opinião, desde o princípio deveria haver uma divisão da verba entre COB, Comitê Paraolímpico e clubes. São 14 mil espalhados pelo Brasil e quem já foi atleta por aqui sabe que os clubes são importantíssimos na formação de novos atletas. Eles que investem - muitas vezes sem ter nenhum retorno - e que correm atrás de patrocínios, que muitas vezes nunca chegam. Infelizmente o surgimento de novos talentos ainda não ocorre no nível das escolas e universidades, apesar de que há planos para que se reverta esse quadro.

Se o CONFAO conseguir parte desta verba, espero ver menos casos como o do Flamengo, que comentei aqui no Radar. Dessa forma os clubes poderão continuar focando no desenvolvimento contínuo dos atletas e o COB no investimento da estrutura esportiva nacional.

Estamos torcendo.

3 de fevereiro de 2009

São Paulo F. C. lança DVD e Livraria

O São Paulo F. C. lançou ontem o DVD duplo "Tri-Hexa", em comemoração ao título do ano passado, como já havíamos comentado aqui no Radar Esporte.

O dia 2 de fevereiro marcou também a inauguração de uma livraria no estádio do Morumbi. O lançamento faz parte de uma série de atrativos que o São Paulo está construindo para ter recursos com Morumbi além dos dias que têm jogos. O estádio já conta uma loja e com o Santo Paulo, um bar em homenagem ao mascote do clube.

Enquanto uns preferem subir o preço dos ingressos, outros preferem capitalizar o estádio...

Confiram abaixo um trecho do filme:

LeBron no futebol americano

Por volta da segunda quinzena de Janeiro deste ano, começou a circular um vídeo na internet que mostrava LeBron James de costas em um grande salão dizendo a seguinte frase (já traduzida): 'Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a todos vocês por terem vindo aqui hoje. Depois de uma longa discussão com amigos e minha família, eu decidi seguir meu primeiro amor.'

O vídeo finalizava com a seguinte frase: 'Qual é o primeiro amor de LeBron James?'.




A partir disso, começaram a atribuir o vídeo à Nike, que recentemente criou algumas campanhas com alto grau de viralização e é a principal patrocinadora do atleta.

Quando o comercial completo foi ao ar, descobriu-se que: 1) o vídeo não era da Nike, e sim da State Farm, uma empresa de seguros e 2) o tal 'primeiro amor' de LeBron James era o futebol americano. O atleta iria deixar o basquete para jogar pelo Cleveland Browns.

O resultado final ficou um tanto quanto engraçado...



Um grande senso de oportunidade por parte da State Farm.

Para quem não sabe, havia uma grande polêmica sobre o paradeiro de LeBron na próxima temporada - alguns diziam que o James poderia se mudar para o New York Knicks - e o Browns, não fez uma boa temporada este ano.

Detalhe: a escolha pelo futebol americano não foi aleatória; LeBron James era considerado um excelente jogador também neste esporte quando estudava.

Dica do Alemão.

Golfe. Um esporte mais popular (será?)

A Federação Paulista de Golfe (FPG) escolheu a DM9DDB para ser a sua agência. E o principal objetivo da agência contratada vai ser acabar com a imagem de um esporte elitista e tornar o golfe um esporte mais popular.

Hoje, A FPG possui 40 clubes filiados e os seus jogadores representam 50% do total nacional - aproximadamente 25 mil.

Um desafio e tanto para a DM9, já que a popularização deste esporte deve ir além da tradicional publicidade. Não é à toa que hoje o golfe é um esporte elitista e, claro, percebido como tal. No mundo todo, essa modalidade cresceu através de forte segmentação, já que apenas os mais ricos tinham condições de praticar. Os equipamentos e locação dos campos são caros, os patrocinadores dos principais eventos são grandes marcas de luxo, como Rolex e Lacoste, por exemplo e alguns dos principais atletas deste esporte são de classes mais abastadas. Todo este ambiente colabora significativamente para a percepção que este esporte tem hoje.

Um exemplo de como intensificar a prática do Golfe pode vir de Tiger Woods, um dos maiores jogadores da história deste esporte. Muitos atribuem ao atleta o surgimento de grande interesse pela modalidadade entre as minorias raciais e os jovens nos EUA.

Isto, na minha opinião, é um ponto fundamental que teve ser trabalhado: acesso ao golfe. A DM9 pode criar campanhas fantásticas, mas, mais do que isso, é importante que, em parceria com a Federação, desenvolva ações concretas que contribuam para a popularização do golfe.

Vai ser interessante observar como esse trabalho se desenrola.

2 de fevereiro de 2009

Patrocínio da Emirates não pousou, mas causou barulho.

Os profissionais de marketing convivem diariamente com o poder que o boca-a-boca possui com relação às marcas. Antigamente se dizia que uma pessoa tinha o poder de influenciar outras dez pessoas, tanto para o bem, quanto para o mal. Porém, a internet hoje em dia fez esse número multiplicar, sendo que uma única pessoa consegue atingir 10.000 pessoas. É a “era Google”!

Uma simples especulação pode causar notícia para mais de uma semana, e foi isso o que vimos no futebol brasileiro há pouco tempo. E a equação é esta: (PATROCÍNIO + CLUBE GRANDE + EMPRESA MULTICIONAL) x BOCA-A-BOCA = NOTÍCIA.

A companhia aérea Emirates cogitou o patrocínio dos três maiores clubes de São Paulo. Palmeiras, Corinthians e São Paulo receberam ligações e especulações da empresa para terem em seus uniformes o nome da Emirates estampado. Na ocasião, até os valores das propostas eram falados, e isso tudo gerou notícia nos principais meios de comunicação do país.

Já ouvi rumores que as propostas realmente eram verdadeiras, porém também já ouvi em corredores dos clubes que a proposta nunca chegou. O Corinthians é o único dos três clubes que ainda não anunciou o patrocinador para 2009, portanto precisamos esperar para saber se tem uma ponta de verdade nisso tudo.

O fato é que a empresa conseguiu o que todas querem: estar nas principais notícias (de forma positiva, claro). Sem investir um centavo no esporte, ou em publicidade, a Emirates viu seu nome circulando nos principais jornais, portais e sites do país como possível parceiro destes grandes clubes.

Por enquanto, fico com a impressão que foi apenas uma boa sacada de marketing da companhia, que jogou a pólvora no futebol paulista, mas não acendeu...